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Projeto busca estreitar laços com as famílias dos alunos, buscando aproximação com elementos culturais afro-brasileiros (Foto: Clara Downey)

A segunda edição da exposição fotográfica “Afrobrasilidades” foi aberta nesta quinta-feira, 17, em cerimônia na Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Organizada pela Creche Municipal Leila de Mello Fávero, do Bairro São Pedro, a exibição também é parte do projeto “O Coração da África”, elaborado há dois anos pela professora da creche, Fabiana Gomes. A abertura reuniu pais, alunos e professores da escolinha, além de docentes e acadêmicos da Universidade.

De acordo com Núbia Schubert, diretora da creche, a exposição estreita os laços com as famílias dos alunos por buscar uma aproximação através de elementos culturais afro-brasileiros, como brincadeiras, contos, histórias e culinária. “Um trabalho desses tem a necessidade de muito estudo e empenho, não surge aleatoriamente. Por isso trabalhamos com as turmas de 3 anos o sentido de pertencimento. Não é à toa que conseguimos um seminário sobre racismo, com militantes e lideranças que respeitamos, onde houve a participação de mais três creches públicas da cidade,” observa.

“Além de fortalecer a relação da creche com os familiares dos alunos, expor os registros na Faculdade de Educação aproxima ainda mais as comunidades vizinhas da UFJF com a própria comunidade acadêmica”, ressalta o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Oliveira. “Uma exposição que trabalha com questões de diversidade etno-raciais certamente é pertinente à formação de nossos alunos e professores. O evento tem essa função, de se voltar para a comunidade circunvizinha.”

Empolgada com a exposição, Adrielle Neves de Andrade, mãe do aluno Juan Carlos Neves, sente o impacto do projeto na vida de seu filho. “Esse tipo de ação contribui com o desenvolvimento, o entrosamento e a independência da criança. Ser ensinado sobre questões raciais e de preconceito vai fazer muita diferença na formação do Juan. Já o aluno estava orgulhoso de ser fotografado: “A minha foto com as tartarugas ninjas ficou muito bonita, foi o que eu mais gostei,”disse.

Durante a solenidade, um vídeo com as crianças fotografadas foi exibido. Houve também distribuição de livros infantis aos presentes e um momento de contação de histórias da cultura africana, com a professora Jussara Alves. Encerrando o momento, a professora Fabiana Gomes agradeceu em iorubá e parafraseou Nelson Mandela: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar.”

Além da parceria com a UFJF, o projeto contou com a participação de Carol Fagundes, Will Marinho e Beatriz Escarete, estudantes de Jornalismo e Publicidade da Faculdade Estácio de Sá, de Juiz de Fora. A exposição também acontece em homenagem ao 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e é um dos momentos das comemorações da Semana Municipal da Consciência Negra. Os registros seguirão expostos na Faculdade de Educação até o fim de novembro.

Outras informações:
(32) 2102-3655 (Faculdade de Educação)
(32) 2102-6919 (Diretoria de Ações Afirmativas)