Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 28/05/2017

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/pesquisador-analisa-significados-simbolicos-de-monumentos-de-juiz-de-fora.ghtml

Título: Pesquisador analisa significados simbólicos de monumentos de Juiz de Fora

A análise de três espaços públicos de Juiz de Fora com monumentos históricos norteou a pesquisa de mestrado do acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fabrício Teixeira Viana.

A intenção do pesquisador foi a de remontar a trajetória da cidade por meio da contextualização e das representatividades imaginária e simbólica dos locais.

A pesquisa tomou como base o ano de 1906, data de inauguração da estátua do Cristo Redentor, localizada no Morro do Imperador. Segundo o mestrando, esta foi uma tentativa de abranger toda a história da arte pública da cidade.

“Sou do interior do Rio de Janeiro, mas moro em Juiz de Fora há quase nove anos e sempre tive interesse em retratar a história da cidade, que já foi muito bem contada por outros autores”, revelou Viana.

O estudo também analisou a obra “Marco do Centenário”, inaugurada em 1951 na Praça Pantaleone Arcuri, no Bairro Poço Rico, além da escultura “Releitura de Abaporu”, criada em 2015 e instalada na Praça Antônio Carlos, no Centro da cidade.

Para realizar a pesquisa, o acadêmico utilizou a metodologia aplicada pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Museu de História Nacional, Paulo Knauss. Para ele, isso possibilita o desenvolvimento de outras pesquisas que busquem analisar outros espaços de Juiz de Fora e até mesmo de outras cidades.

O professor orientador do estudo, Antonio Ferreira Colchete Filho, explicou que a memória de uma cidade pode ser contada a partir da relação com os espaços públicos, onde os monumentos e esculturas se instalam.

“A cultura urbana é evidenciada através da história desses elementos que são, de alguma forma, colocados na cidade com o crivo do próprio artista e da população. Esta é uma relação entre agentes sociais que ajudam a construir o espaço público e a noção da nossa vida urbana”, concluiu Ferreira.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Arte e vida

Data: 28/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/outras-ideias-com-jose-ronaldo-couri/ 

Título: ‘Outras ideias’ com José Ronaldo Couri

Feito noite

O personagem maior que o artista: as andanças de um presente homem soturno

Casaco longo e preto, como o cachecol, a calça, as botas de couro e os óculos. Noturno. “Gosto da cor preta. Compõe muito meu personagem. As cores escuras sempre me fascinaram mais. As cores claras parecem ser mais receptivas. Eu sou mais misterioso. E sempre gostei de óculos escuros. É um acessório que também faz parte do meu personagem.” No guarda-­roupa só tem preto, Ronaldo Couri? “Tenho variações. Azul, marrom e outras cores fechadas”, responde o homem que, soturnamente, caminha pela cidade e, como vampiro, prefere a noite.

“Habito o imaginário inconsciente e coletivo da cidade. Mesmo que eu não perceba, as pessoas me percebem. Acho que é do meu espírito, que vai nas pessoas e fica com elas”, diz o homem de 65 anos. Percebe que o personagem é maior que o artista? “Claro. A arte é para uma elite intelectualizada que busca por ela e sabe que a gente existe. A maioria da coletividade da cidade não sabe que sou artista. Mas também nunca usei a arte como alavanca, porque ela é apenas uma escolha. Ser artista não é uma decisão, é um modo de vida, é como enxergo as pessoas e a vida.”

Para o poeta e professor da Faculdade de Letras da UFJF, André Monteiro, “o último dândi de Juiz de Fora”. Para o sociólogo e professor das ciências sociais da UFJF Gilberto Vasconcellos, um flâneur de Baudelaire e Benjamin. “Ele dizia também que ‘como disse Nietzsche, quem ama anda’”, completa Ronaldo, “um outsider”, segundo ele mesmo. “Como diz um artista norte­americano, cujo nome não me lembro, minha função social é associal. Vivo da arte porque me alimento dela todos os dias. Financeiramente, claro que não. A arte, para mim, é o complexo da estrutura essencial de o ser humano estar no mundo.”

Explorador da urbe, distancia­-se das normas para mergulhar no breu. “Saio à noite, na madrugada, porque tenho uma curiosidade sem fim. Quero sempre saber como é o homem do tempo em que vivo. Só durmo em torno das 3h da manhã. A noite é um momento interessante para esbarrar com o humano, que está solto ali, sem compromissos de horário marcado, pronto para o diálogo. É uma coisa meio socrática essa de perguntar. Gosto de questionar, saber como é a vida de cada um, como cada um pensa, sem preconceitos e sem usar meu conhecimento para discriminar. Quero descobrir outras formas de presenciar a vida.”

Sem lenço

Solar, a infância já revelava o menino sombrio. “A gente descobre nossa existência através das nossas experiências do olhar. A estética sempre mexeu muito com meu lado pessoal, a questão do olhar, de querer saber o porquê e como as coisas podem se desenvolver pelo intelecto. Sempre tive muita curiosidade e buscava o conhecimento. Meus irmãos eram diferentes, mais pragmáticos, tinham uma visão mais realista da vida”, conta o segundo dos quatro filhos de um casal formado por um comerciante do Manoel Honório e uma filha de libaneses, dedicada integralmente à família. Não havia tecnologia. Tudo artesanal. “A gente se reinventava na infância. Eu era bom de bola, soltava muita pipa. Era moleque de rua, inventava brincadeiras, piques, carrinho de sabão para descer rua de pedra. Vivia como se estivesse numa cidadezinha do interior”, recorda­-se ele, que passou por diferentes escolas, incluindo o Jesuítas, onde preparou­-se para a universidade, lugar que descobriu não lhe pertencer. “As artes visuais foram permeando minha vida. Aquele aluvião do descobrimento das coisas.Foi evoluindo e se tornando uma escolha.” O jovem que “ia para a biblioteca no Parque Halfeld ler cultura geral” também se envolveu com movimentos culturais e chegou a fazer parte do Jornal de Bairro no São Mateus, onde havia varais de poesia na Praça Jarbas de Lery. Integrou movimentos de contestação, infiltrou-­se em diferentes tribos, circulando e dizendo­-se presente. “Sou uma pessoa muito ativa na cultura de Juiz de Fora, desde a década de 60″, confirma, lembrando de sua primeira mostra, uma coletiva ao lado de Francisco de Paula e Talarico, no Bar Santo Antônio, nos anos 1980. As pinturas expressionistas e as colagens, no entanto, foram fruto de uma educação do convívio. “Minha formação de artes foi pelo contato com os mais antigos, com o núcleo da (Associação de Belas Artes Antônio) Parreiras, como Dnar Rocha, Ruy Mehreb, Reydner, Renato Stehling. Tive uma amizade muito forte com o Dnar. Ele até fez uma cópia da chave do ateliê dele para mim. Tivemos uma relação muito intensa e próxima. Ele era pessimista também. Passávamos tardes inteiras conversando, não só sobre arte, mas sobre vida. Ele veio do interior, de Tabuleiro do Pomba, e passava experiências empíricas, do caipira. Viajava naquilo. Lembro que no inverno ele enchia a barriga e o sapato de jornais, para não sentir frio, pegar pneumonia. Era folclórico”, ri ele, que também tornou­-se, como toda a sua família, muito próximo de Milton Nascimento.

Sem documento

O que está dentro,e também o que está fora de Ronaldo formam o que está em seus quadros. “Toda experiência que tenho na vida me atinge. Todo sofrimento que, indubitavelmente, presencio, me atinge. Não que eu busque ela (a dor), mas é uma questão de existência, de reflexo do olhar. A dor é um efeito colateral das escolhas que fiz. Tenho um rosário de dores, que vão ficar comigo, e não há como deixar aberto. Há dores que devem ser sacralizadas”, alerta o homem que hoje escolhe fazer suas colagens em pequenos formatos. Grandiloquentes, só as reflexões. “Os grandes formatos fazia em oficinas de amigos, inclusive do Iran (moldureiro), nos fundos da loja da Fonseca Hermes. Meu trabalho não tem uma ordem, trabalho, sobretudo, mentalmente. Sem lugar definido. Onde pouso e acho que pode ser lugar, faço”, conta ele, homem de muitos amigos espalhados pela cidade – “tenho os amigos da manhã, que me ligam, os da tarde, os da noite”. Um dos mais hábeis representantes da arte povera (corrente crítica às pompas das artes) em Juiz de Fora, Ronaldo é formulador de conceitos. “O que as pessoas chamam de lixo são os objetos encontrados, o que teve serventia e continua a ter em outra semântica. São objetos despojados de valores estéticos e nomeio como elemento essencial de meu trabalho, como o Duchamp fez com o mictório, elegendo aquilo como um projeto de arte, trazendo outras questões para o olhar do ser humano. Ele era um irônico, um brincalhão, usava a inteligência dele para ridicularizar o próprio sistema da arte”, aponta, referindo­-se ao mestre exposto em cada uma de suas obras. “Meu trabalho é uma extensão de mim”, afirma. “Das minhas cobranças, do meu rigor. Não faço para vender, mas porque o trabalho precisa corresponder ao que desejo dele. Não termino um quadro enquanto ele não me satisfizer, mesmo que esteja em transe.” Eis sua vida, noturnamente subjetiva. “Não tenho vida prática”, diz. Em algum momento, teve carteira assinada? “Nunca, jamais. Não posso com isso. Já tive carteira assassinada”, ri. Isso é ser associal, então. “Sou um ser sociável, não um ser social. O social é pragmático, que é o que rege a vida das pessoas. Não condeno isso, até porque a vida é uma sobrevivência, e é preciso se submeter a alguns regimes. Não me sinto melhor que elas. Os práticos têm valor, e talvez eu tenha sido incompetente para também ser”, explica ele, que também não se mercantiliza. “Não divido a vida em ser ou não pragmático. Sigo a ordem da minha estrela pessoal. Tem um poema meu que fala assim: ‘Nasci com uma estrela na testa/a testa o céu’. Quem dá o atestado de mim é o céu do meu ser, que é o meu cérebro”, reflete. O que te falta, portanto, Ronaldo? “O que é mais presente em mim.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/jf-terra-de-empreendedores-daniela-arbex-jornalista-e-escritora/

Título: JF Terra de empreendedores: Daniela Arbex, jornalista e escritora

“Minha filha, deixa eu te falar uma coisa”, anunciou o pai José. “Tudo bem que você já se formou, mas ser jornalista não vai te dar futuro. Faça um concurso público”, continuou ele. A jovem filha, aos 22 anos, ouviu tudo atentamente, mas não em silêncio. “Pai, me dá uma chance. Amo essa profissão e preciso tentar”, disse. O episódio é resgatado da memória passados quase 22 anos de sua formatura, quando Daniela Arbex tornou­-se um dos maiores e melhores orgulhos do pai. “Formei em agosto e depois de um mês já estava nervosa por não ter emprego”, recorda­-se ela, que no último ano da graduação aceitou o trabalho numa corretora de imóveis para ter o próprio dinheiro. “A imobiliária em que eu trabalhava fazia anúncio na Tribuna. Então fui lá, na moça dos anúncios, que se chamava Zenira, e pedi: ‘Ô Zenira, você não me apresenta lá para o jornal, não?!’. Ela falou que me levava. Fui eu, com meu currículo de uma página, e ela me levou até a porta do chefe de redação e me deixou ali. Fiquei olhando para a cara dele, que me perguntou se eu sabia trabalhar no programa Word. Eu disse que sim. Mas saí da faculdade quando estavam implantando os computadores. Ele ficou de me ligar para fazer um teste quando alguém entrasse de férias. Passou um mês, e o telefone tocou. Cheguei e não sabia nada de nada. Mandei imprimir uma matéria 15 vezes. Na minha primeira pauta, como não sabia que podia pedir carro, fui a pé”, conta, aos risos, a repórter que no mês seguinte de sua contratação escreveu a matéria que lhe renderia o prêmio de melhor reportagem publicada em 1996 pelo jornal no qual permanece há 21 anos.

O livro nunca publicado

Estava numa mesa de restaurante quando se deu conta de que viveria para encontrar respostas para suas muitas perguntas. “Na primeira vez que tive certeza do que queria estava com 14 anos. Lembro do momento: eu tinha uma amiga que a irmã dela morava no Rio de Janeiro e fomos passar férias na casa dela. Um dia, fomos a um restaurante e chegou uma pessoa super-viajada, cheia de histórias de vida. Eu, uma moleca, comecei a conversar com o mais velho da mesa, querendo saber tudo da história dele. Fiz uma entrevista e quando terminou eu estava certa: queria ser jornalista”, conta Daniela, que seis anos antes do episódio chegou a escrever um livro nunca publicado e nunca mais visto. “Escrevi meu primeiro livro aos 8. Eu ilustrei ele todo. Era uma história sobre um menino que construiu um balão para conhecer o mundo. Fui na biblioteca e pedi informação sobre como eu publicava um livro, mas a bibliotecária ignorou”, lembra, aos risos, a filha de Sônia e José, ambos comerciantes, e irmã de Alessandro, dois anos mais velho, e Samir, nove anos mais novo. “Brinco que nasci em berço de ouro porque a gente tinha uma situação financeira muito boa, mas não esbanjava. Até eu me casar, só tomava refrigerante aos domingos. Sempre respeitei isso. Almoçar fora era um acontecimento. Nunca tive roupas de marca. Minha mãe nunca me criou com esses valores”, aponta a menina que nasceu em Juiz de Fora, viveu a infância na Rua Halfeld, a adolescência na Rua Santo Antônio, e a juventude, finalmente, numa casa, no Bosque dos Pinheiros.

A destemida das palavras

“No meu primeiro dia de jornal estava chovendo muito e eu não tinha dinheiro para pegar um táxi. Bati no vidro de um carro que estava saindo do estacionamento. Quando a janela abriu, eu pedi: ‘Desculpa incomodar o senhor, mas o senhor vai para o Centro? Eu estou precisando de uma carona!’. Ele falou para eu entrar. Sentei do lado dele, e ele me perguntou o que eu estava fazendo lá. ‘O senhor não acredita! Sou jornalista! Estou no meu primeiro dia de trabalho!’ Ele me perguntou: ‘Está gostando?’. ‘Estou amando, o senhor não tem ideia do que é poder escrever e no final do mês ainda receber por isso.’ Agradeci e desci. No dia seguinte, quando estava trabalhando, entra o Dr. Juraci Neves, e eu apontei: ‘Ali o moço que me deu carona ontem!’”, recorda-­se, entre gargalhadas, do episódio no qual conheceu o diretor­-presidente do jornal onde publicou emocionantes e premiados trabalhos, como a série “Holocausto brasileiro”, menção honrosa no Prêmio IPYS de Melhor Investigação Jornalística da América Latina e Caribe e que lhe rendeu seu primeiro livro-­reportagem (também publicou “Cova 312″ e escreve o terceiro), atualmente em sua 18ª edição, com quase 300 mil exemplares vendidos e transformado em documentário homônimo da HBO.

A humanista da Casa

Do Balão Vermelho para a Academia de Comércio e, na sequência, para a UFJF, Daniela representava a aluna dedicada. Nem a melhor, muito menos a pior. “Nunca fui inteligente. Sempre precisei me esforçar. Lembro de fazer as perguntas para que minha mãe me perguntasse. No meu caderno eu anotava todos os comentários dos professores. E todo mundo disputava meu caderno. Na faculdade não era uma aluna de destaque. Ia da casa para a faculdade e dali para a Casa do Caminho”, recorda­-se ela, apresentada pela cunhada Lívia à instituição espírita que lhe deu a base humanista com a qual reveste suas certezas. “Cresci vendo o trabalho social e humano da dona Isabel e isso me ensinou muito”, emociona-­se. Foi no trabalho na casa espírita que, segundo Daniela, nasceu a jornalista de olhar generoso e fraternal, a repetir Carlos Drummond de Andrade em sua célebre frase “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo”. “Recordo­-me que no último ano da faculdade, trabalhando na imobiliária, fui avaliar um imóvel. O dono era um médico. Quando cheguei no lugar, havia uma porta de ferro, então, fiquei louca. Pensei: esse cara é um aborteiro”, conta, retomando a indignação do momento. “Quando o médico apareceu, eu falei: ‘Bom saber que o senhor é médico, porque estou precisando de um!’ Ele olhou para mim e perguntou: ‘De quantos meses você está?!’. Inventei: ‘Três!’ Ele disse que eu deixei passar muito. Cheguei em casa e liguei para um professor, dizendo que precisávamos denunciar no jornal­-laboratório. Ele me ouviu por meia hora. Ao final me deu os parabéns, disse que eu seria uma ótima jornalista, mas que todo mundo já sabia.” A capacidade de inquietar­-se também foi o que moveu Daniela a denunciar, no mesmo veículo universitário, os abusos de um professor da Faculdade de Direito, que fazia bullying contra seus alunos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/jf-terra-de-empreendedores-raphael-mendes-criador-do-brownie-do-rapha/

Título: JF terra de empreendedores: Raphael Mendes, criador do Brownie do Rapha

Quando a então professora Camila Pereira Dutra, em um dia como qualquer outro de 2013, decidiu alimentar – literalmente – uma de suas paixões, os doces, mal sabia que encontraria outra. Uma não, duas. Foi na lojinha autointitulada “mais charmosa do Brasil”, do Brownie do Rapha, que ela conheceu o dono do nome que ilustra a placa do local. “Sou louca por doces e me lembro de tê­-lo visto na cozinha e pensado: ‘ah, esse é o famoso Rapha do brownie’. Depois ele me adicionou no Facebook e começamos a conversar. E depois de um tempo, a namorar… Ele diz que eu que o adicionei, mas foi ele! (risos)”, diz ela, que além do estado civil, mudou de profissão, e hoje é gerente da de fato charmosa loja, toda decorada com cartazes descolados e mensagens de clientes, situada na Rua Dom Silvério, no Alto dos Passos.

