Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 01/06/2017
Título: Restaurantes universitários da UFJF ficam fechados até o final de semana
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou uma nota oficial na noite desta quinta-feira (1º) informando que os restaurantes universitários (RUs) vão ficar fechados até a próxima segunda-feira (5), no campus, e sexta-feira (2), no Centro.
A nota explica que a decisão da administração da UFJF foi tomada “após uma primeira avaliação dos técnicos contratados pela empresa que atende ao RU, com acompanhamento dos técnicos da Pró-Reitoria de Infraestrutura, constatou-se a necessidade de algumas ações de reparos em equipamentos para total segurança do funcionamento do espaço”.
No sábado (3) o RU Centro, localizado Rua Santo Antônio, funcionará normalmente e, excepcionalmente, estará servindo também café da manhã. Os restaurantes ficaram fechados nesta quinta (1º) depois que uma equipe da empresa que administra o local identificou um “cheiro similar ao de gás”.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 01/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/ru-volta-a-funcionar-so-na-segunda-feira/
Título: RU volta a funcionar só na segunda-feira
O Restaurante Universitário (RU) localizado no Campus da UFJF ficará fechado até domingo, dia 4 de junho. A decisão foi tomada pela Administração Superior da instituição em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (1º), após avaliação de técnicos contratados pela empresa que atende ao restaurante. O local foi fechado devido a um vazamento de uma substância química na cozinha.
A análise foi acompanhada por técnicos da Próreitoria de Infraestrutura. Em nota, a UFJF informou que foi constatada “a necessidade de algumas ações de reparos em equipamentos para total segurança do funcionamento do espaço”. Ainda conforme o documento, o RU Centro terá o funcionamento normalizado no sábado (3), servindo também café da manhã. No início da tarde de quartafeira, funcionários de uma empresa terceirizada teriam sentido cheiro semelhante ao de gás. Segundo a assessoria da UFJF, a empresa responsável pelo fornecimento de gás foi acionada, sendo constatado o vazamento de oleína, substância causadora do odor característico do gás liquefeito de petróleo (GLP). A substância foi liberada após manutenção na caldeira de cozimento do RU, pois um mangote do equipamento não foi reconectado, causando o vazamento.
A UFJF informou que o produto não representa perigo. Um teste com duração de duas horas foi realizado para solucionar o vazamento e a orientação do Corpo de Bombeiros era para que o local permanecesse fechado até que o teste fosse realizado.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 01/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/adenilde-petrina-recebera-o-titulo-de-doutora-honoris-causa/
Título: Adenilde Petrina receberá o título de Doutora Honoris Causa
Líder do movimento negro de Juiz de Fora, Adenilde Petrina Bispo receberá o título de Doutora Honoris Causa. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora, na tarde desta quintafeira (1º). A informação foi divulgada nas redes sociais da instituição. O título é concedido a pessoas de destaque em áreas como artes, ciências, política, causas humanitárias, dentre outras.
Adenilde é exaluna da UFJF e cursou Filosofia na instituição entre 1970 e 1974. Nascida em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto (MG), veio com a família para Juiz de Fora aos 12 anos de idade. Concluiu ensino fundamental em escola pública, em meados de 1960, e logo conseguiu uma bolsa de estudos no Colégio Santa Catarina, onde decidiu cursar Filosofia. Em troca, ajudava na limpeza da instituição. Já na universidade, teve o primeiro contato com militantes do movimento negro da cidade e passou a integrar o Grupo de Estudos Afrobrasileiro Aticorene (Geaba Aticorene). Concluiu a graduação em Filosofia em 1974, e desde então, seguiu na militância no movimento negro, advogando a favor dos moradores da periferia. Em 1984, tornou-se professora de História na rede municipal de ensino.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 01/06/2017
Título: Aluna de JF que fez Enem recorre à Justiça para se inscrever no Sisu
Uma candidata que realizou as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) precisou recorrer à Justiça para garantir concorrência pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No ato da inscrição, a estudante foi classificada como treineira ao informar, por engano, que não concluiria o ensino médio em 2016, o que impossibilitou portanto, a efetivação de sua inscrição, tendo a matrícula indeferida.
Uma antecipação de tutela movida pelo advogado Pablo Gomes garantiu à aluna o direito de concorrer à vaga de Engenharia Civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Através de uma liminar, a juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara Federal da Subseção de Juiz de Fora, concedeu a decisão favorável à concorrente.
“Preenchi que não iria concluir meus estudos em 2017, pois o Instituto Federal de Educação estava em greve e por isso, não sabia a mês exato da minha formatura. Fiquei desesperada porque sempre sonhei em ingressar na UFJF e vi que tinha nota para tal. Além disso, passar por todo o desgaste do processo seletivo seria bastante complicado”, explicou a candidata Daniela de Souza Gama, 18 anos, acrescentando que, como a nota saiu apenas em março, ela abriu mão de buscar seus direitos na Justiça. “Após ter acesso ao resultado do Enem, vi que poderia concorrer com minha nota, que estava dentro do ponto de corte do curso. A partir disso, busquei auxílio para que eu pudesse disputar a vaga no segundo semestre.” Conforme Pablo, o Ministério da Educação tomou ciência da decisão liminar nesta quintafeira (1º) e acatou a liminar da Justiça. Com a decisão, ela poderá concorrer com a nota obtida a uma vaga na UFJF. A decisão foi comunicada à estudante por representantes do MEC por volta das 21h.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 01/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/sai-resultado-parcial-de-selecao-para-moradia-estudantil/
Título: Sai resultado parcial de seleção para Moradia Estudantil
A Próreitoria de Assistência Estudantil (Proae), da UFJF, divulgou, nesta quintafeira (1º), o resultado parcial do edital de seleção de discentes para preenchimento das vagas abertas na Moradia Estudantil. Os recursos deverão ser impetrados em formulário próprio (a ser disponibilizado no site da Pró-reitoria, juntamente com o resultado parcial) e entregues na sede da Proae, que fica no prédio da Reitoria, no campus, entre 8h a 20h, nos dias 2, 5, e 6 de junho. O resultado final do recurso será divulgado, também online, no próximo dia 21.
