Veículo: D24am
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2017
Título: Seduc realiza seleção para mestrado em Gestão e Avaliação da Educação Pública da UFJF
Manaus – A Secretaria de Estado de Educação (Seduc/AM) iniciou, hoje (4), processo de seleção no curso de Mestrado em Gestão e Avaliação da Educação Pública, coordenado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) em Minas Gerais, no qual oferecerá 10 vagas. Os candidatos aprovados na seleção terão todas as despesas do curso arcadas pelo Governo do Amazonas, conforme informou a secretaria, por meio de assessoria de imprensa.
A seleção é direcionada exclusivamente para servidores da Seduc detentores de cargos efetivos de professor ou pedagogo, e que atentarem para todos os pré-requisitos estabelecidos no edital do certame.
Veja o edital do processo seletivo
Acesse o link para realizar a inscrição
Confira a retificação do edital
Após inscrição no site, os documentos comprobatórios deverão ser entregues até o dia 18 de maio de 2017, até às 17h, no Centro de Formação Profissional Padre José de Anchieta (Cepan), localizado na Avenida Waldemiro Lustosa, nº 275, bairro Japiim 2, Manaus (ao lado da sede da Seduc).
As provas objetivas e dissertativas serão realizadas no dia 11 de junho e a lista final com os aprovados no Processo Seletivo 2017 será divulgada, a partir de 14 de julho de 2017, no site www.mestrado.caedufjf.net.
Mais informações podem ser adquiridas junto ao Centro de Formação Profissional Padre José de Anchieta, por meio do telefone: 3614-2328. É necessário também consultar as Normas Adicionais elaboradas pela Seduc/AM.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2017
Título: Projeto da UFJF oferece atendimento gratuito a pacientes com desordens na mastigação
Um projeto de extensão da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) atende pacientes com “Desordens Temporomandibulares”, que são problemas de desordem na mastigação. O projeto existe há 25 anos e já beneficiou cerca de 8.000 pessoas.
De acordo com o coordenador do projeto, Josemar Parreira Guimarães, pessoas de 32 cidades dos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro são assistidas pelo chamado Serviço de Diagnóstico e Orientação a Pacientes com Desordens Temporomandibulares (Serviço ATM) e há mais de 300 pessoas na fila de espera.
As desordens temporomandibulares ocorrem quando a articulação que liga a mandíbula ao crânio não funciona corretamente. Assim, o paciente passa a fazer um esforço mastigatório muito grande e força os músculos. Como consequência, ocorrem as dores na região da cabeça, ouvido e face.
Segundo o coordenador do projeto, o diagnóstico das desordens costuma ser demorado. “É o paciente que já foi várias vezes no otorrinolaringologista, no neurologista e não consegue descobrir a causa da dor que tem. É o paciente que trava a mandíbula de boca aberta, o ouvido estala muito e parece que tem areia dentro. Esses são os sintomas na maioria dos pacientes, embora existam muitos outros”, afirmou.
O problema pode começar por casos de ansiedade, dentes desalinhados, acidentes que afetem a mandíbula. O tratamento ocorre com o uso de uma placa dentária. “A placa vai aliviar a carga na articulação e essa musculatura também. Porque quando o paciente é muito ansioso, ele descarrega tudo nos dentes durante um apertamento. Essa força já vai ser distribuída pela placa e vai reduzir essa carga na musculatura dele”, explicou a universitária Eveling Reis.
Há um ano, a auxiliar administrativa Norma Ferreira descobriu o tratamento. Agora não tem dores, irritação e baixa auto-estima, que a acompanharam por quase 30 anos, provocadas pela disfunção temporomadibular (DTM). “A dor de cabeça que eu sentia era muito forte, às vezes eu tinha crise de choro. Não conseguia fazer certas coisas”, disse.
Atendimento gratuito
Os assistidos pelo Serviço ATM contam com um atendimento interdisciplinar, com cirurgião dentista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicólogo. No Serviço Único de Saúde (SUS) o tratamento não é gratuito e o atendimento na rede particular é oneroso.
“O Serviço ATM abre portas para o paciente que têm essas desordens e que são carentes, que não tem condição financeira de pagar um tratamento diferenciado no sentido do alívio da dor. Aqui nós temos resultados bastantes favoráveis a um nível de 95%”, disse o coordenador.
O atendimento pode ser agendado no primeiro piso da faculdade no setor de acolhimento. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Para o tratamento da DTM, o atendimento ocorre apenas às sextas-feiras, das 13h30 às 18h.
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Veículo: Correio Braziliense
Editoria: Eu estudante
Data: 04/05/2017
Título: Hospitais universitários prestam apoio psicossocial contra suicídio
Atualmente considerado um problema de saúde pública mundial, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Preocupados com essa alarmante realidade, 28 hospitais universitários filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação, nas cinco regiões do país, oferecem tratamento psicossocial com equipes multiprofissionais que envolvem médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas, dentre outros.
O tema suicídio tomou os noticiários nas últimas semanas, quando o desafio da “Baleia Azul” reacendeu uma antiga discussão: doenças psicossociais que podem levar as pessoas a tirarem a própria vida. O assunto ganhou repercussão nacional depois que uma adolescente de 16 anos foi encontrada morta em uma represa no estado de Mato Grosso, supostamente após cumprir o último desafio do jogo, e de ter sido registradas outras ocorrências de tentativas de suicídio.
O jogo da Baleia Azul surgiu nas redes sociais russas e consiste em listar uma série de 50 desafios, que incluem automutilação, culminando com o suicídio do participante. Apesar do teor criminoso do jogo, adolescentes com transtornos de personalidade podem ser tornar alvo fácil.
JS, morador da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, é usuário desse tipo de serviço. Vítima de um acidente de trânsito há mais de dez anos que desencadeou uma série de problemas, ele foi diagnosticado com depressão. Semanalmente, JS tem acompanhamento de profissionais do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN). Na unidade filiada à Ebserh, ele participa de atividades como terapia, reunião com grupo de apoio, oficinas, além de acompanhamento médico.
