ida à escola abriu uma série de visitas que a atual gestão realizará em todas as unidades acadêmicas, com o objetivo de criar oportunidades de contato mais próximo, apresentar as ações realizadas no primeiro ano de gestão e explicar o planejamento previsto para a Universidade nos próximos anos. (Foto: Divulgação)

Ida à escola abriu uma série de visitas que a atual gestão realizará em todas as unidades acadêmicas, com o objetivo de criar oportunidades de contato mais próximo, apresentar as ações realizadas no primeiro ano de gestão e explicar o planejamento previsto para a Universidade nos próximos anos. (Foto: Divulgação)

O reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus Vinicius David, e a vice-reitora Girlene Alves da Silva visitaram o Colégio de Aplicação João XXIII na noite dessa quarta-feira, 10. A ida à escola abriu uma série de visitas que a atual gestão realizará em todas as unidades acadêmicas, com o objetivo de criar oportunidades de contato mais próximo, apresentar as ações realizadas no primeiro ano de gestão e explicar o planejamento previsto para a Universidade nos próximos anos. Durante as reuniões, reitor, vice-reitora e equipe de gestão também discutirão as especificidades de cada unidade acadêmica.

Durante sua fala no colégio, acompanhada por membros da direção, professores e técnico-administrativos locais, Marcus David destacou o período conturbado no primeiro ano da atual gestão, caracterizado por um momento de crises internas e externas. “Nossa gestão sucedeu um processo de renúncia do então reitor e também um cenário nacional muito conturbado. Assumimos exatamente 40 dias antes do afastamento da presidente Dilma Rousseff, o que nos causava uma grande incerteza, já que, todas as reuniões com o Ministério da Educação eram inconclusivas, pois os rumos do país dependiam do processo de afastamento definitivo da presidente. Após Michel Temer assumir, o Ministério levou mais de um mês para montar toda a sua equipe e as universidades ficaram sem ter a quem recorrer, pois o secretário da Secretaria de Educação Superior não havia sido designado. Vivemos, então, mais esse momento de instabilidade.”

O reitor destacou que, mesmo após a formação completa dos cargos no Ministério da Educação (MEC), a situação da UFJF em 2016 continuou sendo de crise orçamentária nos meses seguintes de gestão, uma vez que o MEC sinalizava que programas que já existiam precisariam ser suspenso ou revistos, sob o argumento da crise econômica no país que demandaria contenções. “Vivemos uma crise orçamentária em 2016, pois ocorreu contingenciamento quase durante todo o ano e só bem próximo ao final do ano que as liberações começaram a acontecer.”

Ainda que esse fosse o cenário, a administração superior trabalhou garantindo a manutenção de questões consideradas pelo Conselho Superior (Consu) como essenciais para o funcionamento da UFJF. “Conseguimos garantir os pagamentos com rigor de todas as bolsas, da assistência estudantil, das empresas terceirizadas e do restaurante universitário. E conseguimos passar por esse período devido a estratégia da transparência, de sempre informar ao Consu qual era a situação e discutir, em conjunto, o que fazer para sobreviver a crise de 2016.”

Desafios administrativos

Presente na reunião, o pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças (Propof), Eduardo Condé, explicitou os principais desafios administrativos pelos quais a Universidade passou ao longo de 2016, com obras paralisadas, processos administrativos disciplinares em aberto e uma desorganização administrativa identificada pela atual gestão.

Segundo Condé, 2016 foi o ano de uma série de “correções de rumo”, que tomaram grande tempo da equipe da Propof. “Além da questão financeira, precisamos nos aproximar bastante do Tribunal de Contas da União e da Controladoria Geral da União, dando várias respostas a esses órgãos de controle, mas também traçando um acerto de relações que permitam que possamos prosseguir. Além dessas questões, também passamos por um importante momento de regulação interna para manter o funcionamento da Universidade e, também, avançar em todos os aspectos possíveis.”

Planos para os próximos anos

Condé esclareceu ainda que o orçamento da UFJF para 2017 é mais preocupante que as contas do ano anterior. Segundo o pró-reitor, o MEC divulgou que irá fixar os limites de contingenciamento no orçamento de 60% para a manutenção e de 20% para investimentos. “Só com as nossas quatro responsabilidades principais — limpeza/conservação; segurança; bolsas estudantis e despesas fixas — representam 80% do total do orçamento liberado”, contabilizou.

O reitor Marcus David afirmou que, apesar da situação financeira, a gestão vai trabalhar para que a Universidade continue avançando. “Se avaliarmos, podemos dizer que a arrumação mais pesada foi feita. Agora, precisamos fazer uma ampla discussão institucional para que possamos olhar para frente. Queremos consolidar um modelo de gestão transparente e traçar metas de projetos para a graduação, a pós-graduação e a extensão. E é também importante construir uma cultura de respeito à diversidade na UFJF, assim como uma cultura de inovação.”

O reitor Marcus David destacou que existe um grande empenho da administração superior em reforçar o sentimento de pertença do Colégio de Aplicação João XXIII à Universidade, de forma a promover uma aproximação mais intensa. (Foto: Divulgação)

O reitor Marcus David destacou que existe um grande empenho da administração superior em reforçar o sentimento de pertença do Colégio de Aplicação João XXIII à Universidade, de forma a promover uma aproximação mais intensa. (Foto: Divulgação)

João XXIII

Durante a reunião, o reitor tratou de assuntos específicos do Colégio de Aplicação João XXIII, como uma série de obras que deveria ter sido iniciada em 2013, mas que, por conta de um problema de adequação no projeto de execução, foi inviabilizada. “Estamos negociando com a CGU a possibilidade de utilizar um empenho de R$ 10 milhões para que, feita uma nova licitação, a obra possa ser feita no colégio. No entanto, para isso, o projeto precisa ser rediscutido pelos servidores do colégio, que vão definir quais obras são mais importantes.”

Outra questão específica foi a finalização do processo de mudança do Centro de Ciências do espaço atualmente anexo ao colégio para o campus universitário. “Esse espaço tem que ser apropriado pelo João XXIII.”

O reitor considerou ainda que há um empenho da administração superior em reforçar o sentimento de pertença do Colégio de Aplicação João XXIII à Universidade, de forma a promover uma aproximação mais intensa.