Na quarta reportagem da Série Cem dias da gestão Reconstruir a UFJF, em foco a criação da Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas, para o combate a quaisquer tipos de discriminação e violência, atendendo um dos principais anseios da comunidade acadêmica; e a utilização de mecanismos de gestão para o autoconhecimento institucional e a consequente otimização dos serviços prestados pela Universidade. 

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Com o objetivo de melhorar a infraestrutura e desenvolver políticas de identificação, apoio e prevenção aos casos de violência, sem fechar o acesso da comunidade não acadêmica aos campi, o Conselho Superior (Consu) da UFJF criou, em maio de 2016, a Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas.

De acordo com a vice-reitora, Girlene Silva, o espaço para denúncias em caso de violência é uma resposta da Universidade para o atual momento vivido pelo país. “Ela tem uma importância para a sociedade brasileira – e nós pensamos em sociedade porque a Universidade não está fora dela – porque é fomentada por um momento em que o Brasil passa por uma grande crise, com a crescente onda de violência contra a mulher, contra o negro e contra as minorias, em geral. A ouvidoria faz com que a Universidade dê uma resposta porque é nosso papel combatermos qualquer tipo de opressão, preconceito ou discriminação”, diz.

“Uma das principais atitudes tomadas nestes cem primeiros dias, no campo das ações afirmativas foi, sem dúvida, a criação da ouvidoria especializada, porque ela vem acolher estudantes, técnicos e professores, nessas questões de assédio, violência. A sensibilidade da reitoria é muito importante para que a gente possa desenvolver essas políticas”, avalia o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira de Oliveira.

A Ouvidoria, que oferece garantia de anonimato às vítimas, atende provisoriamente na sala da Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, ou por meio do telefone 2102-6919.

Em busca do autoconhecimento institucional

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Desafio de repensar os processos internos impôs realocação de técnicos em busca de eficiência nos processos e de atender setores que precisavam de maior número de servidores (Foto: Estela Loth)

Com o intuito de dar luz aos processos e mecanismos de gestão que envolvem toda a Universidade, estão sendo encaminhados os procedimentos para a instituição de um módulo de avaliação das disciplinas e de avaliação institucional, que deverão funcionar via SIGA. A previsão dos técnicos é que um projeto-piloto deste módulo esteja em operação dentro de seis a dez meses, segundo a diretora de Avaliação Institucional, Michèle Farage. “Claramente, a administração entende a avaliação como instrumento de autoconhecimento institucional que será empregado na melhoria dos processos de gestão. Isso se refere, tanto aos processos de gestão da administração, quanto também das atividades acadêmicas”, afirma.

Como parte de um trabalho de sensibilização, buscando o envolvimento da comunidade acadêmica, a Diretoria de Avaliação Institucional está organizando um ciclo de seminários de avaliação, que ocorrerá em agosto, no campus de Governador Valadares, e em setembro, no campus de Juiz de Fora. “Além dessas iniciativas, foi aprovado o novo regimento da Comissão Própria de Avaliação (CPA) e foi publicado, nesta segunda, 25, o edital para eleição da nova CPA. Isso é muito importante, porque essa comissão é responsável por todo o processo de autoavaliação da UFJF”, conclui Michèle.

Para a pró-reitora de Graduação, Maria Carmem de Melo, o autoconhecimento é fundamental para a dinâmica funcional da Universidade e, quando bem sistematizado, gera bons resultados. “Tivemos o desafio de repensar os processos internos e quais as atividades existentes. Então nós redistribuímos as pessoas, com a realocação de TAEs, de forma com que o trabalho se tornasse mais produtivo, eficiente, principalmente no setor de programas de apoio às bolsas de graduação trabalhadas através da Prograd”.

Ainda segundo Maria Carmem, a participação da comunidade acadêmica é primordial para que as políticas pedagógicas propostas pela UFJF atinjam seus objetivos. “É com base num ensino público, gratuito e de qualidade, que se pauta pela transparência em todos os sentidos, que todas as decisões são feitas, em fóruns, e passam pelo conselho setorial de graduação, se apoiando, sempre, na discussão com seus pares”, finaliza.

Leia as primeiras reportagens da Série:
Inovação, tecnologia e retomada de tradições culturais

Campus Avançado de GV como prioridade

Transparência e Responsabilidade Fiscal