Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata-MG

Data: 22/09/2017

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/apresentacoes-musicais-e-eventos-estao-na-agenda-cultural-da-zona-da-mata-e-vertentes.ghtml

Título: Apresentações musicais e eventos estão na agenda cultural da Zona da Mata e Vertentes

Toda semana, você confere as atrações culturais de diversas cidades da Zona da Mata e no Campo das Vertentes. Na agenda desta semana, apresentações musicais e eventos fazem parte da programação de Juiz de Fora, São João del Rei, Barbacena, Muriaé e Viçosa.

Juiz de Fora

A cantora, compositora e instrumentista, Luciana d’Avila, se apresenta nesta sexta-feira (22), no Cine-Theatro Central com o projeto “Luz da Terra”. O valor do ingresso é de R$ 10, levando um quilo de alimento não-perecível. O Cultural Bar recebe a banda La Família, que vai homenagear o músico Chorão. Na Privilége, o cantor Dilsinho sobe ao palco. Os ingressos custam entre R$ 50 e R$ 70.

No sábado (23), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe mais um edição do “Som Aberto”, com entrada gratuita. A partir das 14h, o público tem opções de culinária, artesanato e música, além de oficinas, massagens, bazar e gincana solidária. Já o Cultural Bar promove um carnaval fora de época com apresentação do Bloco Come Quieto, a partir das 23h.

Também no sábado, a micareta “Carnaleão” invade o Terrazzo, a partir das 18h, com shows de Tuca Fernandes, Tomate e Yago Gomes. Os ingressos variam de R$ 80 a R$ 260.

No Morro do Imperador, no sábado e domingo (24), haverá o “JF Harley-Days”, com shows das bandas Velotrol, Stone Age, Maverick V8, Cangaia Blues, além de Nanda e Carol, Lorena Fernandes e Duo Retrô, com entrada é franca.

O youtuber Marco Túlio também vem a Juiz de Fora no sábado, com o show Authentic Games, no Centro de Eventos Capitólio, a partir das 18h. Os ingresos variam de R$ 60 a R$ 160. No mesmo dia, a humorista Loló Néves apresenta o show “Nu dos outros é refresco”, a partir das 20h, no Espaço Cultura Estância Dom Viçoso, no Bairro Alto dos Passos. O ingresso custa R$ 20,

Até domingo, o Museu Mariano Procópio recebe o público com uma programação para todas as idades, música, exposições, brincadeiras e desfile de figurinos baseados no acervo de indumentária do Museu. Confica a programação completa. No Shoppping Jardim Norte, a 10° Edição da Praça Cultural vai até domingo, na Praça Cultural, com artesãos, músicos locais, gastronomia, cervejas artesanais e espaço para a crianças.

De 25 a 30 de setembro, ocorre a 23ª edição do Festival Internacional de Coros de Juiz de Fora (Festcoros). Ao todo, serão 16 corais e duas bandas, somando mais de 150 participantes em 34 apresentações em Juiz de Fora, Maripá de Minas, Argerita e Piau, todas com entrada gratuita.

A Pastoral dos Surdos da Arquidiocese de Juiz de Fora promove, desta sexta até domingo, um encontro com palestras, danças e teatro no Salão Nobre da Santa Casa, para chamar atenção para o Setembro Amarelo.

O Forum da Cultura da UFJF recebe a mostra “Patotinha da DuCarmo”, com trabalhos artísticos de 10 alunos, orientados pela professora e artista DuCarmo. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 14 às 18h, até o dia 29 de setembro e a entrada é gratuita.

O apresentador Lair Rennó tabém estará em Juiz de Fora neste sábado. O espetáculo “Olá, Lair” será no Cine-Theatro Central, às 21h, e os ingressos custam de R$ 28 a R$ 73.

São João del Rei

Até este sábado, acontece a 11º edição do Festival de Leitura de São João del-Rei e Tiradentes (FELIT). O evento vai homenagear o escritor e médico psiquiatra, Ronaldo Simões Coelho, que assina mais de 60 livros infantis. A programação completa tem atividades infantis, feira de livros, encontro do escritor homegeado, lançamento de livros e exposições.

O evento “Educomunicar para Refletir e Mobilizar” tem oficinas, palestras e debates nos dias 27 e 28 de setembro, na Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). A entrada é gratuita.

Barbacena

A Praça da Rua Bahia recebe, no domingo, a 5° edição do Projeto Social e Cultural Cor&ação – Hip Hop e Cidadania, com várias atividades e atrações locais de diferentes movimentos sociais e vertentes artísticas. A programação vai das 9h ás 22h, com Encontro de Palhaços, campeonato de skate, Batalha de B.boys e B.girls, Batalha de Mcs, Roda de Capoeira, Graffiti, Desafio da Pipa, Cantinho do empoderamento e várias oficinas.

Muriaé

A exposição “Religiosidade” fica em cartaz no Grande Hotel Muriaé até o dia 30 de setembro e reúne uma série de imagens do fotógrafo Vicente Costa e Pacífico, esculturas de João Raul e estandartes do acervo do Espaço Cultural Cesar Ornelas, de Guarani (MG).

O objetivo é incentivar a cultura e proporcionar, de forma gratuita, que os muriaeenses tenham mais acesso às obras de arte. A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, de 8h às 11h30min e de 13h às 17h.

Viçosa

Comemorando o 146° aniversário de Viçosa, serão oferecidos à população cinco dias de shows gratuitos no Espaço Aberto de Eventos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), no Bairro Bela Vista.

A festa começa na próxima quarta-feira (27) com o show da dupla Carreiro e Capataz. Na quinta-feira (28) sobe ao palco o grupo Cia do Forró, que abre a noite para a dupla Rick e Giovani. Veja a programação completa.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Economia

Data: 22/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/economia/22-09-2017/feira-de-negocios-comeca-nesta-sexta.html

Título: Feira de Negócios começa nesta sexta

A partir desta sexta-feira (22), Juiz de Fora irá sediar a primeira edição da Feira de Negócios Grupo Solar, que irá trazer ofertas para a aquisição de casas, apartamentos, terrenos, salas comerciais, carros, motos e móveis. No total, 30 expositores estarão presentes, prometendo apresentar condições especiais de negociação. O evento será realizado no estacionamento G3 do Independência Shopping e segue até domingo. A entrada é franca. A expectativa é que 12 mil visitantes passem pelo local.

Na feira, estarão representantes de construtoras, imobiliárias, concessionárias, lojas de móveis e decoração, e financeira para a consulta de crédito, com possibilidade de aprovação na hora para a compra de veículos. A orientação é para que os interessados levem documentos pessoais, comprovantes de residência e renda, e carteira de habilitação (CNH). A variedade de ofertas dos produtos promete atender todos os gostos e bolsos. Na análise de especialistas, os preços mais baixos e as condições facilitadas de pagamento são um convite às compras.

Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, os consumidores devem se preparar para aproveitar as oportunidades que o mercado oferece. “O natural é que as pessoas se planejem financeiramente com o objetivo de realizar sonhos.” A professora de economia da UFJF, Fernanda Perobelli avalia o momento como propício para quem se planejou. “Pesquisa desta semana mostrou que o brasileiro passou a poupar mais desde 2014, por conta da crise, e agora está voltando a consumir. Para quem se planejou e está com a situação financeira em dia pode ser um bom momento, já que a taxa de juros caiu para 8%”,diz.

O evento começa às 10h e segue até 22 nesta sexta-feira (22) e sábado. Já no domingo, ocorre das 12h às 21h. Organizada pelo Grupo Solar Comunicações, com produção e organização da Done Produtora de Eventos, a Feira de Negócios tem expectativa de ser realizada anualmente.

Imóveis a partir de R$ 125 mil

Representantes de 16 empresas, entre construtoras e imobiliárias, estarão apresentando amplo leque de oportunidades para quem busca um imóvel. Serão milhares de unidades disponíveis com diversos tamanhos, localização e preços. Há apartamentos, coberturas, casas e salas comerciais situados em todas as regiões da cidade. De acordo com os expositores, a oferta inclui desde imóveis quarto e sala até os chamados “alto padrão”. As opções são para unidades prontas, em construção e na planta. Os valores para compra são a partir de R$ 125 mil.

As empresas irão disponibilizar equipes de vendas para orientar os consumidores. Haverá estande em que o interessado, por meio da tecnologia de realidade virtual, conseguirá ver o projeto na planta conforme será entregue. O público também poderá conferir imóveis que destacam a sustentabilidade no setor da construção civil, com uso de medidores individuais de água, captação e reutilização de água das chuvas, de energia solar e iluminação diferenciada. As formas de pagamento também são variadas. Dentre algumas opções estão imóveis que se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida; aqueles que não exigem valor de entrada; e outros que financiam a entrada em até 36 vezes.

Aluguéis e terrenos

Os expositores também irão apresentar uma carteira variada de imóveis para a locação. Um dos expositores promete sortear três meses de aluguel gratuito entre aqueles que fecharem contrato com parcela de até R$ 1.500. A Feira de Negócios também irá trazer oportunidades para quem deseja construir. A oferta contempla terrenos rurais, com áreas a partir de 20 mil metros quadrados, e urbanos, a partir de 250 metros quadrados.

De carros populares aos de luxo, evento terá 9 concessionárias

Para quem tem esperado a oportunidade para adquirir um veículo zero, o feirão irá oferecer praticidade para a pesquisa. Serão nove estandes onde estarão reunidas representantes das concessionárias Volkswagen, Fiat, Chevrolet, Toyota, Honda (carros e motos), Peugeot, Nissan e Hyundai. Em todas elas, os expositores prometem lançamentos e condições diferenciadas de pagamento, com tabelas de preços elaboradas exclusivamente para o evento. A oferta inclui automóveis populares, linhas esportivas e de luxo, além de novidades em motocicletas. Os interessados poderão ter a aprovação do crédito na hora para a compra.

Projetos exclusivos de móveis

Nos quatro estandes direcionados para móveis, o público encontrará opções para salas de estar e jantar, cozinha planejada, dormitório, tapetes, artigos decorativos e adornos em todos os estilos. Além de móveis para a pronta entrega, o consumidor terá acesso ao catálogo das lojas. Os expositores também prometem atendimento personalizado. Na ocasião, será disponibilizada a criação de projetos exclusivos para casa.

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Veículo: O Tempo

Editoria: Super FC

Data: 22/09/2017

Link: http://www.otempo.com.br/superfc/em-casa-montes-claros-derrota-minas-por-3-a-1-1.1523148

Título: Em casa, Montes Claros derrota Minas por 3 a 1

A despeito de uma arbitragem confusa, Minas Tênis Clube e Montes Claros Vôlei fizeram um jogo de alto nível, nesta quinta-feira (21), no ginásio Tancredo Neves, em Montes Claros. Com a vitória por 3 sets a 1 (parciais de 27/25, 20/25, 25/21 e 25/18), o Pequi Atômico não só se recuperou da derrota da última terça-feira, como garantiu a valiosa oportunidade de jogar a semifinal do campeonato em casa, acompanhado de sua apaixonada torcida.

Na semana que vem, o Minas enfrentará o JF Vôlei duas vezes, no ginásio da UFJF, na Zona da Mata. Serão os dois últimos jogos da fase classificatória do campeonato e, mesmo que o time da capital vença as duas partidas, não poderá alcançar mais o Montes Claros, garantido em segundo. Com o Sada garantido em primeiro, a briga agora é para a definição das semifinais.

Emoção

O ajustado bloqueio do Minas deixou o time da capital com uma certa tranquilidade para levar o primeiro set, que começou equilibrado, até um favorável 23 a 20. Foi ali que a emoção mudou o prognóstico da partida. O bloqueio do Montes Claros levou o time do Norte de Minas a acreditar no duelo, e quando o Minas se preparava para fechar, um rally emocionante culminou com o empate em 24 a 24. Aí, a empolgada torcida de Montes Claros fez o seu papel e empurrou os donos da casa a abrir o jogo com 27 a 25.

Para empatar o jogo, o Minas contou com três fatores: primeiro o saque, principalmente do ponteiro Bob, que levou o marcador a 9 a 5 para o time da capital. Depois a entrada de Honorato, que ajudou, nos contra-ataques, o Minas a chegar ao marcador de 17 a 11. No final, um erro de marcação da arbitragem no placar, que esquentou os ânimos, deixou o ambiente para que o Minas fechasse a parcial em 25 x 20.

Apesar do empate, o Minas não conseguiu se impor na terceira etapa. Aproveitando-se da ineficiente virada de bola do time de BH, o Montes Claros abriu 13 a 9 e depois 22 a 18. Mesmo com o oposto Felipe Roque dando o melhor, o time da casa fechou em 25 a 21 o terceiro set.

Quando o placar marcava 4 a 3 para o Montes Claros no quarto set, um lance mudou o jogo. O ponteiro Bob empataria explorando o bloqueio, mas a arbitragem não viu. Houve muita reclamação, o ponta foi expulso e, assim, o placar que seria 4 a 4 se converteu em 5 a 3 para o MOC. Foi quando o Pequi Atômico apareceu. Dali pra frente, Lorena desencantou, e aproveitando-se do baque emocional sofrido pelo Minas, não teve dificuldades de fechar a partida ao fazer 25 a 18.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 22/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/22-09-2017/ato-contra-cura-gay-reune-centenas-de-pessoas-e-mobiliza-centro-de-juiz-de-fora.html

Título: Ato contra ‘cura gay’ reúne centenas de pessoas no Centro de JF

Unindo-se a série de atos realizados em todo o país às 17h desta sexta-feira (22) contra a liminar expedida no último dia 15 pelo juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, que autoriza a realização de pesquisas e o tratamento de “reversão sexual”, dezenas de pessoas reuniram-se ontem em frente à Câmara Municipal em protesto. O ato começou a ganhar mais adeptos por volta das 18h30. Pouco antes das 19h, após falas de lideranças, a manifestação se dirigiu ao Calçadão da Halfeld, parando por instantes no cruzamento com a Rio Branco. O ato seguiu até a Praça Antônio Carlos. Segundo estimativa da PM, 200 pessoas participaram do ato. No entanto, participantes acreditam que o número chegou a 400. Durante o trajeto, entoavam gritos como “as gay, as bi, as trans e as sapatão. Tá tudo organizado pra fazer revolução.”

