(Foto: Divulgação)

Curta “Alma no Olho”, considerado o precursor do cinema negro do Brasil, será um dos filmes exibidos na estreia, junto com o longa “Amor Maldito”(Foto: Divulgação)

Em julho, chega ao Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm) a mostra “Travessias – Cinema Negro das Américas e de Produções Audiovisuais Africanas”. A tônica do projeto é exibir produções cinematográficas do continente africano e do chamado cinema negro das Américas do Sul, Central e do Norte. As sessões começam dia 6 de julho e vão até 24 de agosto, sempre às quintas-feiras, às 19h.

Dando visibilidade às temáticas ligadas às populações negras e africanas, o projeto insere memórias, conhecimentos e saberes dessas culturas como pontos de reflexão em nosso cotidiano. Por essa razão, algumas sessões serão precedidas de performances com grupos de artes cênicas, coletivos e artistas de Juiz de Fora. O objetivo é unir várias formas de expressão artística num processo de travessias entre as artes.

Na estreia, serão exibidos dois filmes. O curta “Alma no Olho”, de Zózimo Bulbul, considerado o precursor do cinema negro do Brasil, e o longa “Amor Maldito”, de Adélia Sampaio, admitido como primeiro filme dirigido por uma mulher negra no país.

O filme de Bulbul retrata, silenciosamente, o processo de colonização e diáspora do povo negro, através da interpretação gestual do próprio diretor que o protagoniza.

Já “Amor Maldito” conta o romance entre as personagens Sueli (Wilma Dias) e Fernanda (Monique Lafond), que se apaixonam e decidem morar juntas. Porém, o relacionamento é abalado pela gravidez e morte de Sueli, cuja suspeita de assassinato recai sobre Fernanda.

A curadoria da mostra é da professora do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernanda do Nascimento Thomaz.

As sessões têm classificação etária livre e a entrada é franca.

 

Outras informações:
3229-9070 – Museu de Arte Murilo Mendes
Rua Benjamin Constant, 790, Centro, Juiz de Fora.