Uma pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) buscou compreender o que leva algumas pessoas a se unirem no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos.
As análises estão na dissertação “Redes de copatenteamento no Brasil: determinantes regionais e estruturais das ligações nacionais e internacionais”, que foi apresentada pela acadêmica Raquel Coelho Reis, no último dia 20 de fevereiro.
No estudo, a pesquisadora analisou 482 regiões com o objetivo de investigar os determinantes regionais e estruturais da formação de ligações entre agentes, pesquisadores e empresas em redes sociais de colaborações no Brasil. “Para isto, utilizamos dados de copatenteamento das produções tecnológicas realizadas tanto por inventores brasileiros como destes em parceria com estrangeiros”, explica a mestranda.
As informações foram fornecidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, foi possível construir uma base de dados longitudinal para o período de 2001-2011.
De acordo com a mestranda, um estudo deste porte nunca havia sido feito no Brasil o que ajudou a mapear e entender a motivação da união destes profissionais no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos. “Como possíveis determinantes da formação de laços nas redes de copatenteamento do Brasil consideramos as variáveis que captam tanto os aspectos econômicos, tecnológicos e de densidade demográfica das regiões de análise, como as próprias estruturas de topologia dos nós nas redes”, explica Raquel.
Ela ressalta, ainda, que a região da Zona da Mata, assim como toda a região Sudeste, se mostrou um expoente na formação de laços nas redes de copatenteamento. “Como principais resultados, verificamos que as ligações das regiões são mais impactadas por aspectos da infraestrutura local, como nível de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), principalmente o P&D universitário, e por sua posição diante da rede. No entanto, outras características locais e estruturais também merecem ser destacadas como a participação econômica das regiões, assim como os níveis de importação de bens de capital e a participação da indústria.”
Contato:
Raquel Reis (mestranda)
raquelcoelhoreis@gmail.com
Banca Examinadora:
Eduardo Gonçalves (Orientador – UFJF)
Juliana Gonçalves Taveira (Co-orientadora UFJF/GV)
Eduardo Simões de Almeida (UFJF)
Veneziano de Castro Araújo (Unifesp/Osasco)
Outras Informações: (32) 2102-3543 – Programa de Pós-Graduação em Economia