Os 70 primeiros classificados serão convocados para a reunião de ocupação das vagas, que possui caráter eliminatório e será realizada em local a ser divulgado no dia 27 de junho. A distribuição dos estudantes nas vagas será feita por sorteio, no mesmo dia, realizado pela Coordenação de Moradia Estudantil, que indicará a residência e o quarto que o discente ocupará. Em seguida, os selecionados deverão assinar o termo de ocupação para receberem as chaves dos alojamentos.
O aluno que não ocupar a vaga para a qual foi sorteado, conforme estabelecido no regimento, perderá o direito à mesma. A seleção foi baseada no perfil socioeconômico de todos os inscritos, conforme avaliação socioeconômica realizada pela Proae. A classificação foi definida pela ordem dos seguintes critérios: perfil socioeconômico do grupo familiar; renda per capita menor; maior distância da residência do grupo familiar em relação à cidade do campus. Os critérios de desempate obedeceram às situações estabelecidas no Regulamento Geral da Moradia Estudantil.
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Veículo: Diário Regional
Editoria: Cultura
Data: 02/06/2017
Link: http://www.diarioregionaljf.com.br/cultura/16561-avancos-e-desafios-na-formacao-academica
Título: Avanços e desafios na formação acadêmica
Há quem diga que uma instituição de ensino, seja ela universidade, faculdade ou escola, não garante apenas a formação acadêmica, mas também humana. E é por isso que na última reportagem da série Patrimônio e História, em comemoração aos 167 anos do município, que o Diário Regional traz à tona um panorama dos avanços, conquistas e desafios da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Com a junção de estabelecimentos de Ensino Superior de Juiz de Fora, reconhecidos e federalizados, a universidade foi criada em 23 de dezembro de 1960, por ato do então presidente Juscelino Kubitschek. A instituição é a segunda universidade federal do interior do país a ser criada. Já a cidade universitária foi construída em 1969.
Apesar de sua importância histórica na formação acadêmica, o reitor da UFJF, Marcus Vinicius David, relembra que a Universidade vivenciou um intenso processo de reorganização e reestruturação. “A UFJF ocupou, anteriormente, a mídia com temas muito negativos, como o atraso no pagamento do benefício de bolsas concedidas aos alunos e pagamentos de terceirizados que não eram feitos, gerando interrupções de vários serviços. O período conturbado pelo qual a instituição passou foi motivado pelo aspecto da má política nacional, mas, sobretudo, devido a uma crise interna muito forte, que levou à renúncia de um reitor”, avaliou Marcus, referindo-se ao desligamento de Júlio Maria Chebli, que apresentou carta de renúncia em novembro de 2015. Em 2016, o vice-reitor Marcos Vinício Chein Feres também renunciou ao cargo.
NOVOS RUMOS…
Ao assumir o cargo, David relatou que a instituição vivia uma crise administrativa muito grave. “Começamos a trabalhar com transparência, com a ampla divulgação da situação orçamentária e financeira da Universidade. O Conselho Superior (Consu) trabalhou intensamente regulamentando procedimentos. Um exemplo disto foi o avanço obtido na normatização do processo de trabalho dos funcionários, coma uma série de regulamentações relativas à jornada de trabalho”, ressaltou.
O reitor ressaltou ainda que outro grande avanço foi uma nova implantação dos órgãos que estavam desestruturados. “Reativamos o Conselho Setorial de Extensão e Cultura, um organismo fundamental para as nossas ações externas. Tivemos a oportunidade de lançar novas parcerias com o setor empresarial. Nesse sentido, executamos a criação, oficializada em julho de 2016, do Grupo de Trabalho Desenvolvimento e Inovação na Mata Mineira (GDI-MATA), feito em parceria com a Prefeitura e vários outros órgãos. Essas são algumas ações que exemplificam o nosso processo de institucionalização após o período grave de crise”, ponderou.
Uma promessa de avanço apontada pelo reitor refere-se ao Parque Tecnológico, que está sendo projetado para a interação entre empresas intensivas em tecnologia, tanto as já consolidadas quanto as emergentes que nascem de pesquisas universitárias. Logo, a intenção dessas empresas com os pesquisadores e laboratórios da Universidade será fomentar projetos colaborativos que intensifiquem atividades tecnológicas, de modo a acentuar a competitividade da economia da região que abrigará o Parque. “Estamos retomando as discussões sobre o projeto e, em breve, lançaremos um novo edital de licitação”, disse.
Entre os avanços recentes da instituição estão o projeto Moradia Estudantil, que selecionará os inscritos com base no perfil socioeconômico ainda neste mês, e o estabelecimento de cotas para deficientes, “que é um desafio imediato para nós, já que elas atendem a uma exigência na legislação federal”, finalizou o reitor.
HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
Os primeiros cursos da UFJF foram Medicina, Engenharia, Ciências Econômicas, Direito, Farmácia e Odontologia foram. Em seguida, foram vinculados Geografia, Letras, Filosofia, Ciências Biológicas, Ciências Sociais e História. Cursos oferecidos nas modalidades de licenciatura foram distribuídos entre as diversas unidades do campus.
