Veículo: TV Integração – Globo
Editoria: MGTV
Data: 10/11/2017
Título: Ex-reitor da UFJF Henrique Duque é indiciado pela Polícia Federal
— —
Veículo: Uol Notícias
Editoria: Política
Data: 10/11/2017
Título: PF diz que ex-reitor de universidade recebeu propina em licitação com empresa de delator
— —
Veículo: Bol Notícias
Editoria: Notícias
Data: 10/11/2017
Título: PF diz que ex-reitor de universidade recebeu propina em licitação com empresa de delator
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Política
Data: 10/11/2017
Título: Polícia Federal indicia Duque por corrupção passiva e fraude em licitação
A Polícia Federal indiciou o ex-reitor da UFJF Henrique Duque por corrupção passiva e fraude em licitação. Duque é suspeito de receber propina de uma gráfica durante licitação para impressão e distribuição de provas de concursos públicos e vestibulares, conforme publicado pelo portal UOL nesta sexta-feira (10). A reportagem, assinada pelo jornalista Eduardo Militão, traz o relatório da Operação Acrônimo, entregue à 10ª Vara Federal de Brasília, pela Polícia Federal.
A reportagem diz que o relatório apontou que Duque ia frequentemente a um hotel em Brasília se encontrar com o dono da Gráfica Brasil, Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené. Ainda de acordo com a matéria do UOL, Bené fechou acordo de colaboração premiada com os investigadores em troca de redução de futuras punições. “Conforme relatado em delação premiada, foi fechado um contrato de R$ 38 milhões com a UFJF e, depois de encontros com o professor Henrique Duque Chaves, foram repassados R$ 600 mil em dinheiro vivo ao então diretor da universidade”, diz a reportagem.
Segundo o UOL, Bené foi indiciado por corrupção ativa, organização criminosa e fraude em licitação. Para esses dois últimos crimes, conforme a reportagem, também foram indiciados seu irmão Romeu José Oliveira, a secretária de Bené, Vanessa Ribeiro, e o ex-pró-reitor de Planejamento da UFJF Carlos Elízio Barral.
‘Delações não têm o menor compromisso com a verdade’
Em entrevista à Tribuna, Henrique Duque disse que as informações causam indignação. “A única coisa que restou foi a palavra do delator, que só disse mentiras. Nós não fomos procurados para que pudéssemos ser ouvidos.” Ele confirma que a empresa foi contratada para a prestação de serviços, mas que as informações sobre superfaturamento do contrato e recebimento de propina são falsas. “O contrato foi analisado e considerado legal pelo Tribunal de Contas da União (TCU).”
Por telefone, o advogado de defesa do ex-reitor Henrique Duque, Lucas Sampaio, afirmou que as declarações são falsas e demonstram desconhecimento sobre o funcionamento da prestação de serviços na esfera pública. “Os valores citados no depoimento são incompatíveis com a realidade do que foi executado. Durante todo o mandato do professor Henrique Duque, foram pagos um total de R$ 3,6 milhões em serviços.”
Houve a contratação da gráfica de maneira lícita e com preços abaixo do mercado, tudo dentro dos trâmites legais. Não houve de forma alguma superfaturamento do contrato
Lucas Sampaio, advogado
Ainda durante a manhã desta sexta-feira, o advogado enviou nota à imprensa reafirmando “categoricamente” que Henrique Duque jamais recebeu qualquer valor de origem ilícita em decorrência de contratos durante a sua gestão como reitor da UFJF. “Tal informação tem base exclusivamente nas alegações oriundas de delações premiadas que não têm o menor compromisso com a verdade.”
Conforme a nota, o indiciamento se deu com base apenas nas delações “somado a equívocos de compreensão do direito financeiro e do funcionamento da contratação por meio de pregão eletrônico”. Lucas Sampaio explicou que o contrato entre a UFJF e a Gráfica e Editora Brasil é consequência de uma determinação da Controladoria Geral da União (CGU) que recomendou à universidade a realização de pregão eletrônico para atendimento das demandas gráficas da Autarquia, em especial do Centro de Políticas Públicas de Avaliação da Educação (Caed). “Este contrato é absolutamente legal, sendo os preços contratados abaixo dos valores de mercado e vantajosos para a administração pública, valores estes substancialmente menores do que diversas gráficas.”
A nota lembra ainda que o mandato de Duque foi o período em que estes serviços foram menos requisitados e que, dos mais de R$ 30 milhões executados neste contrato, apenas R$ 3,6 milhões foram executados no mandato do ex-reitor, “valores totalmente incompatíveis com as mentiras informadas nas delações do senhor Benedito e de sua secretária”.
Pesquisa de mercado
A defesa de Henrique Duque argumenta que é “totalmente” equivocada a alegação de superfaturamento. “Não somente o TCU confirma tal fato, mas a própria UFJF, ao renovar o contrato, realizou pesquisa de mercado que confirmou que os preços praticados nesta ata de registro de preços continuavam abaixo da média de mercado, mesmo com três anos de atualização.”
Sobre a delação citada na reportagem do UOL sobre possível recebimento de valores indevidos, Lucas Sampaio afirma que “não há sequer uma prova que corrobore esta versão, que é, sem dúvidas, irresponsável e fruto de alegação mentirosa. Os encontros entre o professor Henrique Duque e o senhor Benedito sempre se deram em local público e para atender às necessidades da universidade, jamais com outra finalidade.”
Por fim, a nota diz que “os ditos delatores mentiram em absolutamente tudo, induzindo os investigadores em erros crassos totalmente afastados da verdade. Causa estranheza o fato de que mais uma vez a imprensa teve acesso às informações de procedimentos sigilosos antes da defesa técnica, entretanto reafirmamos que iremos nos manifestar nos autos do inquérito para esclarecer os fatos e podermos demonstrar com documentos do próprio processo de investigação e da forma que até agora não nos foi oportunizado todos os equívocos e inverdades das absurdas imputações ao professor Henrique para que seja restaurada sua honra e que seja feita justiça à sua dedicação à UFJF”.
‘Fico muito chateado de ter o nome manchado desta forma’, diz Barral
Citado na delação, o ex-pró-reitor de Planejamento Carlos Elízio Barral declarou à Tribuna que os depoimentos “foram feitos com uma série de mentiras que podem ser facilmente comprovadas pelos próprios documentos do processo em tramitação na Polícia Federal”. Ele questiona o conhecimento dos técnicos que estão à frente da investigação sobre a legislação que rege o modelo de contratação de pregão eletrônico, utilizado pela UFJF para a prestação de serviços da Gráfica Brasil.
“No depoimento da secretária Vanessa, ela disse que a gráfica teve acesso às informações do pregão antes dele ser realizado. Mas a divulgação para as empresas possíveis interessadas neste tipo de processo é fundamental para a realização. Pregão eletrônico não exige sigilo, muito pelo contrário, precisa ser divulgado. Assim, várias gráficas receberam as informações para que nós pudéssemos pedir orçamentos e, a partir deles, estabelecer o valor da licitação”, explica.
“Fico muito chateado de ter o nome manchado desta forma por uma investigação incompleta, em que a Polícia Federal vaza informações antes de confrontá-las, de nos dar a chance de sermos ouvidos. Estou à disposição para esclarecer todas estas mentiras, e espero que a Polícia Federal reconheça o equívoco que está cometendo.”
UFJF se manifesta
Em nota, a UFJF esclareceu que o contrato em investigação dos serviços gráficos, cujo valor global é de R$ 38.692.823,58, foi interrompido em razão das investigações em curso, após o cumprimento de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal na instituição, dia 27 de outubro do ano passado. “Desta forma, desde 05/12/2016, a UFJF não possui contrato com a empresa investigada”, informou. A previsão inicial era de vigência do contrato entre 6 de dezembro de 2012 a 5 de dezembro de 2013, com possibilidade de prorrogações até 5 de dezembro de 2017.
“O último termo aditivo foi assinado em 05/12/2015, pelo então reitor em exercício, com vigência de 06/12/2015 a 05/12/2016. A atual Reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora tomou posse em 06/04/2016.” Para garantir os serviços gráficos, a UFJF conduziu, este ano, sete processos licitatórios, por meio do Sistema de Registro de Preço que, segundo a Universidade, “visa possibilitar maior concorrência, evitar a centralização das despesas em uma única empresa e alcançar maior economicidade”. Ao todo, cinco empresas distintas venceram as concorrências.
Questionamentos jurídicos
Henrique Duque ocupou o cargo máximo da UFJF entre 2006 e 2014, período em que exerceu dois mandatos. Em junho deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública contra o ex-reitor por suspeitas de cometer atos de improbidade administrativa. A acusação que pesa contra Duque neste caso diz respeito à suposta transferência de recursos públicos da universidade para a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe). O entendimento do MPF é de que, apesar de ligada à UFJF, a entidade é privada, não estando, portanto, sujeita ao regime jurídico que rege a Administração Pública. Os atos ilegais consistiriam em pagamento ilícito de taxa de administração à Fadepe; recolhimento de preços públicos a contas bancárias da fundação; e transferência da gestão de espaço público à entidade. Na época, o advogado de Duque, Lucas Sampaio, declarou que os fatos alegados pelo MPF dizem respeito a atos que antecedem a gestão do ex-reitor, tendo sido, segundo o advogado, aprovados pelo Conselho Superior.
De acordo com nota publicada pelo MPF, as transferências tinham por objetivo obter excedente de recursos que, na prática, “funcionavam como uma espécie de ‘caixa dois’, de forma que pudessem ser geridos como bens privados, sem sujeição às normas que obrigam a Administração Pública, por exemplo, prévia realização de processos licitatórios formais.”
Ainda este ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou à UFJF informações sobre quais medidas administrativas foram tomadas pela instituição para apurar possível débito de R$ 7 milhões relativos ao adiantamento de pagamento a empresa contratada para a execução de obras no Parque Científico e Tecnológico, no Campus Avançado em Governador Valadares e na nova Reitoria da UFJF. As empreitadas, contudo, não teriam sido realizadas em sua totalidade pela contratada, ainda durante a gestão do ex-reitor Henrique Duque. Em nota, o ex-reitor afirmou que não havia responsabilidade a ele atribuída pelo TCU neste processo.
Em dezembro de 2015, Duque foi condenado pela Justiça Federal a prisão por um período de dois anos e um mês, após ação apresentada pelo MPF que acusava o ex-reitor de não atender a requisições para esclarecimento de fatos investigados em inquéritos civis públicos instaurados pela Procuradoria da República em Juiz de Fora. Como a pena é inferior a quatro anos, a prática acabou convertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de prestação pecuniária correspondente a R$ 7 mil. Um dos inquéritos apurou aparentes ilegalidades na transferência de recursos públicos da universidade para a Fadepe, mesma fundação que motivou novo questionamento judicial ao ex-reitor.
— —
Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata-MG
Data: 10/11/2017
Título: Servidores técnico-administrativos da UFJF iniciam greve contra Reforma Trabalhista
Os funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entraram em greve nesta sexta-feira (10). A suspensão é por tempo indeterminado e segue o indicativo da Federação Nacional.
As centrais sindicais convocaram paralisações e protestos em todo o País contra a nova lei Trabalhista, que entra em vigor a partir deste sábado (11) e a Reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional.
Segundo o presidente do sindicato, Flávio Sereno, as bibliotecas e secretarias das unidades acadêmicas, além de algumas pró-reitorias, estão fechadas. As duas unidades do Restaurante Universitário também não funcionam nesta sexta.
