“Mananciais de Juiz de Fora” foi o tema do quarto dia da Semana Integrada do Meio Ambiente, organizada pela Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental da Regional da Zona da Mata (Ciea-MG-ZM) e apoiada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), sede do evento. O representante do grupo Votorantim Energia, Rubens Habitzreuter fez uma exposição sobre o projeto: “Rio Paraibuna pede nossa ajuda”, desenvolvido para conscientizar as pessoas para a preservação do rio e de seus afluentes por meio de atividades para as crianças no período escolar. “Não podemos jogar no rio tudo o que não queremos mais, como se isso fosse a solução para nossos problemas domésticos. O lixo deve ter uma destinação adequada, já que utilizamos a água no rio para beber, para fazer comida, lavar roupa, irrigar a horta, enfim, as pessoas devem se conscientizar de que o rio é vida”.
A pesquisadora da UFJF, Renata Pereira, falou sobre seus estudos no Ribeirão Espírito Santo, com o foco na qualidade e quantidade da água, projeto realizado desde 2012 em oito pontos do córrego, que busca avaliar o impacto do despejo de resíduos no ribeirão. “O importante, neste momento, é desenvolver mais estudos, aumentar a fiscalização, dar mais atenção a essa área, para que consigamos reverter a situação”.
Também em relação ao Ribeirão Espírito Santo, a professora do Ifet/Sudeste, Vivian Pinto, falou sobre a caracterização biótica e abiótica da bacia hidrográfica a partir de uma modelagem ecohidrológica para determinar a quantidade de água que pode ser retirada do ribeirão sem atrapalhar a biodiversidade existente ali.
A doutora em Ecologia, Magaly Bucci falou sobre sua pesquisa realizada na Represa João Penido sobre a qualidade da água, a presença de concentrações de metais e agrotóxicos na represa. Professor da UFJF, Cézar Barra apresentou o resultado dos seus estudos nas Represas João Penido e São Pedro. Foram abordados pontos sobre a interferência nas nascentes, o uso de solos inadequados, o serviço ambiental da represa e a captação da água nos diferentes períodos climáticos. “Em nossos estudos percebemos que a água da captação varia de regular a boa, a água da represa de São Pedro está melhor. Avaliamos a quantidade de água, a vazão das represas e verificamos que a de São Pedro fornece mais água do que trata, mesmo mantendo vazão ecológica, dá pra dobrar a capacidade de atendimento da represa e atender a uma porcentagem maior da população – hoje atende 8%, daria pra atender cerca de 20%”, completa Barra.
Encerrando o evento, o Engenheiro da Cesama, Francisco de Assis de Araújo abordou o aspecto histórico, geográfico, quantitativo e qualitativo de Chapéu D’Uvas e explicou como a Cesama opera no manancial. A 3ª Semana Integrada do Meio Ambiente vai até o dia 10 de junho e não necessita de inscrição prévia para a participação.
Confira a programação completa da 3ª Semana Integrada do Meio Ambiente.