O curso de Jornalismo foi criado e veio a se constituir em um dos Departamentos da Faculdade de Direito. Na década de 1970, com a Reforma Universitária, a UFJF passou a contar com três institutos básicos: Instituto de Ciências Exatas (ICE), Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Em 1999, uma nova unidade foi criada: o Centro de Ciências da Saúde, onde passaram a funcionar os cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Medicina. Em 2006 foram criados o Instituto de Artes e Design (IAD) e a Faculdade de Letras (Fale).
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 02/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/estudantes-com-deficiencia-visual-visitam-jardim-sensorial/
Título: Estudantes com deficiência visual visitam Jardim Sensorial
O Jardim Sensorial da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) é uma opção de lazer e relaxamento para escapar da correria do cotidiano, com uma beleza de encher os olhos e todos os demais sentidos. O ambiente é dividido em quatro partes: fogo, água, terra e ar. Em cada uma delas, há variações de plantas e terreno, fazendo com que o visitante possa experimentar cores, formas, texturas e cheiros diferentes. Essa foi a experiência vivenciada nesta sextafeira (2) pelo estudante Roberto de Oliveira Magalhães, que é deficiente visual e percorreu todo o espaço, podendo reconhecer várias plantas através do toque e olfato.
Roberto é aluno da Escola Estadual Maria das Dores, localizada no Bairro Santa Helena, e, junto com outros 29 estudantes, teve a chance de conhecer o Jardim Sensorial e também a Faculdade de Educação Física (Faefid). “É uma oportunidade de conhecer esse espaço oferecido pela UFJF e para eles terem o contato com a natureza, com as plantas, os cheiros”, disse a professora de educação física e idealizadora da iniciativa, Beatriz Gomes de Souza. Segundo Beatriz, o tema foi trabalhado com os alunos na escola de uma forma mais resumida e, depois, complementado na universidade. O espaço busca integrar o corpo acadêmico da instituição e a comunidade de forma acolhedora, facilitando inclusão para cadeirantes, que também podem realizar o percurso.
Na Faefid, os alunos vivenciaram algumas modalidades do atletismo, como corrida, salto em distância e arremesso de peso. O professor de atletismo da Faefid, Guto Rodrigues Pereira, destacou a importância do esporte por meio da reabilitação física, psicológica e social. “O atletismo é multidimensional, e a prática desse esporte pode colaborar muito no desenvolvimento. Atividades como esta são muito importantes. No nosso país, ainda se investe muito pouco nas pessoas com deficiência.”
O Jardim Sensorial
O espaço ficou fechado por cerca de um mês para passar por um processo de revitalização, necessário para garantir o cuidado com as 30 espécies que compõem a experiência de sensibilização por meio do contato com as plantas. A estrutura, localizada próxima à Reitoria, no Campus da UFJF, baseia-se no “opy”, que em tupi-guarani significa “casa de reza”. É composta por três canteiros: um externo ornamental e dois internos formados por plantas intercaladas para favorecer o toque e o cheiro. Oferece visitas guiadas, de segunda a domingo, das 9h30 às 12h e das 14h às 16h30.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 02/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/camera-flagra-acidente-entre-caminhao-e-moto-em-juiz-de-fora/
Título: Câmera flagra acidente entre caminhão e moto em Juiz de Fora
“Se você não acredita em Deus, eu respeito, mas hoje eu tive a prova de que a mão Dele ajudou a dar um empurrãozinho.” Foi assim que o servidor público Vinícius Faza, 29 anos, iniciou um post no Facebook para informar e tranquilizar amigos e familiares sobre o acidente que sofreu na tarde desta quinta-feira (1), em Juiz de Fora. Ele voltava do trabalho, por volta das 14h, quando foi atingido por um caminhão na saída do Pórtico Sul da UFJF, onde Vinícius trabalha. O post foi acompanhado por um vídeo, feito de uma câmera anexada ao capacete de um motociclista que vinha logo atrás de Vinícius. A imagem mostra que o sinal tinha acabado de abrir para os veículos que saíam da UFJF, quando um caminhão de uma empresa moveleira cruzou a Avenida Presidente Itamar Franco, em direção à Avenida Eugênio do Nascimento, momento em que ocorreu a batida.
Em sua declaração na rede social, Vinícius afirmou pesquisar sobre pilotagem segura, o que também o ajudou a sair apenas com ferimentos leves do acidente. “Meu reflexo foi o de acelerar, não de frear. Qualquer coisa diferente do que eu fiz teria me colocado debaixo do caminhão.” O judô, luta que praticou por 22 anos, também foi outro fator para o motociclista sair quase ileso do acidente. “Após sentir o impacto, eu pulei de cima da moto e fiz um rolamento, a primeira coisa que a gente aprende no judô.” O Samu atendeu Vinícius rapidamente e ofereceu os primeiros socorros. A Polícia Militar chegou ao local pouco depois da equipe de resgate. Vinícius registrou um boletim de ocorrência e se dirigiu a pé para um hospital particular próximo ao local do acidente, onde foram constatados ferimentos no joelho e um corte no pé. Em conversa com a Tribuna, Vinicius constata que os condutores precisam ter mais atenção e respeito no trânsito. “As pessoas precisam respeitar mais os motociclistas. Vejo no meu dia a dia que as pessoas fecham as motos de propósito. Elas precisam entender que em cima da moto tem uma vida.” O motorista do caminhão se comprometeu a cobrir todos os danos materiais do servidor público. A moto ficou bastante danificada, assim como o capacete e as luvas que ele usava. A Tribuna fez contato com a empresa responsável pelo caminhão. O advogado da Parma móveis esclareceu que o veículo possui seguro e que já acionou a seguradora para cobrir os prejuízos materiais do motociclista.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Arte e vida
Data: 02/06/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/em-tom-de-protesto/
Título: Em tom de protesto
Seu nome vem pequenininho, sutil, no diminutivo, mas é um alguém que clama em sua cantoria e melodia por um Brasil com valores melhores executados, legislados, justiçados. Causa-lhe angústia e faz lembrar dos dias que antecederam a chuva. É ávido leitor desse tempo indigesto e, por não digerir, o que lhe sobra é esvair em poesia. Tortura seus versos por acreditar na expressão e mudança através da arte.