O pequeno imóvel, que abriga as delícias criadas por Raphael desde 2012, está com os dias contados. “Temos um apego emocional muito grande por este espaço. Viemos para cá com ideia de ser só fábrica, porque não dava mais para produzir só na minha casa, como fazíamos até então. Mas as pessoas queriam comer aqui, o pessoal sentava no passeio. Aí colocamos banquinhos lá fora, depois mesas e hoje tem um espaço interno, mas já está pequeno”, diz o empresário Raphael Mendes da Cunha Neto, acrescentando que a fábrica, que opera hoje em um imóvel na Severiano Sarmento, está de mudança para um grande galpão no Poço Rico. “Mas talvez o Rapha pense em alguma coisa para manter a lojinha. É muito significativo hoje sermos uma empresa nacional, mas com esta portinha aqui em Juiz de Fora. Tenho orgulho de ser daqui, de levar o nome da cidade ao Brasil inteiro”, observa ele, que frequentemente fala de si na terceira pessoa.

“É algo que sempre fiz, mas que acaba vindo a calhar com a empresa (risos)”, explica Raphael, que caiu no setor de alimentação – de deleite gastronômico, para ser mais precisa – um tanto por acaso. A ideia, lá pelos idos de 2011, era concluir o curso de educação física na UFJF e atuar na área, mas o tino para os negócios acabou levando-­o a trabalhar para que o consumo de calorias em vez da queima delas “Foi um momento decisivo da vida. Tinha quebrado o braço, o que me impediria de ser educador físico de imediato. Além disso, uma pensão que recebia do meu pai e me ajudava nos custos estava para acabar. Tentei várias vezes vagas no mercado, mas sempre dava alguma coisa errada. Tudo conspirava para que eu continuasse fazendo bolo de chocolate”, relembra Rapha. “De fato, o brownie fez nascer um outro Rapha. Mais determinado, com mais proatividade, menos brincalhão. Ainda tenho muito dele, mas sou mais focado, mais organizado, porque preciso”. “De vez em quando os dois Raphas entram em choque?”, pergunto. “Que nada, me dou muito bem comigo mesmo (risos)”.

‘Troquei muita cebola’

Como o destino é cheio das ironias, se não tivesse quebrado o braço, talvez Raphael não tivesse se aventurado a fazer os bolinhos que hoje enchem a boca e os olhos da gente. “Estava assistindo Ana Maria Braga e o convidado era o Luiz, do Brownie do Luiz, do Rio de Janeiro, que na época vendia o seu na faculdade. Vi a receita, vi que era fácil, só misturar os ingredientes… e resolvi tentar repetir. Fui ao Bahamas com minhas economias, comprei os ingredientes e decidi que tentaria reproduzir até ficar bom, o que só aconteceu no nono tabuleiro, hoje sei que por causa do meu forno. mas eu teria feito quantos fossem preciso para acertar”, recorda­-se ele. Depois do acerto, os brownies passaram a ser vendidos em um cybercafé em que Rapha trabalhava, depois sua casa virou centro de fabricação dos produtos para serem vendidos em empresas, e QG de vendas por delivery, com a ajuda de um amigo que fazia as entregas de moto e outros que atuavam na produção.

Quando a fornada já saía perfeita de primeira, Raphael, inquieto, resolveu criar sua própria receita. Com a criação original, Rapha escreveu à produção do Mais Você e depois de contar sua história no programa de Ana Maria Braga, as vendas explodiram. “As pessoas descobriram onde o Rapha morava e tocavam o interfone mesmo, era uma loucura. Mas mesmo depois da loja eu perdi muito dinheiro, porque não tinha noção de administração, então troquei muita cebola, mesmo vendendo muito. Nunca parei de me especializar,e faço isso até hoje”, conta o empresário. “Não para mesmo. Aliás, como regra geral na vida, ele não para, é difícil acompanhar o ritmo, mas agora ele vai ter que desacelerar um pouquinho”, intervém Camila, com a mão na barriguinha de 4 meses que começa a aparecer, em que carrega Isabela.

‘Não acredito em sorte’

Com a chegada de Isabela, Rapha pretende, literalmente, desacelerar um de seus hobbies preferidos: correr em motódromos. “Adoro moto, mas sei que é um passatempo perigoso, por mais que eu tenha cuidado. Posso dizer que não tenho medo de nada nesta vida, mas não quero correr o risco de não estar aqui para milha filha”, diz o empresário, decidido a não repetir uma história como a sua. “Nunca conheci meu pai, então quero que ela cresça sabendo que estou aqui: para ensinar, apoiar, para estar junto.”

Embora tenha tido ajuda de amigos e familiares, Raphael conta que muito de sua caminhada até se tornar uma das marcas mais populares no segmento, com mais de 1,5 milhão de seguidores no Facebook, foi de passos solitários. “Precisei me impor, porque minha família não acreditava que eu pudesse fazer sucesso vendendo bolo. Tive apoio, mas ninguém botava fé de que dava para viver disso”, recorda­-se ele, que ainda hoje coloca a mão na massa, no sentido estrito e metafórico do termo. “Outro dia peguei a moto e entreguei um ovo de Páscoa em Matias Barbosa, porque o cliente reclamou que não tinha chegado e os Correios estavam de greve. Uni o útil ao agradável: cumpri o papel da empresa e ainda caí na estrada de moto (risos).”

Da infância brincando nas ruas do Linhares até os dias de império de chocolate, Raphael não guarda arrependimentos. “Não acredito em sorte. Acho que tudo que a gente faz com vontade dá certo, mesmo que demore. O que acontece é que as pessoas desistem no meio do caminho. E eu não sei desistir.”

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Veículo: Estadão

Editoria: Opinião

Data: 28/05/2017

Link: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-crise-e-grave-e-a-saida-e-nossa,70001816123

Título: A crise é grave e a saída é nossa

A crise é séria e ameaça as conquistas atingidas neste primeiro ano do governo Temer, bem como o prosseguimento das reformas. Sem elas o nosso bem-estar estará comprometido pelas próximas décadas. A saída é inteiramente nossa, não serão os marcianos que vão equacioná-la. Ou nos entendemos, ou nos inviabilizamos como país.

Como frisa o mestre Antônio Paim na apresentação ao Curso de Introdução à Ciência Política (edição coordenada por ele, com a colaboração de Leonardo Prota e minha, Londrina: Edições Humanidades, 2002, cinco volumes), “as instituições do governo representativo não caem do céu; somos nós que temos de construí-las”. E a construção delas pressupõe dois aspectos: um estrutural, outro moral.

Tratarei do primeiro. Trata-se de dar uma base confiável aos nossos partidos políticos, que ainda são apenas “blocos parlamentares”, ou seja, falando em linguagem carnavalesca, têm batucada sem enredo. Ora, partidos políticos para valer são organizações que visam à conquista do poder e contam com um programa definido para esse objetivo. De novo em linguagem carnavalesca, são como escolas de samba, que têm batucada e enredo. Este último constituiria, nas agremiações partidárias, a parte programática, alicerçada em sólida doutrina.

Nós, brasileiros, como nação não somos nem melhores nem piores do que outros povos. Temos as nossas qualidades e os nossos defeitos. Mas, do ângulo das estruturas políticas, somos relapsos. Não conseguimos estruturá-las a contento, de acordo às exigências prementes dos tempos atuais. A falha principal está em não termos dotado as nossas organizações político-partidárias de uma estrutura sólida que garanta a sua permanência e a sua eficácia na representação de interesses. É lógico apenas que, se em 30 anos de prática democrática não conseguimos fazer o dever de casa, estejamos colhendo agora os amargos frutos do descaso no item construção de instituições republicanas, cujo principal degrau consiste em garantir uma representação confiável. Como não a temos, ficou substituída, nestas três últimas décadas, pela mágica dos marqueteiros, aliada à improvisação e à falta de escrúpulos dos políticos populistas, que vingam, como moscas no lixo, nessa ausência de instituições representativas.

Como lembrava Bolívar Lamounier em recente artigo nesta página (Mais uma vez, uma nau sem rumo?, 20/5, A2) , citando texto escrito por ele em 1985 para a Comissão Afonso Arinos, encarregada de elaborar um pré-projeto de Constituição , “(…) o resultado de nossa descontínua história partidária, com poucas exceções, fora uma sucessão de sistemas frágeis e amorfos (…) uma estrutura mais forte dificilmente se constituiria a partir de uma organização institucional que combinava o regime presidencialista com a Federação, um multipartidarismo exacerbado e um sistema eleitoral individualista, frouxo e permissivo. Para que a redemocratização chegasse a bom porto era, pois, imperativo adotar outro conjunto de incentivos, entre os quais o voto distrital”.

Na contramão do que deveria ser feito, a intelligentsia brasileira desconheceu essa situação catastrófica da nossa representação. A respeito, frisa Bolívar Lamounier: “Poucos anos mais tarde o meio acadêmico acolheu um entendimento precisamente oposto. Nossos partidos e balizamentos institucionais seriam perfeitamente adequados e não seria exagero dizer que se incluíam entre os melhores do mundo. Não representavam nenhum risco para a estabilidade democrática, muito menos para a governabilidade. (…) A tese da fragilidade partidária não passaria de um mito”.

Essa falta de visão do meio intelectual, aliada ao imediatismo dos políticos, produziu o efeito perverso a que estamos a assistir e que Lamounier sintetiza assim: “Quem tem olhos de enxergar sabe que praticamente todos os partidos couberam no bolso de duas empresas, a Odebrecht e a JBS. (…) Ou seja, o cartel das empreiteiras, Eike Batista e os irmãos Joesley e Wesley mandavam muito mais do que centenas de deputados eleitos pelo voto popular. Em 2010, três grandes eleitores – Lula, Marcelo Odebrecht e o marqueteiro João Santana – substituíram-se à grande massa votante e enfiaram Dilma Rousseff pela goela abaixo dos brasileiros”.

As coisas mudaram de lá para cá, porém de maneira fortuita, como frisa o sociólogo. “O quadro acima se alterou graças a dois fatores principais: o instituto da delação premiada e a circunstância até certo ponto fortuita de o mensalão ter caído nas mãos de Joaquim Barbosa e o petrolão, nas do juiz Sergio Moro”.

A respeito da oportunidade perdida em relação à Constituição de 1988, lembro que, nos trabalhos de elaboração dos aspectos políticos do texto, com o meu mestre Antônio Paim prestei assessoria ao então senador José Richa, do antigo MDB (PR), na comissão presidida por ele. Richa tinha decidido apoiar a inclusão do voto distrital no texto constitucional. Teria sido um passo definitivo rumo à consolidação de uma sólida representação dos interesses dos cidadãos, abrindo espaço importante para a sociedade controlar o jogo político-partidário.

A proposta do senador Richa, no entanto, naufragou no seio da comissão. O autor do desfecho negativo foi um membro do mesmo partido de Richa, o senador Mário Covas, que não queria que se mexesse na velha legislação existente, que consagrava o voto proporcional e abria espaço para as alianças de legenda.

Covas levou um agressivo grupo de sindicalistas representantes dos estivadores do Porto de Santos, seu reduto político. Diante desses “argumentos”, nada pôde ser feito e a adoção do voto distrital ficou para as calendas gregas.

*COORDENADOR DO CENTRO DE PESQUISAS ESTRATÉGICAS DA UFJF, PROFESSOR EMÉRITO DA ECEME, É DOCENTE DA FACULDADE ARTHUR THOMAS, EM LONDRINA

E-MAIL: RIVE2001@GMAIL.COM

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/jf-terra-de-empreendedores-carolina-simoes-educadora-e-socia-da-arteria/

Título: JF Terra de empreendedores: Carolina Simões, educadora e sócia da Arteria

Cartazes foram colados nos postes da cidade. Ponto de encontro, o Bar Redentor, na esquina da Rua Espírito Santo com a Avenida Rio Branco, também serviu à divulgação. ArteIbiti era o nome estampado no material feito à mão. Aos 19 anos, Carolina Simões de Carvalho passou vários dias daquele janeiro de 1986 envolvida com as propagandas artesanais de seu evento, que prometia levar circo, teatro de fantoches, artes visuais e música regional a Conceição de Ibitipoca, distrito de Lima Duarte. “Consegui, na época, apoio da Funalfa, que cedeu um caminhão. Também consegui um monte de malhas coloridas para levar para as mulheres da vila fazerem tapetes. Subimos vestidos de palhaço. Uns amigos, atores argentinos, faziam fantoche de vara. Tinha uma exposição de fotografia, varal de poesia, mas choveu pra caramba. Em Ibitipoca não subia. Chegou na Fazenda do Engenho, e o caminhão não subia mais. Um tanto ficou por lá e o outro tanto subiu a pé. Fizemos o trabalho com os moradores de Ibitipoca, na igreja. Os violeiros dos arredores participaram, mas não teve muito movimento porque ninguém subia. Deu certo, apesar da chuva e de ninguém ter subido”, ri ela, recordando-­se da semente que três décadas depois floresceu Arteria – Fábrica de Cultura, projeto que conjuga cultura, campo onde sempre foi espectadora, e educação, área na qual se inscreveu protagonista.

“Sempre quis abrir um espaço cultural para mexer com arte, com a proposta de uma educação voltada para a livre expressão de ideias, para um aprendizado significativo, que trabalhe a diversidade. Sempre valorizei isso. Ou montava agora ou não fazia mais. Quando meu pai faleceu, percebi que a vida passa muito rápido, então tomei a coragem”, diz ela, filha do dentista e professor da Faculdade de Odontologia da UFJF Antônio Teixeira e da professora e diretora do Colégio Balão Vermelho Áurea Alice.

Nascida em tempos de silêncios impostos, a mulher, que se prepara para soprar as velinhas de 50 anos de idade, foi criada sob o signo da liberdade. “Sempre convivi num universo que me levava a ter imaginações férteis, criatividade. Minha família sempre foi voltada para a comunicação e para o desenvolvimento da cultura. Fui criada solta na natureza, aberta à criação. Desde nova vou aos eventos culturais da cidade.”

Sala para chamar de sua

Para a menina que assistia da janela do quarto o trânsito dos carros na Avenida Independência, em São Mateus, a calmaria da fazenda no antigo distrito juiz­forano era um bálsamo. “Aos 9, minha mãe montou uma sala de aula para que eu ajudasse outras crianças na fazenda que meu pai tinha em Chapéu D’Uvas. Gostava disso. Como minha mãe era uma das sócias do Balão Vermelho, fui criada ali e cedo comecei a também ajudar as professores. Assim que me formei no magistério comecei a dar aulas”, lembra Carolina, que retornou, já mãe de Luan e Óliver, para viver por uns tempos na fazenda, indo e voltando diariamente para dar aulas. Perseguia, para os filhos, a liberdade dos pés descalços que lhe tomou de assalto a infância.

Durante a crise econômica dos primeiros anos da década de 1990, no entanto, Carolina tornou-­se sócia do Colégio Balão Vermelho, lugar onde permaneceu por 30 anos. “No Governo Collor, todas nós (professoras) revertemos nosso fundo de garantia em cotas. Por estar há mais tempo, era uma sócia com uma quantidade grande de cotas. Nessa época éramos 23. Algumas foram saindo e hoje são dez sócias”, conta ela, que em fevereiro de 2016 decidiu­-se pelo caminho das artes.

