fsfs

Universidade tem estande para lançamento e venda de livros e informações sobre formas de ingresso na instituição (Foto: Alexandre Dornelas)

Fonte de conhecimento, diversão, aprendizado, além de boa companhia, são algumas atribuições do livro, personagem principal desta semana na agenda cultural de Juiz de Fora. A 1ª Bienal do Livro da cidade começou nesta terça-feira, 14, com programação diversificada, buscando atender, nos seis dias do evento, um público de até 60 mil pessoas interessado em literatura.

Convidado para a solenidade de abertura durante a manhã, o reitor da UFJF Marcus David destacou a clara importância de se produzir ações culturais para atingir todas as possibilidades de desenvolvimento de uma cidade. “Isso a UFJF nunca perdeu”, disse ele sobre a preservação e valorização dos espaços culturais mantidos pela instituição, além do incentivo à produção científica e artística. Para David, a Universidade não poderia deixar de apoiar um evento como esse, participando junto da organização das mesas, com um estande para venda e exposição dos livros e, ainda, por meio da presença de diversos professores como convidados. Veja a programação. http://www.bienaldolivrojf.com.br/programacao-cultural/.

Participaram da mesa, o presidente da Câmara Brasileira do Livro, Luís Torelli, a diretora da Câmara Mineira do Livro, Heloísa dos Reis, o chefe de gabinete da Prefeitura, Alexandre Jabour, representando o prefeito Bruno Siqueira, a jornalista e escritora Daniela Arbex, e a organizadora da Bienal, Cristina Sena. Segundo Cristina, 150 atividades culturais fazem parte da programação, que incluem 40 horas de contação de histórias, 30 oficinais para os públicos adulto e infantil, além de bate-papos com autores, tarde de autógrafos, apresentações musicais, teatrais, saraus, etc. “Trabalhar e viver do livro é um enorme desafio para essas pessoas que estão aqui, mas também é muito prazeroso.”

Luiz Ruffato e Sheyla Smanioto na primeira mesa-redonda

sfsfs

Em encontro promovido pela Pró-Reitoria de Cultura, escritores Luiz Ruffato e Sheyla Smanioto participaram de mesa-redonda, mediada pelo jornalista Mauro Morais (Foto: Caique Cahon)

Dentre a programação desta terça-feira, 14, os escritores Luiz Ruffato e Sheyla Smanioto debateram o tema “Sociedade Brasileira”, em encontro idealizado pela Pró-reitoria de Cultura da UFJF. Ruffato se disse em casa, relembrando sua passagem como estudante de Jornalismo na Universidade. “Tenho maior orgulho de ter recebido a medalha JK como ex-aluno”, garantiu o vencedor de inúmeros prêmios da literatura, especialmente pelo romance Eles Eram Muitos Cavalos, ganhador do prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2001, e do Jabuti (2015) pela A história verdadeira do Sapo Luiz. Ruffato já lançou uma dezena de livros e é um dos principais escritores contemporâneos brasileiros na atualidade.

De outra geração, Sheyla Smanioto compartilha com Ruffato a mesma preocupação e responsabilidade social com a literatura. Desesterro, ganhador do prêmio Sesc de Literatura em 2015, traz, num cenário de pobreza e violência, a voz (gritada) das mulheres. Sob mediação do jornalista Mauro Morais, os dois autores falaram sobre a retratação de uma parcela da sociedade silenciada, da qual vieram, e de personagens não muito comuns na literatura. Também puderam compartilhar com o público suas histórias de encontro com o livro e a escrita, proposta do evento que segue até domingo, 19.