Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 28/06/2017
Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/alunos-comecam-a-ocupar-moradia-estudantil-da-ufjf.ghtml
Título: Alunos começam a ocupar moradia estudantil da UFJF
Começou a mudança dos selecionados para a moradia estudantil da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) nesta quarta-feira (28). O sorteio das chaves e a assinatura do Termo de Ocupação ocorreram nesta terça-feira (27).
Os dois prédios ficam na Avenida José Lourenço Kelmer, no Bairro São Pedro, perto da entrada Norte do campus. Eles começaram a ser construídos em 2009, mas só ficaram prontos em 2014, porque a primeira construtora abandonou a obra e o projeto precisou ser revisto. Foram investidos cerca de R$ 9,5 milhões.
Os apartamentos podem abrigar até 152 estudantes. No entanto, o primeiro edital disponibilizou 70 vagas, das quais 66 foram preenchidas, segundo a UFJF.
Os alunos contemplados pelo edital lançado neste primeiro semestre estão cursando a primeira graduação nos cursos presenciais em Juiz de Fora. Todos têm residência em outras cidades e renda bruta familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa.
Natural de Santos Dumont, Álvaro Pedro Novais foi o primeiro a receber as chaves. “Desde que eu entrei na universidade, sabia que tinha a moradia, mas que não estava funcionando ainda. Eu já estava muito ansioso e não consegui dormir direito nesta noite”, contou.
Para José Vinícius de Oliveira, a vaga na moradia estudantil vai facilitar a rotina na faculdade. “Antes eu ia de ônibus todo dia. Eram 126 quilômetros, saindo de Bom Jardim de Minas às 16h, porque eu faço Direito Noturno. Chegava em casa por volta de 1h da madrugada. Eu ficava muito cansado e não tinha muita disponibilidade para estudar”, contou.
Para Patrick Mendes Santos, a moradia vai representar o investimento dos R$ 350 que pagava de aluguel em outras necessidades.
“Agora vou poder ficar mais tranquilo e me dedicar mais à faculdade. É complicado porque meus pais não tinham uma condição de vida muito favorável para me manter aqui. E se não fosse a moradia eu poderia até que desistir da faculdade”, afirmou.
Estrutura e regras
Os prédios têm 26 apartamentos de 88 metros quadrados, com sala, cozinha, banheiro e três quartos com móveis para duas pessoas, equipados com beliche e colchões, escaninhos e mesas de estudo. Há também alojamentos adaptados para pessoas com deficiência. Ambos terão ocupação masculina e feminina, mas com separação de alas e pavimentos.
A vaga é pessoal e não pode ser cedida a outro estudante. Os ocupantes podem trocar de quatro entre si desde que avisem à Coordenação de Moradia Estudantil. Quando houver recesso, os moradores podem se ausentar. No entanto, será considerado abandono de vaga a ausência por 20 dias consecutivos durante o período letivo.
O estudante só pode permanecer na moradia até completar a primeira graduação, com possibilidade de extrapolar no máximo dois semestres. A segurança no local é de responsabilidade dos moradores e também da UFJF.
De acordo com a UFJF, serão responsáveis pela administração e por deliberações sobre a moradia a Comissão de Moradores; a Coordenação da Moradia Estudantil e o Conselho Diretor.
As quatro vagas que não foram preenchidas serão remanejadas para a próxima seleção, como explicou o Pró-Reitor de Assistência Estudantil, Marcos Freitas.
“As vagas que sobraram deste primeiro edital serão remetidas para o próximo edital que vai acontecer no primeiro semestre de 2018. Na mesma condição, os alunos vão passar pela análise socioeconômica e aqueles que estiverem neste perfil terão acesso à moradia estudantil”, disse.
Haverá controle de acesso na entrada dos prédios. Não são permitidos animais de estimação, fumar nos ambientes fechados, fazer festas ou atividades que atrapalhem o descanso e os estudos dos demais residentes, receber pessoas para pernoite, entre outras regras listadas em um regulamento, que será disponibilizado em breve.
“Dentro do regimento tem as questões que são óbvias, zelar pelo patrimônio público, pela limpeza, pela boa convivência entre funcionários e estudantes. E com direitos de se organizarem, de fazerem suas assembleias de levantar as suas demandas para que a gente possa estar dialogando e resolvendo os problemas do dia a dia que uma moradia inevitavelmente sempre tem”, explicou o pró-reitor.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 28/06/2017
Título: Matrícula presencial dos aprovados na UFJF começa nesta quarta-feira
A matrícula presencial dos candidatos aprovados do segundo semestre no Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism), no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e em Vagas Ociosas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) será realizada nesta quarta-feira (28) e quinta-feira (29).
Ao todo, 419 candidatos dos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares são esperados nesta fase, que é obrigatória para a efetivação da matrícula na universidade.
Os convocados nos processos seletivos devem comparecer aos campi para entrega da documentação exigida que está disponível no site da Coordenadoria de Assuntos e Registros Acadêmicos (Cdara). Para os candidatos com deficiência, aprovados pelo Sisu, é necessário apresentar o laudo que comprove sua situação médica, de acordo com regulamento de matrícula.
Fase presencial
Em Juiz de Fora, a fase presencial da matrícula ocorre no Anfiteatro de Estudos Sociais, que fica na Faculdade de Direito. O procedimento em Governador Valadares será no prédio da Faculdade Pitágoras, na Rua Doutor Raimundo Monteiro de Rezende, nº 330, Centro.
Durante os dias de matrícula, a equipe da Central de Atendimento (CAT) atuará na recepção aos familiares e aprovados prestando orientações sobre documentação, horários de atendimento e tipos de bolsas oferecidas pela universidade.
Lista de espera
Para os candidatos não convocados na chamada regular do Sisu, nas reclassificações do Pism e nos editais de Vagas Ociosas, o próximo edital de reclassificação para os dois campi está previsto para ser divulgado no dia 5 de julho, às 12h, no site da Cdara.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria:
Data: 28/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/75-dos-processos-criminais-de-jf-nao-resultam-em-condenacao/
Título: 75% dos processos criminais de JF não resultam em condenação
Cerca de 75% dos processos produzidos pelas cinco varas de justiça criminal de Juiz de Fora não resultam em casos de condenação. O percentual demonstra a perda do trabalho desenvolvido na Justiça motivada pela falta de provas e de registros, absolvições, problemas processuais, incapacidade de ouvir testemunhas, protelação defensiva e burocracia. Essa é a conclusão de um estudo, que investigou dados do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) durante 12 anos, realizado em pesquisa de doutorado defendida no curso de Ciências Sociais da UFJF, de autoria do promotor de justiça, Hélvio Simões Vidal. Com o título “Na portinha: Uma investigação sobre a entrada no sistema de justiça criminal”, o trabalho, de 314 páginas, mapeia a produção das varas criminais do município entre 2002 e 2014, mostrando que, mesmo com as perdas processuais, o sistema prisional da cidade encontra-se superlotado e sem perspectiva de melhoras. Os dados mapeados mostram que, em agosto de 2014, as varas criminais e o Tribunal do Júri alcançaram o total de 21.776 processos criminais. Em contrapartida, na Vara de Execuções Penais, para onde são encaminhados todos os processos nos quais ocorreram uma condenação criminal, existiam 5.777 processos individuais para sentenciados à pena de prisão (regime fechado, semiaberto e aberto, com ou sem prisão domiciliar) e penas alternativas. O marco inicial da pesquisa é a implantação, em Juiz de Fora, do Sistema de Computação do Tribunal de Justiça (Siscom), que informatizou os dados gerados pela Justiça, servindo de objeto para o pesquisador. Conforme aponta o estudo, apenas cerca de 25% do que é produzido pelas varas criminais juiz-foranas transformam-se em condenação. O restante vai para o limbo e tem como 28/06/2017 75% dos processos criminais de JF não resultam em condenação consequência custos processuais, acúmulo de serviços, contratação de advogados, demandas ao Ministério Público e perda de tempo. “Meu objetivo foi fazer um retrato da produção da justiça criminal na atualidade, ou seja, identificando seus feitos. Quais crimes consegue punir. Qual é o trabalho que a polícia encaminha para essas varas. Qual o número de perdas de processos. Qual o número de pessoas presas e quais os tipos de crimes que geram essa prisão”, ressalta o autor, explicando o que o motivou a fazer o estudo. Segundo Vidal, a importância do trabalho está em apontar por que algumas pessoas ficam presas durante o andamento do processo e outras permanecem em liberdade, uma vez que, apesar do grande números de processos perdidos, o Brasil alcançou, em 2016, a terceira maior população prisional do mundo, com 711 mil presos condenados ou provisórios. “Existe uma tendência em se prender antes de se condenar, mas isso ocorre de forma seletiva. Somente em alguns tipos de crime ocorre essa inversão. Quando se faz um estudo da população prisional brasileira e sua evolução, é perceptível que ela é crescente durante os últimos 20 anos. Quarenta por cento das pessoas presas no país não foram julgadas, revelando uma tendência brasileira de manter a pessoa presa sem julgamento, provocando a superlotação dos presídios, e isso vale para a realidade de Juiz de Fora”, considera Hélvio.