Outra unidade da Rede Ebserh que oferece atendimento psicossocial é o Hospital Universitário da Universidade de Juiz de Fora (HU-UFJF). Lá, o Serviço de Psiquiatria e o Centro de Apoio Psicossocial (Caps) atendem pacientes teoricamente mais suscetíveis a buscar o suicídio, como os casos de depressão, transtornos de personalidade, dependentes químicos e esquizofrênicos.
O psiquiatra Alexandre Rezende Pinto explica que as famílias devem se atentar ao chamado comportamento suicida. Começando com o desejo de morrer, passando por acreditar ser essa a melhor decisão, o planejamento, até, por fim, tomar a atitude. “Pessoas caladas, que evitam o contato social e com mudanças importantes de comportamento devem ser observadas”, afirma o médico do HU-UFJF.
Apoio emocional
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pessoas com comportamento suicida 24 horas por dia pelo telefone 141, além de e-mail, chat e Skype. A associação, que fornece apoio emocional e prevenção ao suicídio, registrou o dobro de pedidos de ajuda desde a estreia de “13 Reasons Why”, série lançada no fim de março que aborda o suicídio de uma adolescente. Produzida pela cantora Selena Gomez, a série é inspirada no livro homônimo de Jay Asher e narra as razões que levaram uma estudante a tirar a própria vida.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos de idade, com mais de 800 mil casos por ano em todo o mundo. Geralmente, essas pessoas chegaram a procurar ajuda e não tiveram o tratamento da melhor forma. “Existe um mito ao achar que quando falam, não vão fazer. É muito importante valorizar as tentativas de suicídios”, conclui Rezende.
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Veículo: paraiba.com.br
Editoria: Notícias
Data: 04/05/2017
Título: Suicídio pode ser evitado com tratamento multiprofissional e diálogo; HUs oferecem tratamento
Atualmente considerado um problema de saúde pública mundial, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Preocupados com essa alarmante realidade, 28 hospitais universitários filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação, nas cinco regiões do país, oferecem tratamento psicossocial com equipes multiprofissionais que envolvem médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas, dentre outros.
O tema suicídio tomou os noticiários nas últimas semanas, quando o desafio da “Baleia Azul” reacendeu uma antiga discussão: doenças psicossociais que podem levar as pessoas a tirarem a própria vida. O assunto ganhou repercussão nacional depois que uma adolescente de 16 anos foi encontrada morta em uma represa no estado de Mato Grosso, supostamente após cumprir o último desafio do jogo, e de ter sido registradas outras ocorrências de tentativas de suicídio.
O jogo da Baleia Azul surgiu nas redes sociais russas e consiste em listar uma série de 50 desafios, que incluem automutilação, culminando com o suicídio do participante. Apesar do teor criminoso do jogo, adolescentes com transtornos de personalidade podem ser tornar alvo fácil.
JS, morador da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, é usuário desse tipo de serviço. Vítima de um acidente de trânsito há mais de dez anos que desencadeou uma série de problemas, ele foi diagnosticado com depressão. Semanalmente, JS tem acompanhamento de profissionais do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Huol-UFRN). Na unidade filiada à Ebserh, ele participa de atividades como terapia, reunião com grupo de apoio, oficinas, além de acompanhamento médico.
Outra unidade da Rede Ebserh que oferece atendimento psicossocial é o Hospital Universitário da Universidade de Juiz de Fora (HU-UFJF). Lá, o Serviço de Psiquiatria e o Centro de Apoio Psicossocial (Caps) atendem pacientes teoricamente mais suscetíveis a buscar o suicídio, como os casos de depressão, transtornos de personalidade, dependentes químicos e esquizofrênicos.
O psiquiatra Alexandre Rezende Pinto explica que as famílias devem se atentar ao chamado comportamento suicida. Começando com o desejo de morrer, passando por acreditar ser essa a melhor decisão, o planejamento, até, por fim, tomar a atitude. “Pessoas caladas, que evitam o contato social e com mudanças importantes de comportamento devem ser observadas”, afirma o médico do HU-UFJF.
Apoio emocional
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende pessoas com comportamento suicida 24 horas por dia pelo telefone 141, além de e-mail, chat e Skype. A associação, que fornece apoio emocional e prevenção ao suicídio, registrou o dobro de pedidos de ajuda desde a estreia de “13 Reasons Why”, série lançada no fim de março que aborda o suicídio de uma adolescente. Produzida pela cantora Selena Gomez, a série é inspirada no livro homônimo de Jay Asher e narra as razões que levaram uma estudante a tirar a própria vida.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos de idade, com mais de 800 mil casos por ano em todo o mundo. Geralmente, essas pessoas chegaram a procurar ajuda e não tiveram o tratamento da melhor forma. “Existe um mito ao achar que quando falam, não vão fazer. É muito importante valorizar as tentativas de suicídios”, conclui Rezende.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria:
Data: 04/05/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/maioria-chega-a-cidade-por-negocios/
Título: Maioria chega a cidade por negócios
A maioria dos turistas (53,5%) chega a Juiz de Fora a negócios, enquanto 16,2% frequentam a cidade para visitar familiares. Outros motivos para aportar aqui são eventos sociais, culturais, técnico-científicos e esportivos (7,8%), saúde (4,5%), lazer (7,4%), educação e ensino (3,1%), entre outros. As principais cidades de origem são Belo Horizonte (16,2%), Rio de Janeiro (14,4%), São Paulo (12,4%) e Campinas (3%). Dentre os entrevistados, 98% pretendem voltar.
Esses são os principais dados do projeto de iniciação científica “O turista que a cidade tem, a cidade que o turista quer”, realizado pelo curso de Turismo da UFJF. Para o projeto, foram entrevistados 512 visitantes que estiveram na cidade no ano passado. Segundo o coordenador da pesquisa, professor Marcelo Carmo Rodrigues, bolsistas voluntários do curso aplicaram questionários no hall de hotéis, no Terminal Rodoviário Miguel Mansur e no Aeroporto Itamar Franco. Os dados foram coletados no período de maio a dezembro de 2016.
