O último dia de aplicação das provas do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) conclui a jornada de candidatos, pais e acompanhantes que transitaram pela cidade e pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em busca da realização do um sonho de ingressar no Ensino Superior. A sensação de dever cumprido trouxe tranquilidade para os pais que aguardavam nas áreas externas aos locais de realização do exame.
Luíz Carlos Coutinho é natural da cidade de Além Paraíba (MG) e veio trazer a filha Camila Nunes para a prova do Pism III. Relaxado com a expectativa de mais uma aprovação para a jovem, ele descansava nos gramados próximos à Praça Cívica da Universidade: “A organização está ótima, não tive problemas para chegar. Eu tenho um filho que já mora em Juiz de Fora, então já conhecia os acessos. Eu ficaria muito feliz que ela viesse para cá, pela tranquilidade da cidade e por já ter casa aqui. Mesmo com ela já tendo outras aprovações no curso de Odontologia.”
Novos Horizontes
Com o mesmo entusiasmo, Sônia Damico Leal, mãe de uma candidata com necessidades especiais que fez a prova do Pism I, diz que se sentiu acolhida com o atendimento recebido, sendo este um fator decisivo para a escolha da filha em ingressar na UFJF.
“Super positivo o balanço desses dois dias, muito acolhimento, para mim foi excelente. Como a Analice tem baixa visão, nós estávamos super preocupados com essa vinda dela, em como ela faria para fazer bem essa prova. O acolhimento foi mil, eu imaginava que fosse bom, mas não imaginava o quanto. Ela está com a intenção de vir para cá, ainda não sabe o que quer, mas sabe que quer aqui, seja o que for. Ela se sentiu acolhida e isso é o mais importante para o aluno que tem necessidade especial. Foi decisivo. É daqui para o Pism II e III, ela disse que vai encarar até com mais seriedade”, afirma Sandra.
Além de se sentir feliz com o empenho de Analice, Sandra ressalta que o encorajamento para procurar novos horizontes — além da cidade de Petrópolis, onde residem — de certa forma é relacionado à sua trajetória: “Eu estou mais ou menos tranquila, mas eu dou muita força para ela; também estudei fora e fui buscar novos horizontes, e é isso que eu quero para ela. Eu fui um modelo para minha filha e ela, apesar de ter necessidades especiais, vê que a gente consegue, basta a gente querer.”
Comodidade e conforto
Já para Seisi Franco, o maior motivador para investir na tentativa de ingresso de sua filha na Universidade é o fato do exame ser seriado, o que facilita na preparação para a prova. “Existe uma forma de vestibular que não tem em Belo Horizonte, o vestibular seriado. São poucas as universidades federais que dão essa opção e a UFJF é uma dessas; por isso estamos aqui”, ressalta o pai da candidata Luíza Teresa. Seisi também diz que não teve problemas de acesso à Universidade e que a equipe de apoio foi muito educada e prestativa.
Mônica de Fátima Beguini e Edson Adolfo são de Pouso Alegre, no Sul de Minas, e esperavam a saída do filho Vitor Beguini próximos ao prédio da Faculdade de Odontologia, onde o estudante fazia a prova no módulo II do Pism. Ambos relataram que o filho achou o primeiro dia de provas tranquilo, com exceção das questões de matemática, mas que a expectativa está alta para o próximo ano: “Meu filho relatou um pouco de dificuldade em matemática, vi outras pessoas falando que a prova foi difícil. Ele que se prontificou a fazer aqui, a gente sabe do conceito da Universidade, pelo fato de ser federal, aí pensamos na UFJF”, pondera Mônica.
A proximidade de cidades no entorno de Juiz de Fora foi um fator crucial para a escolha de algumas famílias. Este é o caso de Cátia Cilene, de Três Rios, cidade do interior do Rio de Janeiro, que fica a cerca de 70 quilômetros de Juiz de Fora. Cátia torce para que o filho Thiago Eduardo consiga a aprovação no curso de Direito. “Meu filho sempre quis fazer a faculdade aqui, é a mais próxima da minha casa. Isso influenciou bastante, estou bem tranquila por ele, não fiquei nervosa pois chegamos com antecedência nos dois dias.”
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