Destinado ao estudo e aprimoramento de um tema que é uma das maiores preocupações mundiais deste século — a urgência para que as fontes de energias renováveis sejam difundidas e utilizadas –, o Laboratório de Renováveis foi inaugurado nesta sexta-feira, 25. Vinculado ao curso de Engenharia Elétrica-Energia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o local disponibiliza materiais como kits didáticos e equipamentos experimentais de geração de energia solar, eólica e biomassa.
São consideradas energias renováveis aquelas provenientes de recursos que são naturalmente reabastecidos — como sol, vento, chuva e marés. Um dos desafios para sua maior adesão é unir, de forma harmônica, seus pontos positivos, não apenas na questão energética, mas também social, econômica e ambiental. Atualmente, o uso de combustíveis fósseis, como o petróleo, é a prática predominante em todo o mundo; seu produto, no entanto, não é inesgotável e causa um impacto significante no meio ambiente.
“O caminho para a humanidade é a diversificação de matrizes energéticas”, aponta o coordenador do curso de Engenharia Elétrica-Energia, Leonardo Willer. “Embora seja válido lembrar que toda fonte energética tem suas vantagens e desvantagens, o apelo pelo uso das energias renováveis é forte. O primeiro que vem à mente é a redução do impacto ambiental. O segundo que vale destaque é o fato de que elas se complementam; não seria o caso de adotar apenas uma delas, mas sim o maior número possível, para não acontecer a dependência exclusiva em algum dos recursos. Quando não faz sol, existem as alternativas como o vento, por exemplo.”
Grande conquista para a pesquisa
Três formas de matrizes energéticas renováveis são contempladas pelo laboratório: a eólica, a solar fotovoltaica e a proveniente de célula de combustível. “Embora os kits didáticos sobre essas energias já existissem antes, ainda não tínhamos uma instalação para uso contínuo e sistemático deles”, avalia Willer. “Agora, a qualquer momento que um estudante quiser se aprofundar e estudar, terá acesso a uma estrutura pronta.”
Willer também ressalta o esforço conjunto dos membros do curso de Engenharia Elétrica-Energia e antigas gestões de coordenadores. O pesquisador destaca, especialmente, o vice-coordenador, Bruno Dias. “Os esforços não foram poucos, mas me considero muito feliz hoje em saber que o curso conta com uma plataforma assim.”
Cinco disciplinas da graduação são diretamente atendidas e beneficiadas pela estrutura do laboratório; são elas a de eficiência energética, a de geração eólica, a de geração fotovoltaica, a de aproveitamento energético de biomossa e a de fontes primárias e alternativas de energia.