Em Juiz de Fora, são cerca de 1.200 servidores técnicos-administrativos em educação que atuam da UFJF, Colégio de Aplicação João XXIII e no Instituto Federal de Educação.
Em alguns pontos da cidade, como a Zona Norte, agências bancárias do Banco do Brasil, Santander e Itaú também não abriram.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Juiz de Fora disse que outros setores de serviços também foram paralisados e devem voltam a funcionar na segunda-feira (13).
— —
Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata-MG
Data: 10/11/2017
Título: UFJF seleciona bolsistas e servidores que queiram trabalhar no atendimento especial do Pism
Estão abertas as inscrições para bolsistas e servidores efetivos ou terceirizados da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) que queiram trabalhar no atendimento especial do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da instituição.
Os interessados devem se inscrever na Central de Atendimento da universidade entre os dias 10 e 14 de novembro, das 8h às 20h. O valor pago diariamente pela UFJF é R$ 194,58 para servidores efetivos e R$ 149,64 para bolsistas e terceirizados.
As provas dos três módulos serão aplicadas nos dias 9 e 10 de dezembro, das 13h às 17h30. Para aqueles que já se inscreveram como fiscais e queiram trocar a modalidade para atendimento especial também podem fazer a transferência na Central de Atendimento, que fica na Reitoria da UFJF.
A data da capacitação para o atendimento especial será divulgada pela Coordenadoria Geral de Processos Seletivos (Copese). Os aprovados deverão auxiliar pessoas que necessitem de atendimento especial na realização das provas.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Política
Data: 10/11/2017
Título: Categorias protestam contra reformas trabalhista e previdenciária
Em mobilização convocada pelo Fórum Sindical e Popular, diversas categorias de trabalhadores e de representantes de movimentos sociais participaram de um ato político no Parque Halfeld entre o fim da tarde e a noite desta sexta-feira (10). A mobilização seguiu calendário nacional de protestos organizado pelas principais centrais sindicais do país contra a reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado, quando mais de cem alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) passam a ter validade.
Os manifestantes consideram que o texto, que tem como uma das premissas principais a possibilidade de que negociações individuais ou coletivas possam se sobrepor a itens definidos pela legislação específica, é prejudicial a direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora. Além do repúdio à reforma, os presentes reafirmaram posicionamento contrário à proposta de readequação legal da Previdência, também defendida pelo atual Governo federal e que está em tramitação no Congresso. Registrados país afora, os atos estão sendo chamados de Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Luta em Defesa dos Direitos.
A mobilização local durou pouco mais de duas horas, sem prejuízos para o trânsito nas vias centrais. A ação foi marcada pela realização de intervenções, com falas abertas às representações sindicais e de movimentos sociais. Ao todo, 32 entidades discursaram, com mote basicamente unificado que, além da revogação da reforma trabalhista e a suspensão da tramitação da reforma previdenciária, pedia a saída imediata do presidente Michel Temer (PMDB). Além das falas, o grupo fez uma caminhada pelo Calçadão da Halfeld e a manifestação se dispersou na Avenida Getúlio Vargas.
Paralisações afetam aulas na rede pública de ensino
Em Juiz de Fora, sindicatos de categorias ligadas à educação conclamaram professores e servidores a cruzar os braços nesta sexta-feira. As maiores adesões foram observadas nas redes públicas. No sistema municipal, o Sindicato dos Professores (Sinpro) estima que 80% dos docentes aderiram à mobilização. Na avaliação da Secretaria de Educação do município, a adesão foi menor e estimada em 68%.
No caso dos profissionais da rede estadual de educação, a avaliação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) é de que 85% da categoria cruzaram os braços nos 26 municípios da região que integram a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora. Em balanço preliminar, a Secretaria de Estado de Educação informou, na tarde desta sexta-feira, que, das 3.655 unidades de ensino da rede estadual, 260 escolas ficaram totalmente paralisadas, 1.120 funcionaram normalmente e 2.258 não registraram a situação. Em Juiz de Fora, 581 professores de 27 escolas aderiram à paralisação.
Cenários similares foram observados nas instituições federais de ensino da cidade, vinculadas à UFJF. De acordo com a Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), até 80% dos docentes aderiram. Já o servidores da instituição deflagraram um movimento grevista por tempo indeterminado nesta sexta-feira. A coordenação do Sintufejuf não estimou um percentual de servidores em greve, mas fala em “adesão expressiva”. Com isto, serviços como o transporte interno da UFJF, dos restaurantes universitários, das bibliotecas e de setores administrativos foram comprometidos ao longo desta sexta-feira, situação que deve se perpetuar nos próximos dias.
Defesa dos serviços públicos
Segundo o Sintufejuf, a greve é motivada por fatores como a necessidade de defesa dos serviços públicos, das universidades públicas e da carreira; de posicionamento contrário à retirada de direitos da classe trabalhadora; e pela revogação da reforma trabalhista e a suspensão da tramitação da reforma da Previdência.
Como se tornou prática em mobilizações de docentes e servidores recentes, a UFJF opta por não comentar as paralisações deliberadas por professores e servidores. Por meio de nota, no entanto, o Conselho Superior (Consu) da Universidade manifestou seu apoio à greve dos técnico-administrativos em educação. “As defesas dos serviços públicos e da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada são pontos em comum que atingem toda comunidade universitária”, considerou o conselho.
Sindicatos se desentendem
O Sinpro também chegou a convocar os professores da rede particular para aderirem à paralisação. O sindicato, no entanto, não fez um balanço sobre a participação dos docentes que atuam no setor privado. Da mesma maneira, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sudeste de Minas Gerais (Sinepe) não se manifestou sobre uma possível adesão destes profissionais.
Os dois sindicatos, no entanto, valeram-se de publicidades veiculadas na mídia local para apresentarem posicionamentos bastante distintos. Primeiro a se manifestar, o Sinepe considerou que a convocação para a paralisação apresenta viés político. Em nota, além de orientar as instituições de ensino a manterem suas atividades normalmente, o sindicato patronal explicitou publicamente que ausências de professores poderiam resultar em corte de ponto e a perda do descanso semanal remunerado.
“Em seu site na internet, o Sinpro expõe o verdadeiro motivo: a paralisação destina-se a engrossar um movimento político de enfrentamento à lei que modificou diversos dispositivos da CLT (a reforma trabalhista)”, afirma nota do Sinepe. O texto considera ainda que o direito constitucional de greve não é absoluto e que “seu exercício se dá em determinadas circunstâncias e sob determinadas condições”.
Agenda nacional
Por sua vez, o Sinpro também se valeu de publicidade na mídia local para dar sua versão dos fatos. Em nota, o sindicato de classe repudiou o posicionamento do Sinepe e classificou a movimentação patronal como uma tentativa de “intimidar professores que estão exercendo o legítimo direito de paralisação das atividades”. Como forma de esclarecimento, o Sinpro afirma que a mobilização segue agenda nacional. “A reforma representa o maior e mais feroz ataque contra os direitos dos trabalhadores na história do país. As mudanças levarão ao empobrecimento da população, com o aumento da exploração, a queda geral no nível salarial e a impossibilidade para o trabalhador de planejar o futuro”, pontua o texto.
A nota destacou ainda a “participação expressiva” de professores da rede particular de Juiz de Fora em mobilizações similares realizadas no primeiro semestre. “No intuito de ampliar os esclarecimentos sobre os impactos da reforma trabalhista, o Sinpro convocou toda a sua base para assembleias ao longo o dia, culminando numa palestra com o corpo jurídico do sindicato.” Por fim, a sindicato de classe manteve a convocação previamente anunciada. “Acatar esta absurda orientação de punir os trabalhadores com desconto salarial no momento de retirada de direitos é próprio da insensibilidade de quem visa o lucro através da exploração de seus empregados.”
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esporte
Data: 10/11/2017
Título: JF Vôlei perde, mas faz jogo equilibrado contra o Sada Cruzeiro
Mesmo tendo a sua melhor atuação até agora na Superliga Nacional de Vôlei, o JF Vôlei não resistiu à força do Sada Cruzeiro e sofreu a sua sexta derrota na competição nacional. Jogando no ginásio da Faculdade de Educação Física da UFJF, na noite desta sexta-feira (10), o time local foi derrotado por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/19 e 25/16 e segue sem pontuar na competição. No próximo domingo (19), o JF Vôlei tentará a sua primeira vitória na Superliga ao receber, às 13h, o Sesc(RJ), que tem como treinador
o bicampeão olímpico, o juiz-forano Giovanni Gávio.
O JF Vôlei iniciou o jogo com os centrais Rômulo e Bruno, os pontas Lelzinho e Ramé, o levantador Felipe, o oposto Emerson e o líbero Juan Mendes, filho do técnico do Sada Cruzeiro, Marcelo Mendes. Empolgado pelo embalo da torcida, o time local fez um jogo equilibrado contra o atual campeão da Superliga e mundial. Com 10 atletas oriundos do time de Belo Horizonte, além do técnico Henrique Furtado, o JF Vôlei não se intimidou e vendeu caro a derrota para o Sada Cruzeiro. No primeiro set, os locais exploraram a sua força ofensiva e seguraram o Cruzeiro no bloqueio, mas perderam por 25/20. O set seguinte foi ainda mais equilibrado, com o JF Vôlei chegando a empatar em 9 a 9. Mas terminou em 25/19 para o Sada. No terceiro e último set, o Sada Cruzeiro se impôs no jogo e fechou a partida em 25/16, seguindo como líder da competição.
— —
Veículo: SE Mais Esportes
Editoria: Vôlei
Data: 10/11/2017
Título: Cruzeiro vence Juiz de Fora e segue na liderança isolada da Superliga Masculina
O Cruzeiro segue com campanha consistente na equilibrada Superliga masculina 2017/18. Nesta sexta-feira, a Raposa abriu a sexta rodada visitando o Juiz de Fora Vôlei, no Ginásio UFJF, e conseguiu mais uma vitória por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/19 e 25/16, se mantendo na liderança isolada da competição.
A distância é muito grande em virtude da Raposa ter muito mais jogos que alguns de seus adversários, já que teve partidas adiantadas pois irá disputar o Mundial no final do ano. No entanto, neste momento o Cruzeiro aparece na liderança com 21 pontos, sete a mais que o Taubaté, segundo colocado.
Já o Juiz de Fora, que foi para os playoffs no ano passado, inicia com campanha ruim, aparecendo na lanterna da Superliga masculina, com zero.
A vitória da Raposa foi construída com consistência. No primeiro set, o Cruzeiro já iniciou abrindo vantagem e, apesar do esforço dos adversários em não deixar o placar se alargar, conseguiu encerrar a primeira parcial em 25 a 20.
No segundo set, a equipe do Juiz de Fora até conseguiu segurar o adversário por mais tempo. No entanto, aos poucos a qualidade do elenco estrelado começou a aparecer e os visitantes não tiveram dificuldades em fechar a parcial. Com sequência de Evandro, a Raposa fechou em 25 a 19 e abriu 2 a 0.
No terceiro e último set, o domínio do Cruzeiro foi ainda mais evidente. Apesar de a disputa se iniciar equilibrada, a Raposa conseguiu emendar uma série de boas jogadas e aces na rotação de saque de Simón e praticamente liquidou o jogo. O adversário até conseguiu interromper a sequência do atleta cubano com a marcação de um ponto, mas logo na sequência os visitantes fecharam a parcial em 25 a 16 e garantiram o triunfo.