Palco para chamar de seu

As tribos eram muitas, semelhantes às que conhecia em Juiz de Fora. O ano era 1982, e Carolina Simões estava na inauguração da Surpreendamental Parada Voadora, casa que viu nascer o rock brasileiro sob o nome de Circo Voador, com sede defronte aos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro. “Também curtia tudo na cidade. O que me marcou muito foram os eventos ao ar livre, na universidade, as exposições de arte no (Centro Cultural) Bernardo Mascarenhas, os muitos lugares para que as pessoas mostrassem sua arte. O que tinha eu ia. Realizo­-me vendo os artistas. Sou muito tímida, mas sempre quis ser uma artista mambembe, sair pelo mundo levando arte. Mas tenho tanta vergonha”, conta ela, para logo abrir um sorriso e dizer: “Aí trabalho com as crianças e acabo realizando esse lado artístico.” Nos tempos em que a timidez não era freio, Carolina chegou a ser animadora de palco. Organizado por amigos seus, o festival de música que se seguiu ao ArteIbiti, em 1987, foi uma de suas raras atuações sob os holofotes. “Eu ficava no palco apresentando as atrações e dançava”, ri, recordando-se de uma atividade que não faz, mesmo agora tendo um palco para chamar de seu.

Família para chamar de nossa

Luan tem 27 anos, é formado em gestão ambiental e estuda arquitetura. Óliver tem 26, graduou-­se em direito e estuda para concurso. Tales, aos 22, cursa educação física. Os três filhos, mais o marido Wesley, de 48, com quem está casada há 12, tocam o negócio que Carolina escolhe ser extensão da própria casa, sem disso tornar amador. “Estamos aprendendo a conviver o tempo todo”, brinca ela, surpresa com os rumos de uma casa, no alto da Rua Oswaldo Aranha, em São Mateus, que pouco a pouco vai se assumindo maior, com oficinas de artes, restaurante, shows, lançamentos literários, exposições, dentre outras manifestações culturais.

Certa de que sempre há tempo para conjugar o verbo arriscar, Carolina diz ter escolhido ser feliz. “Cada hora temos um projeto novo. É uma fábrica de trabalho. No início é preciso ter ideias para divulgar o espaço, para que as pessoas venham até nós. E estamos lutando muito. Quanto melhor a estrutura, melhores os profissionais. Isso tem um custo alto. Estamos encontrando nosso espaço”, emociona­-se ela, filósofa na formação e na prática dos dias. “Acredito nos existencialistas, que creem na liberdade de expressão, na importância de ‘ser no mundo’, e de que é preciso fazer de tudo para que a vida seja valorosa para o bem, que traga um alargamento de horizontes. Penso na Arteria como uma mistura, o que é próprio do povo brasileiro. Singularidade sem preconceitos. Isso é liberdade. Ser livre é poder escolher.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/05/2017

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Título: JF Terra de empreendedores: José Mariano, médico e empresário

O relógio de pulso sempre à mostra marca o tempo até o próximo compromisso. O celular, cheio de notificações e chamadas, lembra das reuniões, frutos das diversas ocupações. Neto, filho e pai de médicos o anestesiologista José Mariano Soares de Moraes divide seu tempo entre as viagens em função do trabalho, as aulas em duas instituições de ensino, a coordenação de um programa de pósgraduação e o descanso na roça, com a família. Entre o jaleco, os livros e a pasta de negócios, o diretor-­superintendente do Hospital Monte Sinai, presidente do Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus e diretor­-presidente da Faculdade Suprema acredita que sua vocação sempre foi a assistência à saúde.

Com 60 anos de idade, sua trajetória profissional se mistura à sua história. Seguindo a influência do avô e do pai, também anestesiologista, José Mariano sempre quis ser médico, objetivo que alcançou em 1979, quando se graduou em Medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Apesar de nunca ter planejado se tornar um gestor, ele acredita que a vida o levou a exercer a gestão empresarial. Já ajudava o pai, sócio do antigo hospital Silveira Ramos, a administrar o empreendimento antes de finalizar a graduação. Quando se graduou, o desejo de colocar em prática todo o aprendizado fez com que se unisse a outros médicos recém-­formados, formando o grupo que idealizou o Hospital Monte Sinai. A partir de 1988, quando o hospital foi inaugurado, seus compromissos com a gestão aumentaram, tornando constante a tentativa de continuar a dedicação, também, à anestesia.

Assistência às pessoas

“Quando lidamos com a assistência a pessoas, queremos, ao terminar, ter a sensação de que fizemos o que de melhor podia ser feito. Isso, obviamente, não depende só da vontade. É necessário ter estrutura física, tecnológica e humana. Foi isso que motivou aquele grupo de profissionais a construir uma organização que aliasse tudo isso”, conta. Inicialmente formado por ele e mais três pessoas, o grupo de médicos que iniciou o empreendimento que resultou no Hospital Monte Sinai hoje tem dezenas de membros e corpo clínico aberto. Anos depois, em 2000, com o objetivo de viabilizar a assistência à saúde pública, surgiu o projeto da Faculdade Suprema. Em seguida, surgiram outras oportunidades. Com elas, responsabilidades que ele encara com seriedade.

“Em 2005, a Maternidade Therezinha de Jesus estava em uma situação pré-­falimentar, em virtude de uma série de problemas. O Governo municipal resolveu intermediar uma negociação, e a Suprema acabou assumindo a instituição. Por meio de um convênio com a Secretaria de Estado de Saúde, transformamos a maternidade em um hospital geral. Na época, havia 16 leitos, e hoje o hospital opera com 290″, lembra. “Começaram a aparecer outros desafios, como quando a administração municipal nos chamou para assumir a Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Santa Luzia. Aceitamos, e foi nessa situação que fomos convidados para ir para o Rio de Janeiro, onde fizemos o gerenciamento de cinco hospitais e quatro UPAs. Também gerenciamos uma UPA em Contagem e temos outros projetos no Brasil todo. Paralelo a isso, também no ramo de ensino, o grupo Suprema acaba de marcar o primeiro vestibular da Faculdade de Medicina de São José dos Campos (SP) e, até janeiro de 2018, faremos o primeiro vestibular da Faculdade de Medicina de Três Rios (RJ).” Questionado sobre o sentimento de participar de tantos projetos em um segmento literalmente ligado à vida das pessoas, ele se mostra consciente. “No total, o grupo emprega mais de 12 mil colaboradores em todas as unidades. Isso tudo traz uma amplitude muito grande da organização. Atuamos no terceiro setor, na assistência à saúde pública, e é uma coisa que nos traz muito orgulho. A população mais humilde do país, principalmente hoje, está muito sofrida, então quando se encontra uma assistência tecnicamente correta, humanizada e ética, sem dúvida nenhuma, traz um retorno, que é a gratidão e o reconhecimento que a população tem.”

Cidade especial

Nascido e criado em Juiz de Fora, José Mariano conhece várias cidades brasileiras e já morou no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos. No entanto, nunca pensou em sair de Juiz de Fora, definida por ele como uma cidade “especial”, lugar onde também se casou e criou três filhos. “Morei cerca de quatro anos em outros lugares, mas sempre tive vontade de atuar aqui. Gosto muito da cidade, e não é porque não conheço outros lugares, mas Juiz de Fora é uma cidade especial. Ela não tem os problemas das grandes cidades e também não é uma cidade pequena, está perto de grandes centros e ainda oferece qualidade de vida. Além disso, é uma cidade onde há espaço para crescer.”

Sobre as pessoas que o influenciaram durante sua trajetória, o anestesiologista pensa um pouco. Emocionado, fala sobre o pai, que faleceu quando ele ainda cursava o primeiro ano da Faculdade. “Perdi meu pai muito novo, mas sem dúvida, ele foi um exemplo motivador. Era um objetivo ser igual a ele.” O especialista, no entanto, não enumera suas referências. “Eu acho que tive várias pessoas que me influenciaram. Dizer nomes pode me levar a pecar em esquecer alguém, mas sem dúvida admiro muita gente, na minha própria formação. Muitos outros foram exemplos e cativantes para assumir esses desafios.

União que faz a força

Marcante pelas respostas objetivas e diretas, José Mariano se lembra de, em todas elas, destacar a importância do trabalho em conjunto desenvolvido com os sócios desde o começo dos empreendimentos. Confiante na famosa máxima “a união faz a força”, ele não enxerga prejuízos na prática de se associar a outras pessoas. “Sou contra esse negócio de dizer que o sócio é um problema. Eu acho que é uma grande solução! Na vida, temos sócios dentro de casa: somos sócios dos nossos cônjuges e dos nossos filhos, por exemplo. Em tudo temos que nos associar a alguém, então, já que é para juntar forças, vamos juntar de uma maneira boa. Se não fosse por meus sócios, não teríamos o melhor hospital e a melhor escola de Medicina da região.”

Quando o assunto é empreender, ele volta a se lembrar do trabalho dos colegas e do sentimento que os uniu. “O exercício de empreender foi resultado da vontade de prestar uma assistência médica de qualidade em um ambiente tecnologicamente adequado, com um relacionamento ético e humanístico dentro da instituição.” Para o negócio dar certo, no entanto, a receita é nunca se acomodar. “O empreendimento é algo que não tem fim: se você achar que atingiu a excelência, é o momento que se começa a cair. Um hospital e uma escola, por exemplo, são organismos vivos: deve-­se melhorar, aprender e construir constantemente.”

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/05/2017

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Título: JF Terra de empreendedores: Fernando Sotrate, sócio da Viva

Os corredores do Edifício Kyrillos, na Avenida Rio Branco, pareciam anunciar o que seria o futuro daquele garoto que, desde a infância, já queria encontrar maneiras de descolar seu próprio dinheiro. Na companhia de seu amigo de infância, Marcelo Gonçalves, que morava neste mesmo prédio, Sotrate, pouco conhecido como Fernando, seu nome de batismo, batia de apartamento em apartamento para vender ovos de chocolate que produzia durante a Páscoa e até cotas em bolões para aqueles que gostavam de brincar com a sorte durante a Copa do Mundo. Esse comportamento se repetia na escola, no Colégio Academia, junto com outro amigo, Renato Filgueiras. Lá eles eram sempre cotados para organizar as festas da turma. Quando o resultado do vestibular de 2000 foi anunciado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a notícia inicial seria a de que cada um seguiria seu próprio caminho dentro dos cursos que escolheram. Sotrate optou pela Odontologia, Marcelo, pela Administração e Renato, pelo Direito. Só que não. Inseparável, o trio não sossegou até conseguir organizar uma festa para integrar calouros e veteranos. Sotrate, então, chamou reforço: Mylliano Salomão, seu colega de sala, e Vitor Pedrosa, da sala de Marcelo. Nascia, então, o evento que arrastou milhares de estudantes em 13 edições realizadas durante sete anos consecutivos na cidade: o “Administrando a Boca Direitinho”.

O que Sotrate não esperava, muito menos os outros quatro amigos, era que o dom natural de organizar eventos seria, no futuro, o ganha pão do quinteto. “Eu não sabia o que era ser um empreendedor, mas sentia vontade de correr atrás das coisas para ter meu próprio dinheiro, afinal de contas, universitário, sem dinheiro, sempre que precisava de alguma coisa, tinha que pedir aos pais. Não queria ficar recorrendo a eles sempre para ter o que eu queria naquele momento.” Quando concluiu os estudos, em agosto de 2006, Sotrate e os demais tiveram que escolher entre dois caminhos: trilhar a profissão ou se jogar em uma nova empreitada, a abertura de uma empresa de eventos, a Viva Eventos. “Meus pais já estavam acostumados com os eventos que eu fazia e ganhava dinheiro com eles. Mas quando nós cinco decidimos criar a empresa, pensei como iria comunicar a eles sobre a minha decisão. Disse que daria um tempo na profissão e, se em dois anos não desse certo, iria retomá-­la.” Se o sonho dos pais era ver o filho vestido de branco em seu consultório, com horário de entrada e saída, pelo jeito, não será nesta vida.

Sorrisos

O cirurgião­-dentista preza pelos cuidados com a saúde bucal, para que os pacientes possam ostentar sorrisos saudáveis. Por escolha própria, talvez induzido pelo tratamento ortodôntico feito na adolescência, Sotrate sempre disse para seus pais que iria seguir esta carreira. Sem parentes na área, filho de engenheiro e de uma bióloga, ingressou na área da saúde por vontade própria. “Quando me formei, cheguei a exercer a profissão durante uns dois meses. Modéstia à parte, eu não era ruim (brinca). Adorei o curso e sempre que vou à faculdade bate aquela nostalgia, mas vi que tinha uma oportunidade de crescimento na área de eventos, uma vez que só tinha uma empresa na cidade.” A motivação de Sotrate, junto aos demais sócios, era criar eventos personalizados, que tivessem a cara dos formandos. Talvez sem saber, ele ainda iria lidar com muitos sorrisos, mas sem a necessidade de ter um consultório e demais instrumentos. “A profissão de produtor de eventos é muito gratificante, pois lidamos com momentos importantes na vida daquela pessoa, como a formatura.” Se a escolha pela Odontologia não dependeu de familiares, Sotrate já criou seu legado em casa. Filho do meio de três irmãos, confiou ao caçula, Renan, uma das franquias da Viva, localizada em Volta Redonda (RJ). Casado há quase dois anos com a médica Juliana, ele pensa em deixar herdeiros, um casal, quem sabe, para tocar os negócios futuramente.

Dez anos, 16 franquias

Quando a Viva abriu as portas, em março de 2007, a meta era fechar o primeiro ano com 50 fundos de formatura, mas, em oito meses, a empresa já tinha 104 contratos. Com a meta dobrada, o grupo seguiu, buscando reinvestir parte do lucro.

Em 2010, o grupo se tornou a primeira empresa franqueadora de eventos do Brasil, fruto do projeto Minas Franquia, do Sebrae. Naquele mesmo ano, a Viva abriu sua primeira franquia, em Belo Horizonte. Hoje, nos recém-­completados dez anos, a Viva totaliza 16 franquias na região Sudeste do país. “Nem o administrador do grupo imaginava chegar a isso tudo. Temos hoje 35 mil alunos em 1.017 fundos de formatura.”

A jovialidade dos sócios sempre permitiu pensar em coisas que estivessem próximas de seus clientes, ou seja, os estudantes. “Quando a gente estava formando, sentíamos a vontade de fazer coisas diferentes em nossa formatura, mas tudo era muito engessado. Pelo fato de cada um de nós fazer parte de sua comissão, conseguimos fazer coisas que fugiam do padrão.” Se muitos empresários vislumbram a possibilidade de mudar de cidade para acompanhar a expansão de seus negócios, para Sotrate, isso seria uma tortura. “Juiz de Fora sempre foi e sempre será meu lugar. Nessa história, já tive oportunidade de ir para outra cidade, mas, só de pensar em me mudar, entro em pânico. Quero continuar morando aqui, pois é em Juiz de Fora que estão minhas referências. Esse papo de que na cidade nada dá certo, depende da forma como você trabalha e batalha. É motivo de orgulho dizer que a Viva é de Juiz de Fora e sua história é uma referência à cidade.”

Não era apenas uma chopada

Poderia até ser uma chopada entre tantas que aconteciam em Juiz de Fora na primeira década do século XXI, mas não. Ao longo desses anos, o grupo produziu muitos eventos. “Tomamos gosto pela coisa e fomos criando outras festas, como o Carnadiministrando, que era uma micareta, e a Circus, festa à fantasia”, conta Sotrate, com a serenidade no olhar de quem ainda estava longe de encerrar o expediente naquele final de sexta-­feira, no prédio que abriga a empresa, na Avenida Olegário Maciel Pelo menos duas comissões de formatura o aguardavam para acertar detalhes de suas festas, que, para Sotrate, não são apenas festas, são sonhos. “Não tenho colaboradores, mas realizadores de sonhos.”

E completa: “Quando a gente faz aquilo que gosta, não é um fardo, é algo prazeroso.” Sotrate lembra que uma conquista recente é conseguir entrar mais tarde na empresa. “Como não tinha horário para sair, consegui, pelo menos, horário para entrar, mas nem sempre foi assim.” Aos 34 anos, o empresário continua tendo como lema três pilares para ter harmonia entre sócios e funcionários: dedicação, otimismo e bom humor.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 28/05/2017

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Título: JF Terra de empreendedores: Hugo Borges, médico e presidente da Unimed

As mãos correm pela mesa, acompanham a fala em gestos e até brincam com o celular que grava a entrevista. Sem querer, acabam revelando seu papel fundamental na trajetória do presidente da Unimed Juiz de Fora, Hugo Borges, anestesiologista durante décadas a fio em hospitais, bem antes de imaginar que seria um pilar na elaboração e implantação de um, como será o Hospital Unimed, empreitada prevista para janeiro de 2018. “É um projeto muito grande, um marco para a Unimed e para a cidade, mas vai dar certo. Entre outros motivos, porque estamos priorizando, entre outros aspectos, algo muito simples, mas ironicamente inovador na atualidade: gente que gosta de gente.”

