DJs Kureb e Le Braga apresentaram uma seleção de músicas brasileiras (Foto: Twin Alvarenga)
O dia amanheceu nublado, mas a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) estava mais animada do que nunca. O Domingo no Campus, projeto de inserção da comunidade no espaço universitário, retomou suas atividades após dez anos. Música, dança, cinema e ciência marcaram a edição de retomada do projeto, que aconteceu nesse domingo, dia 23, na Praça Cívica.
O diretor de Imagem Institucional da UFJF, Márcio Guerra, afirma que a retomada do evento “tem por objetivo trazer de volta a comunidade do entorno. Uma comunidade que precisa sonhar com a Universidade, precisa acreditar que esse espaço é viável para a vida delas. Nesses últimos dez anos, essas pessoas foram convidadas a não vir e agora nós queremos que elas voltem e sintam que esse espaço é delas”.
A pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, reforça a política de abertura para a sociedade: “Nós temos criado vários projetos que envolvem lazer, esporte, atividades lúdicas e educativas. Queremos que esse espaço seja ressignificado e que as pessoas vejam que todos têm o direito de estar aqui dentro”.
O evento também contou com a presença do reitor da UFJF, Marcus Davi. Ele ressalta que a reabertura do projeto veio em um momento político e econômico muito importante. “É um momento em que as universidades públicas vêm sendo ameaçadas com uma série de medidas governamentais. O Domingo no Campus é uma chance de mostrar para a sociedade o quanto a Universidade é relevante, e envolvê-la na luta pela manutenção da universidade pública.”
Cinema
O documentário “Terra deu, Terra come” (2010), de Rodrigo Siqueira, foi o título escolhido para a primeira Mostra de Cinema do evento. Premiado nacional e internacionalmente, narra a história de Pedro de Almeida, um garimpeiro de 81 anos em busca do primeiro diamante que encontrou e foi enterrado pelo tio, já falecido.
Música
O som ficou por conta dos DJs Kureb e Le Braga, que fizeram uma seleção de músicas brasileiras. “A gente fez um som para ambientar o pessoal e fazer com que eles ficassem à vontade para curtir as outras atividades que estão acontecendo por aqui”, diz Kureb.
Tânia Bicalho fez uma performance envolvendo informação e música (Foto: Twin Alvarenga)
Tânia Bicalho também animou a manhã com uma performance envolvendo informação e música. A palestra sobre educação nutricional alimentar foi feita por meio da música e quem passou por lá gostou. “Eu adorei a música dela, a composição. Vim aqui à toa, sem fazer nada, e acabei descobrindo um monte de coisa legal. Por mim, poderia ter sempre, porque é um tema muito importante”, afirma a aposentada Maria Dalva.
Tânia completa: “É um espaço para a gente trocar, é muito importante para o convívio. Eu estava dando a palestra e, com o pouco tempo que eu estava ali, troquei muita informação e energia com a platéia.”
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