Tráfico de drogas é tratado com dureza pela Justiça
O estudo revela que, no município, processos gerados em razão do tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e contra a vida, além da violência doméstica, são aqueles que mais levam o acusado a permanecer preso enquanto o processo ainda está em andamento. Em diagnóstico realizado em uma única data, em junho de 2014, a pesquisa verificou que, naquela época, nas cinco varas criminais da cidade, haviam 520 processos de prisão sem julgamento. Do total, 188 pessoas estavam presas por envolvimento com o tráfico de drogas. Em seguida, apareciam os crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos, com 169 casos. Na sequência, os crimes contra a pessoa, homicídios consumados e tentados, com 106 registros. O diagnóstico termina com 27 processos por porte de arma de fogo, 24 de violência doméstica e seis relativos à resistência, a crimes ambientais e à legislação especial. “Esse mapa foi feito numa data específica, porque dia após dia esses dados mudam, porque o indivíduo obtém liberdade, fiança, fazendo esse número oscilar. Mesmo assim, esse total representa um contingente elevado. O tráfico de drogas, que é ainda o crime que mantém o maior número de pessoas presas, revela que o acusado dificilmente será colocado em liberdade. É um tratamento duro da Justiça, e a explicação é que o tráfico é considerado um mal que atrai outros delitos, é um crime esponja e, para a Justiça, quase todos os males sociais estão relacionados às drogas”, pontua o promotor. Conforme ele, o elevado número de casos de prisões por tráfico mostra que o trabalho da Justiça é reflexo da ação das polícias, além de ser um delito grave com pena alta, que chega a 15 anos de prisão. No que diz respeito aos roubos e furtos, Hélvio explica que esses casos resultam em muitos processos, porque a polícia consegue fazer o flagrante e encaminhá-lo para a Justiça, a qual ratifica e mantém a prisão. “Isso é uma atuação antiga dos policiais, que têm a função de prender ladrões. Como esses crimes acontecem em público, com grande visibilidade, é mais fácil detectá-los. No caso dos assassinatos, além da visibilidade, são delitos que atingem o maior bem de qualquer sociedade, que é a vida”, avalia o promotor. Como ele pontua, um fenômeno pode estar ocorrendo, uma vez que, depois do tráfico, dos homicídios e dos roubos, a violência doméstica é o fato social que causa a maior demanda nas varas criminais da cidade. “É uma violência de gênero, e o grande acúmulo de processos pode ser explicado pela criação da Lei Maria da Penha que, em 2006, passou a conferir direitos e recrudescer o tratamento para a violência doméstica, criando uma legislação, que facilita a aplicação pelos juízes, posto que criou mecanismos que interrompem esse processo de violência, como a criação de delegacias de mulheres. “Essa constatação representa que há uma tendência de o tráfico de drogas ser superado na rotina das varas criminais pelas ações e medidas de proteção da Lei Maria da Penha, pois, quando se somam os processos de violência doméstica ao número de medidas protetivas, o resultado ultrapassa o de tráfico de drogas”, ressalta.
Funcionamento patológico
Na visão do promotor, existem dois padrões de funcionamento da Justiça. O primeiro, segundo ele, é comparado a uma esteira rolante, no qual a polícia prende e a Justiça ratifica a prisão. “Certamente a pessoa fica presa durante o processo e é condenada no final. É como uma esteira rolante, porque ela entra num ponto e chega no final sem nenhuma alteração. Não há mudança no produto final. A Justiça age com dureza nesses crimes que dão visibilidade, porém, em relação a outros tipos de crimes, o processo segue de maneira diferente. A pessoa fica em liberdade, tem direitos a todos os recursos até as últimas instâncias, e o processo termina naquelas perdas. Geralmente, nesses casos, estão crimes graves, como corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de verbas, improbidade administrativa, fraude em licitação. Todos esses processos permanecem como fatos inexistentes e não geram 1% das demandas das varas criminais, apesar de existirem”, assevera Hélvio, que dispara: “Isso significa que a polícia e a Justiça funcionam, mas de forma patológica, enxugando sangue das ruas e fazendo o papel de aspirador social, tirando das ruas os indesejáveis, enquanto outros crimes, que geram impacto para uma coletividade, são perdidos.”
A vara do Tribunal do Júri é a mais importante, na concepção do pesquisador, porque é nela que são julgados os crimes contra a vida. O levantamento realizado apontou que, em 12 anos, 2.320 processos deram entrada no Tribunal do Júri em Juiz de Fora. Desse total, 1.327 já tinham sido julgados. Em outubro de 2014, quando a consulta foi realizada, restavam 927 processos aguardando julgamento. Conforme Hélvio, quando se compara o número de registros feitos pela Polícia Civil da cidade, que, em 2015, acumulou 1.095 casos relativos a crimes contra vida, percebe-se que, de modo geral, o trabalho da polícia e da Justiça é marcado pela baixa capacidade de investigação e de indiciação e, consequentemente, de encaminhamento de suspeitos para a Justiça.
“Todos os estudos mostram que, quando a Justiça e a polícia não conseguem punir, abre-se espaço para a justiça privada, com as próprias mãos, o que resulta em pessoas baleadas, esfaqueadas e encontro de cadáveres. Na medida que não se confia no funcionamento da Justiça e da polícia, há o aumento das execuções sumárias. A ausência do Estado gera a multiplicação dos crimes”, avalia Hélvio
A conclusão que a pesquisa chegou é que a Justiça só faz aquilo que a polícia consegue encaminhar, ou seja, a polícia faz a Justiça funcionar. “A polícia gera a demanda, e a justiça responde de forma patológica. Os crimes graves, que afetam a distribuição de riquezas, a igualdade, o acesso aos bens públicos, ficam no limbo e devem ficar por muito tempo, porque, com o passar dos anos, houve o enxugamento das polícias Militar e Civil. Em 2012, levantamento da Federação Nacional de Empresas de Segurança Privada mostrou que o número de agentes das empresas privadas era maior do que o numero de agentes públicos. Um fenômeno consequência desse cenário é a privatização da segurança, seguindo uma lógica do estado neoliberal e, óbvio, gera impacto na Justiça, porque a segurança privada passa a ser um bem consumível, pagável, em vez de ser um bem público. Com isso, há um outro fenômeno, que é o isolamento de certa parcela da sociedade, em condomínios fechados, onde a segurança é privada e tem um padrão diferente da que é feita pelo Estado.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/alunos-selecionados-comecam-a-habitar-alojamentos/
Título: Alunos selecionados começam a habitar alojamentos
As chaves pertencentes aos primeiros residentes da Moradia Estudantil da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foram entregues na manhã desta quarta-feira (28), durante um café da manhã promovido pela própria instituição para recepcionar os 61 estudantes selecionados no primeiro edital. Boa parte dos estudantes adentrou o prédio carregando malas e outros pertences. Muitos estavam ansiosos para conhecer os seus quartos, que contam com beliche, armários e mesa para estudo, além das áreas comuns, com cozinha, banheiros e lavanderia.
