O ser humano, ao longo de sua vida, está exposto a diversos tipos de bactérias que podem prejudicar sua saúde. Visto isso, um dos desafios dos imunologistas é entender como o corpo reage a esses seres e procurar meios de enfrentá-los. Devido à sua importância, a questão foi escolhida para a abertura do Ciclo de Conferências de 2017 do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O evento, que aconteceu nesta terça, 21, abordou as certezas e paradoxos do papel de células Natural Killer e do Interferon-gama frente a infecções. O professor Henrique Teixeira foi o convidado para apresentar um de seus trabalhos que desenvolve o assunto.

O Ciclo de Conferências acontecerá toda primeira terça-feira do mês, no Anfiteatro-A do ICB (Foto: Géssica Leine)

O Ciclo de Conferências acontecerá toda primeira terça-feira do mês, no Anfiteatro-A do ICB (Foto: Géssica Leine)

Conferência

O projeto de Henrique Teixeira — desenvolvido como tema de pesquisa em seu pós-doutorado na Universidade de Ulm, na Alemanha — disserta sobre “o papel das células Natural Killer na infecção por Listeria monocytogenes”. Em sua palestra, Henrique deixou claro, através de uma linha do tempo, como o estudo sobre a célula NK ainda está em fase inicial em todo o mundo. Somente a partir do século XXI que se começou a ter descobertas concretas sobre o tema.

Em sua pesquisa, Henrique fez experiências tanto em ratos sensíveis quanto em outros resistentes às bactérias, procurando entender em que momento as células NK, junto com o IFN-gama, são mais benéficos ao paciente portador de Listeria. “Em certos casos, a ação do IFN-gama e da célula NK pode trazer problemas para o infectado. Se logo no início do processo infeccioso houver uma grande ação dessas estruturas, o paciente pode ter complicações, assim como em doenças autoimunes”, afirma Teixeira.

Células Natural Killer e IFN-gama

As células NK fazem parte do sistema imunitário inato, ou seja, já nasceram com o indivíduo e não precisam de ação exterior para se desenvolver. Mesmo não possuindo nenhuma molécula específica para antígenos, elas são altamente eficientes no reconhecimento e extermínio de células alteradas. Elas têm como função celular a regulação de atividades por meio de ativação e inibição das moléculas receptoras na superfície molecular. A sua produção de citosinas facilita a resposta precoce a infecções.

Já o IFN-gama é produzido pelas células NK e contribui para a sua atividade, assim como aciona os macrófagos, setor responsável pela imunidade celular.

Calendário

O Ciclo de Conferências é organizado pelo professor Ruben Navarrete e acontecerá toda primeira terça-feira do mês, no Anfiteatro-A do ICB.

Outras informações:

(32) 2102-3201 / 2102-3202 (Instituto de Ciências Biológicas)