Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 25/06/2017

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/organizacoes-oferecem-tratamento-a-dependentes-de-alcool-e-drogas-em-juiz-de-fora-e-regiao.ghtml

Título: Organizações oferecem tratamento a dependentes de álcool e drogas em Juiz de Fora e região

Disseminados na sociedade, álcool e drogas causam problemas para muitas vidas e muitas famílias em Juiz de Fora. Às vésperas do Dia Internacional de Combate às Drogas, lembrado nesta segunda-feira (26), o tema inspira ações clínicas, preventivas e até acadêmicas como forma de diagnóstico, tratamento e apoio a quem enfrenta o problema.

“Vivemos um momento onde é imperativo consumir, e em excesso. Por isso, álcool e drogas estão disseminados. Não existe um padrão de ‘perfil do dependente’. Atingem pessoas de qualquer classe social, ligado a este modo de viver na sociedade contemporânea”, disse ao G1 a chefe do Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde da cidade, Andréia Stenner.

A reportagem entrou em contato com algumas instituições que oferecem acompanhamentos e detalha abaixo o que é feito e como conseguir o atendimento em Juiz de Fora e em cidades da região.

Caps AD

Uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) funciona na Rua Silva Jardim, no Centro. Está aberta de segunda a sexta, das 8h às 17h e, no caso dos atendimentos clínicos, funciona 24h. Atualmente, 850 pacientes estão nos diversos tipos de acompanhamento oferecidos.

De acordo com Stenner, geralmente o encaminhamento é via Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) e pode ser solicitado tanto pelo dependente quanto por algum familiar.

“O atendimento depende do que chamamos de projeto terapêutico singular, que identifica as vulnerabilidades e as necessidades de cada usuário e, a partir disso, traça um plano de cuidado deste paciente. A gente sempre reforça que não existe cura, é tratamento e reabilitação para que esta pessoa volte a ser funcional e retome laços sociais e afetivos que tinha rompido”, explicou.

O trabalho no Caps AD é feito por uma multiprofissional composta por enfermeiros, psicólogos, assistentes socias, médicos psiquiatras e clínicos. “O tratamento vai da desintoxicação de pacientes em quadros agudos até o acompanhamento nos períodos seguintes. É algo detalhado porque a pessoa precisa de cuidado para lidar com esta doença crônica”, comentou a chefe do Departamento de Saúde Mental.

Ela explicou que a desintoxicação pode ser feita tanto em leitos do Caps AD quanto em hospital geral conveniado. “Depende do quanto agudo está o caso, porque quando a pessoa está intoxicada apresenta necessidades de acompanhamento clínico também. Então pode ser encaminhada para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), Ana Nery ou João Penido”, disse.

De acordo com Andréia Stenner, o tratamento vai além da internação para desintoxicação.

“A gente tem aquela ideia de que a pessoa precisa ficar internada para ‘estar limpa’. No entanto, o tratamento não é só isso. É trabalhar todas as vulnerabilidades que levam a pessoa ao uso abusivo e identificar se há algum transtorno associado, geralmente há, que potencializa a dependência”, comentou.

Stenner explicou que, além da equipe multidisciplinar do Caps AD, há troca de informações e encaminhamento de pacientes por outros projetos e organizações em Juiz de Fora, como os Alcoólicos Anônimos (AA), Narcóticos Anônimos e o ambulatório da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Crepeia-UFJF

No Pólo de Pesquisa em Psicologia Social e Saúde Coletiva (POPSS) da Universidade Federal de Juiz de Fora há o Centro de Referência em Pesquisa, Intervenção e Avaliação em Álcool e Outras Drogas (Crepeia).

Uma das coordenadoras do projeto, Laisa Sartes, explicou que, desde 2004, o Crepeia realiza atividades de pesquisa, intervenção, extensão e capacitação sobre drogas, inclundo cursos voltados para profissionais de saúde e assistência social de Juiz de Fora e região e também de capacitação a distância para 10 mil educadores.

Além disso, o grupo atua em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da participação no Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Compid), e de eventos. Dentro da assistência, existe o Programa Álcool e Saúde, que funciona no Centro de Psicologia Aplicada (CPA), na Rua Santos Dumont, no Bairro Granbery. Atualmente 30 pessoas são acompanhadas pelo grupo.

E a internet se tornou uma ponte de divulgação de informações para ajudar quem enfrenta esta situação. “Construímos o site www.informalcool.org.br, especializado para álcool e outras drogas, em parceria com as universidades federais de São Paulo e do Paraná, além da Organização Mundial da Saúde. Por meio dele, também oferecemos tratamento psicoterapêutico online para dependentes de álcool advindos de diversas partes do país”, disse Sartes.

Além deste, há mais uma página sobre álcool, que também se chama “Álcool e Saúde”, e outra sobre sobre tabaco, “Viva sem Tabaco”www.vivasemtabaco.com.br, onde não há contato com algum profissional. O foco é a prevenção secundária, com intervenção breve, autoaplicada, para pessoas que fazem uso de risco.

“Eles seguem uma tendência mundial de construir sites que oferece uma intervenção para o usuário. O site disponibiliza informações, testes para verificar o nível de consumo de álcool ou tabaco, que ajuda a identificar em qual padrão está a pessoa. E depois oferece a informação do que pode ser feito para a redução de danos e mudar este comportamento, diante dos riscos que a que está exposto. E uma lista de locais que podem ser procurados por quem precisa de ajuda”, explicou.

Segundo a coordenadora, está em finalização um projeto de prevenção em larga escala com os servidores da UFJF, que prevê entrevistas e intervenções breves para prevenção ao uso de álcool.

Hospital Universitário – UFJF

Na unidade do Bairro Dom Bosco do Hospital Universitário da UFJF (HU-UFJF) funciona o Ambulatório de Álcool e Drogas, toda sexta-feira a partir das 13h. De acordo com a assessoria do hospital, os pacientes são encaminhados por cinco Uaps da região Oeste, dos bairros Teixeiras, Dom Bosco, São Pedro, Santos Dumont e Borboleta, ou por procedimento interno do próprio HU.

É um trabalho multidisciplinar, com acompanhamento de médico psiquiátrico, atendimento do serviço social e enfermagem, atividades da psicologia em grupos e individuais.

Fazenda Esperança

De acordo com a assessoria da Arquidiocese de Juiz de Fora, a Fazenda Esperança é uma comunidade terapêutica com mais de 30 anos de experiência na recuperação de jovens dependentes químicos. Na área da arquidiocese, existem duas unidades. Em Guarará, são atendidos 55 homens e em Bom Jardim de Minas, outros 15.

Para ser aceito nas fazendas, é necessário que o dependente químico opte pelo tratamento. Ele e os familiares devem frequentar o Grupo Esperança Viva (GEV), que se reúne na Catedral Metropolitana, em Juiz de Fora, às terças-feiras, às 19h.

Nestes encontros, há palestras sobre a fazenda, testemunhos de quem já passou pela instituição e encaminhamentos. No caso das mulheres que procuram o grupo, o encaminhamento é feito para alguma fazenda feminina. A mais próxima fica em Guapimirim (RJ).

A internação não é compulsória, dura um ano e é custeada pelas famílias, que devem contribuir com um salário mínimo mensalmente. Para ajudar, a Fazenda Esperança fornece aos familiares uma cesta com produtos produzidos pelos internos da instituição, como camisas, bolsas, velas e água sanitária, que podem ser vendidos.