A cada toque no violão sai criação, tudo que está trancado no fundo de sua percepção é colocado à prova de seu dedilhado, que vislumbra no novo a exploração de rimas. O jornal não suporta em seus caracteres as blasfêmias dos fatos, então ele canta a melodia e constrói a poesia. Luzinho Lopes desabafa e deságua suas lágrimas nas métricas. “Eu vivo há dois anos em um estado de angústia, essas coisas me agridem, me deixam triste. Eu rompi com pessoas que eu tinha amizade, em um processo de depuração”, lamenta Luizinho sobre o quadro político que está sendo pincelado com sangue.
Arteria: final de semana com shows
Hoje (2) e sábado (3) tem reunião para celebrar sua música, Luizinho é desses artistas que gostam de partilhar o palco e está com convidados novos, na parceria e na idade. Às 20h deste sábado (3), vai acontecer o segundo show no Arteria Fábrica de Cultura, um aconchego noturno com comidas de bistrô e chope artesanal. Este será o segundo show de uma dobradinha, já que ontem ele estreou junto a Bré Rosário, percussionista que o acompanha em sua trajetória, o compositor Dudu Costa e a cantora Luisa Moreira.
Luisa conta quase cantando de sua admiração por Luizinho, amigo de seus pais desde quando era criança. Sempre frequentou sua casa levando música e poesia, e se emociona lembrando que foi, também, por palavras de incentivo dele, querendo fazer a menina cantar, que começou essa história na música. Após o colégio, entrou para a Bituca – Universidade de Música Popular e se formou em canto. Hoje é ela quem contribuirá com sua voz durante o show. Com Dudu, a história é também afetiva, sua mãe colocava o álbum “Nem tudo o que nasce é novo” (1990), de Luizinho, para ouvir em casa, e desde então foi aprendendo as letras de cor. Será um encontro de gerações, em um ambiente de admiração mútua.
O afeto é revolucionário, já diz o muro da cidade
O repertório é do quinto álbum “Falas perdidas”, sendo que pela primeira vez ele preparou “Poesia vaza”, sexta faixa, para ser tocada ao vivo. E ainda terá a inédita “Alguém”. Dudu Costa entregou a letra para Luizinho, que passou o dia seguinte inteiro musicando. Isso faz menos de um mês.
É uma canção de protesto, mas metafórica. A abertura é melancólica, fechada, com acordes menores, em quarta, e dissonantes. A parte mais melódica acontece mais ao fim, quando ela abre e dá esperança: “Alguém exala ao vento / U’a poesia rara / Restaura um sentimento/ A voz que canta ampara”. “Eu sou muito pessimista, mas uma hora, acredito que nós como sociedade, vamos ter que acordar (…) tenho a impressão que estamos anestesiados”, comenta Luizinho.
Essa última parte é a reação do povo, e é quando o próprio artista percebe que a arte começa a ajudar no processo de luta. “A partir do momento que você coloca os artistas para tocarem nesses movimentos (políticos e sociais), você dá oportunidade para o povo se sensibilizar com isso. Quando eu falo da poesia, eu acho que ela não vai modificar, revolucionar, mas é um instrumento que auxilia, porque mexe com a expressão de cada um. É o despertar pela estética”, reflete Luizinho.
Na pele que o outro habita, canto eu
Em 1979, Luizinho cursava engenharia na UFJF e vivenciava os últimos anos de ditadura militar. As palavras dilaceravam os cálculos em uma enorme vontade de viver e ir à luta. Era um universitário, com violão embaixo do braço e muitas músicas de protesto se formando junto ao momento conturbado. Abriu o Jornal do Brasil e correu o olho por uma das cartas publicadas na sessão de leitores. O que sentiu se transformou em arte em tom de protesto.
O texto era uma carta escrita em 20 de abril de1971, publicada 8 anos depois. O autor era um rapaz que escrevia em tom de despedida e desespero para sua mãe. Ele estava preso em um dos porões de tortura da ditadura militar e previa sua morte no dia seguinte. Luizinho fez da carta, uma música, com o eu lírico no corpo que se acabava aos poucos. E naquela época, ela foi apresentada em um anfiteatro do antigo ICHL, em pleno período autocrático e de censura. No mesmo ano em que a carta chegou finalmente às mãos daquela mãe.
“Eu era integrante do grupo musical ‘Vértice’ e fomos convidados para fazer a calourada do ICHL. Quando chegamos, estava lotado, com gente sentada pelo corredor. O diretor do instituto proibiu que fosse ligado o som, para poder melar o show. Aí nós perguntamos se o pessoal queria ouvir sem microfone, sem nada, tocando acusticamente. Já estava entrando na época da anistia, ampla, geral e restrita”, relembra Luizinho.
Gilmar Santanna era seu amigo da engenharia e intérprete da música “21 de abril”. Neste dia, em 1979, o momento foi de comoção. Ele lançouse ao público efervescente e, como em um teatro, cantava encarnando o próprio menino torturado. Luizinho guarda a memória do colega arrancando a própria camisa e evocando os estudantes a sentirem como se os ferimentos estivessem ali, naquela pele, à mostra.
