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Os Jogos Paralímpicos estão aí, e estamos recebendo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) mais de 30 atletas da delegação canadense de atletismo. No entanto, muitas pessoas ainda não sabem como usar determinados termos e como se portar diante de situações que envolvam pessoas com deficiência. Para orientar sobre o uso de expressões e facilitar o contato, elaboramos uma lista de termos que podem ser melhor empregados e dicas abrangem as especificidades dos diferentes tipos de deficiências.

Pessoa com deficiência

Esse é o termo mundialmente aceito. Expressões como “pessoa com necessidades especiais”, “deficiente” ou “portador de necessidades especiais” não devem ser usadas. Termos pejorativos ou depreciativos como “aleijado”, “inválido”, “mongol”, “excepcional”, “retardado”, “incapaz”, “defeituoso” devem ser abolidos! Se ouvir alguém dizer, corrija!

Deficiência intelectual

O correto é o uso do termo deficiência intelectual, sem especificar o nível de comprometimento (como leve, moderado, severo). Deficiência mental é uma expressão que não deve ser usada.

Cego e surdo são termos corretos

Mas a terminologia surdo-mudo não deve ser usada. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Se pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, dirija-se a ela, e não ao intérprete. Não use termos como ceguinho ou mudinho, que são pejorativos.

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As cadeiras de rodas são parte do espaço corporal da pessoa (Foto: Freepik)

Cadeira de rodas

Quando for conversar com pessoas com cadeiras de rodas por longos períodos é preferível assentar-se. Assim como bengalas e muletas, as cadeiras de rodas são parte do espaço corporal da pessoa. Evite tocá-las ou empurrá-las sem o consentimento do cadeirante. Jamais use o termo cadeira de rodas elétrica. O correto é cadeira de rodas motorizada.

Só ajude se a pessoa quiser

Nunca ajude sem perguntar como fazê-lo. No caso de pessoas com deficiência visual a preferência é para que a pessoa coloque a mão no seu cotovelo dobrado. Avise sobre degraus e pisos escorregadios. E fale em tom de voz normal. Caso a pessoa tenha um cão-guia, não brinque com o animal para que não distraia sua atenção. Fique à vontade para usar palavras como “veja” e “olhe”, pois as pessoas com deficiência visual as empregam com naturalidade.

Paralisia cerebral

A pessoa com paralisia cerebral tem necessidades específicas, por conta de suas diferenças individuais, e pode ter dificuldades para andar, fazer movimentos involuntários com pernas e braços e apresentar expressões marcantes no rosto. Trate-a com naturalidade e respeite o seu ritmo.

Mas

Evite o uso do “mas”, que carregam preconceito. Discursos como “Ele tem deficiência, mas é um atleta excepcional”, “É cego, mas mora sozinho” ou “Tem paralisia cerebral, mas é inteligente”, devem ser evitados.

Fontes: Terminologia sobre deficiência na era da inclusão”, de Romeu Sassaki e “O Que as Empresas Podem Fazer pela Inclusão das Pessoas com Deficiência”, Instituto Ethos.