O Cruzeiro volta a atuar pela Superliga masculina no próximo dia 18 de novembro, um sábado, quando visita o Minas no clássico mineiro, às 18h (de Brasília), no Ginásio Arena Minas. Já o Juiz de Fora jogará no dia seguinte, no domingo, recebendo o Sesc-RJ, no Ginásio UFJF, às 13h (de Brasília).
— —
Veículo: Globo Esporte
Editoria: Vôlei
Data: 10/11/2017
Título: Sem dificuldades, Cruzeiro bate Juiz de Fora e segue na liderança da Superliga
No reencontro entre Cruzeiro e Juiz de Fora, desta vez, pela Superliga Masculina, o time da capital manteve a invencibilidade no confronto. Na noite desta sexta-feira, pela sexta rodada da competição nacional, o líder da competição não teve dificuldades para vencer o Juiz de Fora por 3 sets a 0 (parciais de 25/20, 25/19 e 25/16) no ginásio da UFJF. Os outros três confrontos foram pelo Campeonato Mineiro, todos eles, vencidos pelo time celeste. O ponteiro Filipe, do Cruzeiro, foi eleito o melhor do jogo.
Com o resultado, a equipe da capital segue na liderança da competição, agora, com 21 pontos. O Juiz de Fora segue sem pontuar e na penúltima colocação. A equipe da Zona da Mata mineira volta à quadra no dia 19, quando recebe o Sesc/Rio de Janeiro no ginásio da UFJF, às 13h. Um dia antes, o Cruzeiro faz o clássico mineiro contra o Minas, às 18h, na Arena Minas.
O jogo
A penúltima colocação não inibiu o Juiz de Fora nos primeiros lances do jogo. Diante do líder, os donos da casa conseguiram caminhar ao lado da Raposa no marcador. Porém, durante passagem longa de Uriarte pelo saque, o Cruzeiro conseguiu estabelecer a primeira grande vantagem no duelo: 9 a 5. O Juiz de Fora pediu tempo. Com defeito, o placar eletrônico da Arena UFJF não apontava o marcador. Assim, a diferença de pontuação não pareceu incomodar Juiz de Fora, que chegou a reduzir a desvantagem para um ponto, com Leozinho castigando no saque, quebrando o passe celeste, resultando em pontos de ataque e bloqueio de Rammé: 16 a 15. No entanto, a Raposa voltou a estabelecer frente e em erro de saque do próprio Rammé fechou a primeira parcial em 25 a 20.
A segunda parcial começou com cenário semelhante: início pegado, mas com a Raposa assertiva nas ações ofensivas, abrindo 8 a 4. Henrique Furtado parou o jogo e reequilibrou a equipe. Bem no serviço, Rammé dificultou a recepção cruzeirense e o Juiz de Fora empatou a partida. Quando o duelo estava 13 a 11 para o Cruzeiro, polêmica: o oposto Evandro sacou, a bola caiu do outro lado da quadra, e a arbitragem deu bola dentro, o que irritou os donos da casa. Após discussão, o ace foi confirmado, e o jogo ficou quente. Só que a Raposa mostrou porque é multicampeã. Mesmo com passe quebrado, Uriarte conseguia distribuir o jogo. Assim, Isac, Filipe e companhia faziam o resto. Pivô da polêmica do set, Evandro teve grande sequência no saque, forçou erros do Juiz de Fora, e a Raposa fechou em 25 a 19.
Além de manter o jogo vivo, a missão do Juiz de Fora era fazer com que o set ficasse aberto até o fim. Nos 20 primeiros pontos, 10 a 10 no marcador, com os donos da casa aguerridos, com boas presenças de Bruno e Rammé. Do lado do Cruzeiro, mesmo com alguns erros, o time seguia capitalizando. E no embalo de Simon e Evandro, os visitantes repetiram o roteiro das parciais anteriores, estabeleceu margem no marcador e, com um bloqueio duplo de Simon e Uriarte, fechou o set em 25 a 16 e o jogo em 3 sets a 0.
— —
Veículo: BHAZ
Editoria: Notícias
Data: 10/11/2017
Link: http://bhaz.com.br/2017/11/10/mae-vai-a-policia-denunciar-estupro-da-filha-de-12-anos-e-acaba-presa/
Título: Mãe vai à polícia denunciar estupro da filha de 12 anos e acaba presa
Uma mulher de 35 anos foi detida pela Polícia Militar (PM) em Juiz de Fora, na Zona da Mata, ao procurar um batalhão para denunciar que a filha dela, de 12, havia sido estuprada. Empregada doméstica, ela só foi liberada depois de ser ouvida por um delegado. Ainda assim, acabou indiciada pelo crime de abandono de incapaz. O motivo? No dia em que a menina foi abusada, saiu para trabalhar e deixou a adolescente sozinha em casa com o irmão mais novo, de 6 anos.
De acordo com a PM, a mulher procurou o batalhão na quarta-feira (8) para denunciar o crime ocorrido em 26 de outubro, quando os dois filhos dela estava sozinhos em casa. Ela contou que a filha disse ter conhecido um rapaz de 20 anos em uma festa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e que o mesmo foi até a residência onde moram. No local, o suspeito a teria estuprado por volta das 14h30. A menina mostrou ferimentos nas partes íntimas.
A mãe ainda explicou que, por conta própria, comprou remédios para a filha, mas que com o passar dos dias ficou assustada com a gravidade da situação. Ela procurou o pai da garota e os três foram até o batalhão da PM registrar a ocorrência. Durante a conversa, a mulher contou ter deixado o filho de 6 anos sozinho em casa e foi detida. Ela teve que prestar esclarecimentos, mas acabou liberada e vai responder por abandono de incapaz em liberdade. A adolescente, por sua vez, foi levada para um hospital.
O suspeito de estuprar a garota ainda não foi identificado e o caso será investigado pela Polícia Civil.
— —
Veículo: Globo Esporte
Editoria: Vôlei
Data: 10/11/2017
Título: Nos extremos da tabela, Cruzeiro e JF Vôlei se enfrentam em Juiz de Fora
JF Vôlei e Cruzeiro abrem nesta sexta-feira, às 19h30, a sexta rodada da Superliga Masculina. De um lado da rede o líder isolado e atual campeão busca mais uma vitória para dar sequência à dinastia que estabeleceu no vôlei brasileiro nos últimos anos. Do outro, a jovem equipe do interior, com forte identificação com a Raposa, tenta a primeira vitória na competição.
Nada menos que dez jogadores da base do Cruzeiro reforçam o JF Vôlei, inclusive o técnico Henrique Furtado. Para o líbero celeste Serginho, a similaridade do trabalho desenvolvido pelas equipes traz equilíbrio ao confronto das 19h30, no ginásio da UFJF.
– Esse fator é, ao mesmo tempo, bom e ruim. Da mesma forma que os conhecemos muito bem, somos conhecidos pelo time deles também. As comissões técnicas trabalham de maneira semelhante e a diferença será na qualidade dos grupos. Espero que a nossa experiência prevaleça – destacou Serginho.
Depois de chegar aos playoffs da Superliga pela primeira vez na temporada passada, o JF Vôlei tem mau início de competição este ano. O momento fica ainda mais difícil pela sequência dura de confrontos contra equipes da parte de cima da tabela, como opinou o ponteiro Felipi Rammé.
– Infelizmente pegamos uma sequência de jogos em que todos têm totais condições de disputar o título, Sesi, Taubaté e Cruzeiro. Mas temos que jogar esses jog
os para amadurecer, pegar bagagem, para quando chegar nos confrontos diretos termos grandes chances de ganhar. Sabemos a dificuldade desses jogos contra equipes fortes, mas em nenhum momento falta vontade de vencer – encerrou.
— —
Veículo: Rede Globo
Editoria: Globo Universidade
Data: 10/11/2017
Título: VI Encontro Obitel Brasil aborda práticas de fãs no ambiente da cultura participativa
Pesquisadores de TV poderão debater sobre as práticas de fãs no ambiente da cultura participativa durante o VI Encontro Obitel Brasil. O evento acontecerá nos dias 5 e 6 de dezembro no Auditório Paulo Emílio, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), e reunirá professores, estudantes e profissionais da Globo e do mercado. Interessados podem se inscrever gratuitamente clicando aqui.
Entre as reflexões do encontro, estão as obras Velho Chico, Supermax e Liberdade, Liberdade. A relação entre as marcas e o mundo dos fãs também será um ponto abordado, trazido pelo renomado palestrante internacional Matt Hills, da Universidade de Huddersfield, no segundo dia de evento.
Confira, abaixo, a programação completa:
DIA 05.12
08h30 – Credenciamento
9h às 9h30 – Abertura oficial
9h30 às 10h – Sessão de Lançamentos:
Anuário Obitel 2017 – Uma Década de Ficção Televisiva na Ibero-América. Análise de Dez Anos do Obitel.
Coleção Teledramaturgia Volume V – Por uma Teoria de Fãs da Ficção Televisiva Brasileira II – Práticas de Fãs no ambiente da cultura participativa.
10h às 11h15- Mesa 1
Obitel-ESPM – Espectadores, fãs e supernoveleiros: Velho Chico na cultura participativa
Obitel-UFRGS – Velho Chico: mais um episódio na busca pelo fã de telenovela
Moderadora: Camila Moraes – Roteirista Globo
11h15 às 11h30 – Café
11h30 às 13h15 – Mesa 2
Obitel-UAM – Dinâmicas de mediação entre produtores e fãs: o caso de Supermax
Obitel-UFPE – TV Social como estratégia de produção na ficção seriada da Rede Globo: a controvérsia como recurso
USP – Sujeito acadêmico e seu objeto de afeto: aca-fãs de ficção televisiva no Brasil
Moderador: Julio Cesar Fernandes – Coordenador de Operações Globo
13h15 às 14h30 – Pausa para almoço
14h30 às 16h15 – Mesa 3
Obitel-UFRJ/FIOCRUZ – #meuladojoaquina: convocações do feminino e narrativas autobiográficas na cultura participativa
Obitel-UFBA – Amados amantes narrados nas fanfictions de telenovelas brasileiras
Obitel-UFJF – Fãs de Liberdade, Liberdade: curadoria e remixagem na social tv
Moderadora: Leusa Araujo – Pesquisadora do Núcleo de Teledramaturgia da Globo
16h15 às 16h30 – Café
16h30 às 17h45 – Mesa 4
Obitel-UFSM – Distinção e comunicação na apropriação da moda pelos fãs de telenovelas
Obitel-UFSCAR – Práticas de binge watching nas multiplataformas
Moderadora: Flavia Toledo – Supervisor Executivo de Informação e Marketing
17h45 – Encerramento dia 1
DIA 06.12
09h às 11h -Mesa da Globo
Gêneros, arcos narrativos e ações socioeducativas. Cases A Força do Querer e Sob Pressão
a confirmar
11h às 11h15 – Café
11h15 às 12h30 – Conferência Internacional
Matt Hills – University of Huddersfield, UK
Contemporary telefantasy brands: from world-building to the ‘fan world’?