Conforme o professor, a sondagem aponta para uma curta permanência no município. A média é de um pernoite (31,4%) e apenas 16% dos visitantes permaneceram na cidade por mais de cinco noites. Os gastos médios são considerados altos. Dentre os entrevistados, 18,9% declararam ter gasto mais de R$ 401.
O levantamento também pesquisou outras variáveis do perfil do turista, como o meio de transporte utilizado, o tipo de hospedagem e os motivos que fariam o turista voltar. De acordo com os dados coletados, a recepção e o atendimento (11,8%), a localização (7,5%), a infraestrutura do hotel (6,8%) e a limpeza (1,9%) foram apontados como pontos fortes do município, enquanto internet (3,2%), café da manhã (2,4%), instalações (2,2%), alimentos e bebidas (1,6%) e barulho (1,2%) foram indicado como pontos fracos para o turismo em Juiz de Fora.
“A importância dessa pesquisa reside no fato de representar a continuação de trabalhos científicos desenvolvidos anteriormente e por permitir avanços na pesquisa social em turismo – ainda incipiente – na UFJF. O projeto atende a uma demanda da comunidade e do curso de Turismo, além de reafirmar o papel central que a universidade exerce na ampliação da pesquisa social, que busca respostas para questões diretamente ligadas ao homem e suas relações socioculturais”, afirma o professor.
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Veículo: Hoje em dia
Editoria: Horizontes
Data: 04/05/2017
Título: Mais de 90% dos casos de chikungunya estão concentrados no Leste de Minas
O avanço da chikungunya sobre Minas não é apenas veloz, mas também concentrado. Hoje, um grupo de 15 municípios situados principalmente no Leste do Estado registra 10.888 casos prováveis de contaminação pela doença, o que equivale a 93% das ocorrências em território mineiro. No topo da lista, permanece Governador Valadares, cidade que, só na última semana, assistiu ao surgimento de mais 1.299 casos segundo levantamentos da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Proporcionalmente, a incidência da chikungunya em Valadares cresce mais do que a média de todo Estado. De 25 de abril a 2 de maio, os registros aumentaram 20% no município, enquanto em Minas, o crescimento no mesmo período foi de 17%.
Apesar de ainda não haver estudos específicos para explicar o fenômeno, pesquisadores cogitam que os fatores ambientais são os principais responsáveis pelo crescimento tão elevado da chikungunya na região.
“Valadares é uma cidade quente e úmida, o que pode gerar condições favoráveis para reprodução do mosquito transmissor da doença. Além disso, há a hipótese de que a lama que escorreu da barragem de Fundão tenha comprometido a vegetação às margens do rio Doce e causado um desequilíbrio na população de insetos. Mas isso é uma hipótese que ainda não foi comprovada”, explica a bioquímica e pesquisadora da Universidade Vale do Rio Doce, Lucia Alves de Oliveira Fraga.
Por meio de nota, a Samarco informou que “refuta qualquer afirmação de correlação entre casos de chikungunya em Governador Valadares e o rompimento da barragem de Fundão, pois não há estudos científicos que comprovem essa hipótese”.
Ações
O salto nos casos de chikungunya tem demandado do Estado ações intensas nas áreas de maior foco da doença.
A SES-MG informou que as medidas de controle ao Aedes aegypti – que além da chikungunya transmite a dengue e a zika – estão sendo reforçadas em todo o Estado.
Em relação a Governador Valadares, a secretaria afirma que “vem promovendo capacitações e treinamentos com as áreas técnicas sobre o tema, de modo que os profissionais estejam melhor preparados para lidar com a doença”.
A prefeitura de Governador Valadares informou, por meio de nota, que o Plano de Contingência elaborado pela Prefeitura para enfrentar o surto de chikungunya está em vigor desde fevereiro.
A partir da próxima segunda-feira, a rede municipal de saúde passará a contar com um reforço de cerca de 100 alunos do 7º ao 9º períodos do curso de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), campus Governador Valadares.
De acordo com a prefeitura, os futuros médicos “vão integrar as Equipes de Saúde da Família para acolher, com qualidade e eficiência, pessoas com suspeitas de arboviroses”.
A secretaria de saúde do município informou que “não quantificou ainda os gastos específicos relativos ao combate e prevenção às arboviroses (dengue, zika e chikungunya) porque, além das ações específicas da Secretaria de Saúde, este investimento inclui também Mutirões de Limpeza, Campanhas de Conscientização e a utilização de insumos dos quais o município já dispõe rotineiramente”.
Números
Onze pessoas já morreram por chikungunya em Minas neste ano, de acordo com boletim divulgado na última terça-feira pela SES-MG.
Na semana passada, o órgão já havia, inclusive, decretado situação de alerta em Minas por causa do aumento de mais de 3.200% nos quatro primeiros meses de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 289 casos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Arte e vida
Data: 04/05/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/existimos-insistimos-e-resistimos/
Título: “Existimos, insistimos e resistimos”
Em plenos anos de chumbo, Juiz de Fora peitava o conservadorismo e a repressão da ditadura militar realizando o Miss Brasil Gay, um escândalo para o reacionarismo dos idos dos anos 1970. Por décadas a fio, o concurso alavancou a cidade a seu pioneirismo em ações LGBTTI não apenas como lazer e entretenimento. Com a disputa de beldades, vieram iniciativas como o Rainbow Fest e a Parada Gay, que transformaram os dias do evento na versão juizforana da Semana do Orgulho Gay. Além disso, a realização do torneio de misses sempre teve importante papel político, tendo realizado ações conjuntas com o Movimento Gay de Minas (MGM) e sido relevante para a aprovação da Lei Municipal nº 9791 de Juiz de Fora, a “Lei Rosa”, de 2000, que proíbe a discriminação da população LGBT na cidade. Mas Juiz de Fora parece ter voltado para o armário. Desde 2013, última edição do concurso (e também em 2012 quando não houve Miss Gay), os tons deste arcoíris fortalecido ao longo dos anos foram se desbotando. A boa notícia é que a explosão de cores já têm data para voltar à cidade: 19 de agosto de 2017.