Neste vai e vem de atrocidades históricas que ainda permeiam nosso presente, Luzinho tem uma última música pronta, talvez uma das mais novas: “Na Véspera Choveu”. Essa ele ainda não tem a coragem de mostrar a ninguém. Faz ele lembar da ditadura e o machuca muito. Em poucas palavras, apenas compreendi o que o título queria passar “Na época, quando teve a Marcha dos 500 na Praça da Sé, na véspera havia chovido muito, eu usei como metáfora”, conclui Luizinho.
Luizinho Lopes Com Dudu Costa, Bré Rosário e Luísa Moreira. Neste sábado, às 20h, na Arteria (Rua Chanceler Oswaldo Aranha 535 – São Mateus)
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Veículo: UFMG
Editoria: Notícias
Data: 02/06/2017
Link: https://www.ufmg.br/online/arquivos/047703.shtml
Título: Especialistas se reúnem no campus Pampulha para debater treinamento e recuperação em esportes de combate
Neste fim de semana, 3 e 4 de junho, pesquisadores, professores e estudantes se reunirão no auditório principal da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), no campus Pampulha, para discutir temas como treinamento, avaliação física, recuperação de lutadores e gestão de eventos esportivos. A segunda edição do Seminário ciência e tecnologia de esportes de combate ainda tem inscrições abertas, que devem ser feitas por meio deste site.
Um dos destaques da programação será a conferência ministrada pelo professor Emerson Franchini, da Universidade de São Paulo (USP), referência mundial na área, que falará sobre perda de peso dos atletas.
“Em esportes de luta, a perda brusca de peso é uma constante. Muitos chegam a perder de 5 a 10% da massa corporal em poucos dias. O professor Emerson falará dos prejuízos provocados por esse fenômeno, que pode até ser considerado doping segundo critérios do Comitê Internacional Antidoping”, informa o professor Maicon Albuquerque, organizador do seminário.
O evento terá palestras dos professores Eduardo Pimenta, da UFMG, Ciro Brito, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Daniele Detânico, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ursula Júlio e Jonatas Santos, ambos da USP, e Matheus Gomes, gerente de serviços do taekwondo nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Segundo Albuquerque, há uma carência de encontros científicos sobre modalidades de combate. “Estamos tentando abrir esse tipo de oportunidade para esportes de luta, que não seja focado em uma só modalidade”, justifica.
A programação e mais informações sobre o evento estão disponíveis no site do evento ou pelo e-mail ufmglutas@gmail.com.
(Com Assessoria de Comunicação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional)
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Veículo: Zero Hora
Editoria: Vida e estilo
Data: 02/06/2017
Título: Depressão em idosos: os riscos e as armadilhas da doença nesta fase da vida
A trajetória profissional é concluída e chega a aposentadoria, percebe-se um afastamento gradual dos que antes viviam mais próximos, fica cada vez mais nítida a noção de que a vida é finita – morrem parentes e amigos, surgem doenças, o corpo não funciona como antes. Envelhecer, como o dia a dia insiste em comprovar, é conviver com perdas, que são gatilhos para um mal muito frequente na terceira idade: a depressão.
Com o avançar da idade, as dificuldades podem se acumular ou se apresentar a intervalos curtos de tempo. Imagine uma pessoa que acabou de se aposentar e tem de lidar com uma queda substancial nos rendimentos e o excesso de tempo ocioso a ser preenchido. Ao mesmo tempo, ela descobre um problema crônico de saúde – em média, um idoso apresenta quatro enfermidades simultâneas – e, de repente, recebe a notícia da perda de um amigo de longa data. O psiquiatra Eduardo Hostyn Sabbi, coordenador do Departamento de Psicogeriatria da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (APRS), faz uma comparação:
– É como um garçom que está recolhendo os pratos da mesa. Daqui a pouco ele vai ter mais pratos do que os braços dele podem carregar. Perdas consecutivas têm um impacto superpesado.
A depressão atinge, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, até 5% dos idosos que vivem em comunidade. Os números mais do que dobram em se tratando daqueles internados em hospitais (11,5%) e dos doentes em homecare (13,5%).
O envelhecimento progressivo da população é um fator importante a ser considerado. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a proporção de pessoas acima de 60 anos vai quase duplicar até o ano de 2050, passando de 12% para 22% do total (de 900 milhões para 2 bilhões de indivíduos).
– Como vamos viver mais, vamos viver mais com a depressão também – comenta Ricardo Barcelos Ferreira, psiquiatra com especialização em psiquiatria geriátrica e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.
A depressão é mais comum em algumas famílias, repetindo-se de geração em geração, explica o geriatra João Senger. Herdada ou não, está frequentemente associada a alterações neuroquímicas no cérebro, principalmente na velhice. Os quadros depressivos podem ter características peculiares entre os mais velhos. Grande parte dos pacientes não relata, objetivamente, sentir tristeza. Eles tendem a apresentar queixas quanto a dores no corpo, alterações no apetite e no sono, perda ou ganho de peso, falta de ar, diarreia ou constipação, má digestão. Também são comuns sintomas como irritabilidade, ansiedade, perda de interesse, esquecimento e dificuldade de concentração.
– A apresentação é atípica: não podemos ficar esperando que o paciente diga que está triste, chorando, sem ânimo. Ele pode também não se dar conta de que está deprimido. Às vezes, o médico diz que é um quadro depressivo, e o paciente não aceita – destaca Senger.
A personalidade de cada um é determinante para a forma como esse período da existência será encarado, e a capacidade de adaptação a adversidades e mudanças pode ser maior ou menor. Pessoas de baixa autoestima, com uma visão pessimista do mundo ou suscetíveis ao estresse estão mais predispostas à depressão. Aquelas de personalidade mais narcisista, por exemplo, podem encontrar dificuldade para aceitar alterações estéticas como as rugas e a flacidez. Outras, menos maleáveis, talvez sofram com mudanças repentinas, como a perda do emprego.
