Sempre prezando pela pluralidade cultural e artística, o Som Aberto traz em outubro atrações que buscam agradar as mais diversas idades, mas com atividades especiais para o público infantil, em comemoração ao mês das crianças. Em sua 13ª edição, o evento realizado pela Pró-reitoria de Cultura acontece no sábado, 28, a partir das 14h, na Praça Cívica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Entre as atrações musicais, destacam-se as bandas Trupicada, Uiara Leigo e Me Gusta Xagusta.
Uma das atrações infantis da edição, o Palhaço Rosquinha apresentará Mágicas e Tonteiras, show interativo com gags cômicas e números de mágicas e de circo, como malabares e acrobacias, buscando proporcionar diversão e alegria para crianças de todas as idades. Além do show, que será apresentado no chão em formato de arena, o palhaço traz a proposta de circular pelo espaço, interagindo com as pessoas – especialmente as crianças – propondo algumas brincadeiras. “Apresentar no Som Aberto é uma grande satisfação, pois já é um evento consolidado na cidade e atinge um grande público, sendo também uma boa oportunidade de divulgação do meu trabalho, que já faço há 12 anos. Pretendo levar alegria através da arte circense e da figura do palhaço”, comenta o artista.
Já os artistas visuais Ramon Brandão, Marcelo Neves, Dadá Magalhães, Raquel Gouveia e Tarsila Palmieri, do coletivo Cavalete de Rua, trazem para a edição uma proposta colaborativa, que busca discutir questões de gênero. A ideia surgiu da polêmica em torno do vídeo de Dia das Crianças do programa A Hora do Lanche, da Diretoria de Imagem Institucional da UFJF, apresentado pela drag Femmenino. “Nossa ideia é mostrar que gênero deve ser discutido sim. Isso é muito importante para que as pessoas aprendam a lidar com as diferenças”, afirma Marcelo Neves. Serão produzidos cinco quadros com a intervenção de cada artista que, com seu estilo próprio, ressignifica o conceito das obras.
Presente em várias edições do Som Aberto, o programa Gente em Primeiro Lugar participa este mês com apresentações de dança, pernas-de-pau e uma intervenção de graffiti. Algumas coreografias foram preparadas para o espetáculo de dança Sete – levado ao palco do Cine-Theatro Central nesta quarta-feira, 25 – e outras estão sendo produzidas exclusivamente para o Som Aberto. A intervenção de graffiti será com pintura em lona e venda de trabalhos realizados pelos alunos. Como uma vivência da arte circense, o uso das pernas de pau terá como objetivo uma interação com o público presente, para quem deseje conversar ou tirar fotos com os artistas. “Para nós é muito importante os alunos poderem participar desse evento, onde aprendem com as outras atrações. A cultura precisa ser vivenciada, e isso só fortalece o vínculo do aluno conosco. Além disso, é uma oportunidade de dar visibilidade ao nosso trabalho, sabendo do tamanho alcance que o Som Aberto tem”, afirma o articulador cultural do projeto, Lucas Nunes.
De volta ao evento, a performance Cama de Gato, do artista Paulo Rafael, promete muita diversão para todo o público com seu emaranhado de linhas coloridas. Também veterano no projeto, o chargista Mário Tarcitano retorna com o seu Caricaturarte, desenhando caricaturas dos visitantes do evento que desejarem ser “retratados” pelo artista.
Nesta edição, com seu caráter social, o Som Aberto também estará contribuindo com três diferentes campanhas: Pelos olhos de João, na qual familiares buscam arrecadar fundos para o tratamento do garoto que sofre de uma doença rara nos olhos; a campanha Doe amor, doe ração e uma feira de adoção de gatos.
Oficinas
A programação do Som Aberto inclui ainda três oficinas. A professora do curso de Música da UFJF Luana Oliveira estará ministrando uma oficina de musicalização infantil. A princípio serão montadas duas turmas: uma para bebês de até 2 anos e outra para crianças de 3 a 6 anos – ambas com 40 minutos de duração. Segundo Luana, a proposta é que as crianças travem contato com músicas infantis e interajam de forma lúdica com os instrumentos, de modo a terem o interesse despertado pela musicalização e a desenvolverem seu ouvido musical.
Com uma rampa que será montada na Praça Cívica, a Associação Juizforana de Skate oferecerá uma oficina desse esporte urbano para crianças e adolescentes. Outra oficina voltada para o público infantil é a de maquiagens artísticas Make-up Danit, que será ministrada por Dani Brito.
Música
A garotada também foi contemplada na programação de shows desta edição, com a subida à Concha Acústica da banda Trupicada, que aposta em um espetáculo que integra música, teatro, brincadeiras e contação de histórias. Composta por oito músicos juiz-foranos, a banda apresenta um repertório composto por canções autorais e de compositores do cenário local e nacional. Cantigas e brincadeiras de tradição oral, também presentes, valorizam e consolidam o vínculo e a interação entre a banda e o público.