Segundo os produtores André Pavam e Marcelo do Carmo, a realização da 37ª edição do concurso só será possível porque houve uma sinalização de verba por meio de uma emenda parlamentar da deputada Margarida Salomão, viabilizando o Miss Gay entre um dos projetos de extensão da UFJF. “Sem dinheiro, não adianta ter vontade, e a gente sempre fez o Miss Gay na raça, batendo de porta em porta. Mas achávamos também que ‘o sonho de ser miss’ era algo de gerações passadas, mas está vivíssimo! Foi só postar na página do evento (Facebook/Miss Brasil Gay), que começou uma movimentação imediata no país inteiro. Mesmo após três anos, a representatividade do evento é gigante”, conta o consultor Marcelo.
Para a última coroada pelo evento, Sheila Veríssimo, encerrar o longo reinado não é motivo de tristeza, pelo contrário. “A Miss Brasil Gay só existe se houver o concurso e vai além de eleger o transformista mais bonito do Brasil. É um movimento de resistência, de enaltecimento da arte e da cultura gay e de um pensamento pró-diversidade”, opina. Para André Pavam, o retorno em 2017 não podia ser mais oportuno. “Estamos vendo um avanço da bancada evangélica, do conservadorismo, do pensamento reacionário. Ninguém é obrigado a gostar de gay, mas respeito é obrigatório a qualquer pessoa. Voltar com o Miss Gay agora é dizer, para quem comemorou a ausência do concurso: Nós não fomos a lugar algum. Estamos aqui e existimos, insistimos e resistimos.”
“Queremos voltar para casa”
Coordenador artístico da empreitada, André Pavam acrescenta que ainda não há local definido, mas que a intenção é sediar o desfile de candidatas no Sport. “Queremos voltar para casa. O (Cine-Theatro) Central elitizou um pouco o Miss Gay, apesar de tê-lo tornado mais glamoroso. Ficou mais concurso e menos festa, perdeu-se o desfile secundário – maravilhoso por sinal – do evento: o do público, nas mesas abaixo do palco. E queremos resgatar isso.” Segundo ele, o impasse se deve ao fato de o salão nobre estar interditado pelo Corpo de Bombeiros, que solicitou diversas intervenções para adequação para reabertura do espaço. Procurada pela Tribuna, a presidência do Sport não se manifestou até o fechamento da edição.
Também no sentido de democratizar o concurso, os ingressos serão vendidos a preços populares e/ou com troca de donativos. “Um evento voltado para uma minoria não pode ser excludente. De que vale o Miss Gay se ficar de fora o homossexual pobre, de periferia, e que não tem acesso a outros eventos LGBTTI? Perde o sentido”, questiona Marcelo do Carmo. Mesmo que ainda não tenha casa, a disputa deste ano já tem tema: “Masculino e feminino: a arte do transformismo” que, para os organizadores, é mais atual do que nunca. “As linhas entre identidades de gêneros estão cada vez mais fluidas, e isso está na mídia o tempo todo: em RuPaul’s Drag Race (disputa de drag queens na TV fechada, no programa “Amor e sexo” da Rede Globo, que dá voz a drags, travestis, transexuais, gays, lésbicas, enfim… as pessoas estão vendo, conversando sobre”, diz André Pavam. “Com o empoderamento das identidades trans, pensávamos que não haveria mais interesse em discutir o masculino e feminino em um só corpo. Mas a quebra de estereótipos e o desejo de ter identidades transitórias e ausentes de rótulos só fortalecem o Miss Gay, especialmente no tema deste ano”, completa Marcelo.
‘Ou faz do tamanho que é, ou não faz’
Segundo André Pavam, a maior dificuldade em se conseguir recursos para o Miss Gay é a grandiosidade do evento. “É gigante aqui em Juiz de Fora, em infraestrutura: som, luz, decoração, logística para as participantes e excursões de turistas, enfim, a festa no dia que acontece. Mas nossos esforços começam muito antes, no contato com os coordenadores de cada estado, nas seletivas que elegerão a miss que os representará na etapa nacional. É um evento que mobiliza o país inteiro”, afirma o coordenador artístico, destacando que mais cinco estados participarão da disputa no retorno do evento. Segundo Marcelo do Carmo, esta grandiosidade inerente ao concurso foi um dos motivos pelo hiato de quatro anos. “Ficamos sem fazer, porque não queríamos diminuir o Miss Gay, não dá para fazer uma festinha com mesinhas. Ou faz do tamanho que é ou não faz.”
Marcelo aponta também que, ainda em 2017, há muito preconceito em associar uma marca ou iniciativa como apoiador do Miss Brasil Gay. “Até a última edição, era difícil encontrar um empresário que quisesse estar no nosso material de divulgação, aparecer como patrocinador mesmo. O concurso é muito bem-visto e recebido, mas sempre foi muito difícil encontrar quem de fato o financiasse e assim ficasse associado a ele”, diz o organizador. Ele acredita, entretanto que o fortalecimento do movimento LGBTTI pela mídia e pelas redes sociais pode ajudar a mudar este cenário. “Ainda não sabemos, mas acho que este interesse pela cultura gay como um todo e a resistência podem abrir portas.”
André afirma que, além de patrocinadores, a organização também está tentando parcerias com a iniciativa pública, sobretudo com a Prefeitura. “É um evento que movimenta muitíssimo o turismo, mas também pode ter ações de saúde, educação, é possível pensar em diversos caminhos para concretizar o apoio público. Estamos, inclusive, em diálogo com a Funalfa, que sinalizou interesse até em ampliar as ações para além do Miss Gay em si, mas nenhuma ação concreta foi tomada ainda.”
A Funalfa, por meio da assessoria de comunicação da Prefeitura, confirma que foi procurada e está conversando com os organizadores sobre o evento.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 05/05/2017
Título: UFJF lança edital de seleção para Moradia Estudantil
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) lançou nesta sexta-feira (5) o edital para seleção de estudantes que querem ocupar os prédios da Moradia Estudantil.