Sem os protocolos e as formalidades esperadas de presidentes, o médico de 67 anos, enquanto tira o paletó e pensa sobre o assunto, foge de clichês romantizados sobre a escolha da medicina como carreira. “Quando comecei a aprender divisão celular e genética, fiquei encantado. Na minha época, os cursos superiores eram mais ‘tradicionalzões’, então acho que a biologia foi o que me levou a ser médico. Não queria exatas de forma alguma e me interesso bastante por humanas, inclusive acho fascinante sua profissão”, diz o gestor à repórter. “Sempre gostei muito de estudar, até porque sempre precisei”, completa ele, um dos mais novos dos 11 filhos de José e Rita Borges. “Precisava estar entre os melhores da turma. Senão perdia a bolsa e não teria como estudar em escola particular”, conta ele, bolsista por desempenho na Academia de Comércio durante toda a vida escolar. Também ao longo dela, conciliou estudo e trabalho, parando de contribuir com a “caixinha” das contas da casa apenas quando ingressou na UFJF. “Meus irmãos disseram que bancariam meus livros, mas que eu não precisava mais trabalhar, para que pudesse me dedicar mais à faculdade”, recorda-­se.

Se a medicina veio junto com a biologia, a opção pela especialidade, anestesiologia, carrega um tanto de poesia – ainda que não intencional. “Tirar a dor das pessoas é um privilégio. Chegar ao leito de alguém e poder dar tranquilidade, a paz de não estar mais em sofrimento é extremamente gratificante e simples de executar. Sou muito ansioso, acho que não conseguiria trabalhar em uma especialidade em que você receita um remédio, não dá certo, o paciente volta, tenta outro… a anestesia, se bem feita, é muito precisa”, explica o especialista.

Empreendedorismo de berço

Para Hugo, os méritos de sua atuação à frente da Unimed são frutos de trabalho em equipe. “É um time mesmo, só sai gol porque estamos todos jogando juntos o tempo todo”, diz ele, que, em relação a seu outro time, o Fluminense, não está assim tão feliz. “Ah, o Fluminense está dando muito mole, podia estar bem melhor. Mas o Abel (Braga) é um grande talento, um dos melhores técnicos do Brasil atualmente. Só ele para montar um time com a inteligência de misturar talentos jovens, como os meninos da base de Xerém e jogadores mais experientes, como o Diego Cavalieri”, pondera o médico. “Isso é inclusive algo que eu procuro fazer na Unimed, conciliar gente mais nova e mais experiente na equipe, tem que equilibrar mesmo a bagagem e a inovação”, avalia o gestor.

Pelo visto, não é só Abel Braga que estrutura times com sabedoria e, sobretudo, satisfação para quem está em campo. No ano passado, a Unimed JF foi eleita uma das dez melhores empresas mineiras para se trabalhar. Embora tenha perdido o pai ainda muito menino, aos 12 anos, a raiz do empreendedorismo de Hugo parece ter muito a ver com valores que vieram de José, alfaiate de mão cheia de Visconde do Rio Branco, que provavelmente desconhecia o conceito de empreender, embora o praticasse. “Meu pai era uma pessoa muito simples, muito pobre. Imagina, um alfaiate do interior com 11 filhos! Mas ele deixou um legado muito bacana, que a mim, foi em muito passado pelos meus irmãos, que conviveram mais com ele: ser correto, justo, se dedicar, estudar. E ser criativo. Ele, por exemplo, trabalhou muito em troca de serviços, uma ideia que é muito atual. Fazia terno para o dentista, trocava por consulta, e assim era com o médico, o dono do mercado…”, relembra.

Dos caminhões de cana ao Oscar

Da infância em Visconde do Rio Branco, Hugo tem lembranças que se traduzem mais em imagens. “Lembro­-me de estar na rua e correr atrás daqueles caminhões de cana, de gente na caçamba jogando cana para a meninada pegar. A cidade girava em torno disto, por causa da grande usina que havia lá, do Mário Bouchardet”, diz ele, que deixou a cidade para viver em Juiz de Fora aos oito anos, e por aqui ficou. “Aqui é muito bom de se viver. É uma cidade em que se tem muita qualidade de vida, um custo relativamente barato e ainda pouca violência. Além de estar pertíssimo do Rio, um grande centro”, avalia o médico, de quem as filhas Débora, Thaís e Ingrid herdaram o amor por Juiz de Fora, cidade em que nasceram, cresceram e a que voltam com frequência e saudades. “Sempre dei muita liberdade para que se expressassem, fossem como quisessem. As três são muito diferentes, acho que justamente por isso. Adoro ser pai de mulheres”, derrete-­se.

No ano passado, houve um disse­-me-­disse sobre uma possível candidatura do pai das três à Prefeitura, que ele descarta, mas na qual vê sentido. “Eu adoraria ter um cargo público, mas não tenho o menor talento para o processo necessário para isto acontecer. Não sei pedir voto, não sei me vender”, diz ele, que preza pela tranquilidade sempre que pode. Em casa, seu canto preferido é o deque, onde aposenta temporariamente o gestor para ser só Hugo. “Ponho minha música na altura que quiser, tomo um uisquinho, curto o momento. Acho que não conseguiria viver sem música, ficaria louco”, diz ele, que ouviu “tudo que há” de samba e MPB, mas anda em uma onda de ouvir jazz, como o Chet Baker que embala a entrevista.

Se pensa em se aposentar de fato? Sim, inclusive faz planos. “Quando eu abrir espaço para gente nova, meu sonho é viver em Tiradentes, ter um bistrozinho bem bacana”, idealiza ele, sem entretanto marcar data no calendário. Até porque há muito chão ainda a ser percorrido pelo rio­branquense, que recebeu, neste mês, o troféu 100 Mais Influentes da Saúde no país, conhecido como o “Oscar” do segmento, eleito por voto popular e pesquisas de mercado. Ainda com as mãos passeando sobre a mesa sem parar, o comentário de Hugo sobre o feito era previsível: “É uma conquista do time”, repete, modesto, o técnico.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Arte e vida

Data: 28/05/2017

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Título: ‘Meu amor’ aos 30

A cidade cabe numa construção. O prédio de número 200 da Avenida Getúlio Vargas carrega consigo representações que dão conta de narrar Juiz de Fora. A casa com cerca de 7.000m² de área construída guarda em sua memória o som dos teares da extinta Companhia Têxtil Bernardo Mascarenhas, que abriu suas portas em 1888 com 60 teares, vivenciando o período áureo da industrialização local. A edificação com suas 70 janelas frontais também preserva em seu passado o protagonismo das primeiras lutas patrimoniais locais, reunindo pessoas dos mais diferentes segmentos em prol da revitalização de um imóvel tomado pelo município em janeiro de 1983. O complexo que leva o nome de um dos maiores empreendedores brasileiros do século XIX reserva, ainda, a escrita da história recente da cultura juiz-­forana, servindo, após conhecer as ruínas, como agigantado espaço das artes, com galerias, anfiteatro, videoteca, teatro, salas e corredores multiuso.

Em 31 de maio de 1987, um domingo, a Tribuna noticiava a inauguração do espaço cultural aberto onde há quase um século abriu-­se uma fábrica de tecidos. “A inauguração, que faz parte das comemorações dos 137 anos da cidade, alardeia a vitória de um movimento que se arrastou durante anos em prol da transformação do prédio em espaço destinado às artes e cultura. A campanha ‘Mascarenhas, meu amor’, que comoveu Minas e concentrou em JF, em mais de uma oportunidade, personalidades como Fernando Gabeira, Adélia Prado, Afonso Romano de Sant’Anna, entre outros, chega ao seu “final feliz”, com a festa de inauguração, durante todo o domingo.” Para a cerimônia de entrega do almejado Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), com a avenida interditada, vieram o ministro da cultura Celso Furtado, o poeta e compositor Capinam, além dos músicos e compositores Tavinho Moura e Sueli Costa, que se apresentaram.

Localizado num espaço de “dessegregação” – termo utilizado pela antropóloga e pesquisadora carioca Janice Caiafa para locais de contágio e encontros ­, o centro cultural mostrou-­se uma vitória relativa quando seu uso começou a ser questionado, logo na sua abertura. “Do tear à arte”, exposição com agigantadas telas, em formato outdoor, de 15 artistas, espalhadas pelo Parque Halfeld, chamava a atenção para um prédio que se fez demanda de uma classe e carecia de um sentido e destino reais. Em sua reedição, “Do tear à arte II”, que ganha a mesma praça no Corredor Cultural, a mesma questão vem à baila, destacando sua importância para as artes e artistas locais, bem como sua fragilidade ao longo de várias gestões e sob diferentes gerações de olhares. Reunindo nove telas, em formatos menores e menos dispersa no parque, a mostra marca a presença do prédio no “coração da cidade”, denunciando, no entanto, sua crescente ausência no coração das pessoas.

Espaço limitado

“É importante lembrar a função desse lugar. Hoje temos alguns espaços destinados às expressões visuais na cidade, desde os privados até os públicos, mas o CCBM, por sua história e localização, pela pluralidade de possibilidades que oferece para sua ocupação, tem uma importância ainda maior. É o ponto de referência da conjunção de linguagens”, destaca o artista visual e professor do Instituto de Artes e Design da UFJF Afonso Rodrigues, um dos presentes na mostra de 1987 e também na releitura. “É um lugar que carece de muita atenção, porque tem potencial por toda a visitação que permite”, pontua o também artista Renato Abud, que na primeira mostra quis desenhar um elefante branco, para denunciar sua desconfiança com a missão do espaço. Recuou. Desta vez, desejou desenhar a maçã da Branca de Neve, demonstrando seu pessimismo com uma ideal utilização do local, mas também recuou, na certeza de que louvar também pode ser uma forma de reivindicação. “Reeditar essa exposição que demarca a revitalização da antiga fábrica e sua transformação como lugar de cultura é apropriado inclusive para retornar à questão patrimonial, jogando luz sobre a falta de adequação do prédio. A cultura vira vítima da Boate Kiss, quando exige milhares de documentos a espaços como esse”, alerta a artista e organizadora da nova montagem Fernanda Cruzick, referindo­ se à atual situação do imóvel. Com lotação reduzida no térreo e segundo andar inutilizado, o Centro Cultural segue, desde outubro do ano passado, orientação do Corpo de Bombeiros, que indicou as restrições até que haja a liberação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), bem como uma adequação nas políticas de combate a incêndio e pânico em todo o complexo, incluindo mercado, biblioteca e outras áreas. De acordo com informações da assessoria da Funalfa, o auto está sendo negociado, e as ações necessárias estão sendo tomadas para que a casa volte a seu funcionamento normal.

Termômetro do espectador

Afonso Rodrigues, Breno Chagas, César Balbi, César Brandão, Fernanda Cruzick, Frederico Merij, Henrique Lott, Renato Abud e Ricardo Cristofaro formavam uma mesma tribo nos anos finais da década de 1980. Os nove nomes – que se juntaram a Arlindo Daibert, Humberto Borem, José Alberto Pinho Neves, Leonino Leão, Ruy Merheb e Luiza Gomes, na primeira edição de “Do tear à arte” – circulavam por galerias alternativas da cidade e, também, pela universidade, uns alunos, outros professores. Por isso, havia, em alguma medida, mais unidade na primeira edição que na atual. Em contrapartida, a reedição oferece, sobretudo, uma leitura das trajetórias individuais desses artistas que novamente se encontraram, numa das salas do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, para criarem suas obras num ateliê coletivo. “Foi um reencontro muito feliz, com uma convivência novamente produtiva”, ressalta Fernanda, que escolheu trabalhar com o padrão da forma das janelas do prédio antigo em sua nova obra.

Em sua nova obra, Renato Abud explora a imagem do relógio no topo do prédio. Cristofaro desvia seu olhar para a caixa d’água no estacionamento do complexo para falar sobre monumentos, criando uma nova visualidade para aquele espaço. Rodrigues, por sua vez, também recorre aos símbolos, fazendo referência à ideia de projeto. “Meu trabalho assimila uma série de notações gráficas, como as partituras de música, contas, projetos arquitetônicos. Fiz um rascunho da Bernardo Mascarenhas com a superposição dos elementos gráficos que as pessoas usam para registrar o início de suas ideias.”

Inicialmente projetadas para ocupar os três dias do Corredor Cultural, as noves telas podem, segundo informações da Funalfa, continuar no Parque Halfeld por mais um mês. A condição está nas mãos dos espectadores. Caso atendam as expectativas e apenas sofram a ação do tempo, permanecerão. Em 1987, recebidas com curiosidade e zelo, as telas foram levadas para o estacionamento do CCBM, onde permaneceram por três anos. A tela de Ruy Merheb, contudo, realizada com papel de seda e papel crepom, se desfez na primeira chuva. Mas a própria ação da natureza estava prevista no discurso do artista, como os novos trabalhos, que desta vez estão mais próximos dos espectadores, na altura dos olhos e das mãos, na altura do risco, como termômetro do respeito. “Quando topamos fazer o trabalho, nos preparamos para as questões relacionadas à exposição pública, na possibilidade de haver alguma interferência”, afirma Afonso Rodrigues, certo de que preservação é substantivo enigmático.

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Veículo: Tribuna de Minas  

Editoria: Esportes  

Data: 28/05/2017

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Título: Tupi Futsal é eliminado na Copa do Brasil

Os torcedores compareceram ao Ginásio da UFJF, o Tupi teve a maior posse de bola durante todo o confronto contra o Álvares Cabral (ES), mas foi a estratégia capixaba que funcionou no último domingo (28), em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O Galo acabou derrotado por 4 a 1 e eliminado da competição nacional.

Todos os gols visitantes foram marcados após erro ofensivo carijó, fator que preocupava o técnico Henrique Biaggi antes mesmo do apito inicial. “A gente já previa isso. Na primeira partida tivemos essa dificuldade. Está sendo uma constante na nossa equipe quando enfrenta adversários de marcação baixa. Trabalhamos a semana toda em cima disso, mas infelizmente não conseguimos criar mais e fazer os gols. No último terço não chegávamos à finalização”, avalia o comandante.

Restando cinco minutos para o fim e com 1 a 1 no placar, o Tupi precisava do triunfo para levar o duelo à prorrogação (perdeu ida por 6 a 3). Foi quando Biaggi optou pelo goleiro-­linha. “É um sistema que você vai arriscar. É tudo ou nada. Apesar de ter sido faltando cinco minutos, foi a forma que a gente viu que poderia chegar aos gols. Mas no jogo há acertos e erros e nós acabamos errando muito”, explica o técnico.

O duelo ainda foi paralisado, no segundo tempo, por cerca de 20 minutos após princípio de confusão envolvendo jogadores e comissão técnica capixabas com torcedores do Tupi. O Alvinegro volta as atenções para a primeira fase dos Jogos do Interior de Minas, de 14 a 18 de junho, em Cataguases (MG). Até lá, ficam os ensinamentos da experiência inédita no projeto recente.

“Estamos muito tranquilos. Temos muitas coisas ainda para acertar. Em uma competição nacional não podemos continuar com certo amadorismo, mas serve de aprendizado. A rapazeada e até os torcedores gostaram do que viram, mas temos que trabalhar bastante para chegar lá na frente equilibrados e galgar nossos objetivos”, relata Biaggi.

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Veículo: Futsal de Primeira

Editoria: Notícias

Data: 28/05/2017

Link: http://www.futsaldeprimeira.com/site/noticiasVer.php?cs=ea90851f33e378496825cb554d9b24f320170529095757 

Título: Futsal ES: Álvares Cabral aplica nova goleada no Tupi-MG e avança na Copa do Brasil

Foi com muita luta, disciplina defensiva e aproveitando os espaços proporcionados no ataque que o Álvares Cabral garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil de futsal 2017. Na manhã deste domingo, no ginásio da Faculdade de Educação Física da UFJF, em Juiz de Fora, o Alvinegro derrotou o Tupi-MG, por 4 a 1, no jogo de volta das oitavas de final e se classificou para a próxima fase do torneio nacional.