Traços de personalidade se acentuam – a velhice é uma caricatura do que a pessoa foi, explica Senger. Se você sempre teve o mau humor como um traço marcante, deverá se tornar um idoso mais mal-humorado ainda. Quem sempre foi dócil vai ter essa característica intensificada. Mas o geriatra atenta para ideias equivocadas muito disseminadas que podem prejudicar o diagnóstico e retardar o tratamento de doenças. Costuma-se atribuir certos problemas e dificuldades à terceira idade, como se fossem típicos dessa fase e contra os quais não se pudesse nada fazer: “É da idade”, fala-se com frequência.
– Esses termos deveriam ser banidos. Não é “da idade”. Envelhecer não é doença. Pode haver uma lentificação, caminhar mais devagar, pensar mais devagar, mas o envelhecimento não faz com que você não consiga mais fazer isso ou aquilo. A limitação e a perda de funcionalidade vêm por doença, não por envelhecer. As pessoas dizem: “Ah, mas com essa idade é normal que não consiga mais fazer isso”. Não, não é normal – contesta o geriatra.
Habituadas a seguir um calendário de consultas e exames desde cedo, as mulheres não resistem a procurar um médico quando algo não vai bem. Já para os homens, a tarefa não parece ser tão simples – resistem, ao longo de toda a vida, a bater na porta dos consultórios.
– É mais fácil uma mulher chegar e dizer para o médico “estou com depressão”, ou qualquer outra doença, do que os homens. É mais fácil o homem se tornar um alcoólatra do que procurar um laboratório para se tratar – conta o psiquiatra Ferreira, salientando que a depressão é mais frequente entre as idosas.
Benefícios de uma vida mais regrada
A terceira idade é também reflexo dos hábitos mantidos durante décadas – a boa ou a má alimentação, a prática de exercícios ou o sedentarismo, a exposição cuidadosa ou exagerada e desprotegida ao sol. Para os que foram relapsos, um aviso: há como se ter algum benefício mesmo depois de uma vida inteira desregrada. Praticar exercícios físicos é sempre bom, funcionando também como medida preventiva e de combate à depressão – a liberação de endorfina proporciona a sensação de bem-estar e melhora o humor. Integrar-se a grupos é uma ótima iniciativa.
De acordo com o gosto pessoal, pode-se procurar aulas de dança, canto, trabalhos manuais. Dependendo da natureza da atividade, trabalham-se duas habilidades ao mesmo tempo: um grupo de caminhada propicia, além do exercício, a interação, enquanto a turma que se reúne para jogar canastra está trabalhando também a cognição, importante no combate às demências. Adotar um animal de estimação é outra boa iniciativa. A família pode ajudar orientando o idoso na integração e na escolha dos passatempos. No caso do paciente diagnosticado com depressão, é imprescindível se submeter a tratamento.
– A pessoa que teve um infarto por causa de uma aterosclerose corre mais risco de ter um segundo do que a pessoa que não teve. A que já teve depressão corre mais risco de ter de novo. Se ela não resolve os fatores (que a levaram a isso), vai, daqui a pouco, refazer o quadro frente a outra situação. Não deve ser só um tratamento químico, vou no psiquiatra e ele me dá um remédio. É importante entender por que desenvolveu a depressão, modificar o estilo de vida e evitar episódios futuros – aconselha Sabbi, da APRS.
Quem nunca sofreu de depressão pode ter dificuldade para compreender como se sente o paciente nessas condições. O apoio efetivo da família, destaca Senger, é fundamental.
– Não adianta dizer “o dia está bonito”, “mas não lhe falta nada”, “você tem que se ajudar”. Não ajudamos as pessoas assim. Podemos perguntar: “O que eu posso fazer para ajudá-lo?” – exemplifica o geriatra. – Uma medida importante é fazer com que o idoso perceba que ainda pode ser feliz e valorizar as coisas boas ao seu redor – conclui.
Prepare-se para se aposentar
Pode-se passar um bom tempo fazendo planos para depois da aposentadoria, aquele que parece ser o período de maior qualidade de vida possível. Viagens, cursos, tardes na companhia dos netos, happy hour com os amigos – dias inteiros dedicados a atividades que proporcionam prazer, sem ser regulado pelo relógio. Para que essa época tenha mais chance de se concretizar como uma fase feliz quando finalmente chegar, é preciso preparação. Do contrário, há grande risco de que o encerramento da carreira profissional acabe se transformando em um gatilho para a depressão.
Não é incomum que até mesmo as relações conjugais sofram abalos quando um dos parceiros, que durante décadas se manteve trabalhando da manhã à noite, de repente começa a ficar o dia inteiro em casa. Se os períodos de aposentadoria do casal coincidirem, aí serão os dois cheios de tempo livre e tendo de conviver intensamente.
– O casamento, que antes se mantinha por conta das outras relações, pode começar a ficar complicado – aponta o psiquiatra Eduardo Hostyn Sabbi.
João Senger observa que as mulheres, com um perfil em geral mais versátil e multitarefas, costumam se adaptar melhor à aposentadoria. Aos homens, às vezes a falta da identidade profissional é sentida de maneira mais profunda, e a brusca mudança no cotidiano pode implicar sérias consequências.
– Se o homem fica sem atividades, geralmente perde sua identidade, o que leva a ter um sentimento de inutilidade frente à vida. Pode se deprimir e ficar com a imunidade baixa, dando abertura ao aparecimento de enfermidades como câncer. É o que chamamos de “câncer do aposentado” – descreve o geriatra.