Houve presença em peso de manifestantes muito jovens, alguns acompanhados por suas famílias, como o adolescente trans Pedro Jacobsen, 17 anos. Sua mãe não apenas apoiou o ato, mas pretende criar uma rede de apoio para mães de filhos e filhas LGBTTI, fundando em JF o “Mães pela diversidade”, movimento que já existe nacionalmente.

“A ideia é orientar as mães para que estejam aptas a apoiar seus filhos e filhas. Estamos aqui para mostrar que nossos filhos são saudáveis, doente é o tratamento que a sociedade dá a eles. Muitos adoecem por causa deste tratamento”, diz ela. Para Pedro, o apoio da mãe foi fundamental. “Foi o que me salvou e permitiu que eu fosse quem eu sou. E vê-la criar este movimento para permitir que outras mães façam isso é lindo”. Para o estudante Avelino, que exibia uma faixa com os dizeres “Sr.Juiz pare agora”, é essencial que haja mobilização da sociedade. “Precisamos ter voz e mostrar quem somos, sem ter alguém que nos impeça.”

s psicólogas Brune Coelho e Daniele Mesquita, que integram o Grupo de Trabalho de Gênero e Sexualidade do Conselho Regional de Psicologia, também presentes no ato, afirmaram que a decisão da liminar tangencia exatamente as questões abordadas pelo trabalho da organização. “A maior parte dos psicólogos e psicólogas está indignada com essa decisão, que fere princípios básicos da profissão. A psicologia trabalha justamente na despatologização das identidades LGBTTI, e autorizar estas terapias tem efeitos extremamente danosos para os pacientes”, diz Brune. “Os danos psíquicos da comunidade LGBTTI têm origem no preconceito, que é respaldado por decisões como esta, completa Daniele.

Decisão abre perigosos precedentes jurídicos e no campo da psicologia

Segundo Andréia Stenner, doutora em teoria psicanalítica pela UFRJ e especialista em saúde mental pela Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, a liminar que autoriza a realização de terapias de reversão sexual não apenas desrespeita o Conselho Federal de Psicologia (CFP), que desde 1999 proíbe tais procedimentos, mas também abre brecha para discursos e atos homofóbicos. “Qualquer prática terapêutica que vise a tratar a homossexualidade parte de uma promessa que cientificamente não tem comprovação alguma e que, no cenário brasileiro, em que existem tantos crimes motivados por homofobia, as questões de gênero devem ser abordadas alinhadas e alicerçadas nos direitos humanos e nas próprias considerações feitas pela área de saúde. É importante lembrar que a Organização das Nações Unidas (ONU) trouxe para o Brasil uma agenda específica para a população LGBTTI, para assegurar os direitos desta população”, diz a psicóloga, também professora da Estácio de Sá, destacando que a OMS não prevê a homossexualidade e a homoafetividade como patologias desde 1975.

Andréia rebate outro argumento usado para sustentar a liminar, em prol da liberdade de pesquisa científica dos psicólogos. “O psicólogo tem como dever ético e profissional acolher e tratar o sofrimento de qualquer pessoa, em qualquer condição, mas jamais mudar a identidade de gênero ou orientação sexual, não existe tratamento embasado cientificamente para este fim. E, além disso, não cabe ao Judiciário legislar sobre o que é de âmbito da saúde”, destaca a profissional.

Alinhada ao discurso da psicóloga, Joana Machado, professora da Faculdade de Direito da UFJF e integrante da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB/JF, destaca que algumas decisões discursivas da liminar, como não usar termos como “cura” ou “doença”, têm o efeito de inibir a leitura de que o posicionamento “se trate de uma decisão despudoradamente política, comprometida com agenda conservadora e/ou fundamentalista”, como ela frisa.

“Tanto que, para muitos defensores da decisão, o juiz apenas possibilitou orientação psicológica à população LGBTTI, como se o termo ‘reorientação’ significasse apenas acompanhamento, acolhimento, e não uma promessa de reorientação sexual, promessa vazia e violenta de reversão. Essa escolha serviu para confundir, porque deu a entender, para quem não se deu ao trabalho de ler a resolução questionada, que a população LGBTTI estava impedida de buscar ajuda de profissionais da psicologia, e que a decisão veio a favorecê-la! Por fim, o uso de argumentos constitucionais (notoriamente mal empregados, mas ainda que não o fossem) serve para camuflar a escolha do magistrado com a suposta neutralidade da técnica jurídica, para naturalizá-la, como se o Direito, enquanto sistema, e não a própria figura do magistrado, é que estivesse a decidir”, pontua.

Manifestações populares, institucionais e legais ajudam a combater a medida

A professora Joana Machado lembra que a linha argumentativa da liminar é a mesma que já foi utilizada por setores junto ao Poder Legislativo quando, pela via parlamentar, em uma tentativa prévia de se esvaziar a resolução do CFP que proíbe terapias relacionadas à reversão sexual, como o projeto apresentado em 2013 pelo deputado João Campos (PSDB-GO) e defendido pelo também deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Como a decisão de agora, o projeto evitava certos termos, mas na prática, abria precedentes para pseudotratamentos da orientação sexual. “Também o discurso religioso consegue se adaptar e substituir, quando necessário, o ódio panfletário por formalismo jurídico e obter o mesmo resultado pretendido. A diferença é que, quando o Judiciário, sobre o qual há uma expectativa de legitimação técnica, assume o papel de autorizar esse tipo de violência simbólica, não apenas a institucionalizando, mas forjando uma razão técnica para a sua aceitação, a sociedade pode se sentir mais convidada a perpetuá-la.”

Segundo Joana, como se trata de decisão em sede de liminar, há fundamentos materiais e vias formais para se combatê-la, como a possibilidade de o CFP interpor agravo de instrumento para buscar derrubá-la. “Inclusive, a OAB já se pronunciou no sentido de pretender auxiliar, como amicus curiae (amiga da corte), o CFP nessa caminhada. É importante destacar quando, a despeito da tradição conservadora que marca o campo jurídico, atores jurídicos conseguem efetivamente se posicionar contra injustiças e não se esconderem em discursos aparentemente isentos, pseudo neutros e/ou conciliatórios. Estamos a refletir sobre uma população que é morta diariamente no país e a omissão, nesse contexto, significa assumir o lado da opressão, da violência. É possível fazer a necessária crítica ao campo jurídico sem desistir de transformá-lo, sem deixar de comemorar, ainda que sob o alerta de suas limitações, os bons resultados que nele (em geral por pressões mais externas) aflorem.