Debates
12h30 – Encerramento do Evento
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Política
Data: 10/11/2017
Título: Reforma Trabalhista entra em vigor a partir de sábado
Com uma tramitação recheada de polêmicas, o pacote com mais de cem alterações na Consolidação das Leis trabalhistas (CLT) conhecido como Reforma Trabalhista entra em vigor amanhã, dia 11. Nesta sexta-feira, um dia antes, um calendário de mobilização nacional convocado por centrais sindicais promete levar às ruas trabalhadores insatisfeitos com a nova Lei 13.467/2017. Uma das principais mudanças introduzidas pela lei, que foi proposta pelo Governo do presidente Michel Temer (PMDB) e validada pelo Congresso, é a possibilidade de que negociações, acordos e convenções firmados entre empresas e empregados – individual ou coletivamente – possam se sobrepor a alguns itens definidos pela legislação trabalhista.
A prerrogativa permitida pela Reforma Trabalhista de que o negociado prevaleça sobre o legislado não é ilimitada, no entanto. Patrões e trabalhadores não poderão construir entendimentos que ameacem direitos constitucionais como as férias – que, agora, poderão ser fracionadas em até três períodos -, e o recebimento de 13º salário. Acordos sobrepostos à legislação trabalhista, porém, já poderão ser consumados a partir de amanhã, possibilitando, por exemplo, negociações que impliquem a redução do intervalo de descanso ou para refeição para um prazo mínimo de 30 minutos. Para que algumas situações acordadas entre as partes tenham validade, entretanto, é preciso respeitar algumas formalidades, como realização de assembleia e formalização junto ao Ministério do Trabalho.
>> Conheça as principais mudanças nas leis trabalhistas
Apesar da clara intenção do Governo federal de flexibilizar as relações entre empregador e empregado, o advogado e professor de direito do trabalho atuante em Juiz de Fora, Flávio Filgueiras Nunes, considera que tais acordos não podem significar a mitigação de direitos previamente afiançados pelos trabalhadores. Sobre a possibilidade de o negociado prevalecer sobre o legislado, o especialista afirma que cada situação deva ser avaliada com cautela.
Negociação e apreciação judicial
“A relação de emprego é uma relação naturalmente desequilibrada entre o capital e o trabalho. Temos lados com poderes distintos, e esta negociação nunca é harmônica. A Justiça do Trabalho vai ter um papel fundamental na análise destes acordos. As mudanças permitem uma maior possibilidade de negociação, mas isto não estará livre de uma apreciação judicial. O papel de juízes, desembargadores e ministros do trabalho é justamente analisar se houve lesão aos direitos dos trabalhadores. Temos que lembrar que esta reforma não pode prevalecer sobre os princípios orientadores dos direitos do trabalho e também sobre nossa Constituição. Direitos trabalhistas são irrenunciáveis. Nas situações em que esta negociação tentar retirar direitos já conquistados, certamente, a Justiça do Trabalho terá o papel de invalidar estas negociações”, considera Flávio.
O profissional do direito do trabalho criticou a celeridade como foram conduzidas as discussões em torno da legislação que alterou a CLT em sua essência, com a ratificação de mais de cem adequações, adaptações e mudanças. Entre o início da tramitação da proposta na Câmara dos Deputados e a aprovação final pelo Congresso se passaram cerca de sete meses. “Fica claro que a principal intenção do projeto foi flexibilizar a jornada, permitindo um maior tempo de permanência dos empregados nos ambientes de trabalho e à disposição dos empregadores. Mas a flexibilização traz, como ‘contrapartidas’, alguns encargos para os trabalhadores. Este tempo poderá ser negociado com compensações que podem ser, agora, semanais, mensais e anuais, sem refletir necessariamente em horas extraordinárias. Para o empregador, maior flexibilização e poder de gestão. Para o trabalhador, maior ônus quanto à sua permanência no ambiente de trabalho e às consequências que isto traz em sua vida, em suas relações familiares e sociais”, avalia o professor.
Home office e trabalho intermitente
Apesar de crítico em vários aspectos da legislação, Flávio destaca pontos positivos da nova lei. Entre eles, a previsão e a regulamentação da atividade exercida na residência do trabalhador – prática conhecida como o teletrabalho, trabalho remoto ou home office – e a jornada intermitente, que permite às empresas contratar um funcionário de forma esporádica e pagá-lo apenas pelo período em que prestou seus serviços. Apesar da análise positiva, o especialista considera que a regulamentação deveria ser mais aprofundada e sugere que, por exemplo, a do trabalho intermitente fosse autorizada apenas para determinados segmentos da economia, cujas características justifiquem tal prática. Como exemplo, o advogado citou o setor de hotelaria, que, em várias regiões do país, tem caráter sazonal.
Anamatra aponta restrição do acesso à Justiça
O texto da Reforma Trabalhista segue provocando discórdia e leitura distinta em setores distintos e de relevância na construção da discussão nacional. Até em um mesmo segmento, há posicionamentos de entidades e personalidades de destaque bastante opostos, incluindo na Justiça do Trabalho, exatamente o setor responsável por fazer valer as legislações que tratam das relações trabalhistas, bem como direitos e deveres de empregadores e empregados. Recentemente, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) defendeu que a Lei nº 13.467 demandará interpretação cuidadosa dos magistrados do Trabalho, de forma a respeitar preceitos definidos pela Constituição e por convenções e tratados internacionais em vigor na ordem jurídica brasileira. Por outro lado, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Granda Martins Filho, tem rebatido críticas à reforma e chegou a declarar na mídia nacional que é necessário reduzir e flexibilizar direitos trabalhistas para garantir a geração de empregos.
O presidente da Anamatra, o juiz Guilherme Feliciano, considera que alguns pontos da nova lei podem violar a garantia constitucional do cidadão quanto à proteção judiciária. Feliciano criticou o entendimento de que caberá à Justiça do Trabalho apenas a análise de formalidades pertinentes às negociações entre empregadores e empregados. “Não é possível pensar em norma jurídica sem pensar em interpretação/aplicação da fonte formal do direito. Os juízes examinarão a constitucionalidade e a legalidade dos conteúdos dos acordos e convenções coletivas, como não poderia deixar de ser.”
De certa forma, a fala de Feliciano é uma previsão de que os juízes do trabalho não devem abrir mão de sua prerrogativa legal de fazer valer os diversos preceitos orientadores da Justiça do Trabalho. Desta maneira, o magistrado critica ainda o que aponta como outras inconstitucionalidades da Reforma Trabalhista, como os entraves econômicos à proteção processual que podem impactar no acesso do cidadão à Justiça. Para ele, a reforma imputa ao reclamante o dever de arcar, por exemplo, com honorários e despesas relacionadas a procedimentos periciais, mesmo quando o trabalhador não possua condições financeiras para tal. “A efetividade da jurisdição decorre do devido processo legal. O processo judicial é um espaço do diálogo, de efetiva distribuição de cidadania, de modo que nenhuma compreensão da nova legislação deve conduzir a um processo judicial inefetivo, tíbio, demorado.”
PGR vai ao STF
Advogado e professor de direito do trabalho, Flávio Nunes Filgueiras também considera que a reforma apresenta viés de inconstitucionalidade. Em especial, em regras que podem restringir ou desestimular a busca de trabalhadores por seus direitos por meios de questionamentos apresentados à Justiça do Trabalho. Ele destaca que a Procuradoria-Geral da República (PGR) já fez o primeiro questionamento relacionado ao acesso à Justiça. Em agosto, a PGR, ainda sob o comando de Rodrigo Janot, entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) tentando derrubar itens da reforma que, aos olhos do órgão, violam garantias constitucionais de amplo acesso à Justiça. Entre os pontos atacados pela PGR está o trecho que responsabiliza a parte vencida pelo pagamento de honorários periciais, ainda que a pessoa seja beneficiária da Justiça gratuita.
Gandra: há quebra de rigidez
Na contramão do posicionamento defendido pela Anamatra, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro Ives Gandra Martins Filho, tem feito declarações públicas que denotam apoio às novas regras definidas pela Reforma Trabalhista, como a possibilidade de que negociações entre as partes prevaleçam sobre previsões legais, mas minimizou posicionamento atribuído a ele, na mídia nacional nos últimos dias, de que seria necessária a redução de direitos como forma de fomento à geração de empregos.
“Com relação à associação entre redução de direitos e geração de empregos que ensejou a manchete da entrevista (dada ao jornal ‘Folha de S. Paulo’), ressalto que minhas afirmações não podem ser avaliadas isoladamente. Ao longo da entrevista, fiz uma análise abrangente da questão, que não foi integralmente publicada. Sempre ressaltei a importância de, em uma negociação coletiva, compensar eventual redução de direito com alguma vantagem de natureza social, de forma que o patrimônio jurídico do trabalhador, como um todo, não seja afetado”, considerou, em nota divulgada pelo TST.
Contudo, na entrevista citada, Gandra afirmou que não vê no texto vieses de inconstitucionalidade e defendeu o aspecto principal da reforma que, para ele, prestigia a negociação coletiva exatamente por quebrar a rigidez da legislação. “Não é demais lembrar que é a própria Constituição Federal que permite a redução dos dois principais direitos trabalhistas, que são o salário e a jornada, desde que se faça por negociação coletiva, o que supõe a concessão de vantagem compensatória e a transitoriedade da redução, para superar crise econômica”, afirmou, uma vez mais por meio de nota.
Governo ainda pode readequar trechos da lei
Às vésperas da entrada em vigor da reforma trabalhista, ainda há expectativa de alteração de alguns itens constantes no texto aprovado pelo Congresso por meio de medida provisória que deve ser editada pela Presidência da República nas próximas horas. Tal adequação foi prevista pelo Governo federal quando da tramitação da matéria no Congresso, por meio de sinalização do presidente Michel Temer (PMDB) de que pontos controversos do texto seriam alterados por vetos presidenciais – o que não ocorreu – ou por MP. Tal compromisso foi selado para evitar mudanças no texto que pudesse tornar a tramitação da proposta no Poder Legislativo mais lenta. Durante a semana, o líder do Governo no Senado, o senador Romero Jucá (PMDB), foi às redes sociais e reforçou o intuito.
“Aproveito para reafirmar o compromisso do Governo Temer em editar uma Medida Provisória que complementará a legislação trabalhista. A medida será editada no próximo dia 11 de novembro, quando a nova legislação trabalhista entrará em vigor”, escreveu Jucá, no Twitter. A expectativa é a de que as correções que deverão ser feitas pela caneta do presidente abordem itens como a possibilidade de que grávidas trabalhem em ambientes insalubres. Incluída pelo relator do projeto de lei na Câmara, o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), tal possibilidade é vista como inoportuna e impopular.
CNI vê modernização nas relações do trabalho
Em posicionamento encaminhado à reportagem, o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Alexandre Furlan, considerou que as mudanças proporcionadas pela Reforma Trabalhista significam “um avanço para a modernização das relações do trabalho no Brasil.” Como justificativa, Furlan considera que, sem as alterações, a principal referência legislativa das relações de trabalho, a CLT, já não se mostrava capaz de atender ao que chama de “demandas das novas formas de trabalho e de produzir”.
Para Furlan, o texto da reforma põe fim a aspectos burocráticos ao permitir maior autonomia nas negociações entre empregados e empregadores. “A modernização das relações trabalhistas, na forma como desenhada sob os alicerces de valorizar o diálogo entre trabalhador e empresas, diminuir burocracias, prevenir conflitos e dar maior segurança jurídica, certamente se traduzirá em mais desenvolvimento econômico, mais empregos e bem-estar para todos.”