– É preciso se organizar com antecedência para não ter que passar por aquele período vazio. Se a pessoa não se prepara, é desastroso.
Risco de suicídio é ampliado
A parcela idosa da população tem alto risco para suicídio. Psiquiatra com especialização em psiquiatria geriátrica, Ricardo Barcelos Ferreira alerta que o risco de tirar a própria vida é maior entre idosos do que na população adulta jovem.
– O idoso chega a tentar o suicídio sete vezes mais do que o adulto jovem. Os idosos tentam mais e consumam mais o suicídio do que a população em geral – alerta Ferreira.
Eduardo Hostyn Sabbi adverte que comentários acerca da morte ou do desejo de morrer não devem jamais ser ignorados. Pensar que “quem fala não faz” ou “quem quer se matar se mata”, frisa o psiquiatra, são preconceitos que devem ser abandonados. Quem ouve manifestações na linha de “acho que já fiz tudo o que tinha de fazer”, “não vale mais a pena viver”, “não vejo a hora de a minha viagem ser completada” ou “estou louco que chegue o trem para eu embarcar” deve tomar uma atitude.
– São pedidos de ajuda – esclarece Sabbi. – Converse, incentive o desabafo. O assunto já estará posto na mesa. Às vezes, só isso já resolve, ou pelo menos se pode dar um encaminhamento.
Além das medidas já citadas, como participar de grupos e manter laços sociais, outros importantes fatores de proteção ao idoso, segundo Sabbi, são conviver com filhos e netos, praticar a religiosidade e manter contato com profissional de saúde, que possa ser acionado em dificuldades regulares e nos momentos críticos.
Falta de memória pode ser uma pista
Problemas de memória, como a dificuldade para se lembrar de nomes e procedimentos simples ou dos lugares onde objetos foram deixados, podem ser sinal de depressão, e não das temíveis demências. Quadros com queixa de esquecimento na terceira idade são desafiadores para os médicos: uma demência pode começar a se manifestar com um estado depressivo, enquanto a depressão também pode provocar dificuldades de memorização.
Em geral, quando se trata de depressão com distúrbios de memória, o paciente é medicado, melhora e, consequentemente, atenuam-se os sintomas relativos ao esquecimento. Mas os episódios depressivos, principalmente se estiverem ocorrendo pela primeira vez na vida, podem indicar uma demência.
– Uma pessoa com doença neurodegenerativa apresenta perda das suas capacidades cognitivas, com repercussões inclusive na parte emocional, e uma primeira manifestação pode ser a depressão – explica o psiquiatra Eduardo Hostyn Sabbi.
Diante da constatação de problemas de memória, o idoso deve procurar um especialista para que se possa fazer uma investigação do caso.
– Ainda que demande muitos cuidados, o diagnóstico de depressão é uma notícia “melhor” do que a de uma demência como a de Alzheimer, por exemplo. Com os recursos atuais da medicina, a depressão é potencialmente tratável e tem cura, mas o Alzheimer ainda não – afirma Sabbi.
Depressão e outras enfermidades
A saúde mental impacta a saúde física, e vice-versa. Um idoso que tem uma doença grave ou crônica está mais sujeito a desenvolver depressão, e a depressão pode complicar a resposta ao tratamento para outras enfermidades, como um problema cardíaco.
Em sua tese de doutorado, defendida na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o psiquiatra Ricardo Barcelos Ferreira avaliou a prevalência da depressão em idosos. A partir da amostra estudada e da revisão de outros estudos, Ferreira investigou a relação entre algumas enfermidades e a probabilidade de que o paciente desenvolva também depressão.
> Mais de 20% dos adultos acima de 60 anos sofrem de transtornos mentais ou neurológicos. Demência e depressão são os problemas mais comuns.
> Cerca de 80% dos idosos, destaca o CDC, têm pelo menos um problema crônico de saúde, e 50% apresentam dois ou mais.
> A depressão é mais comum entre pessoas que sofrem também com outras enfermidades – como condições cardíacas ou câncer – ou cujas funções se tornam limitadas.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 02/06/2017
Título: Na série sobre aniversário de Juiz de Fora, gerações falam sobre presente e futuro; veja depoimentos
A cidade de Juiz de Fora comemorou na última quarta-feira (31) o aniversário de 167 anos. No início do século XX, a cidade ficou conhecida como “Manchester Mineira”, por causa do pioneirismo na industrialização. O município chegou a ser o mais importante de Minas Gerais.
A cidade também é destaque no turismo, com pontos como o Museu Mariano Procópio, o Cine-Theatro Central e o Parque da Lajinha. Além disso, é referência para estudantes de toda a região, pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Na terceira e última reportagem em homenagem ao aniversário da cidade, o G1 foi às ruas para saber o que os moradores de diferentes gerações pensam sobre como é viver atualmente na cidade, o que esperam para o futuro e quais melhorias acreditam que Juiz de Fora precisa. Antes, foram publicadas uma matéria sobre a história do Mercado Municipal e outra sobre o comércio de galerias e calçadões.
O adolescente Samuel Iatarola, de 15 anos, mora há pouco tempo na cidade e disse que tem sido uma experiência positiva. Ele está cursando o ensino médio em uma escola particular e contou que foi atraído para o município pelo local ser uma referência em educação na região.
O artista de rua Luciano Brenner Silva, de 35 anos, veio do Rio de Janeiro para Juiz de Fora há oito anos e, para ele, a população é muito hospitaleira e sabe valorizar sua arte. Silva acredita, no entanto, que a cidade precisa de melhorias na saúde pública.
