O som da gaita predomina na balada “Nômade” da banda Goya Reggae Rock sobre lugares, encontros e desprendimento. “Amigos eu deixei, tantos mares naveguei, vou vivendo a minha vida, um dia de cada vez”. Em vibe semelhante, a Hey Joe vislumbra “novos horizontes, onde ninguém jamais pisou, navego contra a correnteza”, na música “Florescer (ou não ser)”, que tem videoclipe gravado com imagens de fãs.
Além da Goya e da Hey Joe, o reggae power infiltra-se em mais três grupos compostos por estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), alinhados também ao rock, ska, surf music e rap: Soul Rueiro, Mauloa e a carreira solo de Jamerson Mancio.
Veja também a relação com bandas de rock.
Goya Reggae Rock
Com músicas sobre o cotidiano e as experiências de vida de seus integrantes, a Goya Reggae Rock tem Marcelo Barros no vocal, Asclê de Oliveira e Pedro Magal na guitarra, Ed Moreira no baixo e o aluno de Artes e Design Matheus Goya (Tchê) na bateria. O grupo lançou recentemente seu primeiro CD “A pedra mais alta”.
“Positividade e alto astral definem o nosso estilo. Por isso, em maio, quando cantamos com o Chimarruts, no Cultural, com casa lotada e a galera cantando todas as músicas, foi uma experiência incrível”, conta Matheus “Tchê”, que entrou na banda em 2014.
Perfil da banda Goya no Spotify
Hey Joe
Rodrigo de Sá e Rodrigo Rosa cantavam nas noites de Leopoldina desde 2012, quando surgiu a oportunidade de abrir o show da banda Rama Ruana. Precisaram se juntar ao baixista Ricardo Oliveira e ao baterista Lucas Ferrari. Tempos depois, Davidson Bronzato entrou com os metais. A Hey Joe lançou recentemente o primeiro disco, “Deskareggae”, que traz reggae, ska e surf music.
O vocalista da banda e estudante do Bacharelado em Canto, Rodrigo Rosa, explica que para agradecer o apoio dos fãs e das bandas que incentivaram a Hey Joe a entrar no cenário musical, fizeram o clipe da música “Florescer (Ou não ser)”.
Soul Rueiro
Formada em 2013 pelo vocalista Hugo de Castro e o baterista Felipe Katon, a banda Soul Rueiro vai das rimas do rap ao reggae enraizado. A banda se completa com Lucas Nogueira no teclado, Jack Sampedro nos metais, Pedro Gabriel no baixo e Henrique Villela na guitarra e vocal.
Villela cursa Composição, no Departamento de Música da UFJF. Para o estudante, o primeiro clipe da banda, “Já legalizou”, foi fundamental para a carreira. “A música é antiga, de antes do início da banda. Era trabalhada em nossos shows e conhecida pelo público que nos acompanha. Até que um amigo nosso Hércules Rakauskas teve a ideia de gravar o clipe, satirizando um pronunciamento do governo.”
Mauloa
Em 2013, na época de colégio, o estudante de Medicina Veterinária Tiago Croce e o aluno de História Victor Sampaio deram início à banda Mauloa apenas por diversão. Croce assumiu a guitarra, e Sampaio o baixo e os vocais. A partir de 2016, Mikael Gomes entrou para os vocais, Thimy Vieira para os teclados, e Thalles Oliveira para a bateria, completando o grupo que tem o reggae como vertente mais marcante.
A prévia do EP “Prelúdio”, com três faixas, pode ser ouvida pelo SoundCloud.
Jamerson Mancio
“Comecei a ouvir reggae em casa, minha família sempre teve tradição com a música negra. Quando cheguei à adolescência, em uma fase de rebeldia e tentando me encontrar, vi no reggae uma forma de me expressar. Com a história forte que ele tem de crítica social, o abracei como meu estilo favorito”, relata Jamerson Mancio, aluno da Faculdade de Educação, cantor e compositor de reggae.
Em 2000, Jamerson participou da banda Comunidade Rasta, que, após nove anos, chegou ao fim. Ao seguir com a carreira solo, também participou de outras bandas, como Nagô Reggae Instrumental. A composição “Uma nova esperança” foi criada por ele quando ainda integrava a Comunidade Rasta.
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