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Estudo discute particularidades da região e busca oferecer recursos didáticos e pedagógicos que atendam especificidades formativas das populações do campo e quilombolas (Foto: Géssica Leine)

A mestranda do Programa de Pós-Graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública, do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Eduação (Caed), Silmar da Silva Ferreira, defendeu, nesta segunda, 18, a dissertação “Programa Escola da Terra no Estado do Amazonas: possibilidades e desafios da formação docente”. A pesquisa discute a necessidade do atendimento das especificidades das escolas do campo do Amazonas em relação à formação continuada dos professores que nelas atuam por meio do programa.

O Escola da Terra consiste em uma política pública educacional permanente, que nasce com as ações adotadas pelo Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). “Discutir suas particularidades e oferecer recursos didáticos e pedagógicos que atendam às especificidades formativas das populações do campo e quilombolas são o objetivo do trabalho”, fala a pesquisadora.

O caso de gestão que Silmar estuda apresenta como problema social o fato de que as políticas públicas educacionais são pensadas para a cidade e para os meios de produção urbana. O que se recomenda ao campo é “adaptar” as propostas, a escola, os currículos e os calendários às situações que diferenciam as escolas do campo das demais. Outro motivo para o estudo é o fato de a pesquisadora ter sido nomeada coordenadora estadual do Programa Federal Escola da Terra, no Amazonas, pela Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino – SEDUC/AM, no acompanhamento dos municípios que aderiram à esta política.

De acordo com a orientadora Angélica Cosenza Rodrigues, poucos estudos discutem a formação docente voltada para a educação no campo, a partir das especificidades dele com relação à questão da sustentabilidade e com as concepções historicamente construídas para a educação do campo em meio às lutas sociais pela garantia dos direitos destes povos.  “O estudo propõe um Plano de Ação Educacional atento à importância da valorização da cultura, das identidades, dos saberes, do fazer pedagógico do campo, que tenha uma relação direta com o contexto e a realidade de cada comunidade e busque o desenvolvimento das potencialidades locais,” explica.