O Domingo no Campus – projeto de inserção da comunidade no espaço da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) – promoveu atividades gratuitas na Praça Cívica e no Anfiteatro da Reitoria nesta manhã, dia 5. O evento, já em sua sétima edição, reuniu ações para todos os gostos: brincadeiras para as crianças, ginástica para idosos, música, cinema e informação.
Segundo a coordenadora de Eventos e Cerimonial da Diretoria de Imagem Institucional da UFJF, Ana Paula Dutra, o projeto vem atingindo o objetivo inicial de promover a UFJF como um local de todos, um ambiente de integração para a comunidade juiz-forana. “Ao ver as famílias podendo aproveitar esse espaço novamente, a gente sente a sensação de dever cumprido. É muito gratificante perceber que a UFJF é palco disso.”
O evento tem se solidificado como uma opção de lazer para toda a família na cidade. “Acho isso aqui muito importante porque significa um resgate de brincadeiras mais tradicionais, lúdicas, que não estão necessariamente associadas ao consumo. É a recuperação de brincadeiras que eu tive na infância”, ressalta o professor Elias Lopes, que participou das atividades de lazer com o filho e a esposa. “Meu filho já veio outras vezes e adorou. Toda hora ele pega uma brincadeira nova para fazer e encontra novos amigos, o que ajuda no processo de socialização.”
Já Larissa Santana, 8 anos, disse ter gostado muito das atividades. “Encontrei duas amigas e brinquei muito de perna de pau, frescobol, peteca, de tudo. Queria vir todo dia.”
O professor de Educação Física e um dos responsáveis pelas atividades para as crianças, Jerônimo Dutra Lopes, afirma estar muito feliz com o resultado do projeto. “Tínhamos o objetivo de resgatar esses jogos e brincadeiras populares e isso tem acontecido em todas as edições. A comunidade começou a conhecer o espaço e agora os pais e as crianças vêm pra cá e brincam juntos. O envolvimento está maior.”
Inclusão e valorização da cultura nacional
Além de ser um projeto de aproximação da comunidade com a Universidade, o Domingo no Campus desponta como uma forma de inclusão e valorização da cultura nacional.
A curadora das exibições de cinema, Cristiana Magalhães conta que as sete edições realizadas até então foram muito importantes. “Tem muita gente com vontade de ter mais contato com o cinema e não sabe onde conseguir, não sabe muito bem como o cinema funciona. E isso vem mudando. É muito bom saber que podemos proporcionar esse acesso.” A iniciativa tem o apoio da Agência Nacional do Cinema (Ancine), que disponibilizou 70 títulos nacionais para exibição gratuita.
Na avaliação do DJ dessa edição, Pedro Paiva, do Coletivo Vinil é Arte, além de promover a valorização da música brasileira, o repertório atua como forma de inclusão: “A pluralidade da música também é inclusiva. Poder mostrar esse som que as pessoas não têm tanto contato e apresentar algo que foge dos padrões ajuda a formar uma visão mais aberta da música, que vai além das tendências rígidas dos grandes meios”. O DJ apresentou repertório focado na música brasileira dançante, “das boates de outros tempos, o que foi sucesso nas rádios em diferentes épocas”, conclui.