Na última quinta-feira (21), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) recorreu da decisão do juiz da 14ª Vara do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho. Diversas instituições da área de saúde manifestaram repúdio à liminar, além de movimentos sociais, instituições públicas e privadas, políticos, celebridades e populates. Para a psicóloga Andréia Stenner, essa mobilização é imprescindível para evitar o retrocesso social que a medida representa. “Elas representam não só um posicionamento, mas uma ferramenta a ser apresentada ao Judiciário a fim de que o Brasil respeite as tratativas internacionais de que é signatário no que diz respeito à saúde e aos direitos humanos. Elas existem para que melhoremos como sociedade na forma como pensamos, nos relacionamos, atendemos a população LGBTTI no Brasil.”

Joana Machado acrescenta que é preciso investir cada vez mais em ações afirmativas para que haja avanço na agenda de populações vulnerabilizadas, mesmo em um contexto de educação jurídica que, segundo a especialista, é ainda elitista e arrogante. “Nosso Judiciário, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, é predominantemente composto por homens brancos cis heterossexuais, provenientes de classe média, classe média alta. Um poder, portanto, que, como os demais, padece de falta de representatividade. Com as políticas de ações afirmativas, já começamos a ver resultados na alteração do perfil de estudantes do curso de Direito, a qual começa, a passos lentos, a repercutir no desafio à lógica hegemônica nos cursos jurídicos e nos quadros profissionais desse campo. Apenas com o aprofundamento desses processos é que poderemos ter juízes e outros atores jurídicos mais preparados (isto é, com técnica socialmente referenciada) e sensíveis para a diversidade que marca as vivências de mundo.”

A involução do pensamento

Na última quinta-feira (21), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) recorreu da decisão do juiz da 14ª Vara do Distrito Federal, Waldemar Cláudio de Carvalho. Diversas instituições da área de saúde manifestaram repúdio à liminar, além de movimentos sociais, instituições públicas e privadas, políticos, celebridades e populates. Para a psicóloga Andréia Stenner, essa mobilização é imprescindível para evitar o retrocesso social que a medida representa. “Elas representam não só um posicionamento, mas uma ferramenta a ser apresentada ao Judiciário a fim de que o Brasil respeite as tratativas internacionais de que é signatário no que diz respeito à saúde e aos direitos humanos. Elas existem para que melhoremos como sociedade na forma como pensamos, nos relacionamos, atendemos a população LGBTTI no Brasil.”

Joana Machado acrescenta que é preciso investir cada vez mais em ações afirmativas para que haja avanço na agenda de populações vulnerabilizadas, mesmo em um contexto de educação jurídica que, segundo a especialista, é ainda elitista e arrogante. “Nosso Judiciário, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, é predominantemente composto por homens brancos cis heterossexuais, provenientes de classe média, classe média alta. Um poder, portanto, que, como os demais, padece de falta de representatividade. Com as políticas de ações afirmativas, já começamos a ver resultados na alteração do perfil de estudantes do curso de Direito, a qual começa, a passos lentos, a repercutir no desafio à lógica hegemônica nos cursos jurídicos e nos quadros profissionais desse campo. Apenas com o aprofundamento desses processos é que poderemos ter juízes e outros atores jurídicos mais preparados (isto é, com técnica socialmente referenciada) e sensíveis para a diversidade que marca as vivências de mundo.”

A involução do pensamento

O contexto é de desacreditar que possa se ter aberto uma audiência com esse pretexto, mas sem ficar em estado de inércia. É um sentimento de “desapontado, mas não surpreso”, com a opinião conservadora de uma parcela dos políticos. “Não era pra gente estar discutindo o direito dos robôs em 2017? A gente ainda está discutindo que gay é doença?”, questionou JoutJout, youtuber e jornalista carioca, em um dos recentes vídeos de seu canal. Os compartilhamentos, gifs e comentários acerca da “cura gay” chegou ao humor, por ser uma formação discursiva incoerente com a evolução do pensamento.

No entanto, é preciso ser levado muito a sério. “Entendo que isso esteja acontecendo porque é uma parada absurda demais, mas a gente tem que pensar que existem pessoas em que a família vai apontar e encontrar algum respaldo para dizer que é uma doença. Tem gente que realmente sofre com essa realidade e, às vezes, acha que está doente por causa da pressão social”, afirma Laura Conceição, 21, rapper e feminista. Laura, além de militar pelo direito das mulheres – inclusive o de poder amar quem elas quiserem – pesquisa gênero, feminismo e comunicação em sua graduação. Sua arte, claro, reflete sua vivência em todos esses aspectos. “Eu, como Mc, pertencente ao movimento Hip Hop, acho fundamental esse engajamento social em minhas letras. Não só por eu viver a situação, mas também por buscar essa justiça geral.” O que mais ela tem receio é que homicídios por homofobia e transfobia aumentem ainda mais no Brasil. “O acesso à informação em qualquer viés social é fundamental para romper com seus preconceitos, até em relação a você mesmo”, complementa.

A militância organizada pelos mais jovens

O ato desta sexta-feira (22) em Juiz de Fora foi organizado por alunos de ensino médio e um aluno do 9º ano do ensino fundamental. De uma maneira geral, a representatividade LGBTTI na luta por direitos está vindo muito mais de pessoas que acabaram de assumir sua identidade de gênero. “A juventude atual está mais motivada a lutar pelos seus direitos e ideais, querendo cada vez mais conseguir seu espaço na sociedade. E isso não é só na comunidade jovem LGBTQ+, em outros manifestos vemos a presença de uma população jovem. Acredito que essa militância seja importante, pois a nossa comunidade, que já sofreu tanto calada, no passado, agora quer fazer a diferença e exigir respeito para que as próximas gerações possam desfrutar de um mundo onde exista igualdade”, afirmou Felipe Borges Modesto, 18 anos, que aos 16 se assumiu como homossexual e hoje é um homem trans. A sigla LGBTQ+, utilizada por ele, é recente e mais abrangente. Engloba os transgêneros como um todo, os “queers”, que se aproximam de andrógenos e “questioning”, sobre aquelas pessoas que ainda estão se permitindo descobrir e questionando a própria sexualidade, além de outras identidades de gênero que possam existir e representar alguém.

A pauta dxs trans

Em 1992 a OMS tirou a homossexualidade do CID – Cadastro Internacional de Doença, não sendo tratada, a partir daí, como um desvio ou patologia. No entanto, a transexualidade ainda permanece na 11ª edição desta classificação. A atual discussão em torno da “cura gay” levou pessoas transgênero a retomarem essa luta.

No ano passado um grupo de cientistas mexicanos realizou um estudo e apresentou resultados à OMS comprovando que não se trata de um transtorno psiquiátrico, e que na verdade, qualquer questão psicológica que sofrem, têm muito mais relação com a violência de gênero causada pelo próprio preconceito.