Amor-Exigente

É um grupo de apoio, voltado a familiares e aos próprios dependentes químicos, que segue um programa de auto e mútua ajuda que desenvolve preceitos para a organização da família. São praticados por meio de 12 Princípios Básicos e Éticos, da espiritualidade e dos grupos de auto e mútua-ajuda que, através dos voluntários, sensibilizam as pessoas, levando-as a perceberem a necessidade de mudar o rumo de suas vidas e do mundo, a partir de si mesmas.

Desde 1984, o Amor-Exigente atua como apoio e orientação aos familiares de dependentes químicos e também para pessoas com comportamentos inadequados. Também passou a realizar um trabalho de prevenção, como um movimento de proteção social, já que Amor-Exigente desestimula a experimentação, o uso ou abuso de tabaco, do álcool e de outras drogas, assim como luta contra tudo o que torna os jovens vulneráveis, expostos à violência, ao crime, aos acidentes de trânsito e à corrupção em todas as suas formas.

A participação é gratuita, com reuniões semanais de compartilhamento de experiências e ajuda mútua.

“É um grupo pluralista, que independe de religião e credo. Estamos trabalhando desde a prevenção a qualquer tipo de comportamento inadequado até a dependência química. Nosso objetivo é permitir a qualidade de vida, através do resgate da autoestima”, explicou a coordenadora regional na Zona da Mata, Eliane Beguini.

Em Juiz de Fora, funcionam três grupos em espaços cedidos por igrejas católicas. Às segundas-feiras, as reuniões são das 19h15 às 21h15, no Centro Pastoral da Igreja Santana, no Bairro São Pedro. Às quartas, os encontros são no Centro Pastoral da Igreja São Mateus, no bairro de mesmo nome, das 14h30 às 16h30. Às sextas, no Centro Pastoral da Igreja Santa Teresinha, de 19h30 às 21h30.

Na Zona da Mata e no Campo das Vertentes, o Amor-Exigente também está presente em Rio Pomba, São João del-Rei, São João Nepomuceno, Viçosa, Muriaé, Manhuaçu e Ubá. Os locais mais próximos e outras informações sobre o programa podem ser consultados no site do projeto.

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Veículo: Diário Regional

Editoria: Cidade

Data: 25/06/2017

Link: http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/17121-nao-vou-parar-por-aqui-diz-idosa-que-aos-72-anos-conclui-a-terceira-graduacao

Título: “Não vou parar por aqui”, diz idosa que, aos 72 anos, conclui a terceira graduação

No auge dos seus 72 anos, a aposentada Zâine Baptista nunca abandonou a vida acadêmica. Ela está terminando a sua terceira graduação e já tem um mestrado e duas especializações no currículo.

A universitária confessa que o amor pelos livros vem desde pequena. Na infância, estudou na Escola Estadual Estevão Pinto, em Mar de Espanha. “Sempre fui dedicada aos estudos, sempre gostei de estudar”, conta a aposentada. “Eu gosto do novo, eu gosto de conquistas, eu gosto de usufruir de outros ensinamentos”, completa.

A primeira graduação de Zâine foi o Magistério. Ao ser graduada, ela foi nomeada professora na rede estadual. Mais tarde, por trabalhar com o ensino de Português, ela cursou Letras no Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES-JF) e depois fez Pedagogia também no CES, mesma faculdade em que se tornou especialista em Teologia. Por ser chamada para trabalhar na Santa Casa de Mar de Espanha, ela se especializou em Gestão Hospitalar na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e, atualmente, está finalizando o curso de Ciências da Religião, no Instituto de Ciências Humanas (ICH) da UFJF.

Além das graduações e especializações, Zâine tem um mestrado em letras, feito no CES, e considera ele como a maior conquista da vida dela.

Apesar de sua extensa vida acadêmica, a professora avisa que pretende continuar se qualificando. “Não vou parar por aqui, não. Pretendo fazer uma especialização na área [Ciências da Religião]”, afirma a aposentada. Além disso, ela tenta incentivar outras pessoas a trilharem o mesmo caminho.

“Sempre precisamos ter outras conquistas, conhecer outros ambientes, outras pessoas. O mundo exige que tenhamos contato com a modernidade, com os novos pensamentos e com as novas tecnologias”, afirma Zâine. “Quem tem oportunidade não deve perder, pois elas aparecem e não voltam”, completa.

CURSOS DA UFJF SUPERAM MÉDIA DE IDADE

A maioria dos estudantes da UFJF são jovens e a maioria conclui os cursos, em média, dos 23 anos aos 25 anos. Mas a Federal conta com cursos que têm uma média de idade que ultrapassam essa faixa etária.

De acordo com o balanço divulgado pela própria universidade, o curso de Artes e Design possui alunos com uma média de 36 anos e o de Química, 34. Em Ciência da Religião, a faixa etária comum sobe para 43.

Conforme divulgado pela instituição, essa média elevada em alguns cursos deve-se à possibilidade que a UFJF oferece a profissionais cursarem nova graduação, ocupando vagas ociosas nos cursos. Os editais atraem estudantes que já se estabilizaram na profissão, aposentaram ou querem complementar a formação.

Quem se interessar em ocupar essas vagas, pode acessar o site (http://www.ufjf.br/cdara/vagas-ociosas/transferencia-e-mudanca-de-curso/ ), onde é possível ter acesso às orientações. O próximo período de inscrições às vagas tem data marcada para os dias 25 e 26 de outubro.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria:

Data: 25/06/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/industria-fica-em-compasso-de-espera/

Título: Indústria fica em compasso de espera  

A perspectiva de retorno, ainda que modesto, do crescimento da economia brasileira em 2017 trouxe alento temporário para a indústria de Juiz de Fora. Desde 2014, o setor tem sofrido uma forte retração, que culminou no fechamento de seis empresas e a perda de 3.917 postos de trabalho, conforme dados da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O cenário deu sinais de possíveis mudanças no início deste ano. Entre janeiro e abril, a indústria não fechou estabelecimentos, abriu 27 novos e criou 295 empregos com carteira assinada na cidade. Os segmentos têxtil e de confecções projetaram crescimento de 10%, a primeira expectativa positiva após amargarem três resultados negativos consecutivos. No entanto, os recentes acontecimentos políticos trouxeram, novamente, a incerteza.

O ano começou com o aumento da demanda do mercado interno para a indústria. “O consumidor voltou a comprar, e isto aqueceu a cadeia produtiva. Com o comércio vendendo, a indústria passou a produzir mais. Algumas empresas que estavam trabalhando no limite sentiram a necessidade de repor o quadro de funcionários. Esta movimentação criou uma boa expectativa”, explica o economista do Centro Industrial, Antônio Flávio Lucca do Nascimento. “Após um quadro altamente recessivo, os números positivos trouxeram otimismo. Embora pequenos, mostravam que o setor não estava mais em queda. A questão é que os resultados por si só não significavam a recuperação, mas o indício do que poderia vir. Acreditava­se muito que as coisas pudessem melhorar, mas a situação política deu um estanque nessas projeções.

O economista lembra que o cenário atual prejudica os investimentos. “O empresário só tem controle das variáveis internas, que estão ao alcance dele. Estas condições externas, como é o caso da atual situação política, apenas dão o sinal de alerta para que ele coloque o pé no freio na hora de investir”, analisa. “Sem investimento, a indústria reduz a produtividade e não consegue baixar os custos para poder oferecer preços melhores ao mercado.”

