A edição 2018 da Bienal de Juiz de Fora já está confirmada. (Foto: Caique Cahon)
A cidade se despediu, neste domingo, dia 19, da I Bienal do Livro de Juiz de Fora deixando um saldo positivo para os organizadores, os participantes e para um público de visitantes marcado pela diversidade. Ao longo dos seis dias de evento, foram realizadas cerca de 160 atividades culturais, entre oficinas, mesas de debate e bate-papo, e quase 40 horas de contação de histórias. Além de promover o encontro dos leitores com autores nacionais e regionais.
A Editora da UFJF marcou presença no evento com um estande e, segundo avaliação dos organizadores, a bienal foi uma oportunidade para a Editora reencontrar seus leitores, abrindo espaço para que servidores da Universidade vinculados ou não à editora expusessem seus trabalhos. O estande exibiu cerca de 230 títulos (150 sob o selo da UFJF, 80 de outras publicações). Ao longo do evento, dez autores estiveram presentes, autografando e conversando com os visitantes. Em torno de 300 livros foram vendidos.
O diretor de Imagem Institucional da UFJF, Márcio Guerra, avalia a participação positiva da Universidade na Bienal. (Foto: Alexandre Dornelas)
Para o diretor de Imagem Institucional da UFJF, Márcio Guerra, foi muito importante a participação da Universidade neste evento, sob todos os aspectos. “Primeiro pela oportunidade de valorização de nossa produção acadêmica. Além disso, a felicidade em ver nossos alunos, ex-alunos, professores e técnico-administrativos em educação visitando o nosso estande e mostrando com orgulho aos seus familiares. A riqueza do material produzido pela nossa editora também merece destaque.”
O resultado foi acima do esperado, analisa Ana Paula Cobuci, do setor de eventos da Imagem Institucional e responsável pela organização do estande. “A iniciativa da Universidade de participar do evento representou uma chance ímpar de o público ter acesso a esse acervo tão rico reunidos em um mesmo espaço. O significativo número de visitas também nos surpreendeu bastante.”
Além de grandes editoras, a Bienal contou com escritores independentes da cidade, que encontraram no evento um espaço para divulgar seus trabalhos. Como Gedair Reis, funcionário da UFJF e poeta, que pela primeira vez exibiu seus livros baseados na experiência com fundações de apoio social, para as quais parte do lucro das vendas será revertida. Outra expositora autônoma foi Ana Cecilia Tavares, também poeta, que levou suas obras adaptadas para diversos leitores com deficiência, como seus audiolivros, narrados por poetas juiz-foranos.
O estande ainda contou com a visita de reitor e vice-reitora da UFJF, Marcus David e Girlene Silva, de servidores e ex-servidores, alunos e ex-alunos e de políticos, entre eles, a deputada federal, ex-reitora, Margarida Salomão. Ela ressaltou a presença da Universidade. “Não se poderia imaginar uma Bienal do Livro em Juiz de Fora sem o estande da UFJF. Afinal de contas, a produção acadêmica de teses e doutorados nos últimos anos na Universidade mostra a qualificação do seu corpo docente.”
Também marcou presença a Liga dos Escritores, Ilustradores e Autores de Juiz de Fora (Leia JF), que reuniu artistas independentes de vários campos e estilos. Segundo Ana Paulo Torquato, autora do coletivo, a experiência de entrar em contato com o público foi algo muito especial.
Não só a grande oferta de livros e a proximidade com seus autores atraiu os visitantes. Na tarde do último dia do evento, quem passou pelo estande do Colégio Apogeu se deparou com um café filosófico e um debate sobre questões raciais. A palestrante convidada, Giovana Xavier, do Coletivo Feminista Candaces, professora da UFJF, percebeu o evento como um espaço agradável para realizar essa conversa: “A bienal é um espaço de formação. Quem vem aqui, vem atrás de alguma coisa, seja de livros, seja de informação e ao chegar aqui, encontra um espaço para abordar questões que normalmente não seriam abordados no cotidiano. O público foi muito receptivo, muito atento a discussão.”
Balanço geral
Conforme a organizadora da Bienal, Cristina Sena, o resultado mais satisfatório vem do feedback do público: “As pessoas saem daqui perguntando quando vai ser a próxima. É essa resposta que a gente espera quando a pessoa abraça o evento. Nós conseguimos atingir a expectativa de público, participação das escolas. E conseguimos atingir, também, o nosso maior objetivo: impulsionar a leitura, levar o livro ao maior número de pessoas, levantar a união entre autor e leitor. Nossa programação foi muito movimentada, com atividades voltadas para todas as idades. Um dos expositores nos relatou que, em apenas um dia, conseguiu cumprir 70% da meta de vendas para toda a bienal, isso mostra que a cidade e a região abraçaram o evento. Foi estimulante ver que as pessoas retornavam. Vinham com a escola, voltavam com a família, com os amigos. Algumas escolas estiveram aqui a semana toda, trazendo todos os alunos. Escolas de cidades vizinhas, com presença massiva. Nós temos muito a agradecer a todos que participaram, isso só nos motiva a fazer um novo evento, ainda melhor, e a 2ª edição, para 2018, já está confirmada”, comemorou.