“A inauguração das moradias estudantis é um fato histórico para a UFJF e simboliza um ganho imenso para os estudantes, pois, uma vez inauguradas, elas se perpetuam. As moradias vão garantir, de forma efetiva, um espaço para que alunos que tenham uma necessidade socioeconômica possam ter um teto durante a graduação, o que implica em qualificação e permanência na universidade”, destacou o pró-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Freitas.
Além das chaves, que foram sorteadas na tarde da última terça-feira (27), foram entregues aos estudantes uma cópia do Regulamento Geral da habitação, aprovado pelo Conselho Superior da UFJF (Consu). Uma das normas diz que eles têm até sete dias para realizarem a mudança. Após a instalação, eles devem formar uma comissão de moradores para deliberarem assuntos internos da moradia, levantando as demandas e dialogar com a instituição. “Durante este processo, formulamos um regimento muito democrático e com participação efetiva dos estudantes. Também estamos programando uma série de atividades dentro da moradia, nos campos educativo, psicológico e pedagógico”, comentou o pró-reitor.
A manutenção dos prédios será dividida entre a UFJF e os estudantes. Uma vez por semana, uma equipe da instituição fará a limpeza das áreas comuns, contudo, a higiene dos alojamentos será de responsabilidade dos alunos. Freitas destaca que os selecionados não terão gastos com luz e água, que serão financiados pela UFJF. Além disso, todos passam a ter direito a alimentação gratuita em todas as refeições oferecidas no Restaurante Universitário (RU), como café da manhã, almoço e jantar. “Os fogões e geladeiras disponibilizados servem apenas como apoio.”
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/06/2017
Titulo: Curso gratuito ensina como controlar finanças pessoais e evitar dívidas
Terminam nesta sexta-feira (30) as inscrições para o curso gratuito de introdução à educação financeira oferecido pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), juntamente com o Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas (ICE) da UFJF. Esta é uma oportunidade para que os participantes aprendam a controlar suas finanças pessoais e evitem dívidas, principalmente, em tempos de crise financeira. Os participantes vão receber certificados.
Segundo o professor responsável pelo curso, Marco Aurélio Kistemann, o curso é destinado à população de todas as idades e perfis econômicos e abrange temas como planejamento, organização de orçamento e novas formas de investimento, além da poupança.
“Queremos estimular o pensamento a respeito de novas formas de consumir produtos sustentáveis, discutir ideias relacionadas ao consumo, consumismo infantil e sustentabilidade. Também serão abordadas questões relativas ao dia a dia da população, como empréstimos, uso do cartão de crédito e do cheque especial, além de renegociação de dívidas.” A iniciativa será voltada também para pessoas que moram sozinhas, pois, segundo levantamento do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, oito em cada dez pessoas que moram sozinhas não se planejam financeiramente para custear as suas despesas. Para este público, o professor afirma que o projeto é de grande relevância.
“É essencial para prevenir desperdício e evitar o endividamento. Para tal, não são necessárias fórmulas mirabolantes, mas disciplina financeira, criando hábitos de anotar e planejar o que se deseja consumir e como isso será quitado. Um grande desafio é sair da zona de conforto e criar uma metodologia de controle de gastos e de consumo sustentável”, explica o professor, acrescentando que o curso terá duração de 12 meses, com aulas sempre às segundas-feiras, das 18h às 22h, no ICE da UFJF, a partir do dia 3 de julho, com intervalos nos recessos da UFJF. As aulas serão ministradas por professores e bolsistas da UFJF, além de professores convidados de outras universidades do Brasil e do Exterior.
Inscrição As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de junho, enviando uma solicitação através do e-mail marco.kistemann@ufjf.edu.br ou kistemann2013@gmail.com ou através do WhatsApp (32) 99165- 0426, solicitando uma pré-inscrição. Os interessados só precisam enviar nome completo e e-mail.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 28/06/2017
Título: Prefeituras se reúnem para discutir desenvolvimento da Zona da Mata
Prefeitos de várias cidades da região devem se reunir em Juiz de Fora nesta sexta-feira (30) para discutir mecanismos de estímulo ao desenvolvimento regional. O evento é promovido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), por meio do Fórum Permanente Mineiro das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Fopemimpe) e do Grupo de Trabalho Desenvolvimento e Inovação na Mata Mineira (GDI-Mata). Responsável pela Seedif, o secretário de Estado Wadson Ribeiro ressalta que a união das agendas do Fopemimpe e do GDI- Mata tem por objetivo potencializar e alinhar as ações integradas na região. O encontro acontece em um restaurante no Bairro Aeroporto, em Juiz de Fora, a partir das 9h.
“É hora de alavancar de vez os projetos que irão promover o desenvolvimento regional no estado, especialmente na Zona da Mata. O Fopemimpe é a principal ferramenta para a construção de políticas públicas voltadas para o fortalecimento de micro e pequenos negócios no Estado de Minas Gerais. A parceria com o GDI-Mata será um ingrediente forte nessa luta”, considera Wadson. Segundo a Seedif, além da Prefeitura de Juiz de Fora, estão confirmadas as presenças de representantes do Poder Executivo municipal de Muriaé, Ubá, Lima Duarte e São João Nepomuceno. Entidades como a Abrasel, a Associação Comercial de Juiz de Fora, o Centro Industrial de Juiz de Fora, a Embrapa, a Fiemg, o Sindicomercio e a UFJF, entre outros, também são esperado no evento.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 29/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/ufjf-divulga-lista-de-espera-do-sisu-2017/
Título: UFJF divulga lista de espera do Sisu 2017
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) publicou, nesta quarta-feira (28), a lista de espera do Sisu. Os alunos inscritos nesta lista deverão ficar atentos. No dia 5 de julho, próxima quarta-feira, será divulgada a primeira chamada. A pré-matrícula dos selecionados acontece de forma on-line até às 23h59 do dia 7 do mesmo mês. As matrículas presenciais serão realizadas nos dias 26 e 27 de julho. A definição do total de candidatos a serem chamados em julho depende do número de vagas restantes após a etapa de matrícula presencial dos aprovados na chamada regular do Sisu. Essas matrículas estão ocorrendo nesta quarta, 28, e quinta, 29.
