Uma maneira diferente de aprender, uma flexibilização da rigidez acadêmica, uma aula que permita o aprendizado de maneira lúdica e criativa são desejos de muitos universitários, cansados da formalidade das aulas, muitas vezes pouco atrativas. Pensando nisso, o professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernando Guilhon, procura levar mais dinâmica à suas aulas, possibilitando um aprendizado prático e descontraído. Coordenador do Núcleo de Mediação da UFJF (Dialogar), trabalha maneiras de potencializar o processo de diálogo entre o estudante e o conteúdo lecionado em suas disciplinas.
Durante o segundo semestre de 2016, realizou diversas atividades com alunos do curso, todas pensando na possibilidade de melhor aprendizado e vivência. As atividades foram aplicadas nas disciplinas de Recursos, execução e procedimentos especiais no processo do trabalho e Mediação, como requisito parcial para a aprovação e visavam proporcionar alguns aprendizados como noções de escuta ativa, observação atenta das expressões verbal e corporal e empatia, caracterizada pela capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente.
As atividades
“O teatro na formação pessoal e jurídica” foi uma das atividades propostas, comandada pelo mestre em Direito e Inovação, Brahwlio Ribeiro. Os alunos debateram sobre as relações existentes entre Direito, sociedade e teatro e, posteriormente, realizaram uma dinâmica para estimular as relações interpessoais entre os presentes, trabalhando empatia, o olhar, a capacidade de sentir o outro. Neste semestre, a inovação, proposta pelos estudantes, foi a elaboração de uma petição, a ser enviada para um juiz, feita por meio de rimas, usando poesia, incitando os acadêmicos a serem mais criativos.
Foi proposto, também pelos alunos, um encontro musical, promovendo a integração e destacando a necessidade de se sair da zona de conforto. Além disso, permitiu a expressão da criatividade através da música, trabalhando o empoderamento e a capacidade de resolver problemas.
“Faz sete anos que uso desses métodos em meu ensino. Destes, quatro em Juiz de Fora. E minha proposta é estender para outras faculdades, já que é muito benéfico o aluno se tornar peça principal no aprendizado. Isso faz com que ele se esforce muito mais para garantir a qualidade do ensino e do conhecimento que recebe. Os alunos se responsabilizam, mudando o modo de pensar, de encarar a profissão e sua postura na vida. Faz com que os estudantes que, a princípio, eram passivos ou não tinham muito interesse na matéria passem a ser produtores de conhecimento, que usam os professores como um ponto de apoio.”
Outras informações: (32) 2102-3500 (Faculdade de Direito-UFJF)