Conversar sobre a última rodada do Brasileirão ou sobre os próximos passos do vilão na novela em bares e restaurantes parece algo bem comum ao público. Mas e se começarmos a debater ciência nesses ambientes? Essa é a proposta do Pint of Science, evento que busca tornar os conhecimentos científicos mais acessíveis ao grande público através do diálogo com pesquisadores de diversas áreas. Neste ano dois professores da UFJF, Eduardo Barrere e Denis Franco, estarão presentes.
O Pint of Science será realizado nas noites desta segunda até quarta-feira, 15, 16 e 17 de maio, e terá eventos em 22 cidades por todo o Brasil. A participação não requer custos e não é necessário inscrição.
Presença da UFJF
Professor dos programas de pós-graduação do Mestrado Profissionalizante em Educação Matemática e do Mestrado Acadêmico em Ciência da Computação da UFJF, Barrere terá como tema a automatização da sociedade atual. Ele se apresenta segunda, 15, em Belo Horizonte junto com o professor Nívio Ziviani, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Hoje, todos participam ativamente da evolução tecnológica, mas é preciso que o entendimento desse processo se torne mais acessível. Para isso, vou procurar esclarecer o como a automatização influência na vida pessoal e nos negócios e o como as máquinas irão nos ver no futuro”, afirma Eduardo.
O professor Denis Franco, coordenador do Mestrado em Direito e Inovação da UFJF, em sua apresentação, também dialogará com o mundo virtual. O tema proposto é a presença dos ciborgues na sociedade e com isso serão discutidos “o fim dos limites versus a dependência tecnológica”.
Sua fala junto ao professor Sérgio Fonseca, da UFMG, rondará a provocação feita nos anos 1990 pela bióloga e filósofa estadunidense Donna Haraway: onde termina o humano e onde começa a máquina? Para isso colocaram em questão os perigos de a acoplagem do homem às novas tecnologias causarem dependência.
O evento
O Pint of Science surgiu na Inglaterra a partir do seguinte questionamento dos pesquisadores Michael Motskin e Praveen Paul: “se as pessoas podem ir até os laboratórios se encontrar com os cientistas, porque os cientistas não podem sair de seus laboratórios para encontrar as pessoas?”. Com isso, em maio de 2013, eles realizaram o primeiro evento e, devido ao sucesso, hoje mais de cem cidades em 11 países aderiram à iniciativa.
“Vejo o Pint of Science como a oportunidade de levar o conhecimento de forma mais fácil e mostrar à população que o que é feito nos laboratórios influencia diretamente em suas vidas”, conta Barrere.