A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza nesta quarta e quinta-feira, 6 e 7, a matrícula presencial para os convocados na primeira chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do segundo semestre de 2016. Em Juiz de Fora, os candidatos devem comparecer ao Anfiteatro da Reitoria, no prédio central do campus, e, em Governador Valadares, a Rua Dr. Raimundo Monteiro de Rezende nº 330, Centro, para a entrega da documentação. Veja aqui o cronograma com os horários de cada curso.
Foram oferecidas na edição do segundo semestre do Sisu, 1.285 vagas, sendo 1.005 para Juiz de Fora em 31 opções de cursos e 280 para Governador Valadares em nove opções de cursos. No entanto, confirmaram interesse na primeira fase on-line da matrícula 885 candidatos de Juiz de Fora e 184 candidatos de Governador Valadares. As vagas não preenchidas resultam em novas listas de reclassificação.
O período é de grande mudanças, seja para quem já está bem perto de Juiz de Fora ou para quem vem de longe. A caloura de Jornalismo Anna Virginia, 18 anos, de São João Del Rey, iniciou um semestre na faculdade da sua cidade, mas a aprovação na UFJF alterou seus planos. “A oportunidade de mudar de cidade e viver uma experiência nova foi um diferencial. Estou ansiosa por iniciar essa nova fase em minha vida”. A decisão foi apoiada pelos pais. “A gente fica com o coração apertado, mas apoia a decisão. Ela sempre quis ser jornalista, e essa é uma profissão em que se viaja muito, então já vamos nos acostumando, além disso, estudei na UFJF também e é um lugar que guardo grandes lembranças, sei que ela vai gostar daqui”, diz a mãe, Solange Nascimento Silva.
Também acompanhado dos pais, o novo estudante de Física, Pedro Caetano, 18 anos, percorreu cerca de 1.174 Km de Goiânia (GO) até Juiz de Fora em busca de qualidade. “Escolhi a UFJF através de pesquisas que fiz. Vi que o curso de Física era muito bem classificado pela ranking da Folha (Jornal Folha de S.Paulo), então decidi vir pra cá. Estou bastante empolgado para começar os estudos, ainda não conheci muito da cidade, mas estou achando bem legal”.
Em Juiz de Fora, o reitor Marcus David aproveitou o momento para dar as boas-vindas aos calouros no Anfiteatro, desejando sucesso na nova etapa de vida. Veteranos também estiveram no local buscando integrar os calouros aos cursos. “É um momento importante essa primeira confraternização ainda no momento da matrícula, viemos dar as boas-vindas e também estamos em busca de novos integrantes para a Atlética. Trouxemos até o nosso mascote”, conta a estudante do 5º período de Computação, Alessandra Kariny.
Governador Valadares
No campus de Governador Valadares, a diversidade de cidades e regiões dos novos estudantes traduz-se em diferentes sotaques e muitas expectativas. Emerson Yoshikazu, de 24 anos, é paulista da cidade de Aparecida, mas a partir do primeiro dia de aula será morador de Governador Valadares. O jovem abandonou o curso de Engenharia na Universidade de São Paulo para conquistar o desejo de ser médico. “Estudei Engenharia na Universidade de São Paulo, mas não gostei do curso por não ter nada a ver comigo. Desde então, há três anos tento Medicina. Cheguei a passar na Universidade Federal do Oeste da Bahia, mas não fui por ser muito longe. Meu lugar deve ser aqui. Pelo que já conversei com veteranos, é um curso bem conceituado, com ótimos professores.”
Emerson terá como companheira de curso a estudante Débora de Souza Pazini, de 22 anos. Natural de Belo Horizonte, Débora abriu mão de uma vaga em instituições particulares para realizar o sonho de ser federal. “Vim na cara e na coragem. Já passei em algumas universidades particulares, mas eu sempre quis ser federal. É uma luta que muita gente tem, então é muito gratificante passar. E a felicidade da família com a notícia nos incentiva muito”.
Aos 17 anos, Eduarda Queiroz Ferreira veio de Araxá, para se tornar uma economista bem sucedida. Segundo a caloura, há um enorme conflito de sentimentos diante de tantas novidades. “É um misto de animação e um pouco de medo. Antes era só alegria, mas agora estou com um frio na barriga”. Apesar de estar decidida a estudar longe de casa, a jovem não abrirá mão de visitar sempre a família. “Já estou olhando o preço de passagens aéreas e de ônibus para visitar sempre meus pais. Não dá pra ficar muito tempo longe”.
Em comum, todos carregam a esperança de futuramente voltarem para casa com uma boa formação e prontos para serem profissionais de sucesso. “ É tudo muito novo, então eu não sei o que esperar, mas venho com o coração aberto para ser uma boa estudante e me tornar uma médica exemplar”, definiu Débora de Souza Pazini.