O escritor e religioso dominicano, Frei Betto, irá ministrar a palestra “Crise da Modernidade e Espiritualidade” nesta sexta-feira, 2, às 20h, no Constantino Hotel. O evento tem entrada franca e é promovido através de uma parceria entre o Memorial da República Presidente Itamar Franco, vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e o Instituto Itamar Franco.
A palestra
Em sua apresentação, Frei Betto situa o desconforto comum a pessoas de diferentes idades, classes sociais e até países no contexto de transformações da história do Ocidente. Neste sentido, o palestrante sinaliza que os atuais acontecimentos do Brasil e do mundo significam não apenas transições no espírito do tempo de uma sociedade, mas uma mudança da própria forma de organização da vida humana.
“Desconforto [ocorre] porque não estamos vivendo uma época de mudanças; vivemos algo mais profundo – uma mudança de época. A última vez que o Ocidente conheceu uma mudança de época foi quando passou do período medieval para a idade moderna, que agora termina. Por isso se fala da crise da modernidade. Estamos entrando na pós-modernidade. Daí a crise de identidade das três instituições pilares da modernidade: a família, a Igreja e o Estado”, assinala.
Frei Betto busca orientação na bússola da espiritualidade como “ancoradouro imprescindível, pois dela brotam a experiência religiosa, o enraizamento dos valores, a ética, a esperança em um mundo melhor e a utopia centrada em um novo projeto civilizatório, baseado na globalização da solidariedade”.
O palestrante
Frei Betto é frade dominicano e escritor, autor de 60 livros, muitos deles traduzidos no exterior. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. É assessor de movimentos sociais e, atualmente, colunista de religião do jornal O Globo e articulista dos jornais Folha de S. Paulo, Hoje em Dia, Brasil de Fato e da revista Caros Amigos.
Recebeu vários prêmios literários e por sua luta em prol dos direitos humanos no Brasil e no exterior. Dentre eles, destacam-se o Jabuti, em duas ocasiões, 1982 e 2005; o Prêmio Juca Pato, em 1986, quando foi eleito o Intelectual do Ano pela União Brasileira de Escritores; e o Prêmio Alba de Las Letras, em reconhecimento ao conjunto de sua obra. Em 2014, foi a primeira personalidade a ganhar o Prêmio Dom Paulo Evaristo Arns, em razão de sua trajetória em prol dos direitos humanos. Além disso, recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Filosofia concedido pela Universidade de Havana.
Outras informações:
(32) 3212-2078 (Memorial da República Presidente Itamar Franco)
(32) 3218-3008 (Instituto Itamar Franco)