“Estamos preparando uma seleção de músicas presentes nos nossos dois CDs (Trupicada e Trupifolia), além de brincadeiras cantadas e algumas músicas de compositores e bandas que influenciam o nosso trabalho”, explica o músico Felipe Tavares. Não faltarão também versões de histórias clássicas da literatura infantil, como João e o Pé de Feijão e Festa no Céu, brincadeiras cantadas e músicas dos compositores de Juiz de Fora Antonio Tico e Lucas Soares, amigos e parceiros da Trupicada, além de composições de Bia Bedran, Helio Ziskind, Renato Correia e Cláudio Rabello. “Participar do Som Aberto é um momento especial e muito significativo para a Trupicada! Nós nos identificamos e admiramos este Projeto”, entusiasma-se Felipe.
No Palco Cultural, parceria com o Cultural Bar, a Fantástica Banda Invisível – FBI traz um pouco de rock com influências setentistas e do psicodelismo dos anos 60. Já a discotecagem fica por conta do DJ Snüp-In, que apresenta um repertório que explora o blaxploitation, funky’n’soul, jazz funk e brasilidades.
A terceira atração a agitar os palcos do Som Aberto é a cantora Uiara Leigo. Com raízes africanas e influência do jazz, do instrumental, do rock e da MPB, as composições de Uiara caminham através de uma linguagem de questionamentos políticos, discutindo o existencialismo contemporâneo e mantendo a liberdade de criação do tropicalismo. No repertório, músicas de ídolos da MPB, como Caetano Veloso, Chico Buarque e Cássia Eller, além de um mix do seu mais recente trabalho, Meu Canto é Segredo. Para a cantora, o evento é uma oportunidade de apresentar o trabalho para um público muito diferenciado. “Participar do Som Aberto já era uma ambição exatamente por essa possibilidade de poder expandir o meu trabalho e estar junto com o público”, conta Uiara.
O último show da noite é comandado pela banda Me Gusta Xagusta, que produz música brasileira com levadas de tambor mineiro e maracatu. Formada por Gustavo Xavier, o Xagusta (violão e voz), Pedro Brum (guitarra), Yroxe (percussão), Alice Santiago (voz, percussão), Victor Rozeni (baixo) e Thales Scoton (bateria), suas composições têm como fonte de inspiração a contemplação de sensações despertadas pelo contato com a natureza. O álbum de estreia da banda conta com dez faixas inéditas produzidas por Aldo Torres. Me Gusta Xagusta – que já gravou videoclipes, foi trilha sonora do filme Fossa e chegou ao primeiro lugar no Festival de Música Sangue Novo de Juiz de Fora – toca pela primeira vez no Som Aberto. O show na Concha Acústico será uma mostra do lançamento do CD homônimo, que acontecerá em 2018. Segundo Pedro Brum, o disco reúne sonoridades e ritmos brasileiros que referenciam as variadas influências musicais de cada integrante, o que resulta em uma direção musical única. “Tocar na Concha Acústica será um marco para o grupo, tendo em vista o vasto público que estará presente”, afirma o guitarrista.
Além de todas essas atividades e atrações culturais, durante todo o evento estarão acontecendo o Grand Bazar, com mais de 80 expositores de artigos de artesanato, doces, vestuário e acessórios, demonstração de hipnose, massagem relaxante, praça de alimentação com food trucks, além de um parque de brinquedos infláveis, com tobogã, touro mecânico, piscina de bolinhas, cama elástica, corrida maluca e escalada radical (com ingressos individuais para cada brinquedo) para diversão da garotada.
Som Aberto – Shows, bazar e atrações culturais
Dia 28, das 14h às 21h, na Praça Cívica (Campus da UFJF)
Entrada franca
Programação:
14h – Abertura – Ângelo Abreu
14h– Abertura Grand Bazar
14h – DJ Snüp-In
14h – Diverdança – Gente em Primeiro Lugar
14h – Intervenção Graffiti – Fernanda (Lumen) & Igor(Tenxu)
15h – Oficina da Associação Juizforana de Skate
15h – Oficina de Musicalização Infantil – Luana Oliveira
15h – Oficina Make-up Danit: Maquiagens Artísticas
15h – Cavalete de Rua – Feminino & Masculino
15h30 – Perna de Pau – Aline Carvalho & Tainá Neves
15h30 – Performance – Cama de Gato
15h30 – Palhaço Rosquinha em Mágicas e Tonteiras
15h30 – Caricaturarte – Mário Tarcitano
16h30 – Show Trupicada
18h00 – PalcoCult – Fantástica Banda Invisível – FBI
19h30 – Show Uiara Leigo – Meu Canto é Meu Segredo
20h30 – Show – Me Gusta XaGusta
22h – Pista com DJ Snüp-In
Mais informações:
(32) 2102-3964 – Pró-reitoria de Cultura