Foi realizado nesta quarta-feira, 27, no anfiteatro 2 da Faculdade de Engenharia (prédio Itamar Franco), o evento de ruptura das pontes de papel, concurso da XIII Olimpíada da Engenharia Civil. Organizado pelos alunos do Programa de Educação Tutorial do curso (PET Civil UFJF) – que, neste ano, comemora dez anos -, o Concurso de Pontes de Papel compreendeu onze equipes, que construíram estruturas à base de papel cartão e cola.
Nesta edição, a equipe vencedora, Pinguela 4.0, construiu uma ponte que suportou 7,3kg. A ponte que apresenta boa eficiência estrutural e exatidão consegue aguentar cerca de 10kg de peso. O aluno do 7º período e um dos integrantes da equipe, Leonardo Machado El-Corab, no ano passado ficou em 3º lugar. Ele conta que o que os levou à vitória desta vez foi o aprendizado com os erros antigos. “Já participamos há 4 anos e sempre errávamos em lugares muito específicos. Então, fomos corrigindo tudo com o tempo, aprendendo com os erros.”
A aluna do 4º período, Raquel Rodrigues, líder da equipe que ficou em 2º lugar, diz que o erro na montagem os impediu de ganhar. “Tínhamos muitas peças para colar e todas deveriam ter um tamanho exato. Não foi fácil conciliar tudo. E também estávamos ultrapassando o comprimento permitido [de 70cm], o que nos levou a refazer o projeto. Mas tudo serviu de lição para evoluirmos no próximo ano.”
O Concurso de Pontes de Papel reuniu membros da comunidade acadêmica da Engenharia Civil e também de outros cursos. Segundo Thainá Faria, 5º período, recém-chegada ao PET, o “concurso foi um sucesso, pois tivemos muito apoio dos professores da Engenharia Civil e participação de alunos e docentes de outras áreas que, inclusive, vieram aqui no anfiteatro votar na ponte mais bonita, que venceria no quesito ‘Estética’.”
A criatividade das equipes também não passou despercebida. Para Gabriela Guimarães, aluna do 6º período e integrante do PET há pouco mais de um ano, a inovação das pontes foi algo a ser destacado: “Foi muito bacana porque eles não se bastaram ao modelo que nós apresentamos. Vimos vários arqueados, com barras de compressão no meio. Posso dizer que, em comparação com as do último ano, estas pontes ficaram mais interessantes.”
Hoje professor do Departamento de Transportes e Geotecnia, Jordan Henrique de Souza participou da primeira edição do concurso, há 13 anos, e, por isso, tem grande apreço pelo mesmo. Para ele, é importante participar de um concurso deste, porque faz o aluno compreender uma demanda específica e realizar cálculos, “usando sua bagagem acadêmica para materializar a ponte.”
O professor ressalta que “a partir do conhecimento da resistência, com um material barato e alternativo, eles conseguem fazer o dimensionamento do projeto. Quando eu participei, vi as aplicações dos conceitos que aprendi; a parte teórica se materializava bem na minha frente.”
O concurso também possui caráter multidisciplinar: cada integrante é responsável por alguma parte, seja cálculo, desenho ou outro. Para Souza, outra contribuição do concurso é a competição salutar, em que uma equipe precisa ser melhor que a outra para chegar à determinada carga, pensando sempre nos três princípios da construção: segurança, economia e estética.
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