A comunidade trans depende muito da saúde pública para tratamentos hormonais, essa pauta vai além do combate à discriminação, é a luta por seus direitos para que tenham acesso a melhores serviços de saúde.

Nino é “femmenino”

Nino de Barros, 22 anos, é gay e cisgênero. Estudante de artes no IAD da UFJF, onde começou a ter mais contato com grupos LGBTTIs. Quando se assumiu gay, aos 15 anos, seus amigos na escola eram héteros e não tinha, ainda, um debate muito disseminado nas escolas. “Toda vez que vejo uma movimentação relacionada a ato de protesto, é um povo antigo, de muito tempo e que já trabalha com isso formalmente. Mas poder ver a galera nova tomando a frente do ato contra a liminar é muito importante. A galera se junta, se organiza e usa essa força. Quando se é trans ou gay adolescente, essa frustração te dá uma energia que deve ser usada como força, essa galera não tem que sofrer em casa, tem que ir pra rua!”.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 22/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/22-09-2017/dona-isabel-salomao-de-campos-comemora-seus-93-anos.html

Título: Sábado no Campus

Na abertura da primavera, o Som Aberto, amanhã, no Campus, terá as bandas Velotrol, Goya Reggae Rock, as Guerreiras de Clara, Rhee Charles e Guto Gibson, Orquestra Sinfônica Pró-Música, Coletivo de DJ’s Astronautas Groove, além das baterias das Atléticas da UFJF (de arquitetura, engenharia e medicina). A tarde/noite terá ainda o bazar, com dança do Programa Gente em Primeiro Lugar, contação de histórias, oficinas de origami (com Alex Chocolate) e de papel reciclado (com Érika Senra).

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Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata – MG

Data: 23/09/2017

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/acao-promove-dia-de-visita-a-diferentes-pontos-turisticos-de-juiz-de-fora.ghtml

Título: Ação promove dia de visita a diferentes pontos turísticos de Juiz de Fora

Em comemoração ao Dia Mundial do Turismo, o tour ‘Viva JF’ levará cerca de 50 pessoas a importantes pontos turísticos da cidade, na próxima quarta-feira (27). O passeio será guiado por historiadores, turismólogos e estagiários que mostrarão museus, prédios estabelecimentos e obras da cidade.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no dia do evento, desde que tenha vaga, pelo telefone 3690-7122 ou no site do evento. Serão dois passeios com 25 vagas disponíveis para cada nos horários de 8h30 às 11h e das 14h30 às 17h.

A ação conta com o apoio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Universidade Federal de Juiz de Fora (Cine-Theatro Central/UFJF) e do Museu Ferroviário.

Confira os pontos turísticos a serem visitados

Manhã

8h30 Praça da Estação, Museu Ferroviário: visita ao Museu;

09h30 Mercado Municipal, Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), Museu do Crédito Real, Palace

10h Cine-Theatro Central: história do teatro

10h30 Parque Halfeld – Paço Municipal, Painel + Cavalo – Portinari

11h Encerramento

Tarde

14h30 Praça da Estação, Museu Ferroviário: visita ao Museu;

15h30 Mercado Municipal, CCBM, Museu do Crédito Real, Palace

16h Cine-Theatro Central: história do teatro

16h30 Parque Halfeld – Paço Municipal, Painel + Cavalo – Portinari

17h Encerramento

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 23/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/23-09-2017/festcoros-reune-16-corais-locais-nacionais-e-internacional.html

Título: Festcoros reúne 16 corais locais, nacionais e internacional

Um dos eventos mais importantes do gênero no país, o Festcoros (Festival Internacional de Coros) inicia sua 23ª edição nesta segunda-feira. No total, serão 34 apresentações realizadas por 16 corais (14 de Juiz de Fora, um do Rio de Janeiro e outro do Peru), além de duas bandas, espalhadas por quatro cidades: além de Juiz de Fora, o Festcoros marca presença em Piau, Argirita e Maripá. A programação completa pode ser conferida no site do festival.

A abertura oficial do evento acontece nesta segunda (25), às 20h, no Cine-Theatro Central, com as apresentações do Coral Pró-Música, Canto Coral da UFJF, Coral Apogeu Cant’arte, Coro Mater Verbi, Coral OAB, Coral Angeli Coeli, Coralito Infantil do Colégio Santa Catarina e o Coro Femenino de la Pontificia Universidade Católica del Peru, que também realiza a primeira apresentação da segunda-feira, às 10h, na Escola Estadual Clemente Mariani, no bairro Carlos Chagas.

As apresentações prosseguem até o próximo dia 30, quando ocorre o concerto de encerramento, também no Central. Os corais também irão se apresentar em teatros, escolas, shopping centers, universidades, igrejas, centros comerciais e escolas.

O Festocoros é organizado pela Associação Artística e Cultural Coro Municipal de Juiz de Fora, teve sua primeira edição em 1994 e faz parte do calendário oficial da cidade. Além dos grupos locais, o festival já recebeu corais do Distrito Federal e de estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Maranhão e Tocantins; do exterior, já participaram corais da Itália, Portugal, Colômbia, Bolívia, Lituânia, Egito, Costa Rica, Venezuela, Equador, Peru, Chile, Paraguai, Japão, Estados Unidos, Eslováquia, Chipre, Uruguai e Argentina.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 23/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/23-09-2017/camara-libera-arma-de-fogo-para-guarda-municipal.html

Título: Câmara libera arma de fogo para Guarda Municipal

A possibilidade de uso de arma de fogo pela Guarda Municipal de Juiz de Fora pode virar realidade na próxima semana, quando projeto de emenda à Lei Orgânica, que retira trecho que vedava a utilização desse tipo de armamento pela corporação, irá à votação em segundo turno na Câmara. Especialistas da área de segurança pública defendem amplo debate com a sociedade sobre o assunto, embora considerem a medida inevitável diante do agravamento da criminalidade violenta na cidade, que, só entre janeiro e julho, registrou 997 casos de roubos consumados, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública. Juiz de Fora também chegou ao homicídio de número cem em 2017, no último dia 16, conforme dados levantados pela Tribuna e que levam em conta as mortes decorrentes de atividades criminosas. Os estudiosos ressaltam que, para tal iniciativa não se transformar num equívoco, no entanto, será preciso investimento no treinamento e capacitação dos guardas municipais.

Em reunião realizada nesta sexta-feira (22), a Câmara aprovou em primeiro turno projeto de emenda à Lei Orgânica que altera a redação do artigo 2° do Ato das Disposições Transitórias. Na prática, a mudança proposta pelo vereador José Fiorilo (PTC) retira do texto trecho que vedava a utilização de armas de fogo por integrantes da Guarda Municipal. Assim, o artigo em questão pode ter nova redação e trazer o seguinte trecho: “É vedada a utilização da Guarda Municipal (GM) na repressão de manifestações públicas, sendo autorizado o porte legal de arma de fogo aos seus componentes, observadas as disposições da Lei Federal nº 13.022, de 8 de agosto de 2014.”