Aqueles não selecionados terão outras cinco chances de ingressar na instituição. Serão publicados ao todo seis editais de reclassificação até o dia 16 de agosto para os cursos do campus de Juiz de Fora. Já em Governador Valadares, o cronograma segue até setembro, com a exceção da Odontologia que contará com 12 chamadas. A lista de documentos exigidos para a matrícula está disponível no site da UFJF. O Sisu ocorre duas vezes por ano e, de acordo com a UFJF, é responsável pelo preenchimento de 70% das vagas disponibilizadas pela instituição.O restante é destinado a alunos do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism). Este ano foram disponibilizadas 1.330 vagas pelo Sisu para o segundo semestre, distribuídas em 42 cursos nos dois campi.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 29/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/gdi-investe-em-setores-produtivos-de-jf/
Título: GDI investe em setores produtivos de JF
Fortalecer o segmento de produção farmacêutica e de equipamentos médicos, criando um centro de pesquisas clínicas em Juiz de Fora, capacitar fornecedores para o setor metalmecânico, implementar um sistema de eficiência energética para os prestadores de serviço e criar um programa de capacitação gerencial para microempreendedores individuais. Estas são algumas das linhas de ação estratégicas do Grupo de Trabalho Desenvolvimento e Inovação na Mata Mineira (GDI Mata), que completa um ano e realiza a sua terceira reunião geral nesta sexta-feira (29), às 9h, no Bairro Aeroporto (Avenida Eugênio do Nascimento, 310). O encontro marcará a adesão do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Fopemimpe), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), ao grupo. A coordenação geral do GDI é composta por Prefeitura, UFJF, Embrapa, IF Sudeste e Sebrae.
Segundo o diretor de Inovação da UFJF, Ignácio José Godinho Delgado, o grupo está trabalhando para consolidar e fortalecer as atividades ligadas ao setor de saúde. Ele explica que foi estabelecida parceria com empresas farmacêuticas do cenário nacional, conhecidas por seu caráter inovador, com o objetivo de criar um centro de pesquisas clínicas em Juiz de Fora. Em relação ao metalmecânico, outro setor considerado relevante, a equipe contactou grandes empresas da região para formatar um programa de capacitação de fornecedores para que exista uma maior interação com o empresariado local. Na parte de serviços, diz, está sendo preparado um programa de eficiência energética a ser desenvolvido junto às empresas do ramo, cujos benefícios não devem ficar restritos a este segmento. Um programa de capacitação gerencial do microempreendedor individual também está sendo formatado.
Conforme Ignácio Delgado, o grupo constitui uma rede, cujo objetivo é estreitar o contato entre as entidades empresariais e as instituições de ensino e pesquisa e o Poder Público, acentuando a colaboração entre as partes. Na sua opinião, o aumento do número de atendimentos a empresários na universidade é um dos resultados concretos do trabalho do GDI. Para o segundo semestre, diz, está prevista a 1ª Conferência de Inovação e Desenvolvimento para a Zona da Mata Mineira (Conide), que visa a convergir diversas visões sobre o desenvolvimento econômico e social, promovendo o debate acerca da aplicabilidade na realidade regional.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, João Matos, destacou o diálogo permanente entre as forças convergentes do município, possível com o GDI, que reúne mais de 20 entidades parceiras. O portal www.gdimata.com.br foi considerado uma vitrine da expertise disponível ao setor produtivo. Entre as iniciativas possíveis a partir da criação do grupo, o secretário citou o protocolo de intenções do projeto da macaúba, que visa a incentivar o plantio dessa palmeira nativa em áreas degradadas, além do arranjo produtivo local (APL) das cervejarias, que fez de Juiz de Fora a primeira cidade mineira a integrar a política pública de incentivo à cadeia produtiva da cerveja. Com a adesão do Fopemimpe, a expectativa é criar políticas públicas e propostas de desenvolvimento não só para Juiz de Fora, mas também para a região.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 29/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/batida-entre-onibus-e-caminhao-tumultua-transito-no-cascatinha/
Título: Batida entre ônibus e caminhão tumultua trânsito no Cascatinha
Uma batida entre um caminhão-baú e um ônibus tumultuou o trânsito, no fim da manhã desta quinta-feira (29), no trevo da Ascomcer, entre as avenidas Doutor Paulo Japiassu Coelho e Itamar Franco, no Bairro Cascatinha, na Zona Sul de Juiz de Fora. Ninguém ficou ferido. O caminhão Mercedes-Benz, com placa de São Sebastião do Oeste (MG), teria entrado pela pista da direita e tentado fazer a conversão na rotatória à esquerda em direção ao Centro junto com o ônibus da linha 523 (Monte Verde), que já estava na pista esquerda. Os dois veículos chocaram-se lateralmente, interrompendo o trânsito na Japiassu em direção à região central por mais de meia hora. Houve tumulto também para quem subia a Itamar em direção à UFJF.
Alguns motoristas que estavam na Japiassu optaram por retornar por uma abertura no canteiro central e descer pela Ladeira Alexandre Leonel. Outros condutores que seguiam em direção à UFJF se arriscaram por cima da rotatória. Segundo o cobrador do coletivo, o ônibus estava cheio, indo de Monte Verde para o Centro, e os passageiros foram remanejados para outros veículos. “O pessoal assustou, mas ninguém ficou machucado”, comentou o cobrador.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 29/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/forum-sindical-e-popular-realiza-greve-geral/
Título: Fórum Sindical e Popular realiza greve geral
Capitaneados pelo Fórum Sindical e Popular de Juiz de Fora, trabalhadores, sindicatos e movimentos estudantis e sociais realizam um novo ato contrário às propostas de reforma trabalhista e previdenciária apresentadas pelo Governo federal. Denominado pelos organizadores de greve geral, o protesto também pede a revogação da Lei da Terceirização, sancionada em março deste ano, e a saída do presidente Michel Temer da Presidência. A mobilização está marcada para a manhã desta sexta-feira (30), com concentração na Praça da Estação, a partir das 9h. Entre as categorias que deliberaram pela paralisação das atividades durante o dia estão professores das redes estadual, municipal e particular, servidores públicos municipais, bancários, policiais civis, docentes e técnico-administrativos da UFJF.
A movimentação do protesto deve ser definida durante o evento. Contudo, marchas e caminhadas pelas ruas centrais não estão descartadas. Tal ação tem sido recorrente nos protestos na cidade. Na última greve geral convocada pelo fórum, no último dia 28 de abril, milhares de pessoas percorreram trajeto que partiu da Praça da Estação, passou pelas avenidas Francisco Bernardino e Getúlio Vargas e pela Rua Halfeld. Na ocasião, a dispersão aconteceu nas esquinas da Halfeld com a Avenida Rio Branco, próximo à Câmara Municipal.
Motoristas e trocadores haviam aderido à paralisação, e o sistema de transporte coletivo ficou comprometido durante a madrugada, a manhã e boa parte da tarde. Nova adesão dos rodoviários para o ato desta sexta-feira está descartada.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 29/06/2017
Título: 80% dos condomínios têm problemas estruturais, de violência e tráfico
Oitenta por cento dos condomínios integrantes do programa Minha Casa, Minha Vida em Juiz de Fora têm problemas relacionados a “vícios construtivos” – como trincas, infiltrações, deterioração e falhas nas instalações elétricas e hidrossanitárias – e ainda enfrentam outros relacionados a tráfico de drogas e violência urbana. A avaliação é do Conselho Municipal de Habitação, com base em visitas presenciais realizadas no último trimestre do ano passado em 15 dos 16 condomínios existentes na cidade e relacionados ao programa habitacional do Governo federal.
O estudo também apontou outros quatro problemas recorrentes nos empreendimentos, relacionados ao abastecimento de água (que atinge 60% deles); aos imóveis vagos e às invasões (66%); ao modelo de administração dos condomínios (13%); e à dificuldade de acesso a serviços públicos básicos. O relatório foi detalhado pela presidente do conselho, a professora da Faculdade de Arquitetura da UFJF Letícia Maria de Araújo Zambrano, durante audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira (29) na Câmara. O debate ocorreu a pedido dos vereadores Marlon Siqueira (PMDB), Charlles Evangelista (PP) e Carlos Alberto Mello (Casal, PTB).