Nesta primeira fase, estão sendo disponibilizadas 70 vagas e os pretendentes têm até às 18h do dia 15 de maio para efetuarem as inscrições através do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga).
De acordo com o pró-reitor de Assistência Estudantil da UFJF, Marcos Souza Freitas, ainda não serão entregues as 113 vagas previstas inicialmente durante o período de adaptação dos estudantes.
“Foram realizadas diversas reuniões e decidimos que o ideal para o momento era não disponibilizar o número total, já que os alunos que forem selecionados nesta primeira fase deverão se organizar para definir, ainda, algumas regras de funcionamento como um condomínio”, explicou.
Freitas relatou que a ocupação de todas as vagas neste primeiro momento dificultaria a parte de estrutura de funcionamento das moradias. “A ocupação total poderia impedir que novos alunos, que entrarão no próximo semestre e tenham ainda mais dificuldades financeiras, participem do processo seletivo”, completou.
De acordo com informações divulgadas pela Pró-reitoria de Assistência Estudantil da UFJF, as vagas são para alunos que possuam família que não seja residente em Juiz de Fora e se enquadrem nos critérios socioeconômicos exigidos pela instituição. O resultado parcial da seleção será publicado no dia 1º de junho e, após análise de recursos, sairá o resultado final, previsto para o dia 21 do mesmo mês.
Estrutura
Os dois prédios têm quatro andares, com quartos individuais, duplos e triplos, e estão localizados na Rua José Lourenço Kelmer, no Bairro São Pedro. Há áreas comuns de estudo e convivência, banheiros e cozinha em cada ala e lavanderia compartilhada, com os equipamentos correspondentes, como fogões, geladeiras e máquinas de lavar.
O maior prédio comporta até 82 estudantes, e o menor, 31. Ambos terão ocupação masculina e feminina, mas com separação de alas e pavimentos. Esta e todas as demais decisões sobre a habitação foram discutidas na Comissão de Moradia Estudantil e em fóruns com representantes dos alunos.
A maior parte dos quartos terá dois estudantes cada. Eles serão equipados com beliche e colchões, escaninhos e mesas de estudo. Há também alojamentos adaptados para pessoas com deficiência. A distribuição dos quartos entre os candidatos selecionados será feita por sorteio, após a seleção em edital específico.
Haverá controle de acesso na entrada dos prédios e cada morador receberá as chaves de acesso após a assinatura do termo de ocupação. Não serão permitidos animais de estimação, nem fumar nos ambientes fechados, fazer festas ou atividades que atrapalhem o descanso e os estudos dos demais residentes, receber pessoas para pernoite, entre outras regras listadas em um regulamento, que será disponibilizado em breve.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 05/05/2017
Título: UFJF abre chamada pública para coleta de materiais recicláveis
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu processo seletivo para Associações e Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis participarem da coleta de resíduos descartados pela instituição. O prazo de inscrição vai até 12 de maio.
A documentação deve ser entregue na Central de Atendimento, no prédio da Reitoria, e endereçada à Comissão para a Coleta Seletiva Solidária. O atenimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h.
Podem se inscrever associações e cooperativas que não tenham fins lucrativos, apresentem infraestrutura para realizar a triagem e a classificação dos materiais coletados e realizem o sistema de rateio entre os associados ou cooperados. Os catadores também devem ter a coleta como única fonte de renda.
As entidades devem contar com um representante legal credenciado, que precisa apresentar cópia de documento com foto e de um que o habilite a representar a entidade. Está prevista visita técnica à sede para verificar se atende aos requisitos estabelecidos no edital.
A lista de associações ou cooperativas aprovadas será divulgada em 16 de maio, no site da UFJF, e o período de interposição de recursos irá até o dia 17. O resultado final será publicado dia 18 de maio.
As entidades habilitadas se reunirão com a Comissão de Coleta Seletiva Solidária para definir a operacionalização do trabalho e, no caso, de mais de uma associação ou cooperativa habilitadas, discutir a forma de partilha.
Os materiais a serem reciclados foram divididos em três categorias: Classe 01 – Plásticos, papéis, papelões e metais; Classe 02 – Isopor; e Classe 03 – Embalagens cartonadas tipo longa vida.
A vigência do Termo de Parceria e Compromisso será de seis meses, renovável a cada seis meses, por, no máximo, dois anos.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 05/05/2017
Link: https://app.newsmonitor.com.br/article/287621481
Título: UFJF promove Domingo no Campus com programação voltada para as mães
Em homenagem ao Dia das Mães, o Domingo no Campus, projeto de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), traz uma programação especial para as mães no próximo domingo (7). O evento acontecerá na Praça Cívica da universidade, das 9h às 13h, e contará com brincadeiras, oficinas de bordado e alongamento, música e contação de histórias, além das diversas atividades de recreação para crianças, adultos e idosos.
A ação traz algumas novidades para a interação do público, como o correio eletrônico, que será disponibilizado para as crianças mandarem mensagem para as mães, uma oficina de artesanato com matériais recicláveis e um workshop sobre o funcionamento do spraY e algumas técnicas usadas com o elemento grafite apresentado pelo Coletivo HipHopologia. Confira abaixo a programação completa:
9h – DJ Pedro Paiva (Vinil é Arte)
10h – Tânia Bicalho (Música Popular Nutritiva)
10h30 – Nilcea Braga e Paula Grazinoli (Contação de história)
11h15 às 13h – Coletivo HipHopologia (Grafite)
Atividades no Campus (das 9h às 13h)
Brincadeiras para as mães;
Montagem e diversão com brinquedos recicláveis;
Jogos de rebater, bola, futebol de botão e de prego, e resgate de brincadeiras de rua;
Ginástica e alongamento para a terceira idade;
Oficinas de artesanato e bordado;
Workshop de grafite
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 05/05/2017
Título: Dia de Matemática será comemorado com oficinas e atividades lúdicas
Neste sábado (6), em comemoração ao Dia da Matemática, o Colégio Stella Matutina traz para Juiz de Fora, pela primeira vez, atividades e oficinas para 300 alunos dos ensinos Fundamental e Médio.