Para ser incorporada à Lei Orgânica, a alteração voltará a ser discutida pelo Poder Legislativo. Se aprovada uma vez mais, seguirá para sanção do prefeito Bruno Siqueira (PMDB).

Na visão do coordenador do Centro de Estudos de Segurança Pública da PUC Minas, Luis Flávio Sapori, o armamento das guardas municipais é uma tendência nacional, uma vez que, atualmente, elas estão se transformando em polícias municipais, porque, cada vez mais, participam ostensivamente do patrulhamento das ruas. Mas o pesquisador faz uma ressalva: “Tem que haver um bom investimento e contínuo na capacitação dos guardas municipais, pois, sem isso, tal medida pode ser um problema, porque pode criar uma série de erros e equívocos por parte dos guardas”. Sapori lembra que já há um estatuto nacional que permite às guardas municipais o trabalho de patrulhamento com uso de arma de fogo. “É inevitável e justicavél também em virtude do crescimento da violência”, avalia.

Já para o professor do Departamento de Ciências Sociais da UFJF, André Gaio, a liberação do uso de armas de fogo pode ser mais uma demanda da própria Guarda em razão da insegurança do que uma medida que irá impactar de forma positiva a questão da segurança. “A Guarda existe para guardar bens públicos, hospitais, escolas e mesmo nisso tem falhado flagrantemente. Então, corre-se vários riscos, como o de essas armas serem utilizadas de maneira errada, o risco de haver aumento de índice de homicídios”, diz o professor.

Ele considera não haver necessidade de tal medida, já que a corporação conta com armas não letais, que servem para a imobilização, como spray de pimenta e tonfas. “Onde eles (os guardas) têm que atuar não temos notícias sobre troca de tiros ou uma outra situação de perigo. Isso então responde em parte ao medo da Guarda e, em parte, ao medo da própria sociedade”, frisa. Para ele, esse tipo de tema deveria ser levado com mais amplitude para discussão com a sociedade. “É bom lembrar que a licença para a pessoa portar arma de fogo, cada vez mais, está mais exigente. Então, temos que confiar que serão feitos exames rigorosos para esse acesso a essas armas entre os guardas municipais”, pontua o professor.

A Tribuna entrou em contato com a Guarda Municipal, mas foi informada que o comando só irá se posicionar após a tramitação do projeto de emenda em segundo turno.

Vereadores defendem medida

Durante a discussão da proposta, o vereador José Fiorilo (PTC), autor da matéria, pediu a palavra após ser motivado pelo líder do Governo, José Márcio (Garotinho, PV) a detalhar um pouco mais o projeto. Fiorilo argumentou que a proposição adéqüe a legislação municipal a outras regras de abrangência nacional, citando a Constituição e lei federal de 2014, que permite porte de arma de fogo por guardas municipais. “Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei”, afirma o texto da lei 13.022/2014, o Estatuto Geral das Guardas Municipais. “Na própria estrutura da lei que cria a Guarda Municipal já diz que ela pode ser armada”, justificou Fiorilo.

Por várias vezes, Fiorilo frisou que o intuito da alteração na Lei Orgânica não é o de conferir, de imediato, o acesso a armas de fogos aos guardas, mas, sim, definir um viés autorizativo que permita ao Município seguir por este caminho, mediante capacidade financeira e todo os treinamentos e capacitações necessárias. “Para armar a Guarda, tem uma série de requisitos que deve ser seguido. Minha proposta não é de armar a Guarda, mas colocar a nossa lei orgânica à legislação federal. Se vai ou não armar, ficara a critério do Executivo, que deverá atender a regras rigorosas.”

A proposta foi defendida por outros vereadores, como Carlos Alberto Mello (PTB). “É claro que toda guarda armada precisa ter seus treinamentos, caso o Município queira implementar uma corporação armada. Esta é uma discussão que que está ocorrendo em todo o Brasil. Nós temos que nos adequar à lei federal.” Colega de partido de Fiorilo, Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC) considerou a mudança na Lei Orgânica pertinente e mostrou confiança de que uma possível utilização de arma de fogo poderia conferir maior segurança aos guardas na execução de suas atividades. Outro a manifestar apoio foi Charlles Evangelista (PP). “Temos que começar a nos movimentar para ir além e armar de fato a Guarda municipal.”

Medida é uma demanda da corporação

Por fim, Fiorilo afirmou que a demanda pela alteração da Lei Orgânica teria partido de integrantes da própria corporação. “Vários me procuram em meu gabinete. É um desejo deles, assim como foi a lei que já aprovamos aqui que permite o uso de spray de pimentas e tonfas.” Em julho de 2015, a Câmara aprovou projeto de lei de autoria da Prefeitura autorizando o uso de outras armas e equipamentos não letais pela Guarda Municipal. Em vigor, a lei municipal considera como instrumentos não letais artefatos projetados para conter, debilitar ou incapacitar temporariamente pessoas, como gás incapacitante e tonfa ou bastão, armamento de lançamento de projétil de borracha e pistola de condutividade elétrica.

Tramitação

O projeto de emenda à Lei Orgânica iniciou tramitação no último dia 23 de junho. O texto apareceu na pauta de votação pela primeira vez na última quarta-feira (20), quando sua apreciação, em primeira discussão, foi adiada por pedido de vista do vereador Marlon Siqueira (PMDB). A proposta retornou a ordem do dia nas reuniões desta sexta-feira, quando, após a realização de três sessões extraordinárias, acabou aprovada em caráter terminativo pelo plenário.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 24/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/30-09-2014/coluna-cr-30-09-2014-5.html

Título: Voo livre

A equipe de alunos da UFJF foi a campeã da 1ª Olimpíada do Conhecimento Jurídico, realizada no Rio pela Academia Brasileira de Direito Civil.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Coluna Cesar Romero

Data: 24/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/24-09-2017/dodo-souza-fechou-duas-producoes-no-privilege-jf.html

Título: Trabalho premiado

Coordenadora de saúde, segurança e bem estar da UFJF, Renata Mercês Oliveira de Faria foi premiada no Encontro de Dirigentes de Pessoal e Recursos Humanos das Instituições Federais de Ensino, em Goiás. O banner “Organização do trabalho no processo de vigilância da relação trabalho e saúde em uma universidade pública” é fruto da sua tese de doutorado.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 24/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/24-09-2017/historias-enraizadas.html

Título: Conheça árvores da cidade que são imunes ao corte por decreto

Tudo bem que até pouco tempo algumas delas estavam roubando a cena, como os lindíssimos ipês floridos, em todas as suas tonalidades. Mas no dia a dia, é difícil que consigamos apreciar as árvores que compõem o cenário urbano. Algumas delas observam o ir e vir da cidade há muito mais tempo do que pensamos, e têm respaldo legal para que continuem assim por muito tempo.

O novo Código Florestal Brasileiro (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012) dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e determina que o poder público federal, estadual ou municipal pode proibir ou limitar o corte de espécies raras da flora ou mesmo declarar qualquer árvore imune ao corte por sua “localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes”. A restrição já era prevista pelo Código Florestal Brasileiro de 1965, revogado com a instituição da nova legislação.