A audiência foi acompanhada de perto por diversos moradores dos 16 condomínios do Minha Casa, Minha Vida na cidade. Durante a fala dos presentes no auditório, as constatações apontadas no relatório do conselho ficou ainda mais latente, diante de relatos de como tais problemas afligem o cotidiano dos moradores. Alguns, fizeram um verdadeiro pedido de “socorro” para equacionar situações que transformaram, segundo relato, o sonho da casa própria em pesadelo. As reclamações mais recorrentes diziam respeito ao abastecimento de água nos empreendimentos domiciliares. As dificuldades estavam relacionadas ao fato de a medição de consumo ocorrer de forma coletiva, sem avaliações de consumo individualizada. Assim, invasões ou mesmo inadimplência resultam em dor de cabeça para aqueles que se mantém em dia com a tarifa, sujeitos, inclusive a ameaças de corte de atendimento.
Ausência
Presente à audiência, o diretor-presidente da Cesama, André Borges, afirmou que a empresa pública não tem restrições à individualização dos registros. No entanto, a consolidação depende de intervenções estruturais que cabem aos responsáveis pelo programa do Governo federal, o que, segundo boa parte dos presentes caberia à Caixa Econômica Federal (CEF) ou ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), criado por lei federal de 2011. Aliás, a ausência de representantes da Caixa foi criticada tanto pelos proponentes do encontro, quanto pelos moradores dos condomínio. O vereador Marlon Siqueira lamentou o fato de a entidade financeira não ter enviado nenhum representante à audiência para dar suas versões sobre os questionamentos. O parlamentar chegou a formalizar seis perguntas após consulta a moradores das regiões em questão, muitas proposições, todavia, ficaram sem resposta. Os demais proponentes do debate, Charlles e Mello, também criticaram a postura da Caixa.
Ao final, com o apoio de outros vereadores, Marlon sugeriu a formação de uma comissão, com representantes dos poderes Executivo e Legislativo, do Conselho Municipal de Habitação, de moradores e de outras entidades para buscar uma agenda com representantes da Caixa. O movimento foi apoiado pelo secretário de Governo da Prefeitura, José Sóter de Figueirôa, que afirmou ainda que a Administração está aberta para tratar de questões de infraestrutura no entorno dos empreendimentos imobiliários, como problemas asfálticos, de capina e relacionados ao transporte coletivo urbano, por exemplo.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 30/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/ufjf-abre-560-vagas-de-especializacao-a-distancia/
Título: UFJF abre 560 vagas de especialização a distância
Estão abertas inscrições para 560 vagas em pós-graduação do Centro de Educação a Distância da Universidade Federal de Juiz de Fora (Cead/UFJF). As oportunidades são distribuídas para as áreas de Ciências Biológicas (150), Mídias na Educação (200) e Tecnologias de Informação e Comunicação para o Ensino Básico (210) nos polos de apoio presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB) vinculados à UFJF. Os interessados podem se inscrever pelo site http://www.cead.ufjf.br . Pelo mesmo endereço, é possível consultar os editais das seleções. Os prazos para inscrição terminam em julho, com datas diferentes para cada área.
Para concorrer à especialização em Ciências Biológicas é necessário ter graduação na área e apresentar os documentos exigidos no edital. As vagas são para os polos dos municípios de Juiz de Fora, Carlos Chagas, Durandé, Ilicínea e São Sebastião do Paraíso. O limite para as inscrições é 17 de julho. As vagas para Mídias na Educação são destinadas prioritariamente a docentes, podendo atender outros profissionais ligados à educação. O prazo máximo para inscrições é 20 de julho. As oportunidades são para Juiz de Fora, Cataguases, Governador Valadares e Lavras.
Já o curso de Tecnologias de Informação e Comunicação para o Ensino Básico pretende desenvolver competências nos professores da rede pública de ensino para o uso efetivo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) dentro da escola nas diversas séries do Ensino Fundamental e Médio. Os candidatos também devem ter curso superior, e os polos de apoio são Juiz de Fora, Boa Esperança, Conselheiro Lafaiete, Governador Valadares e Ubá. O prazo de inscrições encerram em 28 de julho.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 30/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/praca-da-estacao-sedia-novo-ato-contra-temer/
Título: Greve geral fecha vias centrais por cerca de duas horas
Juiz de Fora voltou a figurar no mapa de cidades que sediaram manifestações contrárias ao Governo do presidente Michel Temer nesta sexta-feira (30). Chamada de greve geral, a mobilização foi convocada por centrais sindicais e pelo Fórum Sindical e Popular de Juiz de Fora e durou cerca cinco horas. Entre a manhã e o início da tarde, o ato chegou a paralisar concomitantemente o fluxo de veículos particulares e coletivos nas avenidas Rio Branco e Getúlio Vargas, duas das principais vias juiz-foranas, por cerca de 40 minutos, comprometendo o trânsito na região central, com reflexos em outros pontos da cidade. Ao final do evento, representantes do Fórum Sindical estimaram a presença de até dez mil pessoas no protesto que também pediu o fim das discussões das reformas trabalhista e da Previdência que vêm sendo debatidas pelo Congresso Nacional e a realização de novas eleições gerais pela via direta. Como nos últimos protestos, a Polícia Militar não avaliou o número de presentes.
Ainda com concentração tímida na Praça da Estação, a mobilização teve início às 9h. Uma hora depois, quando o número dos presentes já se tornara mais significativo, representantes das mais de 50 entidades, entre sindicatos, movimentos estudantis e sociais, iniciaram suas falas e se revezaram no microfone de um dos dois trios elétricos posicionados no local. Por volta das 11h, o grupo seguiu em marcha pela Avenida Francisco Bernardino. Em seguida, a passeata percorreu a Rua São Sebastião e chegou à Avenida Getúlio Vargas meia hora após o início da caminhada. No local, as falas foram retomadas. Durante os discursos, a organização anunciou no caminhão de som a notícia de que o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia derrubado o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB) das funções parlamentares. A decisão do ministro causou indignação e mudou o roteiro da passeata, que, inicialmente, seguiria pela Getúlio Vargas, passaria pela Rua Halfeld e retornaria à Praça da Estação.
Após deliberações, os presentes resolveram seguir pela Avenida Rio Branco, que já tinha suas três vias fechadas por um grupo que havia se separado da manifestação. Assim, os caminhões de som seguiram para a principal via da cidade e trafegaram pela pista dos ônibus até o cruzamento com a Rua Halfeld, onde a ação foi encerrada por volta das 13h20. Ao todo, a marcha durou pouco mais de duas horas, e o trânsito na Avenida Francisco Bernardino ficou fechado por manifestantes por cerca de 30 minutos; na Getúlio Vargas, por aproximadamente uma hora; e nas três faixas da Avenida Rio Branco por 40 minutos, seguidos por mais 40 minutos de fluxo comprometido na pista central e na pista sentido Centro/Bom Pastor.
Ônibus circularam normalmente
Ao contrário do que ocorreu na última greve geral, no dia 28 de abril, motoristas e cobradores do transporte coletivo urbano da cidade não aderiram ao movimento. Assim, os ônibus circularam na manhã desta sexta-feira. O fluxo de veículos, no entanto, não pode ser considerado normal em alguns momentos, por conta do fechamento de vias centrais, o que gerou uma grande fila de coletivos na Rio Branco, por exemplo. Segundo a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Settra), para evitar maiores reflexos, foram feitas mudanças pontuais nos trajetos de quase todas as linhas durante o período em que o trânsito permaneceu comprometido.
De acordo com os organizadores, entre as categorias que cruzaram os braços parcial ou integralmente durante o dia estão professores das redes estadual, municipal e particular, servidores públicos municipais, bancários, policiais civis, docentes e técnico-administrativos da UFJF e profissionais dos Correios.