A principal atração do evento será a apresentação do Lego Conecta, um projeto de robótica da equipe do Serviço Social da Indústria (SESI) de São João Nepomuceno, que demonstrará a forte relação entre a matemática e a tecnologia. A iniciativa fortalecerá a capacidade de inovação, a criatividade e raciocínio lógico, inspirando os alunos em relação à engenharia, matemática e tecnologia. Na mesma linha, a equipe do grupo de pesquisa EMAVEB/João XXIII também apresentará seu projeto de introdução à robótica, promovendo uma competição entre os robôs.
Para Tatiane Moraes, coordenadora de Matemática do Stella Matutina e organizadora do evento, a ideia é que os jovens consigam atrelar a matemática às diversas áreas de saber como arte, fotografia, geografia e tecnologia.
O evento contará com a participação de professores e pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Colégio Stella Matutina, Universidade Salgado de Oliveira (Universo), Colégio Academia, Colégio Santa Catarina, Instituto Vianna Júnior, Colégio de Aplicação João XXIII, SESI, além de arquitetos e fotógrafos conhecidos da cidade.
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Veículo: LeiaJa
Editoria: Ciências e Saúde
Data: 05/05/2017
Link: http://www.leiaja.com/noticias/2017/05/05/hospitais-universitarios-prestam-servicos-contra-suicidio/
Título: Hospitais universitários prestam serviços contra suicídio
Atualmente considerado um problema de saúde pública mundial, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para reduzir o número de casos no Brasil, 28 hospitais universitários estão oferecendo tratamento psicossocial, com equipes multiprofissionais que envolvem médicos psiquiatras, psicólogos terapeutas para atender a população.
O suicídio ganhou repercussão nacional após uma adolescente de 16 anos ser encontrada morta em uma represa no estado de Mato Grosso, supostamente após cumprir o último desafio do jogo “Baleia Azul”, jogo que surgiu na Rússia e consiste em uma série de 50 desafios, que incluem automutilação, entre outras formas de tortura.
No Hospital da Universidade de Juiz de Fora (HU-UFJF), o serviço de psiquiatria e o Centro de Apoio Psicossocial (Caps) atendem pacientes mais suscetíveis a buscar o suicídio, como os casos de depressão, transtornos de personalidade, dependentes químicos e esquizofrênicos.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 05/05/2017
Título: Câmara de Juiz de Fora faz aniversário e solenidade marca início de transmissão de sessões via TV
A Câmara Municipal de Juiz de Fora celebra aniversário de 164 anos com uma série de eventos. E nesta sexta-feira (5) haverá uma sessão solene às 19h30 para marcar o início das transmissões da JF TV Câmara em sinal aberto digital 35.1. No sábado (6), nas escadarias do Legislativo e nos seus arredores, será oferecida uma programação cultural à população com shows, Mercado Aberto e exposição de carros antigos entre 13h e 21h.
Para a sessão solene foram convidados representantes da Câmara dos Deputados, da Assembleia Legislativa de Minas, ministro das Comunicações, diretoria da Associação Brasileira de Televisões e Rádios Legislativas (Astral), presidentes de câmaras de Simão Pereira, Belmiro Braga, Chacará, Matias Barbosa e Ewbank da Câmara, cidades alcançadas pelo sinal da emissora; além de autoridades, sindicatos.
Segundo o superintendente de Comunicação Legislativa da Casa, Ricardo Miranda, todos os eventos do plenário da Câmara serão transmitidos e também devem ser utilizados documentários produzidos com recursos da Lei Murilo Mendes, que foram doados pela Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) e o acervo do projeto “Diálogos Abertos”, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com entrevistas de vários personagens da cidade.
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Veículo:
Editoria:
Data: 05/05/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/cesama-alerta-sobre-fraude-dos-bloqueadores-de-ar/
Título: Cesama alerta sobre fraude dos bloqueadores de ar
Muitos usuários estão entrando em contato com a Cesama a fim de tirar dúvidas a respeito de um bloqueador de ar que está sendo vendido a domicílio com a promessa de que o aparelho tira totalmente o ar presente nas caixas, contribuindo para a redução do valor total da conta de água. No entanto, o bloqueador – que está sendo vendido por uma empresa que não teve nome divulgado – funciona como uma válvula de retenção, ou seja, diminuiu consideravelmente a pressão da água. Dessa forma, a instalação, além de ser ilícita, pode prejudicar os serviços de distribuição de água oferecidos pela companhia, já que, segundo o diretor de desenvolvimento e expansão da Cesama, Marcelo Mello Do Amaral, “o aparelho pode, eventualmente, impedir que a água chegue até o reservatório do imóvel, pois reduz a pressão na tubulação”.
Além disso, a percepção do usuário de que a conta diminuiu tem relação com a perda de carga na pressão que é entregue ao consumidor. Ou seja, a oferta de água diminui, com isso ele consequentemente gastará menos pois sairá pouca água das torneiras. Porém, em relação a qualquer diminuição de ar, como é informado na embalagem do produto, os estudos em laboratório e bancadas de testes da Cesama comprovam que, tecnicamente, é impossível que o dispositivo elimine ar por sua própria característica construtiva. Além disso, já existem pesquisas da UFJF sobre aparelhos como esse comprovando a ineficácia.
De acordo com Marcelo, quando é necessário fazer uma eventual manutenção, a presença do ar na rede é uma condição que é levada em consideração pela companhia. Todo sistema de rede da Cesama possui um dispositivo para expulsar esse ar no momento do preenchimento, dessa forma, a entrada e saída de ar se anulam.
A intervenção na caixa padrão é proibida pela Cesama, pode afetar o hidrômetro, o registro e até mesmo causar a contaminação da água, principalmente quando o processo de instalação dos bloqueadores é feito no interior da caixa. Além disso, pode impedir que a água chegue à caixa d’àgua superior da casa. Conforme Marcelo, já tiveram casos de usuários reclamando de falta de água e o motivo era o bloqueador de ar; a pressão ficou tão baixa e incapacitou que a água chegasse à caixa mais alta.