Gustavo Salles (2), Olavo e Tuti marcaram os gols para os capixabas. O triunfo veio para coroar a boa campanha feita até o momento, já que no confronto de ida, na semana passada, no Espírito Santo, os cabralistas já haviam vencido os mineiros por 6 a 3.

Após a classificação, em Minas Gerais, o Álvares encara o Sorriso, do Mato Grosso, na próxima fase da Copa do Brasil. As datas e horários dos jogos de ida e volta ainda serão definidos pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).

O jogo

A grande partida feita pelo Álvares superou as expectativas. Isso porque a equipe precisava apenas de um empate para confirmar a classificação no campeonato. O técnico Erich Bomfim deixou de lado a atuação com o regulamento debaixo do braço e colocou a equipe para pressionar o Tupi-MG no campo ofensivo. A intensidade na marcação avançada deu resultado e o Alvinegro conseguiu impor o ritmo em quadra e aos poucos foi construindo o placar favorável.

– O que nós precisávamos era mostrar a qualidade que os jogadores capixabas têm no futsal e o projeto sério que o Álvares tem para recomeçar. Gostaria de agradecer principalmente ao professor Adail Sampaio, que pegou esses meninos para cuidar na base do Limoeiro. Hoje tenho esses jogadores nas mãos, mas esse trabalho começou bem antes. Primeiro tínhamos o pensamento de ganhar em Vitória e conseguimos. Depois, a ideia era classificar. Agora temos a intenção de ser campeão mesmo – disse Erich Bomfim, em entrevista ao Gazeta Esportes.

Na segunda etapa, por conta de uma confusão envolvendo atletas do Álvares e alguns torcedores do time mineiro presentes no Ginásio da UFJF, onde o Tupi-MG manda seus jogos, o árbitro precisou paralisar o duelo por aproximadamente 20 minutos. Nada que atrapalhasse a atuação guerreira dos cabralistas. Grande nome do jogo, Gustavo Salles, autor de dois gols, destacou a força de vontade do elenco e comemorou os tentos marcados.

– Estou no futsal do Álvares faz dez anos e meu maior sonho era fazer parte do resgate do futsal capixaba. Com essa classificação a gente consegue mostrar que nosso futsal tem jogadores novos que conseguem resolver. Minha felicidade de fazer dois gols é imensurável, pois pude ajudar o clube. Agora, mais do que nunca, precisamos ter a torcida ao nosso lado na semifinal para nos apoiar. É uma oportunidade de mostrar para o Brasil que temos potencial – atestou Gustavo Salles.

Camillo Neves quis finalizar mantendo a cabeça no lugar e os pés no chão:

– Vamos fazer de tudo para realizarmos novamente grandes jogos. Não é pensar em classificar, é em fazer nossa parte – concluiu.

Fonte: André Rodrigues – Gazeta Esportes

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 28/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/apos-derrota-na-ida-futsal-do-tupi-busca-virada-sobre-o-alvares-cabral-es/

Título: Após derrota na ida, futsal do Tupi busca virada sobre o Álvares Cabral (ES)

O Ginásio da UFJF deve lotar na manhã deste domingo (28) com um duelo histórico para o futsal juiz­forano. Pela primeira vez, o Tupi decide classificação à segunda fase da Copa do Brasil da modalidade em casa, diante do Álvares Cabral (ES), às 10h. A primeira partida terminou com triunfo capixaba por 6 a 3, em Vitória (ES). O placar, contudo, foi permeado de polêmicas desde o desembarque carijó.

O Galo das quadras atuou em quadra molhada, ginásio sem iluminação adequada para a prática e com a presença de gandulas, não permitida, segundo o presidente alvinegro, Rafael Ramos. Com o domínio no placar dos donos da casa, os gandulas e profissionais responsáveis por secar a quadra “sumiram”. A diretoria carijó informou que iria fazer uma reclamação formal junto à Federação Mineira de Futsal. Todo o clima criado, contudo, não fez parte da estratégia de estímulo dos atletas locais na semana.

“Temos que deixar o que aconteceu na ida de lado, para a diretoria resolver. Precisamos focar só no jogo, que por si só já traz uma motivação muito grande. É uma fase da Copa do Brasil e, pela primeira vez, estamos jogando em casa. É gratificante demais estar representando o Tupi, poder jogar em Juiz de Fora e mostrar nosso projeto para torcedores, amigos, pais, toda a família e patrocinadores. É o que nos motiva ainda mais para que a gente busque a classificação”, garante o técnico Henrique Biaggi, expulso na ida, assim como o atleta Thiago Inácio.

Durante esta semana, em quadra, o comandante buscou o aprimoramento de deficiências no primeiro duelo, para que a evolução ocorra na UFJF. “Fomos muito abaixo daquilo que esperávamos na primeira partida. Nosso sistema ofensivo, que é o que a gente mais preza em nosso estilo de jogo, foi muito aquém. Esse ano foi nosso primeiro jogo na temporada e já uma pedreira. E buscamos essa melhora, com treinamentos terminados na sexta (26), por um bom jogo e, por fim, sair com a classificação.”

Vencer ou vencer

Com a derrota na ida, somente uma vitória no tempo normal interessa ao Tupi, independente da diferença de gols. Se o triunfo juiz­-forano acontecer, o duelo vai para a prorrogação, com possibilidade de cobranças de penalidades em caso de igualdade. Um empate ou novo sucesso capixaba elimina o Carijó da competição nacional. Para a festa juiz­forana, Henrique convoca o torcedor. “A gente espera o ginásio cheio. Que os torcedores estejam presentes e apoiem nossa equipe. Os atletas são de maioria da cidade, todos conhecem, e vale muito a pena ter a presença dos torcedores e familiares para nos dar força para seguir na competição.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 28/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/tupi-futsal-e-eliminado-na-copa-do-brasil/

Título: Tupi Futsal é eliminado na Copa do Brasil

Os torcedores compareceram ao Ginásio da UFJF, o Tupi teve a maior posse de bola durante todo o confronto contra o Álvares Cabral (ES), mas foi a estratégia capixaba que funcionou no último domingo (28), em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O Galo acabou derrotado por 4 a 1 e eliminado da competição nacional.

Todos os gols visitantes foram marcados após erro ofensivo carijó, fator que preocupava o técnico Henrique Biaggi antes mesmo do apito inicial. “A gente já previa isso. Na primeira partida tivemos essa dificuldade. Está sendo uma constante na nossa equipe quando enfrenta adversários de marcação baixa. Trabalhamos a semana toda em cima disso, mas infelizmente não conseguimos criar mais e fazer os gols. No último terço não chegávamos à finalização”, avalia o comandante.

Restando cinco minutos para o fim e com 1 a 1 no placar, o Tupi precisava do triunfo para levar o duelo à prorrogação (perdeu ida por 6 a 3). Foi quando Biaggi optou pelo goleiro­linha. “É um sistema que você vai arriscar. É tudo ou nada. Apesar de ter sido faltando cinco minutos, foi a forma que a gente viu que poderia chegar aos gols. Mas no jogo há acertos e erros e nós acabamos errando muito”, explica o técnico.

O duelo ainda foi paralisado, no segundo tempo, por cerca de 20 minutos após princípio de confusão envolvendo jogadores e comissão técnica capixabas com torcedores do Tupi. O Alvinegro volta as atenções para a primeira fase dos Jogos do Interior de Minas, de 14 a 18 de junho, em Cataguases (MG). Até lá, ficam os ensinamentos da experiência inédita no projeto recente.

“Estamos muito tranquilos. Temos muitas coisas ainda para acertar. Em uma competição nacional não podemos continuar com certo amadorismo, mas serve de aprendizado. A rapazeada e até os torcedores gostaram do que viram, mas temos que trabalhar bastante para chegar lá na frente equilibrados e galgar nossos objetivos”, relata Biaggi.

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Veículo: Globo Esporte.com

Editoria: Espírito Santo

Data: 28/05/2017

Link: http://globoesporte.globo.com/es/noticia/alvares-cabral-aplica-nova-goleada-no-tupi-mg-e-avanca-na-copa-do-brasil-de-futsal.ghtml

Título: Álvares Cabral aplica nova goleada no Tupi-MG e avança na Copa do Brasil de futsal

Foi com muita luta, disciplina defensiva e aproveitando os espaços proporcionados no ataque que o Álvares Cabral garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil de futsal 2017. Na manhã deste domingo, no ginásio da Faculdade de Educação Física da UFJF, em Juiz de Fora, o Alvinegro derrotou o Tupi-MG, por 4 a 1, no jogo de volta das oitavas de final e se classificou para a próxima fase do torneio nacional.

Gustavo Salles (2), Olavo e Tuti marcaram os gols para os capixabas. O triunfo veio para coroar a boa campanha feita até o momento, já que no confronto de ida, na semana passada, no Espírito Santo, os cabralistas já haviam vencido os mineiros por 6 a 3.

Após a classificação, em Minas Gerais, o Álvares encara o Sorriso, do Mato Grosso, na próxima fase da Copa do Brasil. As datas e horários dos jogos de ida e volta ainda serão definidos pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).

O jogo

A grande partida feita pelo Álvares superou as expectativas. Isso porque a equipe precisava apenas de um empate para confirmar a classificação no campeonato. O técnico Erich Bomfim deixou de lado a atuação com o regulamento debaixo do braço e colocou a equipe para pressionar o Tupi-MG no campo ofensivo. A intensidade na marcação avançada deu resultado e o Alvinegro conseguiu impor o ritmo em quadra e aos poucos foi construindo o placar favorável.

– O que nós precisávamos era mostrar a qualidade que os jogadores capixabas têm no futsal e o projeto sério que o Álvares tem para recomeçar. Gostaria de agradecer principalmente ao professor Adail Sampaio, que pegou esses meninos para cuidar na base do Limoeiro. Hoje tenho esses jogadores nas mãos, mas esse trabalho começou bem antes. Primeiro tínhamos o pensamento de ganhar em Vitória e conseguimos. Depois, a ideia era classificar. Agora temos a intenção de ser campeão mesmo – disse Erich Bomfim, em entrevista ao Gazeta Esportes.

Na segunda etapa, por conta de uma confusão envolvendo atletas do Álvares e alguns torcedores do time mineiro presentes no Ginásio da UFJF, onde o Tupi-MG manda seus jogos, o árbitro precisou paralisar o duelo por aproximadamente 20 minutos. Nada que atrapalhasse a atuação guerreira dos cabralistas. Grande nome do jogo, Gustavo Salles, autor de dois gols, destacou a força de vontade do elenco e comemorou os tentos marcados.

– Estou no futsal do Álvares faz dez anos e meu maior sonho era fazer parte do resgate do futsal capixaba. Com essa classificação a gente consegue mostrar que nosso futsal tem jogadores novos que conseguem resolver. Minha felicidade de fazer dois gols é imensurável, pois pude ajudar o clube. Agora, mais do que nunca, precisamos ter a torcida ao nosso lado na semifinal para nos apoiar. É uma oportunidade de mostrar para o Brasil que temos potencial – atestou Gustavo Salles.

Camillo Neves quis finalizar mantendo a cabeça no lugar e os pés no chão:

– Vamos fazer de tudo para realizarmos novamente grandes jogos. Não é pensar em classificar, é em fazer nossa parte – concluiu.

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Veículo: Gazeta Online

Editoria: Mais Esportes

Data: 28/05/2017

Link: http://www.gazetaonline.com.br/esportes/mais_esportes/2017/05/lvares-goleia-o-tupi-mg-e-vai-as-quartas-de-final-da-copa-do-brasil-1014060026.html

Título: Álvares goleia o Tupi-MG e vai às quartas de final da Copa do Brasil

Foi com muita luta, disciplina defensiva e aproveitando os espaços proporcionados no ataque que o Álvares Cabral garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil de Futsal. Na manhã deste domingo (28), em Juiz de Fora, Minas Gerais, o Alvinegro derrotou o Tupi-MG por 4 a 1 no jogo de volta das oitavas de final com autoridade, eliminando o rival e se classificando para a próxima fase do torneio nacional. Gustavo Salles (2), Olavo e Tuti marcaram os gols para os capixabas. O triunfo veio para coroar a boa campanha feita até o momento, já que no confronto de ida, na semana passada, no Espírito Santo, os cabralistas já haviam vencido os mineiros por 6 a 3.

A grande partida feita pelo Álvares superou as expectativas. Isso porque a equipe precisava apenas de um empate para confirmar a classificação no campeonato. O técnico Erich Bomfim deixou de lado a atuação com o regulamento debaixo do braço e colocou a equipe para pressionar o Tupi-MG no campo ofensivo. A intensidade na marcação avançada deu resultado e o Alvinegro conseguiu impor o ritmo em quadra e aos poucos foi construindo o placar favorável.

“O que nós precisávamos era mostrar a qualidade que os jogadores capixabas têm no futsal e o projeto sério que o Álvares tem para recomeçar. Gostaria de agradecer principalmente ao professor Adail Sampaio, que pegou esses meninos para cuidar na base do Limoeiro. Hoje tenho esses jogadores nas mãos, mas esse trabalho começou bem antes. Primeiro tínhamos o pensamento de ganhar em Vitória e conseguimos. Depois, a ideia era classificar. Agora temos a intenção de ser campeão mesmo”, disse Erich Bomfim.

Na segunda etapa, por conta de uma confusão envolvendo atletas do Álvares e alguns torcedores do time mineiro presentes no Ginásio UFJF, onde o Tupi-MG manda seus jogos, o árbitro precisou paralisar o duelo por aproximadamente 20 minutos. Nada que atrapalhasse a atuação guerreira dos cabralistas. Grande nome do jogo, Gustavo Salles, autor de dois gols, destacou a força de vontade do elenco e comemorou os tentos marcados.

“Estou no futsal do Álvares faz dez anos e meu maior sonho era fazer parte do resgate do futsal capixaba. Com essa classificação a gente consegue mostrar que nosso futsal tem jogadores novos que conseguem resolver. Minha felicidade de fazer dois gols é imensurável, pois pude ajudar o clube. Agora, mais do que nunca, precisamos ter a torcida ao nosso lado na semifinal para nos apoiar. É uma oportunidade de mostrar para o Brasil que temos potencial”, atestou Gustavo Salles.

Após a classificação heroica em Minas Gerais, o Álvares encara o Sorriso, do Mato Grosso, na próxima fase da Copa do Brasil. As datas e horários dos jogos de ida e volta ainda serão definidos pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).

Camillo Neves quis finalizar mantendo a cabeça no lugar e os pés no chão: “Vamos fazer de tudo para realizarmos novamente grandes jogos. Não é pensar em classificar, é em fazer nossa parte”, concluiu.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/ufjf-abre-mais-de-mil-vagas-pelo-sisu/

Título: UFJF abre mais de mil vagas pelo Sisu

A UFJF abriu 1.050 vagas para Juiz de Fora por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), contemplando 33 cursos. Outras 280 oportunidades, de nove graduações, serão disponibilizadas para o campi Governador Valadares. Os interessados podem fazer a inscrição no site sisu.mec.gov.br até a próxima quinta­feira (1º de junho), mas desde que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016 sem ter zerado a prova de redação. No site, também estão disponíveis relações de cursos e vagas para cada grupo de cota.

Esta é a segunda e última vez este ano que a UFJF disponibiliza vagas por meio do Sisu. Ao todo, este sistema de ingresso representa 70% das oportunidades oferecidas pela instituição, sendo que as demais, 30%, são destinadas aos estudantes do ensino médio que participam do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism), previsto para o fim deste ano.

Cada candidato pode se inscrever em até dois cursos e não existe restrições para quem tentou ingressar na UFJF no início do ano, também por meio do Sisu, mas não foi contemplado. O resultado está previsto para o dia 5 de junho.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 29/05/2017

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/ufjf-abre-inscricoes-para-programa-contra-perda-de-memoria-para-idosos.ghtml

Título: UFJF abre inscrições para programa contra perda de memória para idosos

O Polo de Enriquecimento Cultural para a Terceira Idade da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu nesta segunda-feira (29) inscrições para a 6ª edição do Programa de Treinamento da Memória de Curto Prazo. O objetivo do projeto é contribuir para a preservação da memória, autonomia e independência dos idosos e ajudar na promoção da qualidade de vida deste grupo.

O programa oferece 40 vagas para idosos a partir de 60 anos. As atividades serão desenvolvidas entre os dias 22 de agosto e 5 de dezembro e, neste edição, haverá uma parceria com o Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Instituto de Ciências Humanas (ICH) da UFJF. Os participantes serão conduzidos por profissionais na pesquisa “Efeitos de um Treinamento da Memória de Curto Prazo na qualidade de vida de idosos saudáveis”.