Por fim, o representante da CNI defendeu que as divergências sobre o tema sejam superadas e que trabalhadores e empresas unam forças de modo a dar eficácia à lei e, de forma espontânea, sejam capazes de construir as regras que irão balizar suas relações laborais. “Com a nova lei, sobretudo com sua espinha dorsal que traz a valorização e o reconhecimento da negociação coletiva como o cerne das relações do trabalho, se abre um horizonte de mais segurança e cooperação, proporcionando a melhoria do ambiente de negócios, o que contribuirá com o crescimento econômico, com benefícios para a sociedade”, considera Furlan.
Sindicatos prometem ocupar as ruas
A agenda nacional de mobilização pode afetar as aulas nas escolas da cidade de forma geral, com a adesão de quase todos os setores da educação de Juiz de Fora à paralisação. Dessa maneira, o Sinpro, Sind-UTE, Apes e o Sindicato dos Trabalhadores Sintufejuf estão convocando professores das redes particular, municipal estadual e federal, além dos servidores ligados à UFJF, a cruzarem os braços nesta sexta-feira. No caso dos técnicos administrativos da universidade, os trabalhadores darão início ao movimento grevista. Outras categorias devem fazer ações e atos ao longo do dia e, no final da tarde, reforçar a mobilização que concentração marcada para o Parque Halfeld. Possíveis caminhadas pelas ruas centrais da cidade serão deliberadas durante a mobilização.
— —
Veículo: G1
Editoria: Zona da Mata-MG
Data: 11/11/2017
Título: Linhas extras de ônibus são disponibilizadas para 2º dia de provas do Enem em Juiz de Fora
Linhas extras de ônibus vão ser disponibilizadas neste domingo (12) para o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Juiz de Fora. Segundo a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), haverá alteração no trânsito nas ruas que ficam na região da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), principal ponto de prova.
Ainda de acordo com a Settra, as linhas 555 e 545 (UFJF) vão contar com 17 veículos extras a partir das 9h. Já a linha 755 (Zona Norte/ UFJF) terá horário extra às 10h50, saindo do Bairro Santa Lúcia. A linha 590 (Zona Sul/UFJF/CAS-HU) vai atender os candidatos no horário das 11h15, saindo do Bairro Sagrado Coração de Jesus.
Para outras instituições
A linha de ônibus 508, que atende a Faculdade Suprema, contará com os seguintes horários extras, partindo do Centro: 10h55, 11h5, 11h15, 11h30, 11h45. Já as linhas 211 (Rio Branco), 214 (Bairu/ Cruzeiro do Sul) e 221 (Bom Pastor/ Santa Catarina), atenderão no Centro Universitário Estácio Juiz de Fora e Colégio de Aplicação João XXIII, respectivamente.
Os horários extras da linha 211, com saída do Bairro Manoel Honório, serão: 10h50, 10h55, 11h50 e 11h55. Os horários de atendimento, a partir da Avenida Rio Branco, serão: 11h20, 11h25, 12h20 e 12h25. A linha 221 terá um horário extra, partindo do Bom Pastor às 11h45.
Confira as alterações no trânsito
A Rua José Lourenço Kelmer vai operar em mão única, entre o portão Norte da UFJF e o trevo do Jardim Casablanca, nesta direção. Já a Rua Lauro Teles de Mesquita terá inversão de sentido.
Os veículos provenientes do Centro, com destino à UFJF, deverão realizar o seguinte trajeto: Avenida Pedro Henrique Krambeck, ruas Lauro Teles de Mesquita e José Lourenço Kelmer.
Os ônibus provenientes do Centro, com destino ao Bairro São Pedro, transitarão pela Avenida Pedro Henrique Krambeck, Rua Antônio Rufino, Avenida Presidente Costa e Silva.
O transporte coletivo proveniente do Centro, com destino à UFJF, transitará pela Avenida Pedro Henrique Krambeck, Rua Lauro Teles de Mesquita, UFJF.
— —
Veículo: Vôlei.org
Editoria: Notícias
Data: 12/11/2017
Link: http://www.volei.org/2017/11/sada-cruzeiro-vence-jf-volei-e-segue-na.html
Título: Sada Cruzeiro vence JF Vôlei e segue na liderança isolada da Superliga
O Cruzeiro segue com campanha consistente na equilibrada Superliga masculina 2017/18. Nesta sexta-feira, a Raposa abriu a sexta rodada visitando o JF Vôlei, no Ginásio UFJF, e conseguiu mais uma vitória por 3 sets a 0, com parciais de 25/20, 25/19 e 25/16, se mantendo na liderança isolada da competição.
A distância é muito grande em virtude da Raposa ter muito mais jogos que alguns de seus adversários, já que teve partidas adiantadas pois irá disputar o Mundial no final do ano. No entanto, neste momento o Cruzeiro aparece na liderança com 21 pontos, sete a mais que o Taubaté, segundo colocado.
Já o JF Vôlei, que foi para os playoffs no ano passado, inicia com campanha ruim, aparecendo na lanterna da Superliga masculina, com zero.
A vitória da Raposa foi construída com consistência. No primeiro set, o Cruzeiro já iniciou abrindo vantagem e, apesar do esforço dos adversários em não deixar o placar se alargar, conseguiu encerrar a primeira parcial em 25 a 20.
No segundo set, a equipe do JF Vôlei até conseguiu segurar o adversário por mais tempo. No entanto, aos poucos a qualidade do elenco estrelado começou a aparecer e os visitantes não tiveram dificuldades em fechar a parcial. Com sequência de Evandro, a Raposa fechou em 25 a 19 e abriu 2 a 0.
No terceiro e último set, o domínio do Cruzeiro foi ainda mais evidente. Apesar de a disputa se iniciar equilibrada, a Raposa conseguiu emendar uma série de boas jogadas e aces na rotação de saque de Simón e praticamente liquidou o jogo. O adversário até conseguiu interromper a sequência do atleta cubano com a marcação de um ponto, mas logo na sequência os visitantes fecharam a parcial em 25 a 16 e garantiram o triunfo.
O Cruzeiro volta a atuar pela Superliga masculina no próximo dia 18 de novembro, um sábado, quando visita o Minas, às 18h(de Brasília), no Ginásio Arena Minas. Já o JF Vôlei jogará no dia seguinte, no domingo, recebendo o Sesc-RJ, no Ginásio UFJF, às 13h(de Brasília).
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 12/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/12-11-2017/237099.html
Título: Castelinho em estudo
O Castelinho dos Bracher foi tema da dissertação de mestrado de Ana Carolina Gamarano, de pós-graduação em ambiente construído da UFJF. Orientada pelo professor Marcos Olender, ela destacou que “a importância do Castelinho não está somente relacionada à questão arquitetônica – edificação eclética, projetada por Raphael Arcuri em forma de um pequeno palacete – mas também à atmosfera que foi criada em seu interior pelos Bracher por meio dos objetos, da arte e da cultura”.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 12/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/12-11-2017/237099.html
Título: Versos em Paris
Os poemas de Edimilson de Almeida Pereira vão representar Minas na 14a. Bienal Internacional de Poetas, que acontece em Paris, entre os dias 15 e 18. Seu nome foi escolhido ao lado de outro quatro escritores mineiros. Professor da UFJF, Edimilson tem importantes pesquisas etnográficas sobre a poesia africana.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 12/11/2017
Título: Prova de quatro horas e meia encerra o Enem neste domingo
As orientações para os candidatos que vão prestar a segunda prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (12) são as mesmas do primeiro dia de prova. A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) vai disponibilizar o mesmo número de ônibus extras com destino à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em um total de 17. Além disso, as interdições em vias próximas ao campus também serão aplicadas neste segundo dia de prova. A orientação para os alunos continua sendo a de se preparar com antecedência e dar preferência ao transporte coletivo.
Segundo a assessoria da pasta, no último domingo (5), data da realização da primeira prova do exame, o trânsito se manteve tranquilo na cidade. A Settra afirmou que não constatou grandes congestionamentos e que, mesmo nos momentos de maior movimentação no trânsito, não houve transtornos. Por isso, o esquema de trânsito utilizado pelos ônibus será o mesmo. Os horários dos coletivos extras também serão mantidos: os veículos das linhas 555 e 545 começam a operar a partir das 9h. Os candidatos devem seguir também os horários regulares de domingo das linhas com destino à UFJF.
Os horários de 10h30 e 13h da linha 555, que saem do Centro, vão até a Faculdade de Engenharia. Para facilitar o deslocamento dos estudantes, as linhas 755 (Zona Norte-UFJF) e 590 (Zona Sul-UFJF-CAS-HU) terão dois horários extras. Na primeira, um veículo sairá às 10h50 do Bairro Santa Lúcia. Já na linha 590 haverá um ônibus extra, cuja saída do Bairro Sagrado Coração de Jesus está marcada para 11h15. No sentido Universidade-Centro, os ônibus voltam a circular a partir das 18h30.
Ainda conforme a Settra, o trajeto do transporte coletivo será o mesmo utilizado na semana passada. Os veículos provenientes do Centro com destino à UFJF passarão pela Avenida Pedro Henrique Krambeck e pelas ruas Lauro Teles de Mesquita e José Lourenço Kelmer, até a universidade. Já os ônibus que têm como destino o Bairro São Pedro seguirão os horários regulares de domingo e farão o seguinte trajeto: Avenida Pedro Henrique Krambeck, Rua Antônio Rufino, Avenida Presidente Costa e Silva.
Outros locais
Para o segundo dia de provas, a Settra também disponibilizou horários extras com destino à Faculdade Suprema. Haverá mais veículos na linha 508 (Avenida Deusdedit Salgado), partindo do Centro às 10h55, 11h05, 11h15, 11h30 e 11h45. Já os candidatos que realizarão as provas na Faculdade Estácio de Sá poderão utilizar as linhas 211 (Avenida Rio Branco) e 214 (Bairu-Cruzeiro do Sul). Os horários extras da linha 211, com saída do Bairro Manoel Honório, serão às 10h50, 10h55, 11h50 e 11h55. Os horários de atendimento a partir da Avenida Rio Branco serão às 11h20, 11h25, 12h20 e 12h25.
Aqueles que precisam se dirigir ao Colégio de Aplicação João XXIII devem utilizar a linha 221 (Bom Pastor-Santa Catarina). Haverá um horário extra, partindo do Bom Pastor às 11h45.]
Provas de Matemática e Ciências da Natureza
A expectativa é que, próximo ao horário de início da prova, entre meio-dia e 13h, seja maior o número de veículos transitando. Por isso, a orientação para os inscritos é se deslocar com antecedência e observar os horários corretos das linhas de ônibus. Uma possibilidade é se deslocar até a UFJF por meio das linhas que têm como destino o Bairro São Pedro ou bairros adjacentes e que passam pelo anel viário do campus. Nesse caso, no entanto, é preciso verificar o tempo de deslocamento. Já para os motoristas que não vão fazer a prova ou que não estarão levando candidatos, a dica é evitar circular pela UFJF ou perto de escolas de carro principalmente durante o horário de início do Enem.
Neste domingo, os candidatos realizarão as provas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Os portões dos locais de prova serão abertos ao meio-dia para entrada dos candidatos e fechados às 13h, impreterivelmente. Os estudantes poderão começar o exame às 13h30. A duração da prova é de quatro horas e meia. Os candidatos devem seguir as mesmas orientações do primeiro dia de prova, como levar um documento de identificação com foto e não levar objetos eletrônicos.