Balanço
Ao final, quando a marcha já havia chegado ao Parque Halfeld, representantes de centrais sindicais fizeram um balanço da mobilização. Pela CUT, Aparecida de Oliveira Pinto convocou os manifestantes a se manterem permanentemente mobilizados e considerou que direitos históricos dos trabalhadores estão ameaçados desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “A intenção (do impeachment) não era só a de tirar um governo. A intenção era de retirar direitos dos trabalhadores”.
Pela Central de Sindicatos Brasileiros (CSB), Cosme Nogueira enalteceu a amplitude de segmentos representados no ato, citando a presença de José Luiz Guedes, ex-deputado federal e ex-líder sindical nos anos 1960, quando foi perseguido pela ditadura militar, e da juventude.
Cosme também deu tom local ao ato com críticas à gestão do prefeito Bruno Siqueira (PMDB) relacionadas a questões como a atual negociação salarial mantida pelos servidores e problemas relacionados à frota de caminhões do Demlurb.
BR-267 fechada
Antes do ato na Praça da Estação e nas vias centrais de Juiz de Fora, um grupo de manifestantes fez uma ação na BR-267, no Bairro Igrejinha, Zona Norte de Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por volta das 5h30 desta sexta (30), manifestantes fecharam a via, e o congestionamento chegou ao entroncamento com a BR-040. Policiais tentaram negociar a liberação da via, o que ocorreu por volta das 8h30.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, João César da Silva, o ato ocorreu por conta da greve geral e tem participação de todas as categorias que adeririam ao movimento. Segundo ele, além de fechar a rodovia, o grupo conseguiu também impedir a chegada dos trabalhadores a uma indústria que fica nas imediações, já que nenhum funcionário chegou à fábrica com a via bloqueada.
Em Minas Gerais, outras rodovias foram interditadas na manhã desta sexta, durante a agenda nacional de ações contra o Governo federal. Entre elas, a BR-265, entre São João del-Rei e Lavras, e a BR-135, que foi fechada pelo MST próximo a Bocaiuva e Diamantina. A MG-050 também chegou a ficar fechada durante a madrugada, na altura de Divinópolis.
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Veículo: Estadão
Editoria: Estado da Arte
Data: 30/06/2017
Link: http://cultura.estadao.com.br/blogs/estado-da-arte/as-literaturas-do-totalitarismo/
Título: As Literaturas do Totalitarismo
Por vezes o jornalismo, com o estranho fim de se antecipar à história, designa algumas tristes sequências de eventos com tons grandiloquentes. Desse modo, esses poucos mais de seis meses de governo Trump já são designados de “Era Trump” – termo, ao que parece, deliberadamente escolhido como alusão àqueles períodos na cultura humana, em que um modelo civilizacional imperativo se entranhou de tal modo no ideário social, que seu desmoronamento não raro é associado a um encerramento apocalíptico.
Pensemos na região da Palestina, em 70 d.C., quando a destruição do Templo de Salomão difundiu o terror escatológico em meio à comunidade judaica. Ou nas invasões otomanas à Constantinopla, que desde então, como a mudança toponímica reflete, tornou-se uma cidade mais oriental do que ocidental, encerrando, segundo os manuais didáticos, a Idade Média.
Esse mesmo sentimento manifesta-se agora nas expectativas que surgem em meio às alusões aos “valores tradicionais” que elegeram Trump e as possíveis distopias disto decorrentes. Isto é, as “eternas ondas conservadoras” (cito) – os atuais moinhos de vento da esquerda quixotesca – que se insurgem contra os direitos conquistados.
Por exemplo, a celebrada série The Handmaid’s Tale (2017), baseada no romance homônimo da escritora canadense Margaret Atwood, conforme a pesquisa mais superficial entre os artigos e críticas revela, é interpretada como um prenúncio aterrador de um totalitarismo fundamentado nos princípios morais que conduziram Trump à presidência e que são por ele representados.
Os habituais críticos culturalistas reduziram a série ao conflito derradeiro entre a moral religiosa sexista e o liberalismo feminista. E quando a atriz Elisabeth Moss, que faz o papel da protagonista Offred, disse que The Handmaid’s Tale tratava também de temas universais e mais profundos, logo se viu sob a mira de severas reprimendas.
Do mesmo modo, o romance Submissão, do francês Michel Houellebecq, acerca do qual muito já se tratou, é também reduzido, por parte de alguns segmentos da direita, a uma simples crítica da crescente islamização da Europa, especialmente da França. A obra, contudo, mais do que um sinal de histeria, ou uma transposição romanesca das ideias de um Renaud Camus, é uma revisão dos caminhos tortuosos pelos quais o Iluminismo conduziu o Ocidente.
Se os ideais revolucionários predicavam que o homem seria tão mais livre e bem-aventurado quanto mais se livrasse das amarras da religião, da tradição e das demais autoridades, o romance Submissão, todavia, demonstra que essa almejada liberdade conduz ao desastre, ou à submissão a uma força maior, seja a de uma religião da vontade ou à potência bruta da própria história.
Evidentemente há motivos concretos para as expectativas delineadas no romance de Houellebecq; contudo, repetindo o que dissemos acima, a obra, como todo artefato literário digno do nome, também reflete outras preocupações. Mark Lilla diz que o Houellebecq criou, com seu livro, um novo gênero: “a narrativa distópica de conversão”. A bem da verdade, a conversão do protagonista é mais uma capitulação do que uma metanoia, uma mudança de mente.
No entanto, o que ambos esses exemplos nos ensinam sobre a relação entre a literatura e as distopias e totalitarismos? A mínima listagem de obras sobre o tema ocuparia um espaço do qual não dispomos, mas o que depreender desses romances citados e de outros como The Mandibles: A family, 2029-2047, de Lionel Shriver, em que vemos uma América absolutamente barbarizada, murada por cercas elétricas construídas pelo México para impedir a entrada de imigrantes ilegais americanos; ou 2084: The End of the World, de Boualem Sansal, um mundo também totalitário onde o pensamento é punido e regido pelo culto a uma única divindade?
Num nível superficial, podemos aludir à velha máxima de Pound, segundo a qual os artistas são as antenas da raça, e que suas obras são, por conseguinte, súmulas de impressões e presságios das transformações de nossa ordem social. O próprio Aldous Huxley, anos após a publicação de seu Admirável Mundo Novo, escreveu o Admirável Mundo Novo Revisitado para analisar como alguns dos pontos colocados no primeiro livro já haviam se manifestado àquela data.
Porém, mais do que isso, a literatura, de certo modo, é uma espécie de profilaxia contra as tentações totalitárias na medida em que sua linguagem é refratária ao fundamentalismo das ideologias. É celebre a opinião de Eric Voegelin segundo a qual o surgimento do nazismo somente foi possível pelo longo processo de erosão da linguagem levado a cabo anos antes por meio da classe intelectual alemã.
Citando Pound novamente, se a grande literatura é linguagem carregada de significado até o máximo grau possível, segue-se necessariamente que ela é avessa aos reducionismos peculiares às ideologias, assim como à depredação que os movimentos ideológicos exercem sobre o imaginário social. Em termos resumidos, a ambiguidade característica da linguagem literária opõe-se frontalmente ao duplipensar dos totalitários. De igual modo, a unidade narrativa pressupõe o mínimo desenvolvimento do senso de continuidade temporal – elemento que toda tirania se esforça por abolir.
Além disso, a literatura, contrariamente à mentalidade totalitária, se fundamenta na percepção do caráter irredutível da natureza humana e, desnecessário dizer, da própria realidade. Dedica-se à apreensão de uma sensibilidade ou impressão que, de outro modo, logo se desvaneceria.
Se, grosso modo, o totalitarismo se pauta pela absorção de todas as esferas da vida no corpo do Estado, de modo que cada uma delas se transforme num seu satélite, a literatura, por sua vez, faz de um cubículo um mundo, e de voltas num quarto uma odisseia (como em Xavier de Maistre). Cada nicho ou recanto expande-se num universo – to see a World in a Grain of Sand. A densidade da estrutura simbólica e o apego à variedade do real se contrapõem às tentativas de redução das coisas a um único aspecto.