O presidente do Centro Industrial, Leomar Delgado, confirma que o aumento da confiança do setor aconteceu paralelamente às pequenas reações do mercado. “O empresário é um otimista patológico. Começamos a ver a possibilidade de reverter o quadro recessivo com a retomada das contratações. Mesmo que os empregos não cheguem perto do que perdemos, vimos ali um avanço. Nós precisávamos apenas de um tempo maior para sentir firmeza nos indicadores, perceber que o cenário positivo iria se consolidar, mas agora voltamos às dúvidas.” Para ele, só uma definição política irá mostrar os rumos que os mercados interno e externo irão tomar. “O momento é de espera. A única certeza que temos é que há uma necessidade urgente de voltar a ver o Brasil crescer. A indústria não suporta mais o ritmo de queda dos últimos anos.

Delações da JBS colocaram freio na economia

O economista e professor da UFJF, Wilson Rotatori, e o graduando em ciências econômicas, Vinícius Nardy, integrantes do projeto Conjuntura e Mercados, avaliam que as consequências políticas das delações dos executivos da JBS, ocorridas no último mês, impactam diretamente a economia. “As revelações colocaram em xeque a continuidade do ambiente de austeridade propagado pelo atual governo, que vinha conseguindo números positivos, conquistando a confiança do mercado e, com isso, alavancando cortes cada vez mais significativos na Taxa Selic, base para os juros cobrados das famílias e das empresas”, explica Nardy.

O principal impacto deve ser o adiamento da retomada do crescimento econômico do país. “Sem credibilidade para levar adiante a política econômica proposta, o Governo deverá conviver com a alta do dólar e a redução dos investimentos, que serão desestimulados pela incerteza e pelo ritmo menor de queda nos juros. Isto dificultará ainda mais a recuperação do emprego, do consumo das famílias e, consequentemente, atrasará a já tardia recuperação da economia”, analisa Rotatori.

Gigantes anseiam retomada

As indústrias têxtil e de confecção anseiam pela retomada do crescimento. Juiz de Fora é um dos principais núcleos das atividades, sendo o quarto município mineiro em número de estabelecimentos, um total de 420, atrás de Belo Horizonte (863), Divinópolis (652) e Monte Sião (582). Mesmo após a perda de postos de trabalho nos últimos anos, a cidade ainda emprega 4.870 trabalhadores em ambos os segmentos. Em toda a Zona da Mata são quase duas mil empresas que geram 26.251 empregos. Os números mostram a relevância de um mercado que, voltando a crescer, pode se tornar um dos principais propulsores do desenvolvimento econômico regional.

No primeiro bimestre deste ano, o segmento de vestuário e acessórios da Zona da Mata viu o faturamento aumentar 61,4% em comparação com igual período de 2016. Já a indústria têxtil apresentou crescimento de 5,4% neste intervalo. Os dados são da Pesquisa Indicadores Econômicos (Index) da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). De acordo com a análise do estudo, os resultados positivos foram decorrentes do aumento das vendas para o mercado interno. A projeção inicial era de crescimento de 10% em 2017.

Para o economista do Centro Industrial, Antônio Flávio Lucca do Nascimento, somente a manutenção desses números poderia mostrar a saída da recessão, o que, no entanto, não aconteceu. A última pesquisa Index, divulgada em maio, mostrou queda dos indicadores. “Para falarmos em retomada do crescimento, precisamos de uma situação contínua, que mostre a estabilidade dos números.” O presidente do Sindicato do Vestuário de Juiz de Fora (Sindvest­-JF), Guilherme Marcon, diz que o desempenho das atividades no município acompanhou a realidade nacional de queda, com a redução de importações, exportações, faturamento e emprego. Entre 2014 e 2016, foram fechados 1.741 postos de trabalho na Zona da Mata. Em Juiz de Fora, a perda foi de 970 empregos.

Perfil

Em Juiz de Fora, há predominância de micro e pequenas empresas, estabelecimentos que empregam até 49 trabalhadores. A fabricação de meias é a principal atividade do segmento da indústria de confecção. A cidade concentra 95% das empresas mineiras que atuam neste ramo e é responsável por 99% dos empregos deste segmento em Minas Gerais.

Antes da crise, vocação cresceu na região Os municípios da Zona da Mata sempre foram destaque na produção de artigos de vestuário e acessórios. A vocação produtiva para estas atividades é antiga na região e viveu uma expansão antes da crise. “Entre 2004 e 2014, houve aquecimento das atividades têxtil e de confecções nos municípios menores”, explica o professor de economia da UFJF e integrante do projeto Conjunturas e Mercados, Fernando Perobelli. “Essas indústrias são intensivas em mão de obra e apresentam um custo relativamente baixo para a qualificação de funcionários. Assim, se tornam uma importante atividade para absorver a mão de obra local e gerar renda nesses municípios.”

Ele ressalta que São João Nepomuceno, Astolfo Dutra, Descoberto e Mar de Espanha têm 30% do total de empregos formais nas indústrias têxtil e de confecção. Entre 2004 e 2014, a empregabilidade aumentou mais de dez vezes nos municípios de Argirita, Reduto, Rosário de Limeira, Pedra Dourada, Santo Antônio do Aventureiro, Caiana, Bias Fortes e Pedro Teixeira. As informações são de estudo realizado pela Faculdade de Economia da UFJF.

Polo de Moda

O desempenho das atividades em Muriaé originou um polo de moda, responsável por movimentar mais de R$ 230 milhões por ano. A produção é de, aproximadamente, 2,5 milhões de peças por mês, que são comercializadas no mercado nacional e internacional, segundo informações da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A cidade tornou-­se referência na confecção de roupas íntimas, acessórios e peças do vestuário.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 25/06/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/prefeitura-nega-uso-do-estadio-para-equipes-da-cidade-sob-alegacao-de-que-precisa-manter-a-qualidade-do-gramado-para-atender-exigencias-da-cbf/

Título: Disputa fora do campo

Principal palco dos jogos de futebol em Juiz de Fora, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio está no meio de uma disputa: de um lado, equipes esportivas da cidade que querem usá-­lo em competições, de outro, a Secretaria de Esportes que deseja preservá­-lo para possíveis partidas de campeonatos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Considerado a casa do Tupi e Tupynambás nas disputas dos campeonatos Mineiro e Brasileiro, o estádio tem ficado a maior parte do ano fechado devido ao baixo número de jogos das duas equipes profissionais de Juiz de Fora. Por conta disso, outras modalidades esportivas tentam ocupar o espaço, como foi o caso do JF Imperadores, que se classificou para a final da Copa Minas de Futebol Americano. Na primeira fase da competição, a equipe tentou mas não conseguiu que a Prefeitura liberasse o estádio para a partida contra o Betim Bulldogs, no dia 22 de abril. Por conta disso, a equipe de Juiz de Fora, que era a mandante do jogo, teve que atuar no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte. O deslocamento, na época, custou mais de R$ 5 mil aos atletas, que precisaram contratar ônibus e gastar mais com alimentação, segundo os integrantes do time.

