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Gui Ramalho (Foto: Dante Rodrigues)

Quem acompanha o projeto “Almoço com Cantoria” acostumou-se a ver e ouvir as apresentações do estudante Guilherme Ramalho, do sexto período do curso de Administração da UFJF-GV.  Seja no Restaurante Universitário do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas ou do Instituto Ciências da Vida, lá está o músico, compositor e futuro administrador com sua voz e violão.

Gui Ramalho, como é conhecido, tem 22 anos e dedica-se à música desde a adolescência, quando percebeu que o lazer poderia tornar-se uma profissão. Atualmente, possui cerca de 30 composições e faz shows aos finais de semana, além de alimentar as redes sociais com suas produções (Instagram, Facebook e Youtube).  As Atividades não chegam a atrapalhar seu desempenho como estudante, pelo contrário, levam o aprendizado de sala de aula para sua rotina como músico. “Em diversas situações o meu curso auxilia no meu negócio com a música, seja nas negociações, gestão financeira, planejamento e até mesmo com o networking que faço com os sujeitos do meu curso/universidade”, destacou.

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Brenda Nunes (Foto: Dante Rodrigues)

Gui é apenas um dos inúmeros estudantes que viram no  “Almoço com Cantoria” a oportunidade de externar os dons artísticos. Quem participou da edição de recepção aos calouros do primeiro semestre de 2017, surpreendeu-se com o talento da caloura de medicina, Brenda Nunes. Em seu primeiro dia na UFJF-GV, Brenda pegou o violão, soltou a voz, e, desde então, é presença constante nos palcos do projeto. “Eu comecei a fazer aulas de violão por indicação do meu padrasto, e a partir daí comecei, também, a compor e a cantar para acompanhar o violão. Com o passar do tempo, comecei a me apresentar em barzinhos, em festas, gravei um CD, e mesmo que eu não esteja vivendo somente da música, eu sempre estou cantando por aí”.  

A futura médica possui cerca de 40 composições e toca eventualmente em barzinhos e festas de casamento com a banda Versus.  “Como essas apresentações não acontecem com muita frequência, é possível conciliar tirando algumas poucas horas da semana para ensaiar”.

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Rebeca Orozco (Foto: Dante Rodrigues)

Também compositora, Rebeca Orozco, estudante do terceiro período de Fisioterapia, é presença certa no “Almoço com Cantoria. Já possui mais de 20 composições e toca teclado e violão.  “A música faz parte de minha vida desde que nasci, os meus pais são músicos e ambos sempre trabalharam juntos neste ramo, o que fez despertar em mim, desde nova, o gosto pela música”.

Mesmo formando-se Fisioterapeuta, Rebeca não pretende abandonar o que considera sua paixão. “Eu pretendo trabalhar com a Fisioterapia, mas também é um sonho poder me capacitar para participar ativamente de eventos culturais em minha cidade”, destacou a estudante, que ainda enxerga maneiras de conciliar a música e a futura profissão. “A Fisioterapia atua na reabilitação dos pacientes, da mesma forma, em minha concepção, que a música  tem o poder também de contribuir na melhora do quadro de evolução dos pacientes durante a reabilitação”.

Violão, gaita, escaleta e ukulele deixaram de fazer parte da rotina do estudante do oitavo período de Medicina, Igor Oliveira. Com o avanço da graduação, ficou complexo conciliar a rotina de músico e estudante. “No começo da faculdade, formei uma dupla sertaneja com um colega do curso de Direito, o Arisson. Tocávamos aos finais de semana e os amigos sempre apoiavam e acompanhavam. No entanto, tive que optar pelo fim da dupla. Hoje, a música é a válvula de escape que tenho para aliviar a tensão, um hobby”, destacou Igor.

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Igor Oliveira (Foto: Dante Rodrigues)

Apesar de tocar vários instrumentos, quando o assunto é música, o estudante tem predileção pelas composições. “É compondo que o artista se vê livre, expõe os seus pensamentos e as suas emoções; se faz vivo; desabafa. E nada melhor para o jovem do que um bom desabafo”, ressaltou o compositor de cerca de dez letras.  “Agradeço aos relacionamentos mal sucedidos, às paixões e aos problemas sociopolíticos  que renderam críticas em algumas delas”.

Para Igor, conciliar Medicina e música não chega a ser um desafio, uma vez que as duas áreas convergem. “A música possui uma intrínseca relação com a Medicina, no alívio da dor, do estresse, da ansiedade e no aumento da resiliência. É possível usar a música na prática médica, cabe acordes em todos os espaços. Por algumas vezes, levei instrumentos para a hemodiálise, enfermarias adultas e infantil tentando distrair os pacientes. Foi a melhor prescrição que encontrei naquele momento”.

As apresentações destes e outros estudantes músicos da UFJF-GV podem ser vistas “todo mês pelo menos uma vez”, no Almoço com Cantoria. Confira o clipe do projeto produzido pelos próprios estudantes.