Fazer o exame com pressa é um erro
A expectativa para este domingo (12) é que o Enem mantenha o mesmo método de edições anteriores: muita leitura e necessidade de concentração. Além disso, o exame exige resistência física e controle emocional dos candidatos, que deverão responder 45 questões da área de Exatas. Segundo Marcus Vinícius Araújo, professor de Matemática do Colégio Equipe, basicamente, a prova deve exigir bastante reflexão e raciocínio.
“O exame deve valorizar menos as fórmulas e abordar gráficos e tabelas com mais frequência. Mas, apesar de todos considerarem o Enem uma prova de lógica, não se pode dizer que não vai haver Matemática. O candidato tem que dominar conteúdos básicos, como razões e porcentagens, e saber aplicá-las nas questões propostas.”
Ainda conforme o professor, um fator que pode ser diferencial para a nota do candidato é acertar questões com certo grau de dificuldade, pois ele pode se sobressair na Teoria de Resposta ao Item (TRI), no momento da correção. Mas, para isso, é preciso fazer a prova com tranquilidade, sem pressa. “O aluno que faz o Enem tentando resolver as questões em uma velocidade muito grande acaba escorregando em problemas banais. É preferível que ele mantenha uma boa velocidade de resolução sem desespero, porque isso pode levá-lo a perder pontos em questões importantes.”
Um exemplo citado por Marcus Vinícius são as questões que contêm medidas métricas. “Pode acontecer de o candidato não perceber que, na resposta, a medida métrica pedida não é a mesma que está no enunciado. Percebemos que é muito comum cair nesse erro, onde há a resposta que ele acharia caso não observasse a medida utilizada. Por isso, é importante prestar muita atenção e se lembrar que é uma prova de resistência”, finaliza.
Outras dicas são trabalhar com aproximação dos valores, o que pode ajudar a eliminar respostas improváveis, ganhando velocidade; trabalhar com as respostas disponíveis na múltipla escolha, podendo, em alguns casos, substituir os dados no problema; e evitar perder tempo com uma única opção. Segundo o professor, caso o aluno não consiga responder a uma questão, deve passar para a próxima, pois é melhor solucionar um número menor de questões, acertando mais, do que responder a maioria e errar demais.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 12/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/12-11-2017/um-ensino-que-fale-nossa-lingua.html
Título: População surda ainda é marginalizada na educação
Estudei com a Natália durante o Ensino Médio, puxado, vestibularista, cheio de aulas extras e plantões e em uma escola particular. Como eu, ela estudava sem qualquer atenção especial dos professores, fofocava com as amigas, ia a festinhas e fazia atividades extracurriculares, como balé e esportes. Mas Natália Melo, hoje com 33 anos, é surda, e, apesar de ter realizado um implante coclear quando mais jovem, consegue distinguir apenas alguns ruídos, mas não as palavras. Por trás da menina na carteira ao lado, havia todo um universo que eu desconhecia, já que, em minha cabeça, “apesar das dificuldades”, ela fazia todas as mesmas coisas que eu. “Comecei a fonoaudiologia quando eu tinha 1 ano, até 25 anos. Aprendi a falar, a escrever e a ler lábios, e não era fácil. Não sabia e ainda não sei Libras. Quando criança, a fonoaudióloga não queria que eu aprendesse, e minhas amigas também não sabiam. Aprendi a ler português, mas nunca gostei e acho difícil até hoje. Tenho muita dificuldade com vocabulário, pois o meu é muito restrito. Hoje quero aprender Libras porque muitas pessoas sabem”, contou-me a ex-colega de escola pelo WhatsApp.
Como a profissional de fonoaudiologia que acompanhou minha amiga, grande parte da sociedade e mesmo das iniciativas de inclusão de pessoas surdas e/ou com alguma deficiência auditiva impõe uma barreira fundamental à socialização, inserção e educação desta população: o não reconhecimento de Libras, a língua de sinais, como um idioma, a língua materna de quem não ouve. Apesar de a Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, instituir a língua brasileira de sinais como segundo idioma oficial brasileiro, quase não há práticas que legitimem o que diz a legislação. A Natália, mesmo sendo de classe média e contando com uma rede de apoio, afeto e assistência familiar e de amigos, teve negado o direito a se desenvolver em um idioma que lhe permitisse ter mais autonomia durante a vida escolar e permitisse uma inserção cultural na comunidade surda. Para quem tem surdez e domina a língua dos sinais, o exercício deste direito também é negado ou, no mínimo, cerceado.
“Uma criança surda entra numa escola em que a língua que se fala não é a dela, o professor não sabe se comunicar com ela, e o processo de aquisição de linguagem é deteriorado. Um ouvinte começa a educação aprendendo conteúdos de outras disciplinas e aprendendo também sua primeira língua, a portuguesa. O surdo tem sua instrução em português, que é sua segunda língua, e não tem chance de se aprimorar na primeira, Libras. É uma exclusão em todos os sentidos”, diz Gabriel Martins, mestre em diversidade e inclusão.
Barreiras no caminho
O estudante de Letras com licenciatura em Libras da UFJF Eliandro Feliz, de 37 anos, lamenta, apesar de ter muito orgulho, que seu caminho até o ensino superior tenha sido marcado por tantas lutas solitárias. “Desde os 8 anos, tentei aprender a ler e escrever, ingressar em uma escola, mas elas não aceitavam surdos. Consegui estudar aos 21 anos, me formei no ensino fundamental aos 28, fiz um supletivo particular e concluí o ensino médio. Só que precisei pagar por toda esta formação, porque o Governo não consegue fazer o surdo ser aceito no processo inclusivo, pelo menos não antes da Lei de Libras. Depois dela, consegui fazer faculdade, sou formado em logística, e tenho muito orgulho de ser surdo e ter tido um reconhecimento de capacidade igual ao de pessoas ouvintes”, diz ele, com o intermédio de Gabriel Martins como intérprete.
‘O surdo como sujeito na educação’
No último fim de semana, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) colocou a discussão do ensino para a população surda em pauta, tendo como tema de sua redação “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. A escolha dividiu opiniões, apesar de especialistas e surdos reconhecerem a importância de o debate ter sido levantado em todo o país. “Fiquei feliz com a escolha, porque mostra que a sociedade precisa se abrir para entender que a educação dos surdos é diferente. Os conteúdos precisam ter estratégias e didáticas específicas para que estes alunos tenham a chance de uma formação”, avalia Eliandro, com tradução para português de Gabriel. “É o caminho para um ensino que fale nossa língua”, completa ele.
Gabriel acrescenta, apesar de valorizar a visibilidade que ganhou o tema, que o debate precisa se aprofundar. “No frisson do exame, todo mundo está discutindo o assunto, mas e depois? O MEC vai continuar investindo e apoiando a formação de professores para o ensino de surdos?” Para o especialista, a videoprova traduzida em Libras, disponibilizada pela primeira vez em 2017 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, tem muito mais representatividade no que diz respeito à inclusão. “Isso é acesso de fato. Pela primeira vez, os candidatos surdos fizeram um exame de nível nacional em sua própria língua, como sempre fizeram os ouvintes.” Segundo dados do Inep, nesta edição do teste, cerca de seis mil alunos com surdez ou deficiência auditiva fizeram a primeira fase.
Na visão de Gabriel, a defasagem na formação de docentes é um dos principais agravantes para que o sistema educacional seja tão excludente para os surdos. “Trabalho no ensino superior e nos cursos de licenciatura. Os futuros professores têm uma disciplina voltada para educação e diversidade e uma de língua de sinais, com apenas 36 horas. Em 36 horas, não se aprende um idioma, não se busca compreender quem é o sujeito surdo no processo educativo e que necessidades e especificidades ele tem, algo que é fundamental. Essa lógica vem da educação de base. Não se discute diversidade com nossas crianças. O professor é podado o tempo todo para discutir qualquer coisa que fuja à norma, e a surdez se enquadra aí, junto com outras deficiências, condições sociais, de gênero e outras.”
Pais ouvintes devem aprender Libras muito cedo
O especialista Gabriel Martins, um dos organizadores do livro “Imersões Cotidianas na Educação Inclusiva: Múltiplos Olhares, Múltiplos Saberes”, destaca que os estudos e práticas voltados para a inclusão dos surdos na educação apontam para o exercício da chamada “pedagogia visual”. “Consiste em trabalhar, no ensino, a visualidade dos conteúdos, com recursos, como maquetes, slides, mapas, vídeos com Libras, entre muitos outros. É uma maneira de pensar o estudante surdo de outra forma que não por seu déficit, reconhecendo-o como um sujeito ativo no processo educacional, com um idioma próprio e que tem também sua própria cultura. A diferença entre um surdo e um ouvinte é só a língua usada para se comunicar.”
Segundo Gabriel, no caso de crianças surdas, há ainda mais especificidades no que tange às demandas educacionais, estimulando desde cedo a visualidade como instrumento de compreensão e aquisição de conhecimento e criando, em casa, um ambiente que favoreça a formação. “Os pais devem aprender Libras desde o começo da vida da criança e, tão logo seja possível, colocá-la em contato com um adulto surdo, primeiro porque se trata de um modelo linguístico e cultural hereditário e depois para que ela compreenda que sua surdez não a coloca em posição de solidão no mundo.”
Discussão e adequações contínuas
Além da Lei 10.436 de 2002, que institui a Libras como segundo idioma nacional, existem no Brasil outros instrumentos legais que asseguram – ou deveriam assegurar – a inclusão de pessoas surdas na educação, como a Lei 5.626, de 2005, que regulamenta o decreto anterior, tornando obrigatório o ensino do idioma nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio e superior e nos cursos de Pedagogia e de Fonoaudiologia, e também recomenda sua inclusão progressiva nas demais licenciaturas do ensino superior. Há ainda o Plano Nacional de Educação (PNE), de 2014, que estabelecia metas para os próximos dez anos, tendo o item 4.6 como “garantir a oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos alunos surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues inclusivas”. Três anos depois, as ações realmente inclusivas caminham a lentos passos, apesar de alguns deles serem grandes e importantes.
A atual gestão da UFJF vem buscando cada vez mais maneiras de integrar os surdos não apenas à comunidade acadêmica, mas a um modelo educacional que lhes permita desenvolver todas as suas potencialidades. Além da licenciatura em Letras-Libras, a instituição oferece cursos do idioma para o público interno e externo, disponibiliza intérpretes não apenas para a sala de aula, mas também em setores de atendimento ao público (inclusive nos processos de seleção), oferece monitores para os estudantes surdos e incluiu a interpretação em Libras de todo seu material institucional, inclusive a divulgação de editais de oportunidades, entre outras ações. “Começamos a fazer os vídeos por uma provocação de alguns alunos surdos, que questionavam, ao ver nossas campanhas institucionais: ‘Nós, surdos, continuamos sem entender’. Fizemos um extenso trabalho de pesquisa e adaptação de nossas equipes, junto com especialistas, e hoje todo nosso material tem intérprete de Libras”, avalia o diretor de Imagem Institucional da UFJF, professor Márcio Guerra. Algumas ações, como a divulgação do sorteio de vagas para alunos do Colégio de Aplicação João XXIII, extrapolam as fronteiras da comunidade acadêmica. “Qualquer surdo que assista ao vídeo pode inscrever seu filho no concurso, porque tem um intérprete de Libras que garante acesso a esta informação”, ressalta Gabriel Martins.