Além do futebol americano, a administração do estádio também não autorizou a realização de jogos dos times de futebol de base do projeto da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com o Uberabinha, que disputam as categorias sub­15 e sub­17 da primeira divisão do Campeonato Mineiro. De acordo com o professor e coordenador do Projeto de Futebol da UFJF, Marcelo Matta, como o campo da Faefid não estava em bom estado para realização de dois jogos seguidos, foi solicitado à Secretaria de Esporte e Lazer da PJF a cessão do estádio. “A Administração negou o nosso pedido sob a alegação de que, somente para abrir os portões do estádio, o custo seria superior a R$ 8 mil.”

POLÊMICA

A negativa causou atrito entre a universidade e a Secretaria de Esporte Lazer (SEL), responsável pela manutenção do estádio. O secretário, Júlio Gasparette, diz que, em retaliação, a UFJF não liberou a pista de atletismo para a 24ª edição dos Jogos Intercolegiais, promovidos pela Prefeitura em junho, culminando no cancelamento da modalidade dentro da competição.

“O Marcelo Matta e o Jefferson Vianna (professor e diretor da Faefid) condicionaram a cessão da pista de atletismo à liberação do estádio. A Prefeitura propôs para eles fazerem uma preliminar dos jogos do Tupi, mas eles não aceitaram. Como secretário de Esportes, respeito a UFJF, mas não podemos admitir uma proibição do espaço para alunos de escola pública, pois queremos continuar tendo a UFJF como parceira”, declarou Júlio Gasparette.

O professor e diretor da Faefid, Jeferson Vianna, contesta o secretário e garante que não houve nenhum condicionamento e sim uma incompatibilidade, pois os dias e os horários que a SEL solicitou o espaço coincidiam com as aulas da faculdade. “Os horários que eles nos solicitaram estavam ocupados com as nossas atividades. Tanto o campo quanto a pista de atletismo são nossas salas de aula. Não podemos interromper as diversas atividades que são desenvolvidas na UFJF, que são voltadas à comunidade. Por isso, pedimos que houvesse uma troca para que pudéssemos utilizar as dependências do estádio, e eles, a pista e o campo da Faefid. Mas não houve esse entendimento por parte da PJF”, ressalta Vianna, lembrando ainda a liberação do ginásio da Faefid para a realização do jogo do Tupi pela Copa Brasil de Futsal. Para ele, isto seria uma obrigação do município e não da UFJF.

R$ 1 milhão para manter o estádio

Além da falta de entendimento para a liberação, há também outros empecilhos para o uso do Estádio Municipal. De acordo com o administrador do equipamento público, Flávio Villela, o custo para manter o estádio é de mais de R$ 1 milhão por ano. Ainda segundo ele, por conta do período frio, o desgaste do gramado é ainda maior, principalmente se tivesse que ser remarcado para a prática do futebol americano. “Só para abrir o estádio o custo é de R$ 8 mil. No caso do futebol americano, teria que remarcar o campo. Além disso, as travas das chuteiras deles são diferentes, e, se liberássemos, quem pagaria possíveis prejuízos?”, questiona Villela.

Conforme a assessoria da SEL, os R$ 8 mil são distribuídos entre manutenção das instalações, quadro móvel, serviços dos órgãos da Prefeitura de Juiz de Fora como Empav, Demlurb, Secretaria de Obras entre outros e itens obrigatórios para a realização de uma partida como iluminação e ambulâncias.

Campo é bem avaliado pela CBF

Durante o ano de 2016, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio foi palco de 39 jogos oficiais e três jogos-­treino, e em 2017, até o dia 3 de junho, foram 16 jogos oficiais e um jogo-­treino, segundo números da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), que intensificou os cuidados com o gramado, replantado em 2014 e que agora ganhou padrão internacional.

O Mário Helênio passou por uma vistoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e está entre os 40 melhores estádios do país. Mas, segundo Flávio Villela, para isso a fiscalização é rigorosa, observa a luminosidade para transmissão de TV e, principalmente, o gramado, que teve parte do piso retirado para avaliação do solo.

“Qualquer evento que for feito hoje no estádio, que não seja do Campeonato Brasileiro, com os jogos do Tupi, eu tenho que comunicar à CBF para vir novamente e fazer outra vistoria. Se ficar constatado algum problema, o estádio corre o risco de não poder fazer mais jogos. Já tivemos quatro visitas da CBF de janeiro a maio deste ano e sempre fomos bem avaliados.”

Em contato com a CBF, a assessoria de comunicação da entidade afirmou que a Diretoria de Competições iniciou a segunda fase do Projeto Gramados, criado para padronizar os campos do Campeonato Brasileiro. Todos os palcos vão ficar com as medidas da Copa do Mundo da Fifa: 105 metros de comprimento por 68 metros de largura. Administradores, clubes, órgãos governamentais, federações e concessionárias dos estádios atendidos receberão um certificado.

No primeiro passo, foram feitas vistorias para levantar necessidades de ajustes topográficos, que dizem respeito à dimensão do campo, e de melhorias na qualidade do gramado. Posteriormente, começaram as alterações, com apoio técnico e instrumental da CBF. Questionada sobre alguma contrapartida para o estádio, a assessoria da entidade informou que cada estádio recebe 20 marcos, instrumentos que são fincados no campo e servem para indicar, exatamente, os locais em que as linhas devem ser pintadas. Em alguns casos, traves de alumínio também estão sendo entregues para substituição das balizas de ferro.

Fiscalização é rigorosa

Essa segunda etapa da padronização é dividida em duas frentes: topografia (duas equipes com dois profissionais cada) e agronomia (quatro agrônomos). No apoio para melhorar a qualidade e ajudar na manutenção da grama, a CBF doa cortadores de grama e outros instrumentos para uso cotidiano.

Para garantir a uniformização do comprimento, largura, espessura das linhas e formas geométricas do campo, uma empresa credenciada pelo Inmetro faz as medições e marcações em todos os estádios. A CBF auxilia, com diagnóstico completo, os administradores no processo de aperfeiçoamento dos estádios.

Por conta do rigor da fiscalização, o Secretário de Esporte e Lazer, Júlio Gasparette, considera que a preservação e a manutenção do estádio são fundamentais para que a cidade esteja apta a receber jogos de maior visibilidade, principalmente dos times do Rio de Janeiro.

“A recomendação da CBF é que nem para treinamento o estádio seja liberado. Mas por causa do acordo já feito com os clubes de Juiz de Fora, Tupi e Tupynambás, que disputam o futebol profissional, está sendo aberta uma exceção. Quanto aos jogos de times de fora, não tem como negarmos a sua realização. Existem sim, alguns contatos para que times de fora venham para aqui este ano”, concluiu Gasparette.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Arte e vida

Data: 25/06/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/espacos-em-branco/

Título: Espaços em branco

De tão branco, tão branco, ofusca a vista. Alvo, o cubo branco em Juiz de Fora sugere, no presente, vazio e palidez. Prejudicadas no cenário econômico atual, de contingenciamentos e encolhimentos, as artes visuais experimentam na cidade uma agenda inédita para a última década: espaços vazios, alguns fechados, e mostras com duração superlativa. Diante da fragilidade, artistas e gestores apontam para a falta de formação, público, verba e mercado.

“ Faltam projetos e falta motivação no artista.. Também não há incentivo para que existam produções.” Resume Fernanda Cruzick, representante do setor no Conselho Municipal de Cultura (Concult). Segundo ela, seu esforço na organização tem sido o de encontrar saídas para superar adversidades, chamando a atenção da própria Funalfa para as demandas da classe.