“A pesquisa investiga se o programa é eficaz e efetivo para a melhoria deste tipo de memória em idosos saudáveis. A memória é uma importante função cognitiva que se relaciona com outras funções cognitivas como a atenção e a linguagem, além de desempenhar um papel integrador, unificador e constitutivo da experiência pessoal e das experiências do mundo físico e social”, explicou a doutoranda, Eunice Maria Godinho

Segundo a doutoranda, o envelhecimento é um processo de alterações físicas, psíquicas e sociais que determina a maneira singular pela qual cada indivíduo vai viver os últimos anos de vida. “A perda da memória é uma característica do declínio cognitivo associado ao envelhecimento normal, sendo uma das queixas mais comuns em idosos, podendo prejudicar seu bem-estar psicológico e sua qualidade de vida”, afirmou.

Inscrições

As inscrições terminam no dia 23 de junho e podem ser feitar presencialmente na sede do Polo de Desenvolvimento Cultural, que fica na Avenida Barão do Rio Branco, nº 3.372, no Centro, ou pelo telefone (32) 3215-4694.

Após o cadastro, os inscritos deverão comparecer à sede no dia 27 de junho, às 15h, para uma reunião preliminar em que serão prestados esclarecimentos a respeito do programa de treinamento e das condições de participação na pesquisa, que terá início neste dia, com coleta de dados dos participantes e aplicação de testes.

Estão previstos 16 encontros semanais, que vão acontecer sempre às terças-feiras, das 15h às 16h30, no Polo de Enriquecimento Cultural para a 3ª Idade.

Projeto atua com idosos desde 2014

A iniciativa é uma parceria com a equipe do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass), por meio do Projeto de Extensão “Memória e Qualidade de Vida” desde 2014.

Duas edições anuais são promovidas e o objetivo do projeto é contribuir para o aprimoramento da memória com vistas ao envelhecimento saudável.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/combate-a-lgbttifobia-em-juiz-de-fora-e-tema-de-mesa-redonda/

Título: Combate à LGBTTIfobia em Juiz de Fora é tema de mesa redonda

Para celebrar o mês de combate à LGBTTIfobia, o Grupo de Estudo e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (Gesed) da UFJF organizará uma mesa redonda, nesta quarta-feira (31), para abordar as questões que envolvem o tema. A conversa está marcada para as 19h, no auditório do Centro de Formação do Professor (Avenida Getúlio Vargas, 200, Centro). O evento é aberto ao público.

Estarão presentes para debater o combate à LGBTTIfobia o presidente da CDL/JF, Marcos Casarin, o professor e ex­-vereador Jucelio Maria, a psicóloga do grupo Visitrans, Brune Brandão, a representante da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB Juiz de Fora, Joana Machado, e o representante da Faculdade de Educação da UFJF Roney Polato.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/merito-comendador-henrique-halfeld-homenageia-25-cidadaos-e-instituicoes-de-jf/

Título: Mérito Comendador Henrique Halfeld homenageia 25 cidadãos e instituições de JF

Vinte e cinco cidadãos e instituições que contribuíram direta ou indiretamente para a projeção e valorização de Juiz de Fora serão homenageados com o Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld. A solenidade, que encerra as comemorações do aniversário de 167 anos da cidade, acontece nesta quarta-­feira (31), na Estação São Pedro (Rua José Lourenço, 137, São Pedro), às 19h30.

Os agraciados com o Mérito são definidos por um conselho, formado pelas secretarias de Governo e Educação, Funalfa, Câmara Municipal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora e representante dos descendentes do Engenheiro Henrique Guilherme Fernando Halfeld.

Confira os agraciados: ­

– Alexandre Nocelli: coronel da Polícia Militar e atual comandante da 4ª Região de Polícia Militar(RPM), que abrange 86 municípios. ­

Associação de Proteção à Guarda Mirim de Juiz de Fora: entidade que atua no encaminhamento de jovens ao mercado de trabalho, completa 50 anos de existência em 2017. ­

-Eduardo Antonio Salomão Condé: mestre em Ciência Política, atua como professor no Departamento de Ciência Sociais da UFJF. ­

-Eduardo Lourenço Borges: empresário com atuação em Minas Gerais e São Paulo e responsável por uma rede de hotéis em Juiz de Fora. ­

-Elizabeth Jucá e Mello Jacometti: servidora pública de carreira da Prefeitura de Juiz de Fora, é a atual secretária de Saúde do município. ­

-Elson Luiz de Oliveira Góis: Nascido em Juiz de Fora, é Capitão de Mar e Guerra dos Fuzileiros Navais, órgão da Marinha brasileira. ­

-Geraldo Augusto de Almeida: desembargador e vice-­presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. ­

-Gleizer Corrêa Naves: diretor regional da TV Alterosa e responsável pelas emissoras da rede nas cidades da Zona da Mata e do Campo das Vertentes. ­

-Herbert José Almeida Carneiro: mestre em Direito Empresarial e atual presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. ­

-Isauro José de Calais Filho: deputado estadual, foi vereador em Juiz de Fora por cinco mandatos consecutivos. ­

-Israel Alves Rodrigues: coreógrafo do grupo de hip hop “Remiwl Street Crew”, venceu o maior concurso de dança urbana do mundo.

­-João Márcio Teixeira Coelho: advogado trabalhista com 45 anos de exercício, foi procurador da Câmara Municipal de Juiz de Fora. ­

-João Monteiro: empresário do ramo de panificação, está há 40 anos ininterruptos no mercado. ­

-José Alexandre Franco: juiz federal e atual vice­-coordenador dos juizados da subseção judiciária de Juiz de Fora. ­

-José de Beça Moreira: empresário que já atuou no ramo de alimentação e atualmente tem destaque na área de hotelaria. ­

-Leonardo Guedes de Carvalho: advogado, foi o procurador­-Geral do Município de Juiz de Fora entre 2013 e 2016. ­

-Luiz Fernando Gramiani Celeste: servidor público, atuante no Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) há 33 anos. ­

-Marcelo Augusto Mathias da Silva (in memorian): jogador de futebol, atuou no Flamengo. Foi uma das vítimas na tragédia aérea envolvendo a equipe da Chapecoense. ­ -Márcio Antônio de Oliveira (in memorian): professor de História da UFJF e referência histórica nas lutas em defesa da educação pública. Morreu em 2016. ­

-Marcus Vinicius David: professor e atual reitor da UFJF ­

-Mário Manzolilo de Morais: radialista e locutor, trabalhou na Rádio Sociedade, marcando época comunicação da cidade. Também foi professor da UFJF. ­

-Paulo Tristão Machado Júnior: juiz de Direito, é o titular da Vara do Tribunal do Júri e Diretor do Foro da Comarca de Juiz de Fora. ­

-Pedro Carlos Bitencourt Marcondes: desembargador do Tribunal de Justiça, preside o Conselho dos Tribunais de Justiça, eleito para o biênio 2015­-2017. ­

-Sérgio Couto Rodrigues: jornalista e bacharel em Direito, foi vice-­prefeito no primeiro mandato do prefeito Bruno Siqueira. ­

-Ubirajara Teixeira: bacharel em Direito pela UFJF, é Juiz Titular da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora.

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Veículo: O Tempo

Editoria: Conhecimento

Data: 29/05/2017

Link: http://www.otempo.com.br/superfc/outros/esportes-de-combate-ser%C3%A3o-assunto-de-semin%C3%A1rio-da-ufmg-1.1479970

Título: Esportes de combate serão assunto de seminário da UFMG

Praticantes e interessados em esportes de combate terão uma boa oportunidade de se aprofundar em vários assuntos destas modalidades e interagir com quem tem gostos e atuações similares no próximo final de semana.

Por iniciativa da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será realizado um seminário para discutir a ciência e a tecnologia em modalidades de combate.

Especialistas no assunto estarão presentes para passar um pouco dos seus ensinamentos e experiências. O evento será realizado no Auditório Principal da Escola, que fica na Avenida Presidente Antônio Carlos, 6627 – Pampulha, Belo Horizonte.

Informações podem ser obtidas pelo (31) 3409-2314 ou ufmglutas@gmail.com

Programação

Dia 3 de junho

08:00 às 09:00 – Credenciamento.

09:00 às 09:30 – Abertura.

09:30 às 10:30 – Perda de Peso e os Esportes de Combate (Prof. Dr. Emerson Franchini – USP).

10:30 às 11:00 – Intervalo.

11:00 as 12:00 -Jogos Olímpicos & Gestão de Eventos (Prof. Matheus Gomes).

12:00 às 14:00 – Intervalo

14:00 às 15:00 – Treinamento da Capacidade Aeróbia nos Esportes de Combate (Prof. Dr. Ciro Brito – UFJF).

15:00 às 16:00 – Treinamento da Capacidade Anaeróbia nos Esportes de Combate (Profa. Dra. Úrsula Julio – USP).

16:00 às 16:30 – Intervalo.

16:30 às 17:30 – Avaliação física nas modalidades esportivas de Combate (Profa. Dra. Daniele Detânico (UFSC).

Dia 4 de junho

09:00 às 10:00 – Validação de Testes em esportes de combate: Um exemplo do Frequency Speed of Kick Test (FSKT) (Prof. Ms. Jonatas Santos – USP).

10:00 às 10:30 – Intervalo.

10:30 às 11:30 – Controle da Recuperação ( Prof. Dr. Eduardo Pimenta – UFMG).

11:30 às 12:00 – Futuras Direções do Grupo de Pesquisa em esportes de combate (Prof. Dr. Maicon R. Albuquerque – UFMG).

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 30/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/professora-da-ufjf-recebe-premio-internacional-na-florida/

Título: Professora da UFJF recebe prêmio internacional na Flórida

A professora Eliana Ferreira, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Inclusão, Movimento e Ensino a Distância (NGIME) da UFJF, recebeu o Prêmio Margaret Talbot, após ter se destacado nas pesquisas sobre as mulheres no esporte. O prêmio foi entregue durante o 18° Congresso Mundial da Associação Internacional de Educação Física e Esportes para Mulheres (IAPESGW), realizado entre os dias 17 e 20 de maio, na Barry University, em Miami, na Flórida.

Além do prêmio, Eliana foi nomeada representante da IAPESGW no Brasil. Em nota, ela afirmou que o seu compromisso com a instituição internacional é “incentivar, apoiar e destacar as pesquisas nesta área em todo o território nacional, buscando dar visibilidade aos trabalhos científico-práticos do Brasil”

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Veículo: G1

Editoria: Educação

Data: 30/05/2017

Link: http://g1.globo.com/educacao/noticia/ufrj-tem-nota-de-corte-parcial-do-sisu-mais-alta-com-818-pontos.ghtml

Título: UFRJ tem nota de corte parcial do Sisu mais alta em medicina, com 818 pontos

A nota de corte parcial mais alta para candidatos de ampla concorrência que disputam vaga para o curso de medicina pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do meio do ano é da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ter chance de conseguir uma vaga no campus da cidade universitária são necessários pelo menos 818,34 pontos, segundo levantamento feito pelo G1. A segunda maior nota de corte é da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), em Minas Gerais, com 809,04

O Sisu seleciona candidatos a partir do desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para mais de 51 mil vagas em cursos superiores. As inscrições começaram na manhã desta segunda-feira (29) e vão até a próxima quinta (1).

Dos 31 cursos de medicina ofertados, a nota de corte parcial mais baixa foi registrada na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), no campus do Mucuri, com 758,83 pontos. No total, o sistema disponibiliza nesta edição 1.303 vagas para medicina.

Todos os dias, até quinta-feira, a 1h da madrugada, o sistema disponível em http://sisu.mec.gov.br/ atualizará as notas com base no desempenho dos inscritos. Se uma universidade disponibiliza 10 vagas, por exemplo, a nota de corte será a de quem tiver o décimo melhor desempenho, entre aqueles que se candidataram.

O sistema revela estas notas para que os estudantes possam estimar se possuem alguma chance de serem aprovados em cada instituição de ensino. É possível remanejar a inscrição até o fim do período. Como as notas de corte mudam, o estudante não pode fazer a inscrição e “abandoná-la” depois, pois há o risco de ele ter chance de ser convocado em um momento, mas a situação mude no dia seguinte.

Veja todas notas corte para ampla concorrência:

    1. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) cidade universitária – 818,34
    2. Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) – 809,04
    3. Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – 808,48
    4. Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) – 808,05
    5. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) campus Macaé – 801,16

 

  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – 799,86

 

  1. Universidade Federal Fluminense (UFF) – 799,65
  2. Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) – 798,9
  3. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – 791,06
  4. Universidade Federal do Piauí (UFPI) unidade sede – 789,83
  5. Universidade Federal de Lavras (UFLA) – 787,42
  6. Universidade Federal de Pelotas (UFPel) – 786,92
  7. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) – 784,54
  8. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) – 784,5
  9. Universidade Federl de São João del-Rei (UFSJ) campus Divinópolis – 784,33
  10. Universidade Federal do Cariri (UFCA) – 784,32
  11. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) campus governador Valadares – 784,22
  12. Universidade Federal São João del-Rei (UFSJ) campus São Joao del-Rei – 783,74
  13. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Passo Fundo – 781,72
  14. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) – 781,46
  15. Universidade Federal do Maranhão (UFMA) campus São Luis – 780,3
  16. Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) campus Chapecó – 780,24
  17. Universidade Federal da Bahia (UFBA) – 778,04
  18. Universidade Estadual de Monte Claros (Unimontes) – 777,14
  19. Universidade Federal do Maranhão (UFMA) campus Imperatriz – 773,32
  20. Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – 772,7
  21. Universidade Federal do Piauí (UFPI) campus de Parnaíba – 771,91
  22. Universidade Federal do Acre (UFAC) – 766,47
  23. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) campus JK – 765,69
  24. Universidade Federal do Piauí UFPI campus Picos – 759,32
  25. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) campus do Mucuri – 758,83

Calendário do Sisu 2017.2

  • Inscrições: 29 de maio a 1º de junho
  • Chamada regular: 5 de junho
  • Lista de espera: 5 de junho a 19 de junho
  • Matrícula da chamada regular: 9 de junho a 13 de junho
  • Convocação dos candidatos da lista de espera: a partir de 26 de junho

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 30/05/2017

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/hospital-universitario-da-ufjf-realizara-mutirao-de-consultas.ghtml

Título: Hospital Universitário da UFJF realizará mutirão de consultas

O Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai participar do 2º mutirão nacional de consultas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) nesta quarta-feira (31). O objetivo é reduzir a demanda da população nas unidades e na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Serão realizadas 120 consultas nas áreas de endocrinologia, odontologia em saúde e nutrição clínica, além do teste do suor – exame que pode diagnosticar a fibrose cística.

Entre as ações estão a abordagem de prevenção ao câncer bucal e conscientização para combate ao fumo, distribuição de folders de orientação do uso racional de medicamentos ao paciente diabético e de esclarecimento sobre a fibrose cística.

Além do HU em Juiz de Fora, a iniciativa irá ocorrer em outros 38 hospitais universitários filiados à estatal nas cinco regiões do Brasil. A unidade do HU que recebe o evento fica na Avenida Eugênio do Nascimento, no Bairro Dom Bosco.

Todas as consultas foram agendadas pelos pacientes que aguardavam atendimento após serem encaminhados para a unidade pelo SUS.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 30/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/programa-da-ufjf-assiste-a-alunos-que-vem-de-fora/

Título: Programa da UFJF assiste a alunos que vêm de fora

Ao iniciar a vida acadêmica, o aluno não lida apenas com uma nova rotina de estudos e um novo status social. Muitos deixam sua terra natal em busca do ensino superior e acabam se deparando com outros desafios, que envolvem, muitas vezes, adaptações em todos os sentidos: ambiente, pessoas e dinâmica daquele novo lugar. Durante esse processo, o estudante pode apresentar problemas emocionais e psicológicos que influenciam diretamente na sua permanência e no aproveitamento do curso. Segundo dados da Pró-­reitoria de Assistência Estudantil (Proae), estima-­se que 52% dos alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) são oriundos de outras cidades, e boa parte deles enfrenta dificuldades ao chegar à instituição. Há dois anos, o órgão desenvolveu o Grupo Fora de Casa, voltado para acolher este estudante e ajudá-­lo neste processo. Recentemente, a iniciativa cresceu e deu origem a um programa homônimo, que oferece outras frentes de trabalho, inclusive um seminário, que acontece no dia 30 deste mês.