Políticas de inclusão
Para Márcio Guerra, as políticas de inclusão para surdos no contexto da UFJF ainda precisam evoluir muito, mas a existência desta demanda, por si só, aponta para um horizonte mais promissor. “Felizmente, ampliamos consideravelmente o acesso de estudantes surdos à universidade, e isso traz novas demandas para que este público seja atendido de forma plena. Mas a adaptação para que isto aconteça leva algum tempo, porque requer mudanças em procedimentos, capacitação, etc. O fundamental é que a discussão e estas adequações sejam contínuas, e que sejam realizadas junto a quem é atendido por estas ações”, diz Márcio. “Nossa intenção, com essas políticas de inclusão, é também atingir o público ouvinte da universidade, buscando abrir suas mentes para a diversidade, e isso vai além dos surdos, mas em um sentido amplo.”
Juiz de Fora também tem ações
Em âmbito municipal, a Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) contabiliza, de janeiro até a data de publicação da matéria, 400 atendimentos na Central de Interpretação de Libras (CIL), com acompanhamento de intérpretes de Libras a pessoas com deficiência auditiva em serviços de saúde, educação, jurídicos, bancários e outros. Outros projetos também buscam ampliar a acessibilidade da comunicação, como o Curso de Libras para servidores públicos e para a população em geral. Segundo a SDS, quatro turmas já se formaram e três estão em andamento. Além disso, órgãos como a Associação dos Surdos, sem vínculos governamentais, promovem diversas ações para aumentar a inclusão da população surda, de ensino do idioma a atividades de lazer e entretenimento diversas.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 12/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/12-11-2017/fala-quem-sabe.html
Título: JF por aí
Medalha da Marinha, no Rio: Duas personalidades de Juiz de Fora estavam entre os agraciados com a “Medalha Amigo da Marinha”, em cerimônia extraordinária, repleta de civismo e patriotismo, na Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, no Rio. Na foto, o comandante do Batalhão Naval, capitão de mar e guerra Elson Luiz de Oliveira Góis – que é juiz-forano – está ladeado pelo homenageados, o reitor da UFJF Marcus David e o vereador Marlon Siqueira.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Painel
Data: 12/11/2017
Título: Hingel e a plateia
Ao falar como orador na solenidade em que foi entregue a Comenda Bernardo Mascarenhas, o professor Murílio Hingel prendeu a atenção da plateia por 34 minutos. Abordou sua experiência como professor, em que atuou nas três esferas da educação. Lembrou que, ainda como estudante na Academia, teve a primeira experiência como professor e nunca mais deixou a função. Ministro da Educação no Governo Itamar e um dos fundadores da Faculdade de Letras da UFJF, se disse recompensado pelo trabalho, mas lamentou que os convites para falar em público estejam cada vez mais raros. Na plateia, houve quem lamentasse tal situação, pois Hingel ainda tem uma longa contribuição a prestar, especialmente aos jovens, por conta de sua experiência e conhecimento.
— —
Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 12/11/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/12-11-2017/as-riquezas-e-o-fundo-do-poco.html
Título: Prefeitura inicia processo de tombamento de 50 casas no Poço Rico
A casa onde Lecy Soranço foi criada a partir dos 12 anos tinha muitos cômodos, agigantados, e um grande jardim na frente. Na lateral, mais tarde, foi construído um prédio, onde ela passou a morar com marido e filhos. Os pais, no entanto, continuaram a viver no casarão. Imigrantes italianos, eram contemporâneos, amigos e vizinhos do construtor Pantaleone Arcuri, morando, todos, no Bairro Poço Rico. Na década de 1980, Lecy recebeu uma notificação, e a casa passou a ocupar, apenas, fotografias. A Prefeitura, num discurso desenvolvimentista, demonstrava interesse na desapropriação de todo o terreno para a construção do Viaduto Augusto Franco, inaugurado apenas em 1996.
Quase três décadas depois, a mesma Lecy recebeu, em outubro passado, uma nova correspondência cujo remetente era a mesma Prefeitura. O interesse, contudo, era outro, contrário à ideia desenvolvimentista e preocupado com a memória que em outros tempos não deu conta de preservar. “Eu morava onde passa o viaduto. Era uma casa maravilhosa. Meu pai é quem tinha construído. Ele era empresário, dono de marmoraria. Fui indenizada e comprei a que moro hoje. Na época achei que poderia ter sido mais, mas me conformei”, conta a senhora de 76 anos, moradora do número 77 da Rua Antônio Dias, residência de dois pavimentos em estilo modernista, próxima às casas de número 31 e 35, também de sua propriedade, alvos da atual notificação.
Tanto no documento enviado pelos Correios quanto no edital publicado nos Atos do Governo dos dias 10, 11 e 12 de outubro, o imóvel que Lecy comprou para a filha, a professora Maria Cristina Soranço Miranda, de 56 anos, consta como uma das 50 casas incluídas no processo de tombamento do Conjunto Paisagístico Urbano do Bairro Poço Rico. Considerada a maior ação de preservação patrimonial da história de Juiz de Fora, a proposta abrange cinco ruas da região (Ruas Antônio Dias, da Bahia, Pantaleone Arcuri Neto, Pinto de Moura e Dr. Vilaça), impactando 140 proprietários, a maioria deles contrários à medida que os pegou de surpresa ao oferecer um prazo de 30 dias para a inscrição de pedido justificado de impugnação da proposta.
“A única maneira legal de se comprovar a notificação é por um documento oficial, que não dá tempo de preparar a pessoa para a informação de que, a partir de agora, a casa dela se encontra em tombamento provisório, e ela não pode mais fazer qualquer alteração na fachada e no volume. São informações pesadas”, reconhece o superintendente da Funalfa Rômulo Veiga, presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), onde tramita o processo iniciado em 2015 e somente agora tornado público, objeto de debate entre proprietários e Poder Público na última semana de outubro, a fim de que dúvidas fossem sanadas. “Agora é que começa o processo. Muitos tomaram como se já estivesse no fim, mas notificamos que ali há potencial. Alguém pesquisou, investigou, fundamentou corretamente e permitiu o início do processo. A primeira etapa é a solicitação ao tombo, que foi realizada no final de 2015. Desde então, levantamos todos os proprietários. Depois aconteceu a notificação, que foi individual e também coletiva, por edital. A reunião com os moradores não era necessária ao rito, mas achamos que seria positiva, uma vez que são tantos”, explica.
Estipulado para este domingo (12), o prazo final para impugnação inicia, segundo o gestor da Funalfa, a instrução histórica e arquitetônica, com a equipe da Dipac (Divisão de Patrimônio Cultural) fazendo o levantamento de cada uma das residências e da região. “Arquitetos vão visitar as casas para fazerem uma avaliação se elas correspondem com a originalidade e se o que foi alterado destitui o valor delas, se estão em plenas condições. Vão ser feitos dois relatórios, um histórico e outro arquitetônico, que serão encaminhados ao Comppac. Um relator será indicado para estudar o processo e relatar sua decisão, se ratificando ou recusando. No caso do conjunto, acontece muito de nem todas as residências notificadas serem tombadas. Acontece de o conjunto proteger uma altimetria, preservando oito ou dez bens, ao invés de tombar tudo. Por fim, segue para o prefeito assinar”, enumera Veiga.
Incoerências e descaso histórico
O bairro onde Maria Cristina Soranço Miranda, 56, cresceu jogando bola na rua sequer permite abrigar seu carro, seu silêncio e sua paz. “Já roubaram os pneus do meu carro. Para não deixar na rua, guardo num outro lugar, mas se ficar muito tarde, não posso, para não andar sozinha”, conta ela, que projetava construir uma garagem no endereço hoje tombado provisoriamente. “Há uns sete anos, pedi a alguns vereadores para darem uma olhada no trânsito nessa região, porque minha casa estava sendo prejudicada. Mas não tive resposta até hoje. Essas casas são antigas, não têm estrutura para aguentar o fluxo pesado de carros. Hoje muitos caminhões sobem esse morro (da Rua Antônio Dias), passam e estouram o piso todo. Minha casa está toda rachada. A Cesama veio várias vezes reparar a tubulação da rua. As casas hoje precisam de reforma por causa disso. Acho que o tombamento foi pensado tarde demais”, comenta, reconhecendo a relevância histórica e arquitetônica do bairro.
Por trás de placas já desgastadas com números telefônicos de imobiliárias e o anúncio “Vende-se”, a casa onde o analista de informática aposentado Afonso Lovisi Travassos, 63, vive com a família expõe o pequeno apreço de toda a região. “Não é justo, à base da correria, ter que lutar por um imóvel que é nosso. Essa casa aqui é uma herança. Meu pai trabalhou, suou e pagou por ela. Como ele já faleceu e a casa tem seis herdeiros, estamos há quase quatro anos tentando vender. Fomos criados nessa casa. Vim para cá com 9 anos e estou com 63. Morei mais de 30 anos fora, aposentei e voltei. Com a crise, ninguém chega com o dinheiro que a gente quer”, lamenta ele, apontando para o imóvel com cinco quartos, sala com dois ambientes, garagem com capacidade para três carros, quintal, despensa, agigantada varanda coberta nos fundos, dependência de empregada e outras grandezas.
Diante das limitações, os moradores temem a possível desvalorização dos bens, já historicamente vitimados pelo descaso ao qual o bairro foi sujeitado nas últimas décadas. Trânsito intenso de automóveis, tráfego barulhento e sujo de trens de carga, violência exposta em assaltos e roubos, irrisória força do comércio local, alta frequência de usuários de drogas, iluminação precária e muita sujeira formam o retrato de um lugar mais próximo do poço que da opulência. Composto em sua maioria por residências unifamiliares, o conjunto paisagístico que se inscreve entre a linha do trem e a Rua Osório de Almeida guarda, ainda, outra contradição. De acordo com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Atividades Urbanas, foi aprovado no Departamento de Licenciamento de Obras e Parcelamentos Urbanos (pela mesma Prefeitura que sugere o tombamento dos 50 imóveis), a construção de um prédio com 11 pavimentos, 80 apartamentos e três lojas no quarteirão que engloba as ruas Osório de Almeida, Herculano Pena e Dr. Vilaça.
“Falta um debate amplo sobre a situação das famílias, a questão de verba e sobre o que se exige de nós, que é mais do que o município pode dar. De dez em dez anos vender potencial construtivo pode amenizar, assim como isenção de IPTU, mas não resolvem o problema. A mendicância, a falta de segurança, o trem, a aprovação desse prédio que vai destoar totalmente formam uma incoerência enorme”, pontua a professora universitária Alice Arcuri, 54, que vive o drama de ter, de um lado, a história da família reconhecida (ela é filha de Arthur Arcuri) e, de outro, a incerteza em relação ao futuro do imóvel onde vive, na Rua Dr. Vilaça 77.
Processo baseado em trabalho de estudantes
Com o financiamento de sua casa recém-quitado, o analista de sistemas e músico Ricardo Capra Pereira, 46, indigna-se com um processo que, segundo ele, reserva fragilidades em sua extensão, todas apontadas no documento entregue essa semana à Prefeitura solicitando a impugnação do processo. Assinada pelos representantes de mais da metade dos imóveis notificados e referendado pelo advogado Luiz Picorelli, a contestação critica a ausência de investigação profunda sobre os bens envolvidos. “Na Prefeitura não há foto do antes e depois dessas casas, nenhum histórico”, comenta Ricardo, organizador do movimento contrário ao tombamento.