Publicado em 2013 e recebido pelos artistas locais como um trunfo para a cultura de Juiz de Fora, o Plano Municipal de Cultura propõe nove diretrizes para as artes plásticas na cidade. Delas, apenas duas têm sido praticadas – o estímulo aos espaços alternativos e o incentivo à parceria entre Poder Público e artistas.

Longe de serem conquistados, os outros pontos preveem a criação da “Semana do Artista Plástico”, com atividades diversas, de núcleos de trabalho, circuito de ateliês e memorial histórico. Primeira diretriz, a configuração de uma agenda sistemática tornou­-se passado diante de uma programação sem renovações e com vácuos deixados por galerias fechadas, tanto no setor privado quanto no público.

Sem data

Fechada para reformas desde dezembro, a Galeria Renato de Almeida, no Centro Cultural Pró-­Música/UFJF compartilha com as quatro galerias do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas a mesma ausência de previsão para retorno das atividades artísticas. De acordo com Valéria Faria, pró-­reitora de Cultura da UFJF, o espaço cultural na Avenida Rio Branco ainda não iniciou as obras e, nesses seis meses fechado, passou por pequenas intervenções emergenciais.

Segundo Alexandre Gutierrez, diretor do CCBM, existe a expectativa de que o Projeto de Prevenção e Combate à Incêndio e Pânico seja aprovado nas próximas semanas pelo Corpo de Bombeiros, que sugeriu a restrição de público no complexo Mascarenhas. Caso aconteça, serão iniciadas as obras de adaptação do local, com muito já providenciado. Contudo, ainda não é possível falar em data para que a casa volte a receber eventos.

Reconhecido por mostras agigantadas e de artistas renomados nacional e internacionalmente, o Espaço Cultural Correios extinguiu seus patrocínios este ano, após dez anos de existência. O lugar mantém as portas abertas por cessão de espaço, o que reduziu a divulgação das mostras e a própria infraestrutura das montagens, antes milimetricamente planejadas. Segundo a coordenadora do espaço, Ana Lúcia Magalhães, não há previsão de retorno dos investimentos.

Referenciais para a agenda de artes visuais local num passado próximo, tanto o Espaço Manufato, na Rua Morais e Castro, quanto a CasaVinteum, na Rua 21 de Abril, ambos numa mesma reta no São Mateus, ainda não abriram suas portas para vernissages em 2017. Para Nina Mello, coordenadora da CasaVinteum, a previsão é de que o lugar retorne em 2018. “Optamos por dar uma parada, até para respirar e ver se o cenário melhora. A ideia é voltar no ano que vem”, faz coro Renato Abud, um dos coordenadores do Manufato.

Com multifunções

Graduado em artes e design pela UFJF em 2008, Guilherme Melich foi professor universitário por dois anos na escola em que se formou e hoje leciona no próprio ateliê, na Rua Luiz Perry, e na Escola Pró-­Música. Suas pinturas são feitas no tempo que sobra. “Viver de arte depende da relação com o mercado. Em geral, não é o artista que monta a banquinha dele e diz: ‘Está aqui, galera, minha pintura!’. Isso é furada, amadorismo. Num circuito grande, tem um marchand, um galerista, um sistema. Esse contato entre mercado e artista é feito por um profissional”, pontua.

Para o cineasta e curador Pedro Carcereri, contemporâneo de Melich na universidade, a formação de um sistema de arte envolve personagens múltiplos. “A profissionalização é importante para não criar meios artistas, para tirar o status da arte como hobby”, critica. “É preciso ter formação. Muitos estudantes entram para a faculdade para ser artista. Mas é preciso ter, também, pessoas para trabalharem no background da cena. É necessário formar curadores, galeristas, expógrafos, galeristas. A demanda não é concentrada só nos artistas. Está espalhada.”

Veterano na cena, Adauto Venturi aponta para os trabalhos feitos sob encomenda como uma forma de sobrevivência. “Não dou aulas, não tenho outra fonte de renda, e o que sei fazer é arte. Por isso abro o meu espaço, para mostrar e trazer as pessoas para perto. Hoje a prestação de serviços, o design, é o que me fortalece”, afirma ele, que no próximo dia 7 inaugura uma exposição, no próprio estúdio, que transformou em galeria, apresentando frottages iniciadas na década de 1980.

“Uma brecha para um trabalho decorativo existe”, pondera Melich. “Se abre um bar de um amigo meu, eu faço um trabalho tal para lá. Isso é uma coisa, outra coisa é apresentar o seu trabalho autoral, intimista. É difícil encontrar lugar para essas obras”, acrescenta. Para Venturi, a questão encerra a inoperância de propostas formativas. “Para um festival de cinema vão muitas pessoas, para um show, também. Já para uma exposição, vão apenas os seus convidados. O artista plástico fica na sua solidão, nas suas questões, no seu imaginário, produzindo de maneira muito individual, e isso reflete na relação do próprio público”, aposta.

A alternativa encontrada por Gerson Guedes, no entanto, é fazer-­se presente, ocupar o campo de visão de quem passa, como fez com os moradores e turistas do pequeno vilarejo de Conceição de Ibitipoca, distrito de Lima Duarte, onde apresentou esse mês uma exposição com temática sobre o lugar, na área externa da igreja local. “As redes sociais e o apelo imagético delas roubou o público das artes visuais. Entendo que é preciso mudar a estratégia de mostrar os trabalhos. As pessoas não têm mais tempo e nem se sentem atraídas para irem até uma galeria, a não ser que seja virtual”, acredita. “Não adianta produzir e arrumar uma garagem. O público não vai. É preciso chegar até ele.”

Ex-­pró­reitor de Cultura da UFJF, Guedes insiste na importância de criar, nas crianças, o interesse pelas artes visuais. Em sua mostra recente, levou 120 alunos da escola do lugarejo, como fez com o projeto criado em sua gestão, o Coletivo Cultural, usando os ônibus da UFJF para levar estudantes até o Museu de Arte Murilo Mendes. “Não adianta ficar reclamando e culpando o Poder Público, porque a era do paternalismo está indo embora. A má utilização dos mecanismos públicos detonou tudo. A própria Lei Murilo Mendes mostra isso, todo ano aprovando as mesmas pessoas, apoiando o disco número dez de fulano, publicando o vigésimo livro de outra. Onde está o novo?”

Sem integração

Desmontada na última sexta­feira, 23, a exposição “Do tear à arte II”, que ocupou a parte central do Parque Halfeld durante quase um mês, esperava sofrer algum tipo de intervenção, mas saiu ilesa à depredação. E mais do que um estímulo ao público, a curadora Fernanda Cruzick diz que a mostra serviu para revigorar os próprios artistas. “Essa exposição reascendeu alguns artistas para a cidade, para a Funalfa e para eles mesmos”, afirma, apontando para o avanços tecnológicos como parte das justificativas pelo esvaziamento e enfraquecimento das galerias. “Sinto que entramos num momento tão efêmero e virtual que perdemos a ideia da manufatura. Tudo é muito rápido, prático e fácil de resolver no digital.”

Expoente de duas escolas, Gerson Guedes reivindica, ainda, uma integração que, na sua opinião, favoreceria toda a cena: “Há uma falta de integração entre um centro formador, a Associação de Belas Artes Antônio Parreiras, e um centro acadêmico, a universidade. Um se afastou do outro. De um lado, está o centro de inteligência e de outro, o amador. Não há troca, nem respeito entre os dois lados. A Parreiras não entende que a universidade é a ‘Fórmula 1′ e precisa haver a pesquisa para desenvolver as artes. E a universidade não entende que existe uma cultura tradicional, a Parreiras, que tem muito a ensinar.”

