Autor de uma coleção que resgata o valor e a memória arquitetônica de Juiz de Fora, o arquiteto e urbanista Antônio Carlos Duarte lança seu terceiro livro sobre o tema, “Arquitetura Moderna – Juiz de Fora”, no foyer do Cine-Theatro Central da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), neste sábado, dia 18, às 10h. A obra destaca a arquitetura moderna com fotografias, impressões e descrições valiosas sobre a história do patrimônio local.
O livro traz uma coletânea das principais edificações e projetos arquitetônicos inseridos durante o período do século XX marcado pelo contexto artístico e cultural do Modernismo. A compilação retrata obras juiz-foranas de arquitetos consagrados no Brasil e no exterior como, por exemplo, o prédio do Banco do Brasil (na esquina entre Rua Halfeld e Avenida Getúlio Vargas) e o monumento a Tancredo Neves, ambos de Oscar Niemeyer; o Clube Juiz de Fora, de Francisco Bolonha; e o Edifício Getúlio Vargas, de Ulisses Burlamaqui. Dentre os projetos referenciados, se encontram também trabalhos de artistas plásticos renomados, como os painéis de azulejos “As quatro estações e Cavalos”, de Candido Portinari, no Edifício Clube Juiz de Fora; o painel em mosaico de Alfredo Mucci, no Edifício Banco Mineiro da Produção, e o monumento Centenário de Juiz de Fora, de Di Cavalcanti.
Em passagem do livro, a memorialista Rachel Jardim demarca a presença da tendência modernista, que datava a literatura e as artes em geral na segunda metade do século passado. “A arquitetura moderna criou postulados dogmáticos como eliminar o adorno, sobretudo os de estuque, considerados pecado mortal. As linhas de ferro deviam ser retas, sem volteios e arredondamentos (lembrar torre Eiffel). Era a volta da beleza pura, vinda diretamente da antiga Acrópole. Como o mundo caminha em círculos, era a áurea Grécia que voltava com as suas exigências de despojamento.”
Em mesma linha documental que evidencia o apelo visual, os outros dois livros do autor, “Arquitetura Eclética” e “Arquitetura Art Déco”, reconstituem a história dos estilos arquitetônicos que coexistem no dia a dia dos moradores e visitantes. Com uma detalhada análise formal das edificações e monumentos, o autor contribui para o conhecimento do acervo da arquitetura local e deixa um alerta sobre a necessidade de valorização e conservação do patrimônio.
O autor
Antônio Carlos Duarte é arquiteto pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil (atual UFRJ), pós-graduado em Urbanismo pela PROURB da FAU/UFRJ e em Segurança de Tráfego pelo Coppe/UFRJ. Foi diretor Geral do IPPLAN – Instituto de Pesquisa e Planejamento da Prefeitura de Juiz de Fora e atualmente é diretor do Museu Mariano Procópio (Mapro).
Outras informações: (32) 3231-4051 – Cine-Theatro Central