“A gente tem identificado uma série de dificuldades de adaptação, além daquela relativa à mudança do ensino médio para o superior. A vida deste estudante muda em todos os sentidos, e as principais queixas são: ansiedade, solidão, distância da família, dificuldade para criar novas amizades, compreender a dinâmica da cidade e da universidade, além do medo de exercer atividades que não faziam parte de sua rotina, como fazer a própria comida, lavar roupa, pagar contas… Isso, sem dúvidas, impacta no seu desenvolvimento e, sem apoio e acolhimento, isto tende a ser mais difícil”, explica o pró­-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Freitas. Segundo ele, por meio do Programa Fora de Casa, o estudante conta com apoio psicológico, pedagógico e assistencial, que o ajuda a criar um sentimento de pertencimento, diminuindo a evasão e garantindo melhor aproveitamento acadêmico.

Este atendimento multidisciplinar, de acordo com Freitas, ocorre dentro do grupo, que faz parte dos quatro eixos de atividades do programa. O estudante que buscar a iniciativa poderá trabalhar questões relacionadas à ansiedade e refletir sobre as mudanças em que estão inseridos. A segunda atuação consiste em oferecer oficinas pedagógicas que auxiliam os estudantes a organizar o tempo destinado aos estudos. A terceira consiste no Roda Viva, que é a criação de uma rede de relacionamento entre os estudantes que são de fora, envolvendo aqueles que saíram de casa há mais tempo e aqueles recém­-chegados em Juiz de Fora, promovendo um intercâmbio de experiências entre eles. Por último, é a realização do Seminário de Integração, que fará reflexões sobre essas posturas sociais, como aproveitar bem essas mudanças. “Serão duas atividades nesta terça-­feira, a primeira às 9h e a segunda, às 15h. Elas serão interativas, e queremos ouvir a história desses estudantes, transformando o encontro em algo leve e prazeroso para eles. No final, faremos um passeio pela UFJF, encerrando no Centro de Ciências, que é um ponto ainda pouco conhecido”, destaca.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 30/05/2017

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/merito-comendador-henrique-halfeld-homenageia-cidadaos-e-instituicoes-de-juiz-de-fora.ghtml

Título: Mérito Comendador Henrique Halfeld homenageia cidadãos e instituições de Juiz de Fora

Como parte das comemorações do aniversário de 167 anos de Juiz de Fora, 25 cidadãos e instituições serão homenageados com o Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld nesta quarta-feira (31).

Serão agraciadas personalidades e instituições que contribuíram para a história do município e para sua projeção e valorização.

Os agraciados são definidos por um conselho formado pelas secretarias de Governo e Educação, Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Câmara Municipal, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Instituto Histórico e Geográfico de Juiz de Fora e representante dos descendentes do Engenheiro Henrique Guilherme Fernando Halfeld.

O título, instituído em 22 de novembro de 1973, pela Lei 14.496, durante o primeiro mandato de Itamar Franco na Prefeitura, marca anualmente as comemorações do aniversário nda cidade. A premiação ocorre há trinta anos.

O evento será realizado às 19h30 na Estação São Pedro, que fica na Rua José Lourenço, 137, no Bairro São Pedro.

Homenageados

  • Alexandre Nocelli: coronel da Polícia Militar e atual comandante da 4ª Região de Polícia Militar, que abrange 86 municípios.
  • Associação de Proteção à Guarda Mirim de Juiz de Fora: entidade que atua no encaminhamento de jovens ao mercado de trabalho e completa 50 anos em 2017.
  • Eduardo Antonio Salomão Condé: mestre em Ciência Política, atua como professor no Departamento de Ciência Sociais da UFJF.
  • Eduardo Lourenço Borges: empresário com atuação em Minas Gerais e São Paulo e responsável por uma rede de hotéis em Juiz de Fora.
  • Elizabeth Jucá e Mello Jacometti: servidora pública de carreira da Prefeitura, é a atual secretária de Saúde do município.
  • Elson Luiz de Oliveira Góis: nascido em Juiz de Fora, é Capitão de Mar e Guerra dos Fuzileiros Navais, órgão da Marinha brasileira.
  • Geraldo Augusto de Almeida: desembargador e vice-presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
  • Gleizer Corrêa Naves: diretor regional da TV Alterosa e responsável pelas emissoras da rede nas cidades da Zona da Mata e do Campo das Vertentes.
  • Herbert José Almeida Carneiro: mestre em Direito Empresarial e atual presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais.
  • Isauro José de Calais Filho: deputado estadual, foi vereador em Juiz de Fora por cinco mandatos consecutivos.
  • Israel Alves Rodrigues: coreógrafo do grupo de hip hop “Remiwl Street Crew”, venceu o maior concurso de dança urbana do mundo.
  • João Márcio Teixeira Coelho: advogado trabalhista com 45 anos de exercício, foi procurador da Câmara Municipal de Juiz de Fora.
  • João Monteiro: empresário do ramo de panificação, está há 40 anos ininterruptos no mercado.
  • José Alexandre Franco: juiz federal e atual vice-coordenador dos juizados da subseção judiciária de Juiz de Fora.
  • José de Beça Moreira: empresário que já atuou no ramo de alimentação e atualmente tem destaque na área de hotelaria.
  • Leonardo Guedes de Carvalho: advogado, foi o procurador geral do Município de Juiz de Fora entre 2013 e 2016.
  • Luiz Fernando Gramiani Celeste: servidor público, atuante no Departamento Municipal de Limpeza Urbana há 33 anos.
  • Marcelo Augusto Mathias da Silva (in memorian): jogador de futebol, atuou no Flamengo. Foi uma das vítimas na tragédia aérea envolvendo a equipe da Chapecoense.
  • Márcio Antônio de Oliveira (in memorian): professor de História da UFJF e referência histórica nas lutas em defesa da educação pública. Morreu em 2016.
  • Marcus Vinicius David: professor e atual reitor da UFJF.
  • Mário Manzolilo de Morais: radialista e locutor, trabalhou na Rádio Sociedade, marcando época comunicação da cidade. Também foi professor da UFJF.
  • Paulo Tristão Machado Júnior: juiz de Direito, é o titular da Vara do Tribunal do Júri e Diretor do Foro da Comarca de Juiz de Fora.
  • Pedro Carlos Bitencourt Marcondes: desembargador do Tribunal de Justiça, preside o Conselho dos Tribunais de Justiça, eleito para o biênio 2015-2017.
  • Sérgio Couto Rodrigues: jornalista e bacharel em Direito, foi vice-prefeito no primeiro mandato do prefeito Bruno Siqueira.
  • Ubirajara Teixeira: bacharel em Direito pela UFJF, é juiz titular da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora.

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Veículo: O Globo

Editoria: Cultura

Data: 30/05/2017

Link: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/veja-programacao-completa-da-flip-2017-21409184?loginPiano=true

Título: Veja a programação completa da Flip 2017

RIO – A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) divulgou na manhã desta terça-feira a programação completa da sua 15ª edição, que vai acontecer entre os dias 26 e 30 de julho na cidade fluminense. O autor homenageado é o escritor carioca Afonso Henriques de Lima Barreto.

Na estreia da jornalista Joselia Aguiar à frente da curadoria, a Flip ouviu as críticas recebidas no ano passado sobre a falta de mulheres e negros na programação, e terá este ano, pela primeira vez, mais mulheres do que homens como convidados. Segundo a organização, 30% dos autores são negros.

Entre os principais nomes da festa estão a escritora mineira Conceição Evaristo, a espanhola Pilar del Río, a escritora de Ruanda Scholastique Mukasonga e o rapper angolano Luaty Beirão.

Outra novidade deste ano é a “Mesa móvel: fruto estranho”, em que os artistas Adelaide Ivánova, André Vallias, Grace Passô, Josely Vianna Baptista, Prisca Agustoni e Ricardo Aleixo farão diferentes intervenções – poesia, fotografia, vídeo, performance e teatro – com duração de 10 a 15 minutos, durante a festa. Abaixo, veja a programação completa.

Ingressos para a tenda maior: R$ 55. Venda começa dia 13 de julho

Dia 26 de julho (quarta-feira)

19h15 – Mesa 1 – Sessão de Abertura – “Lima Barreto: triste visionário”

O ator Lázaro Ramos e a historiadora Lilia Schwarcz, biógrafa do homenageado, vão apresentar uma aula ilustrada, comparando o Brasil de Lima Barreto e suas previsões para o futuro. A direção será de Felipe Hirsch.

Dia 27 de julho (quinta-feira)

10h – Mesa Zé Kleber: Aldeia

Com a participação de Álvaro Tukano e duas lideranças de comunidades tradicionais paratienses, as sabedorias ancestrais serão debatidas pelos três pensadores de origem indígena e quilombola.

12h – Mesa 2: Arqueologia de um autor

Um escritor à margem, o lugar de Lima Barreto entre os clássicos e o cânone afro-brasileiro será debatido por Beatriz Resende, crítica e professora titular da UFRJ, Edimilson de Almeida Pereira, professor titular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e especialista em cultura afro-brasileira, e Felipe Botelho Corrêa, professor de literatura e cultura brasileiras no King’s College, em Londres.

15h – Mesa 3: Pontos de fuga

[Fruto Estranho: Josely Vianna Baptista]

Três escritoras da nova literatura em língua portuguesa, Carol Rodrigues, Djaimilia Pereira de Almeida e Natalia Borges Polesso vão falar de suas influências, técnicas, experiências e sua relação com a tradição.

17h15 – Mesa 4: Fuks & Fux

Os escritores Julián Fuks e Jacques Fux vão discutir autoficção, parcerias e rivalidades na história da literatura.

19h15 – Mesa 5: Odi et amo

[Fruto Estranho: Grace Passô]

Dois tradutores do grego e do latim, Frederico Lourenço e Guilherme Gontijo vão se encontrar para refletir sobre a tradição grego-latina, seus mitos, poesia e narrativas, a literatura e a cultura medieval.

21h30 – Mesa 6: Em nome da mãe

Duas escritoras cujas famílias foram marcadas pelas guerras, a brasileira Noemi Jaffe, filha de uma sobrevivente de Auschwitz, e a tutsi Scholastique Mukasonga, que perdeu a família no genocídio de Ruanda, vão conversar sobre as reconstruções artísticas a partir das tragédias.

Dia 28 de julho (sexta-feira)

10h – Território Flip | Flipinha – A pele que habito

A jornalista portuguesa Joana Gorjão Henriques, autora de livro sobre o racismo nas ex-colônias portuguesas na África, e o ator Lázaro Ramos vão discutir sobre identidades e relações de cor nos países lusófonos.

12h – Mesa 7: Moderno antes dos modernistas

Autores que foram contemporâneos de Lima Barreto e autores posteriores influenciados por seu estilo serão o tema da conversa entre os críticos e professores Antonio Arnoni Prado e Luciana Hidalgo.

15h – Mesa 8: Subúrbio

[Fruto Estranho: Prisca Agustoni]

A crítica Beatriz Resende e o historiador Luiz Antonio Simas vão passear pelo Rio de Janeiro de Lima Barreto, cidade que foi celeiro de personagens de suas crônicas, contos e romances partir de diferentes olhares, da literatura e da cultura popular.

17h15 – Mesa 9: Na contracorrente

Duas mulheres à frente de projetos de resistência na cultura e na ciência vão se encontrar: a espanhola Pilar del Río, presidente da Fundação José Saramago que tem como bandeiras a literatura em língua portuguesa, os direitos humanos e o meio ambiente, e Niéde Guidon, um dos maiores nomes da arqueologia mundial e baseada no Piauí.

19h15 – Mesa 10: A contrapelo

[Fruto Estranho: Ricardo Aleixo]

Diamela Eltit, escritora chilena referência na crítica feminista, e Carlos Nader, documentarista brasileiro que registrou as trajetórias do poeta Wally Salomão e do pintor Leonilson, vão conversar sobre linguagens na fronteira e resistência artística.

21h30 Mesa 11: Por que escrevo

A sul-africana Debora Levy, radicada em Londres, e o jornalista americano William Finnegan, da “New Yorker” e autor de livro de memórias sobre o surfe, vão discutir as motivações de um escritor e a entrega ao ofício.

Dia 29 de julho (sábado)

10h – Território Flip | Flipinha – VOCO

O poeta Ricardo Aleixo vai comandar uma performance em que improvisações vocais são entremeadas a poemas com interação do público.

12h – Mesa 12: Foras de série

Ex-escravos que triunfaram e mulheres revolucionárias do Brasil do século XIX serão o tema do debate entre a escritora de romances históricos, Ana Miranda, e um historiador da escravidão, João José Reis.

15h – Mesa 13: Kanguei no Maiki – Peguei no microfone

[Fruto Estranho: Adelaide Ivánova]

O rapper angolano Luaty Beirão, preso com livros considerados subversivos, e a escritora Maria Valéria Rezende, que se dedicou à educação popular no sertão durante a ditadura, vão conversar sobre ativismo e literatura.

17h15 – Mesa 14: Mar de histórias

O carioca Alberto Mussa e o islandês Sjón vão discutir sobre contos de fada, mitologias, narrativas antigas e surrealismo, tendo Borges como ponto em comum.

19h15 – Mesa 15: Trótski e os trópicos

[Fruto Estranho: André Vallias]

Os limites da ficção e da não ficção, os protagonistas e os coadjuvantes, o local e o global serão os temas desta conversa entre o francês Patrick Deville e a jornalista argentina Leila Guerriero.

21h30 – Mesa 16: O grande romance americano

O jamaicano Marlon James e o americano Paul Beatty, dois autores negros e vencedores do Man Booker Prize, vão refletir sobre renovação da tradição do romance a partir de seus pontos de vista particulares.

Dia 30 de julho (domingo)

10h – Território Flip | Flipinha – Ler o mundo

Ana Miranda, Maria Valéria Rezende e Edimilson de Almeida Pereira vão conversar sobre a leitura e os olhares que lançam ao mundo nas suas obras para as crianças

12h – Mesa 17: Amadas

Em conversa com Ana Maria Gonçalves, a escritora Conceição Evaristo vai prestar um tributo a outras vozes femininas africanas e da diáspora, como Angela Davis, Carolina Maria de Jesus, Nina Simone, Noêmia de Sousa e Toni Morrison, entre outras.

15h – Mesa 18: Livro de cabeceira

Na sessão de despedida da Flip, conduzida tradicionalmente por Liz Calder, autores convidados leem trechos de seus livros prediletos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 31/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/coordenador-geral-da-saude-mental-do-ministerio-da-saude-ministra-palestra-na-ufjf/

Título: Coordenador­-geral da Saúde Mental do Ministério da Saúde ministra palestra na UFJF

O coordenador-­geral de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro, vai ministrar palestra na próxima quinta-­feira (1º), na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Com o tema “Política de saúde mental no Brasil: como foi, onde estamos e para onde desejamos ir?”, a discussão abordará um panorama das transformações na assistência à saúde mental do país e os desafios futuros para a área. A palestra será realizada no Anfiteatro B do Centro de Ciências (prédio do planetário, ao lado da Reitoria), às 14h. O evento é promovido pelo Serviço de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário (HU/UFJF). A entrada é franca e aberta a toda a comunidade.

Durante a manhã, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Juiz de Fora recebe o Dr. Quirino Cordeiro para uma reunião com a Secretária Municipal de Saúde, Elizabeth Jucá, e um grupo de psiquiatras de Juiz de Fora. O encontro será às 10h no prédio da Secretaria de Saúde.

Além de coordenador­-geral da Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro é professor adjunto do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e professor afiliado e coordenador do Grupo de Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica da Unifesp.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Arte e vida

Data: 31/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/o-que-reveste-a-cidade/

Título: O que reveste a cidade

É a parede de chapisco que guarda a lembrança da casa da avó. É o azulejo amarelado, com desenhos floridos na cozinha, que trazem à memória a casa da mãe. Eram ocres os tijolos vazados que serviam de esconderijo para os brinquedos dos tempos de criança. O tato, como os outros todos sentidos, reservam gatilhos para a saudade. Na trama da rede urbana, diferentes texturas e figuras retomam não apenas vivências individuais, mas a própria narrativa coletiva, revestida de cimento e outros matérias.

“Fachadas e detalhes de determinados edifícios podem ser comparados aos traços que identificam o rosto da nossa cidade. No conjunto, integram uma espécie de fisionomia, trazendo aspectos que revelam a história do município e torna nossa paisagem diferente de todas as outras”, pontua o artista visual e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF Jorge Arbach. “São estas pequenas coisas do cotidiano que auxiliam na constituição de nossa cultura e de nossa história de vida.”