Já o idoso Cyrillo Carlos Izabel Nicolau, de 71 anos, contou que passou a vida toda em Juiz de Fora e viu a cidade passar por diversas transformações. Ele lamentou o crescimento da violência nos últimos anos, mas considerou que ainda vale a pena viver e construir uma família no local.
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Veículo:
Editoria:
Data: 03/06/2017
Título: Começa neste sábado a Semana Integrada de Meio Ambiente em Juiz de Fora
A Semana Integrada de Meio Ambiente começa neste sábado (3) com plantio de mudas na praça do Bairro São Judas Tadeu. A programação se estende até o dia 9 de junho e terá atividades que acontecem em diversos pontos de Juiz de Fora. O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho.
No domingo (4), as atividades se concentram no período da manhã, no Parque da Lajinha. Entre as ações estão previstas gincanas de conhecimento, aula de zumba, apresentação teatral, exposição fotográfica, rua de lazer, além de informações sobre preservação do meio ambiente.
Na segunda-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, o prefeito Bruno Siqueira vai assinar o “Protocolo de Intenção do Projeto Macaúba”, que tem como objetivo garantir a recuperação e a preservação através do plantio da macaúba.
A programação completa da Semana Integrada de Meio Ambiente está disponível no site da Prefeitura. O evento tem também a organização da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (Ciea – Polo Juiz de Fora), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Exército, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar de Meio Ambiente e Guarda Municipal Ambiental, entre outros.
Também apoiam o evento secretarias municipais, Defesa Civil, a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-JF), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o Instituto Federal Sudeste de Minas Geral (IF Sudeste), Votorantim Energia, associações dos Amigos (Aban) e pelo Meio Ambiente de Juiz de Fora (AMA-JF) e Projeto Replantar.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 03/06/2017
Título: Cientista político diz que momento não é adequado para reforma política
Protagonista das discussões políticas nacionais, o cientista político e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Jairo Nicolau visitou Juiz de Fora esta semana. Durante sua passagem pela cidade, o docente foi um dos convidados do projeto Chá das Cinco e Meia, do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e fez o lançamento de seu mais novo livro, “Representantes de quem? – Os (des)caminhos do seu voto da urna à Câmara dos Deputados”. A publicação traz uma análise do sistema eleitoral brasileiro, bem como suas precariedades. Nicolau também visitou as redações da Tribuna e da CBN Juiz de Fora e concedeu entrevista exclusiva ao programa Pequeno Expediente, em que considerou que, por conta de todo cenário caótico pelo qual passa o país e pelas desconfianças que pairam sobre a atual configuração do Congresso Nacional, este não é o melhor momento para grandes reformas no sistema eleitoral do país.
“A minha sugestão é que se privilegiasse dois aspectos. Um tem a ver com o número excessivo de partidos, o que chamo em meu livro de hiperfragmentação. O Brasil tem uma Câmara dos Deputados absolutamente dispersa em termos de distribuição de poder. Em todo o planeta, temos a Câmara dos Deputados com o maior número de partidos. Mais ainda: esta é a Câmara com a maior dispersão de poder da história. Se nada for feito, isto deve se aprofundar em 2018. Também temos que enfrentar de alguma maneira o desafio de regulamentar a decisão do Supremo que proibiu o financiamento eleitoral por empresas”, afirmou Nicolau, lembrando que, em 2015, o Supremo Tribunal Federal proibiu as doações empresarias a partidos e candidatos.
“Isto significa que alguns bilhões de reais sairão de cena. Em 2014, tivemos uma eleição que custou, só da parte doada por empresários, R$ 4,4 bilhões. Este é um recurso que não entrará na conta dos candidatos, e a pergunta é: de onde virá o financiamento de campanha? Os políticos estão desesperados para encontrar uma solução”, reforça o cientista político. Assim, Nicolau entende que o prazo é exíguo para que possíveis reformas sejam validadas já para o pleito do ano que vem, o que deveria acontecer até o início de outubro, um ano antes das eleições. “Depois de tudo que aconteceu nos últimos anos, as pessoas se perguntam se este Congresso tem legitimidade para fazer uma reforma profunda que o país precisa, sabendo que esta reforma pode vir a facilitar a vida de alguns destes políticos. Assim, todo o trabalho fica sob suspeição.”
Com relação ao grande número de partidos existentes no país, o cientista político defende a adoção de uma cláusula de barreira. Sua proposta é de que apenas as legendas que obtiverem pelo menos 1,5% dos votos em todo o país tenham acesso às cadeiras legislativas. “Na maioria das democracias do mundo isto está em vigor”, pontua. A sugestão é menos dura que a barreira de 3% proposta pelo senadores Aécio Neves (PSDB, afastado) e Ricardo Ferraço (PSDB). Para Nicolau, a proposta de emenda à Constituição (PEC) dos parlamentares tucanos poderia comprometer a atuação de partidos consolidados como PSOL, Rede, PV e PCdoB. A PEC foi aprovada pelo Senado em novembro do ano passado e está sendo analisada pela Câmara.
“Eu que estudo a política brasileira tenho dificuldade de identificar a política e propostas de mais de duas dúzias de partidos. Mesmo nos grandes partidos isto é difícil. Eles não têm programas para tópicos específicos. Isto é perceptível claramente no tema da reforma política. Os partidos são entidades sem alma e sem pulsação”, considera o professor.
O livro
Criado a partir de perguntas de eleitores, o livro “Representantes de quem? – Os (des)caminhos do seu voto da urna até a Câmara dos Deputados” foi escrito com intuito de ser abrangente, lido e entendido por quem não tem conhecimento técnico, mas se espanta e quer compreender melhor diferentes aspectos do quebra-cabeça da representação política no Brasil. A publicação já está disponível nas livrarias em formato físico e digital.