Você sabia que as conchas já foram usadas como moedas? Que o molusco é utilizado em diversas religiões afro-brasileiras? E que é uma das grandes iguarias usadas na culinária francesa? Mais de 93 mil espécies desses animais invertebrados vivem atualmente no planeta, que já possuiu outras 70 mil, catalogadas como fósseis.
Desconhecida de boa parte das pessoas, essa grande variedade de moluscos e sua relação com a cultura humana através dos séculos é objeto da exposição interativa “Mudanças Climáticas e Biodiversidade em Risco: Histórias que os moluscos têm pra contar”. O evento, que acontece nos dias 7, 8 e 9 de julho, na Sala Verde do Parque da Lajinha, é promovido pelo Museu de Malacologia Prof. Maury Pinto de Oliveira da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A exposição tem entrada franca e funcionamento das 13h às 16h na quinta-feira, e das 9h às 16h na sexta e no sábado.
Um dos grandes atrativos da exposição é o próprio acervo do Museu, considerado um dos maiores do Brasil e de reconhecida referência mundial. Na coleção há mais de 45 mil conchas do mundo inteiro, todas classificadas, entre elas, exemplares raros e espécies já extintas.
A exposição foi concebida em parceria com os alunos de Ciências Biológicas da disciplina Educação em Espaços Urbanos Não Formais, e pretende abordar como as mudanças climáticas podem alterar a distribuição das espécies de moluscos e os impactos na biodiversidade do planeta.
Dentro das atividades programadas, o destaque são as sessões temáticas que, por meio de atividades lúdicas, jogos e vídeos, irão explorar aspectos históricos, culturais e até sociais sobre os moluscos. “Serão sessões onde falaremos da relação dos moluscos com a nossa sociedade, a sua utilização dentro da culinária e da econômica, por exemplo. Também falaremos de como as mudanças climáticas e a migração das espécies podem fazer com que certas doenças transmitidas pelos moluscos cheguem a outros lugares”, explica a professora Sthefane D`ávila, curadora do evento. “O objetivo é poder conscientizar as crianças e adultos da importância da preservação da biodiversidade”, resume.