Em Juiz de Fora, oito árvores são protegidas por decretos de diferentes épocas, por motivos variados (ver quadro). Segundo a engenheira florestal da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) Ana Maria Brandão Mendes, uma equipe de profissionais especializados – da qual ela faz parte – faz vistorias periódicas e encaminha a solicitação de decreto ao Executivo. “Levamos em conta a representatividade da espécie, a idade, a beleza cênica, o valor cultural, a localização, entre vários outros aspectos, e tudo isso entra na justificativa elaborada para o pedido de decreto de imunidade”, explica a especialista.

Ana reconhece que o número de árvores que atualmente é resguardado por decreto é baixo, e há tempos isso não acontece, já que o último foi baixado em 2006. “Mas é muito importante que exista essa possibilidade, para a preservação de espécies ameaçadas para gerações futuras, para o resgate histórico e também pela estética urbana e pela utilidade das sombras, do frescor…”, destaca a profissional.

Sugestões

A engenheira florestal afirma que a população pode sugerir árvores para a avaliação do corpo técnico da PJF, para que sejam candidatas a terem imunidade de corte por decreto. “Em 12 anos que acompanho este processo, isto nunca aconteceu, mas acho que porque as pessoas não sabem da possibilidade”, opina. As sugestões devem ser encaminhadas por um formulário disponível no Espaço do Cidadão (consulte as unidades de atendimento).

A Secretaria de Meio Ambiente da PJF destacou que, no caso de árvores ameaçadas de extinção, protegidas por leis federais, o corte é proibido, mesmo que não haja decreto específico. No que diz respeito às árvores protegidas por decreto, há penalidade para corte não autorizado, considerado falta gravíssima pela legislação ambiental local, e sujeito a valores de autuação que variam de R$ 8.282,63 até R$ 86.115,15 (valor atualizado de 2017 pelo IPCA acumulado de 6,99%), de acordo com o porte, além de compensação ambiental. De acordo com o artigo 8° da deliberação normativa 37/2009  do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema) que trata de plantio, poda, transplante, corte e supressão de árvores isoladas, tal sanção levará em consideração a espécie, o porte, a localização, a beleza cênica, especial valor ambiental ou cultural. Em geral, a compensação será feita com o plantio de 50 mudas por árvore suprimida.

Florestas urbanas têm grande impacto ambiental positivo

Segundo a engenheira florestal da PJF Ana Maria Brandão, o plantio de qualquer árvore no cenário da cidade traz benefícios, porém estruturas chamadas de florestas urbanas são as que proporcionam o impacto ambiental mais positivo. “São áreas muito arborizadas em uma região urbanizada, como temos em Juiz de Fora a Mata do Krambeck, o Parque da Lajinha, partes do Campus da UFJF. Nestes locais, principalmente para a população do entorno, os benefícios são mais evidenciados na oxigenação, na amenização do calor, no seu papel como abrigo para fauna, e, claro, pela beleza. Mas é difícil criar estes espaços, bem como reflorestar áreas urbanas já que frequentemente há roubos de mudas, incêndios causados e outros fatores”, pondera a especialista.

Qualquer cidadão que queira plantar árvores em áreas públicas deve solicitar autorização, porque é necessário verificar qual espécie é adequada ao local. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente (SMA), o solicitante deve entrar com pedido no Espaço Cidadão e preencher o formulário específico para o Poder Público avaliar a viabilidade. Em locais particulares, não é obrigatório, mas também é recomendável procurar o órgão ambiental, informando a área disponível para que seja sugerida a espécie adequada para o plantio. A orientação também deve ser buscada no Espaço do Cidadão.

A SMA destacou que a atual gestão tem como uma de suas prioridades a Política Municipal de Arborização Urbana, que, entre outras inúmeras iniciativas, procura implantar bairros e corredores “verdes” na cidade. Com o Plano Municipal de Arborização Urbana, principal instrumento para conhecimento e execução desta política, será feito um inventário quantitativo e qualitativo da arborização viária e urbana do município, retratando a situação atual, para que os trabalhos possam ocorrer pautados pelo levantamento. As ações incluem desde a avaliação do local do plantio, passando pelos tratos culturais de preservação da espécie nativa plantada, bem como o seu manejo e o consequente incremento da vegetação, substituição de indivíduos arbóreos inadequados para determinados locais e o efetivo plantio nas áreas desprovidas de vegetação. A atividade foi iniciada nas margens da Avenida Brasil onde foram plantadas 120 árvores nativas da mata atlântica na Área de Preservação Permanente do principal rio da cidade.

Na última semana, em menção ao Dia da Árvore, também foram realizadas diversas ações, como o plantio de mudas com integrantes do Centro de Convivência do Idoso no Parque da Lajinha; na Creche Municipal Marcelo Moysés Gaio, localizada no Bairro Santos Dumont, com a participação de crianças e funcionários da unidade, servidores da SMA e do Instituto Estadual de Florestas (IEF); e a exposição de sementes de espécies da Mata Atlântica e doação de mudas no Centro, em um estande da SMA, em frente ao Cine-Theatro Central.

“A(s) árvore (s) da minha vida”

Além da importância legitimada por decretos e dos benefícios para o dia a dia da população, algumas árvores e/ou grupos delas têm outro valor incontestável para alguns juiz-foranos e juiz-foranas: o afetivo. A Tribuna conversou com pessoas que têm suas histórias enraizadas com as de árvores da cidade, que acabam também fazendo parte da coletividade. Confira:

Nara Campos Coelho, 67 anos, aposentada

“Eu e meu marido tivemos a ideia em homenagem aos 150 anos de (Allan) Kardec, foram 150 árvores. Na época, procuramos a Prefeitura, que autorizou, nos orientou, deu mudas, tivemos participação do projeto Pequenos Jardineiros no plantio, e plantamos tudo de uma ‘vezada’ só. Mas depois roubaram, botaram fogo, ‘pintaram e bordaram’, então na prática devem ter sido umas 300. No início, a gente regava direto, eu e meu filho, depois com mutirões da Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora (AME-JF), e cheguei até a contratar um carroceiro para regá-las. Fizemos cerquinhas para protegê-las e tudo, mas mesmo assim nem todas resistiram. Mas rodar por lá e vê-las floridas enche meu coração, é só começar a época da floração que pego o carro e vou lá ver. Às vezes, quando estão bem lindonas, passo ali e grito ‘Árvore de Kardec!’. Pensam que eu sou doida, mas eu estou é morrendo de emoção e orgulho”

Cláudio Eudóxio da Mota, 73 anos, aposentado

Plantou um famoso ipê amarelo situado à Rua Olegário Maciel, fotografado por muitos juiz-foranos, em 2002

Ana Paula Figueiredo, 32 anos, funcionária pública

Plantou neste ano, com sua turma de faculdade, um ipê branco na Praça Cívica da UFJF, em comemoração aos dez anos de formatura (Foto: Arquivo pessoal)

“Pensamos em plantá-la no lugar que nos uniu, a UFJF. Já havíamos marcado um piquenique para comemorarmos os 10 anos da nossa formatura e a ideia surgiu como uma forma de reforçarmos nossas raízes e nossa união. Queríamos uma árvore nativa, pedimos autorização e também fomos orientados pelo jardineiro. No dia, ele já havia deixado a cova cavada no local adequado. Um de nós pôs o adubo, o outro inseriu a muda no espaço destinado a ela; outro jogou terra para tampar o buraco e o restante do grupo foi se revezando para regá-la. o final do processo, todos tiramos fotos com a nossa muda, que agora é uma parte fixa da Universidade, um pouquinho de nós. Ela também será um ponto de encontro, já estamos prevendo a comemoração dos 20 anos embaixo da árvore!”