Sedecon vai analisar o caso
Segundo o coordenador do Sedecon, Nilson Ferreira Neto, o aparelho não possui selo do Inmetro e não cumpre o anunciado conforme a embalagem. “Identificamos uma suposta propaganda enganosa, pois não existe nenhum resultado confirmado de redução no consumo de água, além de nenhuma empresa atestar a eficiência do dispositivo”, disse. O coordenador ficou com uma cópia da embalagem do produto para tomar as providências cabíveis. “Iremos encaminhar um ofício ao Ministério Público para averiguação. Nossa preocupação é com relação às informações que constam na embalagem, pois podem não ser condizentes com o real desempenho do aparelho, lesando o consumidor”, explicou Nilson, por meio da assessoria.
A Cesama recomenda aos usuários que, por desconhecimento, tenham feito a instalação de bloqueadores de ar a entrar em contato com a companhia, até o dia 10 de junho, para retirada do equipamento sem punições. Após este prazo, serão aplicadas multas por infração. O endereço para que seja feito o pedido de retirada é na Agência de Atendimento da Cesama, que fica na Avenida Getúlio Vargas 1.001, Centro.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Arte e vida
Data: 06/05/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/ruy-guerra-para-ver-e-ouvir/
Título: Ruy Guerra para ver e ouvir
Um dos mais importantes nomes do cinema nacional, o diretor Ruy Guerra estará em Juiz de Fora no próximo dia 16 para ministrar palestra no IAD (Instituto de Artes e Design) da UFJF. No evento, que terá início às 19h no auditório do IAD e com entrada franca, o cineasta de 85 anos vai falar sobre cinema, dramaturgia e linguagem. Para marcar a passagem de Ruy Guerra pela cidade, o IAD realizará entre segunda e sexta-feira, às 15h, na sala de cinema Germano Alves, a Mostra Ruy Guerra, com a exibição gratuita de alguns de seus longas mais importantes, seguidos por debates com professores da UFJF.
Nascido em Moçambique em 1931, Ruy Guerra é um dos expoentes do Cinema Novo, movimento cinematográfico que colocou a produção nacional no mapa internacional entre as décadas de 1950 e 1960. Para a mostra, o IAD vai exibir quatro longas produzidos entre as décadas de 1960 e 1970, além de outro realizado já no final da década de 1990.
O filme a ser exibido na segunda-feira é o primeiro dirigido por Ruy Guerra no Brasil. “Os cafajestes”, de 1962, mostra um jovem rico e mimado tentando salvar a família da falência ao chantagear um tio. O longa também ficou marcado por exibir o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, protagonizado por Norma Bengell. O filme terá como debatedora a organizadora do evento, a professora de cinema e audiovisual do IAD Alessandra Brum. Na terça, o filme escolhido é “Os fuzis” (1964), considerado por muitos como a grande obra do cineasta e integrante da “trilogia de ouro” do Cinema Novo, ao lado de “Vidas secas”, de Nélson Pereira dos Santos, e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha. O drama, uma coprodução com a Argentina, mostra um grupo de soldados deslocados para o Nordeste a fim de impedir que moradores saqueiem armazéns devido à fome. O debatedor será o professor Luís Alberto Rocha Melo, também do cinema e audiovisual.
A quarta-feira será marcada pela exibição de “Mueda, memória e massacre”, de 1979, considerado o primeiro longa de ficção produzido em Moçambique. O filme retrata o Massacre de Mueda, ocorrido em 16 de junho de 1960, quando soldados portugueses atiraram contra manifestantes moçambicanos
e provocaram centenas de mortes. O convidado para o debate é o professor Sérgio Puccini, também do IAD. Na quinta-feira, será exibido “A queda” (1977), considerado uma continuação indireta de “Os fuzis”. O longa, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim, tinha como eixo a morte de um operário nas obras do metrô do Rio devido à falta de segurança. A professora Ana Paula ElJaick, do curso de letras, será a debatedora. E o último longa a ser exibido será “Estorvo” (2000), adaptação do livro homônimo de Chico Buarque e que será exibido sextafeira. O debatedor convidado é o professor Martinho Jr. do curso de história.
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Veículo: Estadão
Editoria: Estado da Arte
Data: 06/05/2017
Título: Filho meu, atenta: não há limites para fazer livros
Por Fabrício Tavares de Moraes
Existem sentenças que, por mais citadas e desgastadas, ainda preservam certa potência profética, como as lendárias sementes dos túmulos dos faraós, dentro das quais a vitalidade aguarda resignadamente seu florescimento. Em geral, seu poder encantatório reside no fato de projetar um facho nítido de luz sobre os abismos das circunstâncias humanas, valendo-se, para essa fim, de uma comparação, ou mais exatamente de um contraste, com objetos os mais corriqueiros.
Tomemos, por exemplo, a seguinte frase atribuída ao escritor inglês G.K. Chesterton: “onde há adoração a animais, em breve veremos sacrifícios de humanos”. De fato, a observação das nossas relações com os animais fornece-nos um vislumbre do horizonte próximo. Pois, ao nível superficial, não somente temos a crescente indiferença para com os filhos, quando não a erradicação de sua simples possibilidade, mas, paralelamente, criamos estranhas afeições no trato com os animais de estimação, os quais, não raro, são os instrumentos para supressão das crateras emocionais. Talvez não seja lícita a menção a ativistas como Peter Singer, que, advogando ideias ontogenéticas um tanto singulares, compara e equivale as vidas de um feto humano a de um feto suíno.
Todavia, há uma sentença ainda mais feroz em seu tom sibilino, que invariavelmente pressagia maus tempos. Os conhecidos versos do poema Almansor (1821), de Heinrich Heine, guardam, de fato, um aspecto oracular: “Isto foi apenas um prelúdio, onde se queimam livros, por fim, queimarão também pessoas”.
Ora, a princípio, duas fobias espreitam todo leitor ou bibliófilo: a cegueira e a queima de seus livros – uma interpõe uma membrana escura sobre o relacionamento entre leitor e livro; a outra, no seu clarão, destrói o livro e, por vezes, o leitor (como em Fahrenheit 451, de Bradbury). Borges, quando acometido pela primeira dessas fobias, disse, com não pouca amargura, que “Deus, com magnífica ironia, deu-[lhe] a um só tempo os livros e a noite”.