Com novidades

Ironicamente, espaços que compartilham diferentes expressões mantêm agendas mais constantes, como é o caso do Forum da Cultura, que também serve ao teatro e à educação e não detém mecanismos de montagem expositiva complexos como os do Museu de Arte Murilo Mendes. Da mesma maneira, o espaço OAndarDeBaixo, que serve a eventos diversos, também tem conseguido manter uma programação de artes visuais frequente, ainda que as visitações aconteçam apenas quando a casa se abre a outras manifestações, como festas. Nesse sentido, como indica Guilherme Melich, está expressa a impotência das artes visuais como atrativo único.

Sarcasticamente, ainda que as perspectivas indiquem esgotamentos, novos espaços são aguardados para 2017. “O Teatro Paschoal Carlos Magno tem, a princípio, dois espaços que interessam às artes plásticas: a galeria e um painel frontal. Estou discutindo nossa atuação nesse sentido”, afirma Fernanda Cruzick, artista visual e representante do setor no Conselho Municipal de Cultura (Concult). No Campus Universitário, está agendada para o dia 3 de julho, às 19h, a abertura de dois novos museus. Tanto o Museu de Malacologia quanto o Museu de Arqueologia e Etnologia Americana (que pode receber mostras temporárias) ocuparão as dependências do Centro de Ciências. Enquanto isso, o prédio do DCE, na esquina da Rua Floriano Peixoto com Avenida Getúlio Vargas, continua aguardando data para abrir as portas.

Sem orçamento

Prorrogar tem sido verbo frequente em mostras locais. No Memorial da República Presidente Itamar Franco, sua segunda exposição temporária está aberta desde outubro de 2016, sem previsão de encerramento. Após cinco meses com uma mesma exposição em cartaz em suas três galerias, o Museu de Arte Murilo Mendes renovou esta semana sua programação com três mostras para os três espaços e anunciou sua reabertura aos finais de semana e feriados, das 12h às 18h. Na Galeria Convergência (no terceiro andar), uma exposição reverencia o poeta que dá nome à casa, com obras de seu acervo e três retratos inéditos de Murilo (feitos por Nívea e Carlos Bracher e Pedro Guedes).

Na Galeria Retratos-­relâmpago, no térreo, “Gravura contemporânea – A poética do visível” revisita os trabalhos realizados para a Conferência Internacional das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, Eco­ 92, já apresentadas na instituição juiz­forana em 2012.

Também no térreo, a Galeria Poliedro recebe “Ilustrações – Axl Leskochek para Dostoiévski”, com 35 gravuras produzidas pelo austríaco Leskochek (1889­1976), mestre em seu ofício, para ilustrar os livros do escritor russo publicados pela editora José Olympio.

De acordo com Valéria Faria, pró­reitora de Cultura da UFJF, que administra o museu, a agenda do local está atrasada, e outras exposições foram canceladas devido à falta de recursos. “Estamos no meio do ano, e eu ainda não sei a verba que temos para 2017″, pontua a gestora, responsável, ainda, pelo Espaço Reitoria, cuja agenda também está prejudicada. “A atual exposição foi toda feita com o dinheiro do professor que solicitou o espaço. Para pintarmos a galeria, usamos restos de tinta. Não conseguimos, sequer, imprimir as etiquetas, porque a licitação ainda não foi feita”, lamenta.

Professora do Instituto de Artes e Design, Valéria se diz frustrada com o atual cenário e reconhece o desgaste que ele impõe à própria arte na cidade. “O pensamento precisa andar com as ações. Fico muito constrangida em negar, recusar apoio. Fico aflita e angustiada, mas só posso aguardar para dar continuidade a um trabalho que fluía bem”, diz, citando propostas como uma revisão da própria gestão atual da UFJF, homenagem aos alunos africanos da instituição e uma coletiva sobre o centenário da obra “A fonte”, de Marcel Duchamp. Aliás, Duchamp dá a grande dica para as artes em tempo de crise: ressignificar é preciso!

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Veículo: SIMI

Editoria: Notícias

Data: 26/06/2017

Link: http://www.simi.org.br/noticia/desafio-de-startups-pretende-inovar-agroneg%C3%B3cio-do-leite.html

Título: Desafio de startups pretende inovar agronegócio do leite

A UFJF e a Embrapa vão realizar uma das etapas doIdeas for Milk, competição para empreendedores em busca de soluções inovadores para o agronegócio do leite no Brasil. O evento de apresentação do concurso será no dia 26 de julho, às 16h, no auditório do prédio Itamar Franco, na Faculdade de Engenharia da UFJF.

O evento tem o intuito de movimentar o mercado de soluções de mobile e hardware para o agronegócio do leite, uma das cadeias mais produtivas e com grande movimentação financeira no mercado brasileiro. “Mesmo sendo uma cadeia tão grande e forte, ainda existe muito a ser elaborado e desenvolvido”, explica Carolina Pereira, jornalista da Embrapa. “Acreditamos que iniciativas como essas ajudam a aproximar a pesquisa das demandas do produtor e de outros atores do agronegócio, construindo soluções práticas e acessíveis para gerar impacto real no desenvolvimento dessa cadeia produtiva”, completa.

Para o diretor de Inovação da UFJF, Ignacio Godinho Delgado, o “Ideas for Milk” será uma oportunidade para despertar vocações entre estudantes e pesquisadores da região. “Além de estreitar a parceria com uma empresa pública que é referência nacional e internacional em pesquisas no setor do agronegócio, o concurso vai conectar as nossas iniciativas de pesquisa e inovação e fortalecer também as atividades que já existem na UFJF na área do ensino e da pesquisa ligadas ao setor de laticínios. Significa também manter a porta aberta para colaborações futuras que podem beneficiar a universidade como um todo”, afirma Delgado.

Além da Embrapa, o concurso está sendo realizado pela Litteris Consulting, Qranio e Carrusca Innovation, em parceria com a UFJF, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), USP de São Carlos, Universidade de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e com as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), de Viçosa (UFV) e de Lavras (UFLA).

Inscrições

As inscrições para o concurso “Ideas For Milk” serão online,  de 1º de agosto a 12 de outubro. Serão selecionados 40 projetos para seguirem para a segunda fase, que contará com oito finais locais, nas universidades parceiras. Apenas um ganhador de cada final local seguirá para a nacional.

Podem participar equipes informais ou startups já constituídas, com ideias para projetos de software web, aplicativos mobile ou solução em hardware, que apresentam inovação em modelos de negócio, produtos, processos, serviços e tecnologias. As propostas devem ter foco nas grandes áreas temáticas do agronegócio do leite, como insumos agropecuários, logística de captação e distribuição do leite e indústria de laticínios.

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Veículo: O Tempo

Editoria:

Data: 26/06/2017

Link: http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/quatro-anos-perdidos-no-brasil-1.1489878

Título: Quatro anos perdidos no Brasil

O Brasil enfrenta uma crise política sem precedentes há quatro anos. Manifestações populares contra o governo, falta de credibilidade da classe política, eleições presidenciais tumultuadas, operações da Polícia Federal que prenderam vários políticos, impeachment, delações premiadas, presidente acusado e, em meio toda essa turbulência, nada de relevante para a sociedade foi discutido.

