Para estimar e catalogar a fauna de uma determinada região, é comum a realização de estudos de diversidade, nos quais são utilizadas várias metodologias, como as armadilhas atrativas. Estas são preenchidas com líquidos atrativos de insetos que, após serem capturados, são pesquisados. Este método foi utilizado pela acadêmica Tatiane Tagliatti Maciel durante o desenvolvimento de sua dissertação de mestrado. A pesquisa foi apresentada no Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas – Comportamento e Biologia Animal (PPGCB-CBA).
A mestranda mostrou que as vespas sociais desempenham um papel importante na manutenção de ecossistemas, controlando a quantidade de herbívoros e pragas. Estes insetos ainda atuam como agentes polinizadores, tanto em ambientes agrícolas, quanto urbanos. O objetivo do trabalho era otimizar a coleta destas vespas e, a partir disto, foi possível elaborar um protocolo relativo a esta dinâmica. Segundo a acadêmica, “a ideia da criação do protocolo de coletas com armadilhas atrativas pode servir como pontapé inicial para o desenvolvimento de protocolos com outros métodos menos utilizados, padronizando ainda mais os estudos de diversidade.”
Para elaborar o protocolo, foram realizados experimentos no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora com armadilhas feitas de garrafas PET, preenchidas com diferentes atrativos alimentares e de vários tamanhos. Ao avaliar os estudos de diversidade de vespas sociais, Tatiane chegou às conclusões de que o método de armadilhas atrativas é o mais utilizado na realização destes estudos, embora ainda sejam escassos no Norte de Minas Gerais. Ela também percebeu a falta de padronização da metodologia. “A falta de padronização na coleta desses insetos impossibilita a comparação dos resultados de trabalhos realizados em diferentes áreas, e um protocolo possibilitaria essa padronização e comparação. Além disso, irá gerar uma redução no tempo de estudo sem perda nos dados coletados, assim como a diminuição dos custos das pesquisas de campo”, aponta.
Banca examinadora:
Prof. Dr. Fábio Prezoto – (orientador – UFJF)
Prof. Dr. Luis Henrique Soares Alves – (Universidade Severino Sombra)
Profa. Dra. Juliane Floriano Lopes Santos – (UFJF)
Outras informações: (32) 2102-3223 – Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas – Comportamento e Biologia Animal (PPGCB-CBA)