Joaquim Junqueira, 80 anos, aposentado

Acompanhou a arborização da Praça Cívica da UFJF

“Na época em que iniciaram o plantio, aquele terreno era um grande brejo, precisou ser aterrado várias vezes, houve muito trabalho para que as árvores se desenvolvessem bem. Hoje a gente passa e nem imagina isso, é outro lugar, muito mais bonito, serve muito mais à comunidade pela beleza, pelas sombras, pelo clima aprazível. É só passar lá domingo e ver como fica cheio de gente, é muito bom!”

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Veículo: Tribuna Minas

Editoria: Esportes

Data: 24/09/2017

Link: http://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/24-09-2017/juiz-forano-disputa-spartathlon-ultra-race-na-grecia.html

Título: Juiz-forano disputa a Spartathlon Ultra Race, na Grécia

O ultramaratonista juiz-forano e tenente do Exército Brasileiro, Marco Farinazzo, 49 anos, disputa, a partir da próxima sexta-feira (29), em Atenas, na Grécia, a Spartathlon Ultra Race, prova com percurso de 246 km. A largada está marcada para as 7h do horário local, 1h de Brasília. Farinazzo, o paulista Urbano Craddo e o capixaba Carlos Gusmão serão os únicos brasileiros na prova, que atrai atletas de 35 países. Não basta participar: o atleta local possui um objetivo audacioso: “Em 2015 participei da prova pela primeira vez e tive vários problemas. Foi um calor muito forte durante o dia, choveu muito à noite. Não estava preparado. É uma prova em que você pode ter uma equipe de apoio, e eu não tinha. Então, passei aperto quando precisava trocar um tênis ou colocar capa de chuva. Foram 246km correndo sozinho, contando só com o apoio da organização, que possui 75 check points. Neste ano, por conta dos custos, estou indo novamente sem equipe de apoio, mas tenho experiência e possuo o que preciso levar e consumir planejados. Vou tentar ficar entre os cinco primeiros, mas se deixarem, a gente tenta ganhar!”.

O tenente, que simulou o trajeto em pontos como a BR-440 e trilhas na região de Valadares, descreveu o percurso. “É um terreno bem variado. Largamos no centro de Atenas e percorremos mais de 20km dentro da cidade, entre ruas e estradas, passando por alguns pontos turísticos. Aí pegamos o litoral, beirando o Mar Mediterrâneo por um bom tempo, até chegar ao Canal de Corinto. Ali, vamos pelo interior da Grécia. Saímos do asfalto e começa uma sequência de trilhas. Depois vem uma serra muito alta, a Serra das Cabras, um trecho muito sinuosa. E no final terminamos num trecho de aproximadamente 60km com uma autoestrada bem parecida com a nossa BR-440. Depois é a chegada em Esparta, aos pés da estátua de Leônidas (rei de Esparta, imortalizado no filme “300” pelo ator Gerard Butler), relata.

Mesmo sem equipe de apoio e com obstáculos do relevo e do clima – calor durante o dia e muito frio à noite, Farinazzo não tem dúvidas de que irá desfrutar cada passo da experiência. O primeiro motivo é o apoio recebido por colegas de trabalho que, com rifas e “vaquinha”, contribuíram para angariar fundos para a viagem. O segundo é o visual, que contempla belas paisagens e ruínas antigas, datadas de mais de 500 a.C.

Para suportar todas as adversidades, Farinazzo diz que sua estratégia inclui cuidados especiais com água e alimentação. “Faço hidratação a cada meia hora com repositores energéticos e hidroeletrolíticos, levo salame, muitas azeitonas e castanhas, coisas fáceis de carregar, porque não podemos sair com a mochila pesada. E como a prova tem 75 pontos de apoio que fornecem algumas coisas, é importantíssimo estar sempre hidratando, sobretudo durante o dia, pelo sol.”

ATLETA se preparou em estradas próximas à BR-440 para simular o calor intenso previsto durante a prova que é uma das mais famosas do planeta, com 246km

‘Senta que lá vem história’

O espírito de superação de cada participante faz jus à tradição da Spartathlon Ultra Race. Uma das maiores atrações da corrida é, sem dúvida, os séculos de história no percurso, famoso por causa da Batalha de Maratona, em 490 a.C.. A prova foi criada para homenagear o feito do ateniense Fidípides. Para entender um pouco mais esse fato histórico, a Tribuna conversou com o historiador Antônio Gasparetto Junior, doutorando, mestre (2013), bacharel e licenciado (2010) em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

“A famosa modalidade de corrida de 42km, conhecida como maratona, tem seu nome que remonta a um evento da Grécia Antiga. Na Antiguidade, o Império Persa conquistou um vasto território, avançando, inclusive, sobre terras gregas. Dentre elas, as colônias de Mileto. Com a revolta de Mileto contra o domínio persa ocorreu a Primeira Guerra Médica, que opôs gregos e persas. Conta Heródoto, historiador grego, que o general Milcíades teria enviado à cidade de Esparta o soldado Fidípides para solicitar ajuda no campo de batalha. Esparta teria confirmado o apoio, mas só para seis dias depois, e não havia esse tempo a esperar. Milcíades organizou seu exército, e cerca de 15 mil soldados gregos foram capazes de forçar o recuo de 100 mil soldados persas.

A vitória, que foi decidida na Batalha de Maratona, teve como consequência o envio novamente de Fidípides para anunciar a vitória dos gregos. Conta-se que, quando Fidípides chegou a Atenas, anunciou a vitória dos gregos e, logo em seguida, teria caído morto de cansaço. Mas os historiadores consideram que essa é uma versão romanceada do fato de Fidípides ter percorrido mais de 200km em dois dias para pedir o auxílio militar nas cidades gregas. O ato de Fidípides foi homenageado, finalmente, em 1896, na primeira edição dos Jogos Olímpicos Modernos, com a criação da modalidade de 40 km, chamada, então, de maratona. A distância de 42km só se tornaria oficial em 1921 e, de lá para cá, ela é disputada como uma das provas de corrida mais importantes.”

Conta-se que, quando Fidípides chegou a Atenas, anunciou a vitória dos gregos e, logo em seguida, teria caído morto de cansaço

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