Na Câmara Federal, o que mais se viu nesses últimos anos foram parlamentares trabalhando em pautas do Executivo e quase nada em projetos de lei de interesse do cidadão. Segundo o deputado federal Saraiva Felipe (PMDB), que já exerce o seu sexto mandato, esse tem sido o momento mais difícil visto em sua carreira. “A radicalização política que vemos nas ruas está presente dentro da Câmara também” conta. O deputado afirma que a insegurança política “empobreceu a vida legislativa”. “Vamos ficar devendo porque a agenda legislativa tem sido paupérrima”, diz.

O deputado federal Júlio Delgado (PSB) concorda que esses são “sem dúvida, os anos mais difíceis na legislatura”. “A maior parte do tempo, em vez de trabalhar em pautas de interesses da sociedade, tive que trabalhar em questões de postura ética e política. Esse é um momento de deterioração da classe política”, diz.

Delgado explicou que uma das funções de um parlamentar é fiscalizar o Executivo, e criticou a postura de alguns deputados. “Com tantas negligências do Executivo não sobra muito tempo para exercer as outras funções. E ainda, para piorar, alguns colegas meus do Legislativo ainda colaboram com essas negligências”, conta.

O começo da crise. O cientista político Malco Camargos, da Puc-Minas, explica que o início da crise política se deu antes das manifestações de 2013, na época da Copa das Confederações, quando já havia uma dissonância sociedade em relação ao governo. “Os políticos eram bem avaliados pela população e as políticas públicas, não”. Segundo Camargos, os brasileiros se questionaram: “como o governo consegue resolver todos os problemas para a Copa do Mundo e não consegue resolver problemas como os de saúde, educação e segurança?”.

No ano seguinte, o país passou por uma eleição polarizada, em que Dilma Rousseff (PT) saiu vitoriosa. “As pessoas elegeram uma presidente com uma narrativa à esquerda, das políticas que ela e o PT implementaram, mas quando ela se tornou presidente, ela assumiu um outro discurso”, analisa o cientista político Paulo Roberto Figueira, da UFJF.

Segundo Figueira, isso gerou um enfraquecimento da então presidente, o que acabou no processo de impeachment. “Dilma começou a perder apoio dos segmentos, da base aliada e ficou exposta à oposição, gerando instabilidade em seu governo. Assim, acabou sofrendo um impeachment”, diz.

Nesse contexto, Michel Temer (PMDB) assumiu o governo, o que gerou insatisfação popular. “Ele aproveitou que estava no poder, e apresentou uma agenda de reformas, que se fossem apresentadas em uma eleição, jamais o elegeriam”, diz Figueira.

Nesse período, a operação Lava Jato ganha destaque com denúncias que atingem políticos de diversos partidos e empresários brasileiros de vários setores. A operação puxou um novelo que escancarou a corrupção, resultou na prisão e em denúncias contra políticos de quase todas as legendas, o que alavancou ainda mais a crise, inviabilizou as reformas que o país precisa e monopolizou as atenções da nação por quatro anos.

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Veículo: Maxexpress

Editoria: Transportes

Data: 26/06/2017

Link: https://www.maxpress.com.br/Conteudo/1,905595,Universitarios_constroem_carros_off-road_para_competicao_de_engenharia,905595,10.htm

Título: Universitários constroem carros off-road para competição de engenharia

Estudantes de engenharia de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo fazem os últimos acertos em 34 carros off-road. Denominados Baja SAE, os veículos foram projetados e construídos pelos próprios universitários, sob a supervisão de professores, para a Competição Baja SAE BRASIL – Etapa Sudeste 2017, que será realizada na Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), dias 19 e 20 de agosto. Trata-se de etapa preparatória para a competição nacional, que representa importante palco para novos talentos da engenharia automotiva brasileira.

Nesta edição, a Etapa Sudeste inscreveu 34 equipes – sendo 14 de São Paulo, 10 de Minas Gerais, oito do Rio de Janeiro e duas do Espírito Santo –, que somam cerca de 660 estudantes. As equipes terão de submeter os carros a provas estáticas e dinâmicas, supervisionadas por juízes, todos engenheiros da indústria da mobilidade.

Programação – As provas terão início no dia 19, das 8h às 18h, com as apresentações teóricas dos projetos e as avaliações de segurança, motor, conforto e frenagem. Das 13h às 18h, os veículos também enfrentarão as provas dinâmicas, que avaliarão suspensão, capacidade de tração e dirigibilidade. No dia 20, a partir das 10h, ocorrerá a prova mais esperada da competição, o enduro de resistência, que é realizado em terreno acidentado ao longo de três horas. Com exceção das apresentações orais, a programação é aberta ao público.

A equipe Baja UFMG, da Universidade Federal de Minas Gerais, foi a vencedora da competição regional no ano passado, disputada por 29 equipes entre 30 inscritas. Em segundo lugar ficou a equipe EESC-USP, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, seguida pela equipe Poli Atlas, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Nacional – Competição de alto nível técnico, a Etapa Sudeste é reconhecida como o principal laboratório de testes. Trata-se de oportunidade para a troca de conhecimentos entre as equipes e o aperfeiçoamento dos veículos off-road, que irão disputar a competição nacional, realizada anualmente no primeiro semestre, em São José dos Campos, interior de São Paulo, com cerca de 70 equipes de todas as regiões do Brasil.

Além da Etapa Sudeste, a SAE BRASIL realiza mais duas competições regionais, que são preparatórias para a Competição Baja SAE BRASIL: a Etapa Nordeste, de 4 a 6 de novembro, no Estádio Municipal de Camaçari, na Bahia; e a Etapa Sul, de 17 a 19 de novembro, na Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

Carros – Os veículos Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas e motor padrão de 10 HP, que devem ser capazes de transportar pessoas com até 1,90m e 113,4 kg. Os sistemas de suspensão, transmissão e freios, assim como o próprio chassi, são desenvolvidos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto.

“Os programas estudantis da SAE BRASIL têm obtido sucesso entre os jovens e se mostrado celeiros de talento e inovação a ponto de cativar apoio e reconhecimento da indústria ao programa”, ressalta o engenheiro Mauro Correia, presidente da SAE BRASIL.

Competição Baja SAE BRASIL – Etapa Sudeste 2017

Data: 19 e 20 de agosto de 2017

Dia 19 (sábado), das 8h às 18h – Avaliações (segurança, motor, conforto e frenagem) e apresentações teóricas. Das 13h às 18h – Provas dinâmicas (suspensão, capacidade de tração e dirigibilidade).

Dia 20 (domingo), das 10h às 13h – Enduro de resistência. Às 14h – Premiação.

Local: Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP) – avenida Monsenhor Martinho Salgot, 560, Piracicaba/SP.

