A primeira edição do Domingo no Campus em 2017 reuniu muitas famílias na Universidade Federal de Juiz de Fora. Com o objetivo de estimular as brincadeiras entre pais e filhos, o evento apresentou diversas atividades, como brincadeiras com bola, corda, bambolê, peteca, desenhos e roda de histórias.

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Breno, de 8 anos, e Laura, de 5, se divertiram com brincadeiras antigas durante essa edição do Domingo no Campus. (Foto: Victor Marcelino)

A diversão começou às 9h com várias atrações simultâneas. No palco, quem comandou o som foi o DJ Pedro Paiva, do Coletivo Vinil é Arte. Na Praça, uma tenda foi armada para que os professores de educação física orientassem as atividades manuais. Ao lado da cobertura, redes foram montadas para a prática de exercícios ao ar livre. Os participantes puderam jogar futebol, vôlei e peteca.

Uma das primeiras a chegar no evento foi Marly Campos, 36. Ela foi à Universidade caminhar e aproveitou a movimentação para levar os filhos Breno, de 8 anos, e Laura, de 5, para se divertirem. “Vim para uma caminhada da empresa da minha cunhada e escutei anunciarem as brincadeiras no campus. Aí trouxe as crianças para poderem aproveitar”.

O projeto Domingo no Campus foi elogiado pela moradora do Bairro Bandeirantes. “Acho ótima a iniciativa, principalmente porque nós juiz-foranos somos carentes desses espaços. Nós não temos lazer. A Universidade é um ótimo espaço para o entretenimento e, por isso, temos que aproveitar”, destacou Marly.

A diversão não ficou apenas por conta da criançada. Os adolescentes também aproveitaram o espaço aberto para praticarem esportes. Os primos Júlio Sandro, 19, Igor Santos, 16, e Iago Silva, 16, disputaram uma animada partida de vôlei em uma rede improvisada pelos professores de Educação Física. Igor e Iago são moradores do Bairro São Pedro e Júlio vive no bairro Vila Esperança I. Eles não têm o costume de frequentar a Universidade, mas aproveitaram a visita para se divertirem: “Combinamos de vir ontem, mas desistimos e viemos hoje. Quando chegamos, vimos o evento e resolvemos ficar para fazer exercício ao ar livre”, contou Igor.

Morador do bairro Borboleta, Sandro Luiz, 32, foi com toda a família e prometeu chamar a criançada para as próximas edições do Domingo no Campus. Animado, ele falou da importância de eventos que atendem as necessidades da população. “Eu gosto muito, uma vez que a gente é muito carente desse tipo de ação. Podemos juntar a família, vim brincar e trazer a galera do bairro também, que tem bastante criança com tempo ocioso. E é tudo gratuito e isso influencia muito pra gente vir também”.

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Além das brincadeiras antigas, quem compareceu a essa edição do Domingo no Campus também pode praticar alguns esportes, como o vôlei. (Foto: Victor Marcelino)

Enquanto as atividades continuavam pela Praça Cívica, Tânia Bicalho animava os presentes com sua Música Popular Nutritiva (MPN). Com paródias de músicas de roda, como Samba Lê-lê e Fui no Tororó, a nutricionista cantava sobre a importância e os benefícios de uma alimentação saudável. Ao longo da apresentação, que também contou com versões de músicas dos cantores Naldo e Xuxa, foram distribuídos diversos brindes para a alegria da criançada.

Depois da MPN, foi a vez das professoras Nilcea Braga e Paula Grazinoli animarem as crianças, misturando contação de histórias e música, sempre chamando os presentes para interagir e participar das atividades.  Rodrigo Mathiasi, 46, estava com a filha e, durante a roda de histórias, viu a pequena Maria Fernanda, 9, se vestir de princesa e ter contato com outras crianças. “Procuro ser um pai participativo, por isso acho muito gostoso essa interação com outras pessoas. Vi crianças, pais e senhoras brincando, e isso é fantástico. Com certeza estarei junto com a minha esposa e filha nas próximas edições. Sou apaixonado por esses eventos que a Universidade promove”, destacou o morador do bairro Paineiras.

Enquanto o pequeno João Vítor, de 4 anos, brincava na oficina de atividades manuais, seu pai, Marcelo Amorim, 48, relembrava a infância. Com o pião na mão, se divertia como o filho. “Tinha mais de 40 anos que não brincava desse jeito. Este é um momento de pura inclusão. Novas amizades, novas ideias, novos projetos, integração total. É a possibilidade de conhecer novas pessoas. Isso é mágico para nós pais, que moramos em apartamento e não temos este espaço para brincar”, afirmou o morador do bairro Estrela Sul.  

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Atividades lúdicas também fizeram parte da programação  do Domingo no Campus. (Foto: Victor Marcelino)

Thomas Bustamante, 49, é de Belo Horizonte, mas afirmou ter uma forte relação com o campus, que vem desde seu tempo de estudante na UFJF. Thomas ressaltou que sempre que vem a Juiz de Fora gosta de levar seus filhos à Praça Cívica para jogarem futebol e que o Domingo no Campus “acrescenta muito, porque aqui a gente tem mais possibilidades de brincadeiras e até mesmo ensinamento para os meninos”. Thomas ainda falou da oportunidade do campus para a comunidade: “Eu acho bacana estimular as pessoas a saírem de casa e ter mais diversidade no campus, que para mim é essencial”.

Para finalizar, o Hip-Hop tomou conta da Concha Acústica. Nos microfones, membros do coletivo HipHopologia fizeram rimas falando da importância da integração social e da participação feminina na sociedade.

A próxima edição do Domingo no Campus, projeto de extensão da UFJF realizado com recursos de emenda parlamentar da deputada federal Margarida Salomão, vai acontecer no dia 30 de abril, também das 9h às 13h, na Praça Cívica da Universidade.