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Melissa Mariana Gómez Vaca defendeu a dissertação na Faculdade de Odontologia, no dia 7 de junho (foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Partindo do fato de que as células-tronco da polpa de dentes permanentes são fontes promissoras para o uso em terapias regenerativas, a mestranda Melissa Mariana Gómez Vaca buscou descobrir qual a melhor idade do doador para seu armazenamento. A pesquisa foi apresentada no Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica, da Faculdade de Odontologia, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e recebeu o título “Avaliação da Eficiência de Obtenção, Proliferação, Senescência e Plasticidade das Células-tronco da Polpa de Dentes Permanentes Humanos em Diferentes Faixas Etárias.”

O professor orientador, Antônio Márcio Resende do Carmo, explica que as células-tronco são “uma promessa para a área da medicina regenerativa, uma vez que pesquisas mostram que essas células podem originar diferentes tecidos em nosso organismo e o reparo em caso de danos aos tecidos específicos. Tudo isso, pelo fato delas estarem em um estado indiferenciado por possuírem a capacidade de auto renovação e de originar diferentes tipos de tecidos quando estimuladas.”

Para fazer a avaliação da eficiência, proliferação, senescência e plasticidade das células-tronco da polpa de dentes permanentes, foram obtidas polpas dentárias de dentes molares extraídos, que compuseram três grupos. O primeiro continha material de doadores com idade entre 18 e 33 anos; o segundo com polpa de doadores entre 34 e 49 anos; e o terceiro grupo entre 50 e 67 anos. Após observações específicas para cada característica, de acordo com a acadêmica Melissa, “os resultados apontaram que a eficiência da obtenção das células-tronco da polpa de dentes permanentes foi maior no grupo um, seguido do grupo dois e do três.”

A mestranda destaca, ainda, como resultados da pesquisa, que “não houve diferença estatística entre os grupos testados na avaliação da proliferação celular e na senescência. A idade foi capaz de influenciar a obtenção de  células-tronco da polpa de dentes permanentes, apontando a faixa-etária de 18 a 33 anos de idade (o grupo um), como o grupo mais eficiente. Entretanto, ao avaliar a proliferação, senescência e plasticidade celular, todos os grupos se comportaram dentro de um mesmo padrão, sem a interferência da idade do doador.”

De acordo com o professor orientador, Antônio Márcio Resende do Carmo, a comunidade científica mostra um interesse crescente pela pesquisa com células-tronco, o que amplia as oportunidades na área acadêmica e em terapias celulares baseadas em Bioengenharia de Tecidos. Ele aponta também que “a possibilidade do uso das células-tronco de crianças e/ou de adultos, em vez do uso de células-tronco embrionárias, reduz significativamente os impasses clínicos, biológicos e éticos associados à pesquisa às células embrionárias.”

Contatos:
Melissa Mariana Gómez Vaca (Mestranda)
marianitagomez@hotmail.com

Antônio Márcio Resende do Carmo (orientador – UFJF)
antoniomarcio.resende@ufjf.edu.br

Banca avaliadora:
Prof. Dr. Antônio Márcio Resende do Carmo (UFJF)
Profa. Dra. Fernanda Gonçalves (UFJF)
Prof. Dr. Carlos Magno da Costa Maranduba (UFJF)
prof. Dr. Rodrigo Guerra de Oliveira (Suprema)

Outras informações: (32) 2102-3881 – Mestrado em Clínica Odontológica