Curiosamente, quando a literatura tenta se lançar em empreendimentos universalizantes, ela conscientemente falha. Franco Moretti cunhou o termo opera-mundi (obras-mundo) para designar as obras “problemáticas” e inclassificáveis da literatura universal (Fausto, Moby Dick, Guerra e Paz, Ulysses e outros): “todas são enciclopédicas, polifônicas, alegóricas, didascálicas, e já não se contentam em representar… a pátria, a nação – mas sim o mundo”.
Porém, todas elas, de antemão, estão fadadas ao fracasso, pois, não obstante surjam de um ímpeto demiúrgico, não são ingênuas ao ponto de crerem na capacidade totalizante da literatura. Portanto, “a imperfeição das obras-mundo é o sinal perfeito de que elas vivem na história”.
É claro, um intelectual não está livre daquilo que Lilla chamou de tiranofilia, o eros que conduz à servidão voluntária aos poderes autocráticos, e há exemplos de literatos que com suas obras pavimentaram ou fomentaram os projetos totalitários – Brecht, Górki e (outra vez) Pound são os mais citados. São caminhos imprevisíveis; afinal, como diz Witold Gombrowicz, “a literatura séria não existe para tornar a vida fácil, mas para complicá-la”.
Fabrício Tavares de Moraes é tradutor e doutor em Literatura (UFJF/Queen Mary University
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 30/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/uberabinhaufjf-tem-ultimos-desafios-em-casa-pelo-mineiro/
Título: Uberabinha/UFJF tem últimos desafios em casa pelo Mineiro
A Uberabinha/UFJF enfrenta na tarde deste sábado (1) seus dois últimos desafios no campo do complexo esportivo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) pelo Campeonato Mineiro de Base. Às 13h30 e 15h30, os times sub-17 e sub-15 juiz-foranos entram em campo contra o Centro de Formação de Atletas (CFA), do município de Santa Luzia (MG), em confrontos válidos pela penúltima rodada da fase classificatória.
Para os locais, as partidas ainda valem a manutenção de possibilidades matemáticas do acesso ao hexagonal. O regulamento prevê que as duas melhores equipes de cada chave avancem à fase seguinte. O sub-17 é quem mais possui chances, com a terceira posição no grupo C, detentor de 12 pontos, apenas um a menos que o vice, AMDH, que enfrenta o Villa Nova em Juatuba (MG). Já os mais jovens têm missão improvável. Quarto lugar na chave, a diferença para os dois primeiros lugares é de 6 pontos. Logo, um dos líderes, Cruzeiro ou AMDH, não podem mais pontuar, e os juizforanos precisam vencer o jogo deste sábado e o Atlético Mineiro, na última rodada.
Em contrapartida, o objetivo principal do projeto no primeiro ano de participação na elite estadual já foi conquistado. Não há mais possibilidades de rebaixamento da Uberabinha/UFJF.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 30/06/2017
Título: Profissionais de Juiz de Fora orientam sobre exercícios físicos no frio
Com o inverno, o G1 buscou orientações de profissionais de saúde e de educação física sobre a prática de exercícios no frio. Eles alertam quanto à preparação, vestuário, hidratação, locais e horários mais indicados para fazer as atividades.
Nesta época, o cuidado com o corpo é maior. Segundo o ortopedista Edilberto Guilhermino Júnior, as chances de lesões aumentam nos dias frios e, por isso, é preciso fazer aquecimento. “É essencial aquecer a musculatura antes das atividades para diminuir os riscos de lesões, que, nesta época, são maiores, já que a prática exige um esforço maior”, alertou.
Guilhermino ainda orientou sobre os riscos de realizar os exercícios em área externa e interna. “Nesta época do ano, aumentam as possibilidades das pessoas adquirirem doenças e infecções respiratórias e, em locais fechados, podem propiciar ainda mais. No local aberto, isso também pode ocorrer, só que em decorrência do tempo frio”, disse.
A profissional de educação física Natália Araújo, que trabalha com turmas no Centro de Artes e Esportes Unificados (Praça CEU) no Bairro Benfica, em Juiz de Fora, acredita que a prática na área externa ajuda a tirar a preguiça e promove melhorias não só em relação ao corpo, mas também no trabalho.
“As meninas sempre me falam que os exercícios melhoram o ânimo, o humor, a pró-atividade no trabalho, além de reduzir medidas. A vantagem do lugar aberto é esse ar puro. Temos contato com as pessoas e, como começamos às 6h, o sol está nascendo, e tudo isso nos anima”, contou.
Além disso, com as temperaturas baixas, as pessoas que se exercitam perdem mais calorias. “O organismo precisa manter a temperatura corporal e, desta forma, o corpo gasta mais energia e consequentemente queima mais calorias”, ressaltou o ortopedista.
Roupas, acessórios e hidratação
Trajes adequados para a prática esportiva são essenciais em qualquer estação, mas no inverno não se pode exagerar nos agasalhos. Sobre o calçado, o médico diz que o adequado é o tênis esportivo, de preferência os mais altos com amortecedores que conseguem absorver o impacto no chão.
O profissional de educação física e fisioterapeuta Bruno Assad também destaca as tecnologias aplicadas em roupas e equipamentos voltados para a prática esportiva.
“A escolha da roupa é um fator que interfere no modo como o corpo troca com o ambiente o calor produzido em decorrência do esforço físico. Isso pode influenciar, por exemplo, no desempenho do praticante e no risco de ele se lesionar. Roupas compostas de materiais especiais podem auxiliar no melhor controle da temperatura corporal, principalmente em dias de frio mais intenso”, destacou.
Hidratação é outro ponto destacado. “As pessoas costumam dar mais atenção à hidratação em dias com temperaturas mais elevadas e acabam se hidratando menos no inveno. É importante estar atento à ingestão de líquidos antes, durante e após a atividade física, inclusive em dias frios”, orientou.
Com relação a possíveis lesões ocorridas durante os exercícios, a orientação de Assad é que o praticante esteja atento e procure um profissional especialista.
Melhores horários ao ar livre
Na cidade, o Museu Mariano Procópio, o campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), praças e outros locais em áreas abertas são alguns dos espaços procurados para caminhada, corrida e treinamento funcional. Nas praças, os horários de pico são na parte da manhã, entre 7h e 9h e à noite, entre 18h e 20h.
O parque do Museu está aberto ao público das 8h às 18h, tornando possível escolher horários em que a temperatura esteja mais agradável para a realização dos exercícios. Segundo o ortopedista, o atleta precisa evitar fazer exercícios nesses espaços quando as temperaturas estão baixas ao extremo.
“As pessoas podem ter uma hipotermia neste período e até mesmo no calor, por isso, o ideal é se exercitar em dias amenos e frescos, independentemente do horário”, complementou.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 30/06/2017
Título: Grupos paralisam atividades e protestam contra reformas e governo Temer em Juiz de Fora
Representantes de movimentos sociais e sindicatos e populares protestaram em Juiz de Fora contra as reformas trabalhista e da previdência, contra a terceirização e o governo Temer na manhã desta sexta-feira (30). Os organizadores defenderam a realização de eleições imediatas e diretas. Setores paralisaram as atividades e houve bloqueio na BR-267 no início da manhã.
A organização estimou um público de 10 mil pessoas na manifestação, que acabou às 13h20. A Polícia Militar (PM) optou por não informar o número de participantes. O número de adesão à paralisação de várias categorias não foi informado.