Aparentemente, a substância mental da humanidade é assolada por eventos ou imagens trágicos de uma incineração coletiva de opúsculos, alfarrábios, fólios, volumes e tomos, no qual não somente encadernações luxuosas mas saberes, ou arcanos, são irremediavelmente expurgados da face da terra.
Numa cronologia sucinta e livre, citemos a queima levada a cabo pelo imperador Qin Shihuang Di, que ordenou a destruição de milhares de cópias e volumes de literatura, filosofia e história chinesa, poupando apenas tratados práticos. Depois, o incêndio da Biblioteca de Alexandria, signo já consagrado da iconoclastia, que, ao longo da história, foi atribuída aos mais diferentes agentes (de pagãos a cristãos) e lamentada por vários leitores ao longo dos tempos. E ainda a incineração das obras e escritos de judeus, em 1933, na Bücherverbrennung nazista.
A literatura, uma das poucas instâncias que faz da expectativa de sua morte um material para sua permanência, não raro transmuta esse risco em narrativa. Em certa passagem no livro do profeta Jeremias, lemos que o rei Jeoaquim mutilou o manuscrito do profeta com um canivete e o lançou, em seguida, ao fogo do braseiro. A despeito da incineração do texto sacro, Jeremias se lançou novamente ao trabalho de redação (embora fosse seu secretário Baruque que efetivamente anotava o que era dito), consolando-se com o fato de que seu novo manuscrito, uma vez expandido, apresentava mais dos elementos sublimes da revelação.
Tempos depois, Nathaniel Hawthorne, em seu conto The Earth’s Holocaust [O Holocausto da Terra], descreve a seus leitores a terrível cena de uma conflagração cósmica, em que não somente livros, mas artefatos, relíquias, brasões e instrumentos, em suma todas as posses humanas, são lançadas ao fogo num esforço purgatório, para não dizer niilista, de redenção. Na narrativa, os homens compreenderam que todos os males haviam se originado em suas próprias criações e gradualmente enraizaram-se na história.
Portanto, o passado, assim como os objetos que, em qualquer aspecto, a ele remetem, deveriam necessariamente ser incinerados. E daí a conclusão, premente tanto em sua formulação quanto em sua aplicação, de que um novo mundo ressurgiria a partir de um holocausto universal, de um embate final, um Armagedon, entre o homem e suas posses. Assim, quando lançaram todos os livros de Shakespeare ao fogo, “eles jorraram uma flama de maravilhoso esplendor, de modo que os homens cobriram seus olhos contra a glória meridiana desse sol”. Já uma “coleção de narrativas alemãs emitiu um odor de enxofre”.
Ao final, o narrador obsequiosamente relembra àqueles piromaníacos que, malgrado seus conceitos, o mal está inerentemente arraigado ao coração, “a esfera pequena mas ilimitada, na qual subsiste o erro original, do qual o crime e miséria são apenas tipos”; e apresenta a sugestão óbvia de que todo projeto de eliminação universal das mazelas por meios físicos consiste, cedo ou tarde, em agressão ao homem.
Contudo, juntamente à cegueira e ao fogo, o século XX e suas vicissitudes aparentemente engendraram um terceiro inimigo ao bibliófilo ou leitor. Em seu romance Auto-de-fé (1935), Elias Canetti apresenta-nos Kien, “uma cabeça sem mundo”, um brilhante sinólogo que, obcecado por seus livros, dedica todos seus esforços e recursos em sua preservação.
Canetti, também estudioso do fenômeno moderno do homem-massa (Ortega y Gasset) e os concomitantes movimentos de massa, descrevenos-nos um mundo povoado por embriões dos poderes autoritários que, então, já haviam ascendido na Europa, um “mundo sem cabeça” em que a truculência e aspereza povoam e se infiltram até mesmo nos nichos e ambientes mais ordenados – no caso, a biblioteca de Kien, a qual o narrador descreve como “um canto suscetível de unir solo, trabalho, amigos, repouso e ambiente espiritual num todo natural, bem organizado, num cosmo próprio”.
Evidentemente, o caso de Kien é excepcional, já que erige não uma biblioteca pessoal porém um altar, numa forma não menos estranha de bibliolatria. Entretanto, o que sua obsessão revela é que num universo brutal, em que, como no poema de Kafávis, resta-nos somente a espera pelos bárbaros, os livros, como uma de nossas posses mais frágeis, são os que revelam, de modo mais evidente, as marcas de nossa imperícia. Ou de nossa bronquice.
Para Canetti, portanto, as massas são inimigas ferozes dos livros, não apenas pelo seu repúdio ou indisposição às exigências do livro (silêncio, concentração e persistência), mas também porque, como os incendiários de Hawthorne, frequentemente atribuem a eles a fonte de nosso pecado original. É claro, há livros ruins, nocivos e pérfidos. Mas o fim deles é o inferno de nosso esquecimento.
Mas se, em Canetti, as massas se infiltravam nas resguardadas miniaturas da realidade por meio da brusquidão, hoje, no entanto, os santuários são invadidos, quando não arrombados, por volumes e mais volumes prescindíveis, por pilhas colossais que soterram as relíquias. Como toda hybris, o excesso de publicações revela um distúrbio da alma, principalmente da alma coletiva.
Ora, Günter Grass dizia que “até mesmo os livros ruins eram livros e, portanto, sagrados”. Talvez haja uma parcela de verdade no dito de Grass, contudo ainda aferro-me à perspectiva de que alguns livros, assim como os homens, são mais santos ou sagrados do que outros. E um santo, Tomás de Aquino, confessou que “temia o homem de um livro só”. Contudo, para nós, pecadores ou peregrinos rumo à santificação, talvez a opção mais segura seja temermos os homens de muitos livros.
Fabrício Tavares de Moraes é tradutor e doutor em Literatura (UFJF/Queen Mary University London)
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