INSTITUIÇÕES E EQUIPES

SÃO PAULO – 14 equipes de 14 instituições

Centro Universitário FEI (FEI) – Equipe FEI Baja

Centro Universitário Hermínio Ometto (Uniararas) – Equipe FHOBaja

Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP) – Equipe EEP Baja

Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) – Equipe EESC-USP

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) – Equipe Poli de Baja

Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens) – Equipe Baja Mud Racing Facens

Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) – Equipe Fatecnológos

Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) – Equipe Baja Mauá

Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) – Equipe ITA BAJA

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Equipe Unicamp Baja SAE

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) – Campus de Bauru – Equipe Pac Baja

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) – Campus de Guaratinguetá – Equipe Piratas do Vale

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Equipe Genau Baja UFSCar

Universidade Federal do ABC (UFABC) – Equipe Baja UFABC

MINAS GERAIS – 10 equipes de 10 instituições

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) – Equipe Cefast Baja

Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé (UNIFEG) – Equipe Baja UNIFEG

Centro Universitário Newton Paiva (Newton Paiva) – Equipe Camaleão

Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) – Equipe Corsários Baja

Universidade Federal de Itajubá (Unifei) – Campus de Itajubá – Equipe Saci

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – Equipe Rampage Baja UFJF

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Equipe Baja UFMG

Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) – Equipe Komiketo Baja

Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – Equipe Zebu Baja

Universidade Federal de Viçosa (UFV) – Equipe UFVbaja

RIO DE JANEIRO – 8 equipes de 8 instituições

Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ) – Equipe Mud Runner

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) – Equipe Reptiles

Universidade Candido Mendes (UCAM) – Equipe UCAM Baja

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Equipe Caledônia Racing Baja SAE

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Campus de Macaé – Equipe Ali Babaja

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Campus do Rio de Janeiro – Equipe Minerva Baja UFRJ

Universidade Federal Fluminense (UFF) – Campus de Volta Redonda – Equipe UFF Baja

Universidade Federal Fluminense (UFF) – Campus de Niterói – Equipe Tuffão Baja SAE

ESPÍRITO SANTO – 2 equipes de 2 instituições

Faculdades Integradas Espírito-Santenses (FAESA) – Equipe FAESA Baja

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) – Equipe Vitória Baja

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Veículo: Bahia Econômica

Editoria: Notícias 

Data: 26/06/2017

Link: http://bahiaeconomica.com.br/noticia/150461,ufjf-lanca-editais-para-selecao-de-professores-substitutos.html 

Título: UFJF LANÇA EDITAIS PARA SELEÇÃO DE PROFESSORES SUBSTITUTOS

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) lançou editais de processos seletivos para contratação de professores substitutos. São 30 vagas para Juiz de Fora, Governador Valadares e para o Colégio de Aplicação João XXIII. As inscrições começam no dia 26 e terminam em 30 de junho.

O edital para os campi oferece 29 vagas. As inscrições podem ser efetuadas pessoalmente ou por terceiros nas secretarias das unidades acadêmicas às quais cada departamento está vinculado, das 9h às 12h e das 13h às 16h, em dias úteis.

As vagas para Juiz de Fora são destinadas às faculdades de Administração e Ciências Contábeis, Educação, Enfermagem, Engenharia, Farmácia, Fisioterapia, Letras, Medicina, Odontologia, Serviço Social, Instituto de Artes e Design e Instituto de Ciências Humanas.

Para Governador Valadares, as vagas são para o Instituto de Ciências da Vida e para o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas. As datas, horários e locais das provas podem ser conferidos no edital.

Colégio João XXIII: O edital de seleção de professor substituto para o Colégio de Aplicação João XXII oferece uma vaga para atuação no Departamento de Educação Física. As inscrições podem ser feitas no colégio, que fica na Rua Visconde de Mauá, 300, no Bairro Santa Helena. As provas terão início no dia 2 de agosto, às 8h, no colégio.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 27/06/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/ufjf-entrega-as-chaves-da-moradia-estudantil/

Título: UFJF entrega as chaves da Moradia Estudantil

Setenta alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) amanhecem nesta quarta-feira de casa nova. Eles foram selecionados para ocupar a Moradia Estudantil, uma reivindicação antiga dos estudantes, que, desde 2010, aguardavam pela liberação do prédio. O sorteio das chaves dos quartos foi realizado no final da tarde desta terça-feira (27) no anfiteatro das Pró-Reitorias, onde os contemplados assinaram o termo de ocupação. Nesta quarta, os alunos poderão se mudar para os dois blocos da Moradia, A e B, localizados no Bairro São Pedro, próximo à UFJF. Eles serão recebidos com café da manhã, a partir das 9h.

Coordenadora de movimentos sociais do Diretório Central dos Estudantes, Lêda Mendonça vê na moradia mais que um direito, uma necessidade de permanência de tantos alunos dentro da universidade. “Apesar de as políticas da UFJF serem boas, elas ainda estão aquém daquilo que esperamos de uma instituição deste porte. Apesar de ser um recurso do Governo, a habitação é essencial para a continuidade dos estudos. Este é um importante primeiro passo, e isso demanda de nós e dos contemplados que esse benefício não acabe por si só, nem mesmo seja abandonado ou mal gerido. É preciso analisar o quanto ainda deve-se ampliar as vagas. Estamos felizes, mas é uma felicidade com responsabilidade”, finalizou.

Os ocupantes da Moradia Estudantil também terão direito a concorrer à Bolsa Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), uma vez que sua situação de vulnerabilidade socioeconômica já foi comprovada pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil. A vaga é pessoal e não pode ser cedida a outro estudante.

Os acadêmicos podem permanecer na Moradia até o final da primeira graduação ou até, por, no máximo, passados dois semestres do prazo previsto para conclusão do curso. O não cumprimento das regras pode resultar na perda da vaga. A continuação na Moradia depende também da persistência da vulnerabilidade socioeconômica dos selecionados e da atualização de dados cadastrais nos prazos estipulados.

Como já noticiado pela Tribuna, os recursos federais empregados na construção dos dois prédios somam R$ 4.225.969. Sua entrega já chegou a ser adiada por diversas vezes, mesmo após a conclusão das obras. Em 2013, a pró-Reitoria de Infraestrutura prometia a entrega ainda no mês de agosto daquele ano. Em 2014, antes da posse do ex-reitor Júlio Chebli, a comissão para o regimento chegou a ser criada, sem andamento dos trabalhos. Em maio de 2015, os alunos da UFJF ocuparam a Reitoria da instituição, cobrando da administração uma postura em relação à abertura do local. Após a renúncia de Chebli, o vice-reitor Marcos Chein deu continuidade às conversas, buscando o diálogo com o Governo federal para realizar as adequações. Com a posse da gestão de Marcus David, a proposta de reforma do imóvel foi levada ao Conselho Universitário (Consu), integrando um pacote de R$ 155.853,27, valor que contempla ainda outras obras da instituição.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 27/06/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/evento-discute-os-desafios-de-acesso-e-permanencia-das-lesbicas-na-universidade/

Título: Evento discute os desafios de acesso e permanência das lésbicas na universidade  

A Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf) e o Coletivo Flores Raras – Educação, Comunicação e Feminismo, promove, nesta quarta-feira (28), às 17h, uma mesa-redonda com o tema ”Desafios de acesso e permanência das lésbicas na Universidade”.

O evento abre a Campanha de Visibilidade Lésbica, a ser celebrada em agosto, e em comemoração ao Dia Internacional do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), celebrado em 28 de junho.

O debate, que acontecerá na sala de Demonstração da Faculdade de Educação (Faced) da UFJF, contará com a presença da representante da Reitoria e também da ouvidora Vânia Bara, além da professora Daniela Auad e das estudantes Luciene Mochi e Ana Luisa Cordeiro.

Em seguida, haverá apresentações de trabalhos acadêmicos e documentários produzidos na disciplina ‘Feminismos, Gênero e Intersecções: bons álibis para romper a ordem compulsória ou comprar uma boa briga’, ministrada pela professora Daniela Auad.