Segundo o arquiteto e urbanista Rogério Mascarenhas, cada projeto arquitetônico é capaz de contar sobre o lugar onde está inserido e, também, sobre quem o ocupa e sobre o tempo em que foi feito. “É importante que conte uma história. Qualquer construção é datada. Adoro andar pelas cidades apreendendo sua trajetória através dos prédios”, comenta o profissional, responsável pela assinatura de alguns dos imóveis que ajudam a escrever o presente da urbe.

Para Arbach, há uma inventividade de projetos arquitetônicos em Juiz de Fora impressionante. “São tantos estilos, característicos de épocas diversas, coabitando na mesma cidade. Isto não pode ser caracterizado como indefinição na identidade arquitetônica de nossa cidade. Isso só caracteriza Juiz de Fora como um núcleo urbano cosmopolita. Esse ecletismo urbano revela uma riqueza arquitetônica. Não são apenas esteticamente belos. Além de contar a história da cidade, são documentos arquitetônicos que se transformam em referências no fluxo do espaço urbano.”

Documentos que, pouco a pouco, vão se fixando, apenas, no passado. Ainda que a consciência preservacionista tenha chegado atrasada nas discussões juiz-­foranas, como aponta Mascarenhas, há exemplares capazes de representar todos os períodos pelos quais a cidade passou. “Não dá para transformar a cidade toda num museu, isso é certo. E é preciso pensar, também, na preservação pelo uso”, destaca o arquiteto.

“No canteiro de obras das edificações antigas, havia artesãos que tomavam decisões no momento da construção”, recorda Arbach. “Hoje, com a massificação das edificações, a tendência é se tornarem pasteurizadas, insossas e semelhantes, eliminando referências visuais e espaciais”, completa o artista visual, certo da relevância das sutilezas na paisagem urbana. “O surgimento desse espaço impessoal dissemina o anonimato do cidadão”, alerta, ainda, o professor.

Os revestimentos no cotidiano profissional de Rogério Mascarenhas, no entanto, não servem apenas para criar a proteção de um prédio, mas para torná­lo singular. “São elementos que dão personalidade a uma edificação. A escolha depende da simbologia que se deseja aplicar na arquitetura”, explica. Misto de técnica e afeto, fatores sob os quais se erguem as memórias. No dia em que Juiz de Fora completa 167 anos, a Tribuna focaliza alguns revestimentos que ajudam a dar acabamento à narrativa da cidade. Detalhes que tocam quando são tocados. Pelas mãos, pelos olhos ou pelas lembranças.

Símbolos de nobreza. Os azulejos trazidos de Portugal para o Brasil representavam, no período colonial, apuro estético, melhor padrão de gosto e, principalmente, asseio e práticas higiênicas ideais. Serviam, também, para conter as corrosões provocadas pela ação de chuvas e sol, características do clima tropical. Segundo Gilberto Freyre em seu “Casa grande e senzala”, a azulejaria lusitana, nos característicos branco e azul, tornou­-se identificação da presença do “Novo Mundo”. Presente em diferentes edificações locais, o azulejo tem um de seus endereços mais marcantes no prédio da esquina das avenidas Itamar Franco e Rio Branco. Lugar da nobreza, tanto pela localização historicamente alinhada às classes mais altas da cidade, quanto por servir de moradia ao ex­-presidente juiz­forano. Os mesmos azulejos a denunciar o processo colonizador reaparecem no painel “As quatro estações”, de Cândido Portinari, denunciando o novo olhar para as peças que o modernismo foi capaz de dar. “Arquitetos começaram a utilizar este material não só como elemento funcional, mas também como um material nobre que serviria magnificamente como suporte a novas expressões plásticas, criando uma conexão entre arquitetura e arte, a arte da azulejaria”, defende a professora da Universidade de Taubaté Liliane Simi Amaral em sua pesquisa “Arquitetura e arte decorativa do azulejo no Brasil”.

Pedra sobre pedra, tijolos sobre tijolos

A grande muralha retoma o século XIX e servia para dividir a rua da escola. Aos pés do Morro do Cristo, o Colégio Cristo Redentor foi inaugurado quando Juiz de Fora somava 41 anos e num momento em que a industrialização tomava fôlego, fortemente influenciada pelos ingleses que também serviam de referência à agigantada construção de pedra que desce da Rua Olegário Maciel pela Halfeld e adentra a escola. Pedras que retornam na segunda metade do século XX, ordenadas ou não, em residências do Bom Pastor. Numa outra ponta, outra instituição de ensino, o Colégio Santa Catarina, aberto em 1909, faz referência à força motriz das tantas fábricas que tomaram Juiz de Fora. O tijolo aparente – pintado como os da atual configuração do prédio da Bernardo Mascarenhas – está presente nas construções alemãs, de onde vieram as religiosas da Congregação de Santa Catarina afim de educar os filhos dos colonos imigrantes. Projetado pela Companhia Pantaleone Arcuri, o prédio e seus bem cuidados tijolinhos também dizem de uma das maiores construtoras da região, responsável pela presença de outros imponentes casarões, como o Cine­-Theatro Central, cartão-­postal de Juiz de Fora.

O ecletismo de relevo

Enquanto o agigantado muro do Cemitério Municipal, em branco com relevo a emular pedras, guarda consigo certa estranheza e o peso da dor que o prédio representa, o muro e as paredes do casarão bege de número 3.103 da Avenida Rio Branco preservam a graciosidade de uma construção repleta de curiosos detalhes, incluindo as depressões geométricas que tomam conta de toda a sua fachada. Em comum, no entanto, as duas construções exibem o relevo como um de seus elementos arquitetônicos, numa abundância característica do ecletismo tão presente na cidade. “O Estilo Eclético foi difundido pela presença dos imigrantes que vieram integrar a população local da cidade. Porém, fica evidente que, apesar dos construtores Arcuri terem desempenhado de forma intensa na composição deste núcleo histórico, existiam outros importantes construtores, arquitetos, engenheiros e mestres-­de-­obras atuando nas edificações locais com uma tendência a seguir os princípios do estilo originário da Europa”, sugere a pesquisadora Ana Lúcia Fiorot de Souza em “Estilo eclético na arquitetura de Juiz de Fora”.

Pastilhas de modernidades

Fragmentados, os desenhos que ornamentam muitas construções pela cidade são resultado de um exercício paciente e delicado. A arte de reunir pastilhas. No Edifício Kyrillos, no número 1.894 da Avenida Rio Branco, os pequeninos quadrados em cerâmicas branca e preta criaram cubos em contraste. No Edifício Clube Juiz de Fora, no encontro do Calçadão com a Avenida Rio Branco, Candido Portinari fez, com três cores (branco, marrom e amarelo) cavalos trotando em todos os andares do prédio. Colorido e exuberante, o desenho de Di Cavalcanti ganha o Marco do Centenário, no Poço Rico, em projeto idealizado por Arthur Arcuri, com observações de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, três modernistas que levaram às últimas consequências a utilização das pastilhas e, principalmente, dos mosaicos, que enfeitam prédios na área central de Juiz de Fora e residências no Bom Pastor Granbery. Pastilhas onipresentes nas décadas de 1950 e 1960, quando uniam arte e arquitetura, e também nas décadas seguintes, em variadas edificações, como os condomínios do alto da Rua Olegário Maciel, onde as pastilhas se exibem primordialmente funcionais.

Brasilidade que transpassa paredes

Unindo a primeira sílaba do último sobrenome dos engenheiros Amadeu Oliveira Coimbra, Ernesto August Boeckmann e Antônio de Góis criou­se a palavra cobogó. Idealizadores da espécie de tijolo que permite a entrada de luz solar e ventilação natural nas construções, os três se fazem presentes em projetos como o das varandas do número 21 da Rua Dr. José Procópio Teixeira, no Bom Pastor, bairro onde as peças são facilmente encontradas. Bastante utilizados na arquitetura moderna, os cobogós estão no projeto inicial do Campus da UFJF, em prédios como os das faculdades de Letras e Comunicação Social.

Também estão no hall de entrada do Edifício do Banco Mineiro de Produção, na parte baixa da Rua Halfeld, em peças de cerâmica amarelas. Estão nas construções mais pobres, como forma de manutenção da ventilação e da privacidade. Estão na contemporaneidade, acolhidas como elemento “retrô­chic”. “O cobogó é um material muito interessante, e hoje há vários modelos, dos mais populares aos mais sofisticados, uns até assinados por famosos designers. Tenho usado bastante nos meus mais recentes projetos”, pontua o arquiteto Rogério Mascarenhas.

Abstratas esculturas

O pequeno prédio que recebeu a numeração 589 da Rua Espírito Santo passaria despercebido não fosse a fachada em relevo vermelho. Da mesma forma, passaria invisível o edifício de número 79, na Rua Barão de Juiz de Fora, paralela à Avenida Brasil, no Santos Anjos, não fosse a forma abstrata em relevo pintado de cinza em toda a sua extensão. Texturas em revestimentos que marcaram as construções da década de 1970. Elementos desenvolvidos em cimento, presentes em edificações simples e também nas mais suntuosas. Desenhos triviais, formas instigantes, esculturas cotidianas, elementos contra o esgotamento da paisagem.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Arte e vida

Data: 31/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/breno-motta-lanca-campanha-para-viabilizar-espetaculo-no-rio-de-janeiro/

Título: Breno Motta lança campanha para viabilizar espetáculo no Rio de Janeiro

O ator juiz­-forano Breno Motta lançou uma “vaquinha” on­line com o objetivo de arrecadar fundos para a produção de seu novo espetáculo, “Fricção”. A peça tem estreia agendada para o dia 15 de julho, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, na cidade do Rio de Janeiro, onde o ator mora atualmente. Breno ficou nacionalmente conhecido após dar vida ao personagem Zentai, assistente de palco do programa Amor & Sexo, apresentado por Fernanda Lima. Formado em Comunicação Social pela UFJF, o ator também participou da série “Enredo de bamba”, que foi ao ar no Canal Brasil e atua ainda na curadoria do Galpão Gamboa, espaço capitaneado por Marco Nanini e pelo produtor Fernando Libonati.

“Fricção” é um espetáculo solo com texto e performance de Breno Motta, que se inspirou em histórias reais e ficcionais para compor a trajetória de um personagem que sofreu abuso sexual aos nove anos idade. “Um atropelo. Um abuso. O abuso. Algo que transformou o corpo daquela criança, que lhe deixou marcas, mas também algo que a faz rever, anos depois, as suas relações – com as pessoas e com o seu próprio corpo”, diz a descrição da peça.

O espetáculo, realizado por meio de uma parceria entre Breno Motta e a Faustini Produções, fica em cartaz até 7 de agosto, totalizando 12 apresentações a serem realizadas aos sábados, domingos e segundas­-feiras, às 19h. As contribuições ao projeto partem de R$ 20 e podem ser feitas pelo site Vakinha.com.br.

“‘Fricção’ é um projeto independente, realizado sem patrocínios. Por isso, a contribuição é tão importante. Hoje, a Vakinha para a montagem de uma peça de teatro é um suporte para que continuemos a produzir. É um investimento dos apoiadores na cultura, no teatro e, no nosso caso, em um trabalho que vem sendo desenvolvido com uma equipe que também está investindo nessa história”, diz o ator.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícias

Data: 31/05/2017

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/restaurante-universitario-da-ufjf-e-fechado-apos-empresa-identificar-cheiro-similar-ao-de-gas.ghtml

Título: Restaurante universitário da UFJF é fechado após empresa identificar ‘cheiro similar ao de gás’

O restaurante universitário do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi fechado nesta quarta-feira (31), depois que uma equipe da empresa que administra o local identificou um “cheiro similar ao de gás” escapando.

Por isso, a pedido do Corpo de Bombeiros, a UFJF vai manter a unidade fechada durante toda a quinta-feira (1º), para que sejam realizados testes de estanqueidade em toda a rede de gás do RU.

De acordo com um comunicado emitido na noite desta quarta, a empresa terceirizada que prepara as refeições do restaurante comunicou a ocorrência à UFJF e entrou em contato com a firma que fornece gás.

“Foi identificado que o odor provém da oleína, substância responsável pelo cheiro do gás liquefeito de petróleo (GLP), que foi liberada após um serviço de manutenção na caldeira de cozimento. Um mangote do equipamento não foi reconectado, o que fez uma quantidade de oleína vazar. O produto não representa perigo”, informou a universidade.

Ainda segundo a UFJF, após o teste, a empresa responsável pelo fornecimento vai emitir um laudo e uma anotação de responsabilidade técnica (ART), constatando a segurança da rede.

Representantes da Coordenação de Saúde, Segurança e Bem-Estar (Cossbe) e da Pró-reitora de Infraestrutura (Proinfra) da UFJF estiveram no local acompanhando os procedimentos.

Atenção! Por medida de segurança, o RU Campus não funciona nesta quinta, 1º de junho https://t.co/GnZ8VRXGFg pic.twitter.com/XIcyPmUF5C

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 31/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/em-nota-ufjf-defende-suspensao-de-reformas/

Título: Em nota, UFJF defende suspensão de reformas

Em nota publicada nesta quarta-­feira (31), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) se posicionou publicamente sobre discussões políticas em voga no cenário nacional, em especial às discussões pertinentes às reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo Governo do presidente Michel Temer (PMDB), que tramitam no Congresso Nacional. O texto foi veiculado no site oficial da universidade e afirma que “o Brasil se encontra mergulhado numa gravíssima crise política e econômica”. O posicionamento da UFJF, debatido em reunião do Conselho Superior (Consu), realizada na última segunda-­feira, é de que só um debate público com setores políticos e organizados e com a sociedades civil será capaz de guiar o país por um caminho para superar a crise. A suspensão imediata das propostas de reformas em andamento – chamadas de contrarreformas – também é defendida pelo texto.

“O projeto que setores da sociedade brasileira insistem em implementar, baseado na restrição de direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores, que se expressa, principalmente, na emenda constitucional do teto dos gastos públicos e na contrarreforma trabalhista e previdenciária, não pode continuar sem que ocorra um profundo debate na sociedade, com os diferentes sujeitos políticos organizados e com a população como um todo”, afirma a nota. A UFJF destaca ainda que a manutenção das atuais propostas de reformas podem aprofundar o atual cenário de turbulência. “Qualquer saída da crise que indique a continuidade do projeto contrarreformista sem passar pelo crivo das urnas, além de ilegítimo, estará fadada a aprofundar a instabilidade atual, fazendo com que a conta caia nos ombros da classe trabalhadora, gerando mais pobreza, injustiça social, e aprofundando a desigualdade da sociedade brasileira.”

A instituição reforça que o posicionamento vem reforçar o clamor de vozes democráticas por um amplo debate da classe política com os setores organizados da sociedade civil, como movimentos sociais e sindicatos, entre outros, para que se possa, coletivamente, forjar uma saída da crise capaz de direcionar o Brasil para “um projeto econômico e político que não penalize a classe trabalhadora e que seja legitimado pelas urnas”. À reportagem, a assessoria da universidade reforçou que o posicionamento público ocorre em consonância a movimento liderado Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) no sentido de garantir à sociedade civil maior participação em discussões democráticas que definirão os rumos a serem tomados pelo país.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 31/05/2017

Link: http://www.tribunademinas.com.br/restaurante-universitario-e-fechado-apos-vazamento-de-substancia-quimica/

Título: Restaurante Universitário é fechado após vazamento de substância química

O Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) não funcionou na noite dessa quarta-­feira (31), devido ao vazamento de uma substância química na cozinha do local. Por conta disso, um teste com duração de duas horas foi realizado para solucionar o vazamento e, de acordo com a assessoria de comunicação da UFJF, não haveria tempo hábil para preparação das refeições. A orientação do Corpo de Bombeiros era de que o local permanecesse fechado até que o teste fosse realizado. Por volta das 20h, a universidade anunciou que o espaço permanecerá fechado também durante amanhã.

Funcionários de uma empresa terceirizada teriam sentido cheiro similar ao de gás no início da tarde. Segundo a assessoria da universidade, a empresa responsável pelo fornecimento de gás foi acionada e foi constatado o vazamento de oleína, substância causadora do odor característico do gás liquefeito de petróleo (GLP). A substância foi liberada após manutenção na caldeira de cozimento do RU, pois um mangote do equipamento não foi reconectado, causando o vazamento. Ainda conforme a instituição, o produto não representa perigo. A expectativa é de que, após a realização da verificação, a empresa responsável pelo fornecimento de gás emita um laudo e uma anotação de responsabilidade técnica (ART), constatando a segurança da rede.