Integrantes dos movimentos se revezaram na Praça da Estação, no Centro, para se pronunciar durante o protesto, que contou com dois trios elétricos. A concentração começou por volta das 9h. Os manifestantes usaram faixas e bandeiras com dizeres que mostravam que eles são contrários às reformas , à terceirização e ao governo Temer. Também houve panfletagem.
Os manifestantes saíram da praça em passeata pela Avenida Francisco Bernardino, seguindo por outras vias centrais. Houve um atrito entre os participantes e a PM sobre o trajeto a ser tomado, que não estava no percurso traçado inicialmente. Após discussão, a manifestação seguiu pela Avenida Rio Branco e se dispersou no Parque Hafeld.
O trânsito foi afetado e ficou parado em alguns trechos no sentido Manoel Honório e Bom Pastor. Agentes da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) controlam o fluxo de veículos.
“A gente quer mostrar para este governo que o trabalhador não é bobo sobre estas reformas que ele está querendo apontar como benéficas. Nunca houve um roubo dos direitos da classe trabalhadora como agora. Menos de 1% tirando dos direitos e fazendo propaganda mentirosa”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Bancários, Watoíra Oliveira.
A representante da Marcha Mundial das Mulheres, Laiz Perrut, disse que o movimento é contra as reformas. “O povo não quer e ele vai cair pelas nossas mãos. Estamos firmes na luta enquanto o Temer não cair e as reformas não forem barradas”, afirmou.
Para o vereador Betão (PT), o momento é de inconsistência. “A gente não consegue prever o que vai acontecer. Cabe a nós ir para a rua manifestar contra as reformas trabalhistas e previdenciária. É assim que vamos resistir. Fora Temer”, disse.
O Movimento Negro Unificado também esteve no ato. “Esta é uma data fundamental para nós enquanto movimento negro. Entendemos que esta reforma atinge de forma mais violenta a população negra, especialmente a juventude negra na periferia. Esta reforma vai revogar a lei áurea”, afirmou o coordenador nacional do movimento, Paula Azarias.
O integrante do Levante Popular Rafael Donizete destacou as razões da rejeição ao presidente. “Eu tenho a convicção de que Michel Temer é o nosso inimigo nº 1 porque ele representa todos os nossos inimigos: o patrão que ameaça o emprego de quem aderiu a gente, o macho que assedia a mulher, os homens que mataram a travesti Dandara a pedradas. Vamos lutar por nossos direitos e por eleições diretas, por uma constituinte soberana nas mãos do povo”, disse.
Júlio Phoenix, da diretoria de base do Sinserpu, usou uma máscara de Áecio Neves para protestar. “Eu sou artista. Esta é a maneira que encontrei de fazer minha manifestação e de mostrar para as pessoas que eles estão roubando o que é nosso”, disse.
Entre os participantes estão Sindicato dos Trabalhadores em Distribuição de Agua e Esgoto (Sinagua), Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sinttel), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista (Mais), PC do B, Sindicato dos Professores (Sinpro), Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) e Sindifisco.
Comitivas de São João Nepomuceno, Olaria, Lima Duarte, Matias Barbosa, Piau e Rio Novo também participaram do protesto.
Bloqueio da BR-267
Manifestantes fecharam a BR-267, no Km 120, próximo ao Bairro Igrejinha, por volta das 6h30 desta sexta-feira. A pista ficou totalmente fechada no trecho e o engarrafamento chegou à BR-040. O trânsito foi liberado por volta das 8h30.
De acordo com os organizadores, a ação conjunta do Sindicato dos Metalúrgicos e outras instituições na rodovia ocorreu para impedir a entrada de cerca de 700 funcionários em uma fábrica. Com cartazes, eles anunciaram greve.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) explicou à liderança do movimento sobre o risco de acidentes no trecho onde ocorreu a manifestação.
O G1 entrou em contato com a assessoria da empresa e aguarda retorno.
Paralisação e serviços afetados
O vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Juiz de Fora, Wagner França, disse que o sindicato manterá as atividades, mas que cada comerciário foi liberado para apoiar.
“Não queremos prejudicar os atendimentos agendados para esta sexta-feira, portanto teremos um mínimo de equipe. Quanto aos trabalhadores, é uma questão de bom senso para não colocar o funcionário em dificuldade, em um quadro de desemprego nacional. Porque, após o ato de abril, muitas empresas cortaram o ponto de quem aderiu à paralisação. Não temos como garantir o emprego de ninguém”, explicou.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpu) e integrante do Fórum Sindical Popular, Amarildo Romanazzi citou os setores afetados. “A gente estima paralisação total de creche, curumins, Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps), Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav), do setor de obras, de parte do administrativo e vamos respeitar o mínimo de 30% de funcionamento nas unidades de Urgência e Emergência”, afirmou.
O G1 procurou a Prefeitura de Juiz de Fora que disse que não iria se posicionar sobre o impacto nos atendimentos nesta sexta-feira.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios da Zona da Mata e Vertentes informou que a categoria aprovou a entrada na paralisação, mas as estimativas não são de adesão maciça.
“Os relatos são de que a empresa ameaçou cortar o ponto de sexta-feira, mas também o de sábado e do domingo, como forma de intimidação covarde. É um momento importante do trabalhador manifestar as indignações contra as reformas que o governo quer implementar contra a categoria, mas a empresa está usando estes artifícios”, disse o presidente do sindicato, João Ricardo Guedes.
O G1 solicitou o posicionamento da assessoria dos Correios e aguarda retorno.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) cita 80% de adesão não apenas em Juiz de Fora, mas também em 20 cidades da Zona da Mata. Segundo a coordenadora Victória Mello, está havendo a primeira reunião do recém-criado comitê contra as reformas no Instituto Estadual de Educação.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que acompanhou o andamento da paralisação convocada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), em adesão ao movimento nacional. Ainda nesta sexta-feira (30), a Secretaria vai emitir um balanço com o número de escolas e profissionais que paralisaram as atividades.
A coordenadora do Sinpro e integrante do Fórum Sindical e Popular, Aparecida Oliveira, estima a participação de todas as escolas municipais e dos trabalhadores da rede privada.
“Acreditamos que a gente tem que estar nas ruas para tentar modificar esta situação. Nesta quarta (28) foi aprovada a reforma trabalhista. Queremos que movimento mostre que o povo não é bobo e está alerta, que quem votar contra nós terá o troco na próxima eleição. É uma campanha contra quem destruir os direitos da classe trabalhadora”, disse.
A Associação de Docentes de Ensino Superior (Apes) e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf) também estão paralisados.
De acordo com o presidente da Associação de Docentes de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes), Rubens Luis Rodrigues, a adesão foi aprovada em assembleia. “A indicação é de que participem contra a reforma trabalhista previdenciária e a terceirização”, comentou. A Apes representa os professores da UFJF e do Instituto Federal do Sudeste de Minas (IF Sudeste).
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora (Sintufejuf), Paulo Dimas, explicou que não funcionam as duas unidades do Restaurante Universitário (RU), laboratório, secretarias e bibliotecas e o serviço de transporte interno. Apenas serviços do Hospital Universitário (HU) não serão totalmente comprometidos.
O Sindicato dos Bancários confirmou adesão, mas não repassou informações sobre agências afetadas.
Serviço de ônibus
Ao contrário da manifestação de 28 de abril, não houve paralisação do serviço de ônibus urbanos. “A categoria apoia o movimento”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Empresas do Transporte Coletivo, Urbano, Intermunicipal, Interestadual, Fretamento e Turismo de Juiz de Fora (Sinttro), Vagner Evangelista Corrêa.
Por conta da manifestação em abril, os trabalhadores tiveram o dia descontado e o Consórcios Integrados de Transporte Coletivo (Cinturb) entraram com uma ação judicial contra o Sindicato.
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