Com o seguro de sua residência vencido e impedido de renová-lo por conta de a seguradora não aceitar bens tombados, Ricardo aponta para o impacto de um gesto cujo início foi dado num trabalho acadêmico, como consta no projeto. Assinado por quatro estudantes universitários do curso de História da UFJF, o estudo foi feito para a disciplina “Patrimônio I”, ministrada pelo professor Marcos Olender, focando-se na casa de número 85, onde viveu o arquiteto Arthur Arcuri e iniciado com a seguinte frase do romancista francês Victor Hugo: “Não importa quais sejam os direitos de propriedade, destruição de um prédio histórico e monumental não deve ser permitida a esses ignóbeis especuladores, cujo interesse os cega para a honra”. Para Ricardo, que diz ter enfrentado inúmeras dificuldades para pagar os R$ 150 mil da compra de sua casa, a citação soa ofensiva.
Heterogeneidade e descaracterização x ideia de conjunto
Ironicamente, a residência da aposentada Maria José de Oliveira Bento, 60, conta a história da descendência de Pantaleone, pelo projeto modernista assinado pelo filho Arthur Arcuri, e também a história da família Bento, haja vista todas as alterações que o imóvel na esquina da Rua da Bahia com Herculano Pena já enfrentou desde que Maria José, o marido e os filhos se mudaram para lá em 1987. “A casa está toda descaracterizada. Quando cheguei, ela já estava diferente. Depois aumentamos o muro, trocamos janelas. Vou arrumando aos poucos. De quatro em quatro anos, pinto por fora ou por dentro. Todas as mudanças que tinha que ter feito na estrutura, já fiz. Por dentro já não tem nada de histórico, só eu”, ri, apontando para a fachada que já não ostenta a pintura original de Edson Motta, muito menos janela e porta de madeira. Hoje, a janela é de vidro, e a porta deu lugar a um portão de ferro. Os cômodos foram todos alterados.
“Estou chocada até agora com essa história de tombamento. É uma sensação de perda”, comenta Maria José, que se junta a um coro pronto a enumerar a paisagem heterogênea e já pouco identificada com a primeira metade do século XX, quando Pantaleone edificou uma vila operária no bairro. “Se essas casas não estão descaracterizadas por fora, por dentro certamente estão”, afirma o analista de informática aposentado Afonso Lovisi Travassos, indignado com a ausência de um critério transparente, capaz de justificar a compreensão de conjunto. Enquanto a casa dele sofreu poucas alterações na fachada, a da frente ganhou um novo pavimento e acabamento frontal em mármore. Ambas foram notificadas e estão provisoriamente tombadas. Mais à frente, na mesma Rua Dr. Vilaça, a casa com fachada toda preenchida por placas cerâmicas a imitar tijolos recebeu notificação, enquanto outra, visivelmente menos modificada, não foi contemplada.
Irmãs, a médica Carmen Lúcia Pazzi, 60, e a aposentada Maria da Glória Pazzi, 69, moradoras da mesma casa de número 115 na Antônio Dias, mas proprietárias de imóveis distintos em estilo, acabamento e proporções, foram notificadas. “Há mais de 40 anos moramos aqui. Minha família veio de Matias Barbosa para cá, mas não fomos os primeiros moradores. Gostamos de morar aqui, mas o tombamento, arbitrário, é complicado. Queremos reverter essa situação”, comenta Carmen Lúcia. “Essa casa tem um quintal grande, e não poderemos fazer nada”, observa Maria da Glória. “A minha casa (na esquina das ruas Dr. Vilaça com Antônio Dias) não tem laje, então, se for colocar, precisaria mexer na fachada”, acrescenta, em tom de lamento, Carmen Lúcia.
“Um gosto de injustiça”
Terceiro proprietário da casa de número 33 da Rua Dr. Vilaça, o jornalista Carlos Alberto Pavam reconhece o valor histórico e arquitetônico de sua residência, não pretende modificá-la, muito menos vendê-la, mas incomoda-se com a obrigatoriedade de conservação a ele atribuída. “Precisa ser repensada essa forma de tombamento, que, no final, joga todo o ônus para o proprietário. De que adianta falar em preservar se o proprietário não consegue? É complicada essa imposição de a Prefeitura simplesmente falar que não pode mexer e precisa cuidar. Entendo o valor e a revolta dos vizinhos”, comenta ele, que optou por não se juntar ao grupo majoritário que solicita a impugnação.
“Na rua tem duas correntes, uma do pessoal que quer parar esse tombamento, e para isso terão que ter argumentos históricos e arquitetônicos, e outro pessoal, do qual faço parte, que deseja explorar o potencial que a Prefeitura está falando. Vamos tornar essa rua uma vila, refazendo a iluminação e conservando o passeio? Já que é essa joia toda, vamos valorizar! Espero que ao final, quando verem que é impossível reverter o tombamento, todos se unam no objetivo de cobrar do município uma contrapartida”, sugere ele, defendendo uma solução compartilhada. “Sem levar em consideração as carências e as vontades das pessoas envolvidas, dá um gosto de injustiça.”
Autor de “Ornamento, ponto e nó: da urdidura pantaleônica às tramas arquitetônicas de Raphael Arcuri”, o professor do departamento de história da UFJF Marcos Olender, considerado uma das principais referências na reflexão patrimonial da cidade e responsável pela disciplina onde surgiu o trabalho que referencia o processo, aprova o projeto. No entanto, destaca a necessidade de envolvimento e mobilização dos moradores na ação que causa impacto direto em suas vidas.
Afonso Lovisi Travassos, 63, assim como Ricardo Capra Pereira, 46, reclamam outros incentivos. “Bato palmas para (a ideia) de querer manter a memória, a história. Mas não é justo sairmos prejudicados por conta disso. Ficar isento de IPTU é pouco, porque o IPTU não é exorbitante a ponto de não aguentarmos pagar”, pontua Afonso. Ricardo concorda e apresenta o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que lhe é cobrado, no valor de R$ 827,19 anuais. Indica, ainda, o valor da taxa de coleta de resíduos sólidos, R$ 329,28, sendo que na rua sequer passa o caminhão da coleta, apenas um pontual funcionário, que recolhe os sacos e reúne numa rua próxima, onde rotineiramente ficam restos e ratos. “Vamos até a última instância possível para reverter esse processo”, afirma.
Cruzada contra “mutilação” da cidade
Numa Juiz de Fora de uma história oficial predominantemente branca e abastada, a despeito dos negros escravos e dos pobres imigrantes que ajudaram a erguer casas e vias, o processo de tombamento do conjunto paisagístico urbano do Bairro Poço Rico cria a perspectiva de uma memória coletiva forjada de maneira democrática, capaz de abarcar as mansões dos aristocratas e também a vila operária, como é o caso. “O tombamento não é só daquilo que é belo, nem de tudo o que é velho, mas do que tem valor e traz valores positivos para a sociedade, sejam de memória, sejam estéticos para a vivência da cidade”, observa o superintendente da Funalfa Rômulo Veiga, confiante na possibilidade de requalificação do ambiente hoje degradado.
“Se identificarmos que o fluxo pesado de veículos e o uso do bairro vêm prejudicando os bens tombados, as restrições de preservação influenciarão nesse contexto, requalificando toda a região”, aponta o presidente do Comppac, sugerindo a criação de políticas públicas que envolvam novo paisagismo da área, conforto acústico, cabeamento, controle de fluxo e altimetria das construções. Pesquisador e professor da Faculdade de Arquitetura da UFJF e também artista gráfico dedicado às formas arquitetônicas tradicionais locais, Jorge Arbach acredita num horizonte melhor para o Poço Rico.
“Ora, se o Poder Público tem o poder de descaracterizar, não dar atenção a uma área, também pode fazer o contrário. A Avenida Sete, a região do Vitorino Braga, que sempre foi considerada como um lugar sub-urbano, aos poucos começa a ter uma consistência urbana. O Poço Rico também pode entrar nesse processo, e o tombamento do conjunto pode ser um fator de capitalização de interesse para a área”, comenta o estudioso. “O que fazemos, nesse momento, é frear essa mutilação que Juiz de Fora vem sofrendo. Precisamos de uma tomada de consciência”, alerta Arbach.
De acordo com Rômulo Veiga, todo o processo de tombamento pode levar entre três e cinco anos até ser concluído. “Tem casos que levam cerca de dez anos, por serem muito judicializados”, pontua. “Muitas questões serão questionadas para constituir esse processo. Do ponto que estamos, sabemos que há um valor histórico, mas precisamos estudar com calma”, pondera. Segundo Jorge Arbach, mesmo os projetos já alterados ao longo de décadas carecem de análise detalhada. “Se não houve uma alteração volumétrica, a construção é importante, ainda, porque mantém as características espaciais. E pode ser retomado o projeto original. Uma vez que tenha a definição do tombamento, é possível recuperar a originalidade. Como o Largo do Boticário, no Rio de Janeiro, que foi recuperado em suas linhas originais”, explica, certo da relevância do local em questão. “É benéfico para a cidade ter um bolsão preservado. É fundamental que haja nichos históricos representativos do cosmopolitismo de Juiz de Fora.”
Associação de BH se interessa por causa local
Caso o processo de tombamento seja concluído nas diretrizes que apresenta atualmente, os 140 proprietários dos 50 imóveis poderão pleitear leis de incentivo ao restauro de bens tombados, solicitar isenção do IPTU e lançar mão da lei instituída em 25 de julho de 2017. Atualmente, contudo, a realidade dos bens tombados em Juiz de Fora vivencia apenas a isenção do imposto. Nada mais. Aperfeiçoamento da lei de 1998, a Lei Complementar n.º 065, que trata da transferência do direito de construir dos imóveis protegidos por tombamento, ainda não saiu do papel.
“Muita gente já pediu o cálculo, e uma associação de fora quer atuar na cidade. Também já temos interessados em comprar potencial. A lei está engatinhando, precisamos criar regramento. A Prefeitura já tem um grupo de trabalho criando um protocolo para simplificar e vigiar o processo. Precisa, ainda, de mais um ano de maturação para engrenar”, aposta Rômulo Veiga. “A aplicação da lei de transferência de potencial construtivo garante que não haverá perda imobiliária e monetária. É uma contrapartida. O interessante é fazer valer a lei. E há um grupo que pode estimular as extremidades, o proprietário e o empreendedor”, garante Jorge Arbach, referindo-se à Associação Brasileira de Proprietários de Imóveis Tombados (Abrapit).
Sediada em Belo Horizonte, onde goza de um histórico sucesso na preservação e na negociação da transferência do direito de construir de imóveis tombados, a associação sem fins lucrativos já manifestou interesse em montar uma sede em Juiz de Fora. “Conversamos desde que a lei começou a entrar em pauta. Ainda falta muita coisa para ajustar para que consigamos trabalhar com ela. Esse benefício, interessante, existe, mas na prática exige normatização. Está tudo sendo solucionado e em breve estaremos aí”, afirma o diretor Luiz Claudio Fonseca de Magalhães.
Criado na Europa e importado pelo Brasil na década de 1980, já aplicado em diferentes cidades do país, o mecanismo de transferência do direito de construir, segundo Luiz Cláudio, é uma das principais ferramentas de compensação e, na maioria dos tombamentos em Belo Horizonte, mostrou-se justa. Em Juiz de Fora, defende o profissional, a lei apresenta o mesmo potencial para não deixar esgarçar o delicado fio que preserva em seu centro a memória e em suas extremidades o coletivo e o privado.
— —