Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 13/05/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/cinema-de-academia/

Cinema de academia

O cinema com selo universitário tem espaço a partir desta segunda-feira, quando terá início a primeira edição da Mostra de Cinema e Audiovisual do Sipad, organizado pelo IAD (Instituto de Artes e Design). O evento acontece até a próxima sexta-feira, com a exibição dos 30 curtas produzidos pelos alunos da instituição e que fizeram a inscrição
até o último dia 6. Os filmes poderão ser conferidos na sala de cinema do IAD e tem entrada franca.
As exibições dos curtas – com duração variando entre um e 20 minutos – iniciam-se às 17h todos os dias, sendo que a cerimônia de abertura na segunda-feira será às 16h30, com show-concerto do músico Chadas Ustuntas. Cada dia será dedicado a um tema, encerrado com uma roda de conversas com os realizadores e um debatedor convidado: “Das mulheres para o mundo” (segunda-feira, com Luis Alberto Rocha Melo como debatedor); “Devaneios” (terça-feira, com Patrícia Moreno); “Por aí” (quarta-feira, com Carlos Reyna); “Pequenos notáveis” (quinta-feira, com Sergio Puccini). “A escolha foi feita de acordo com o material recebido pelas curadoras, e os temas foram propostos à medida em que se observaram temáticas e estéticas em consonância entre os filmes selecionados”, explica um dos organizadores do evento, Guilherme Landim, que também faz parte do júri.
A única exceção é na sexta-feira, com a mostra não competitiva “Panorama”. E também será na sexta-feira que a organização da mostra divulgará o nome dos vencedores nas categorias documentário e ficção. “O primeiro lugar na categoria documentário recebe entrada gratuita nas palestras do Painel Audiovisual, e o premiado em ficção ganha uma diária de iluminação fornecida pela produtora Impulso Hub. Nas duas categorias também vai haver menção honrosa, e todos esses premiados ganham um kit contendo filmes, livros, bolsa e outros itens”, acrescenta Landim.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 13/05/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/arte-conectada-a-solidao-coletiva/

Arte conectada à solidão coletiva

As tecnologias digitais (smartphones, tablets, laptops, PCs etc.) fazem parte cada vez mais do nosso cotidiano. É difícil encontrar pelas ruas quem não esteja, em algum momento, checando emails, jogando conversa fora pelo WhatsApp ou atualizando suas postagens no Facebook e demais redes sociais. Esses relacionamentos virtuais tornam-se essenciais a ponto de fazer com que esqueçamos o outro que está ao nosso lado, ou que as conversas sejam desenvolvidas apenas pelos toques no teclado. São essas questões que instigaram o artista plástico Gilberto Medeiros a criar a série de obras da exposição “Nos amis ou a fauna”, que pode ser conferida até domingo no Forum da Cultura com entrada franca.
Os trabalhos, criados a partir de 2014, são inspirados justamente pelo excesso de tempo que demandamos para o mundinho que circula na velocidade da luz entre “likes”, selfies e outras modas da virtualidade do século XXI. A mostra – a primeira individual de Gilberto após participar de coletivas – conta ainda com textos e letras de música,
escolhidos para complementar o sentido das obras.
Os 13 trabalhos apresentados na exposição foram criados utilizando técnicas como aquarelas, nanquim, grafite, lápis de cor, colagens, pastel a óleo e intervenções digitais. “Comecei essa série em 2014, mas ela foi acentuada quando retornei a Juiz de Fora. Fui me relacionando com a galera mais nova, e chamou a minha atenção a intensidade com
que usam o celular e a internet. Digo, inclusive, que este não deixa de ser um trabalho coletivo, que partiu das histórias que eles me contavam ou que cheguei a acompanhar”, diz Gilberto. “Uma das obras foi inspirada na história de uma menina que voltou da UFJF até sua casa, em Benfica, só para pegar o celular que havia esquecido.”
Para ilustrar muitas dessas histórias, Gilberto utilizou figuras conhecidas da cultura pop, fossem artistas ou personagens de cartuns, assim como figuras mitológicas – o que rende trabalhos interessantes, com David Bowie, a dupla de música eletrônica Daft Punk, um tritão e Cérbero, o cão de três cabeças, interagindo com as pequenas maravilhas da tecnologia. “Quando você usa uma figura dessas, em particular as criaturas mitológicas, a crítica fica mais tênue”, pontua o artista nascido em São João Nepomuceno e que voltou a morar em Juiz de Fora há três anos, onde é acadêmico do curso do IAD (Instituto de Artes e Design).

Na rede, mas sem superexposição
Questionado sobre o uso que faz das redes sociais, Gilberto Medeiros diz que tenta não expor em demasia sua vida pessoal na web, ao mesmo tempo em que tem consciência de que é preciso saber e entender os limites de cada um. Mesmo assim, diz que o celular tem modificado alguns hábitos cotidianos. “Antes eu tinha o costume de ler algum
livro nos transportes coletivos, mas hoje fico no celular. Pelo menos, fico com o meu aparelho até quando der, afinal somos compelidos a comprar o telefone mais novo. No quadro do David Bowie, por exemplo, ele parece estar com o capacete quebrado, mas não desgruda do celular. ”
Para o artista, as pessoas, atualmente, parecem estar numa bolha “que pode ser mais interessante do que está a seu redor. Acho muito perigoso isso, porque você fica dependente. Afinal, o mundo virtual parece ser muito mais fantástico que o real.”

Após a exposição no Forum de Cultura, “Nos amis ou a fauna” poderá ser conferida em julho na UFJF. Pretendo aumentar o número de obras em exposição, incluindo algumas esculturas em que comecei a trabalhar a partir desse mesmo tema.”
NOS AMIS OU A FAUNA
De Gilberto Medeiros
Sexta-feira, das 14h às 18h, sábado e domingo, das 15h às 18h. Até dia 15 de maio Forum da Cultura (Rua Santo Antônio 1.112)

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 13/05/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/pjf-divulga-preparativos-sobre-a-passagem-da-chama/

PJF divulga preparativos sobre a passagem da chama

A Prefeitura de Juiz de Fora divulgou, no início da noite desta sexta-feira (13), o cronograma do revezamento da tocha olímpica em Juiz de Fora, no próximo domingo, além de parte da lista de condutores confirmados até o momento (veja abaixo). Das 64 pessoas que vão carregar o símbolo na cidade, 45 tiveram seus nomes divulgados.
Entre as personalidades estão nomes já divulgados pela Tribuna há uma semana, como o maratonista Gedair Reis, o jogador de vôlei André Nascimento, o professor de judô e o chefe do departamento de esportes da UFJF Jeferson Vianna, o treinador de futebol Andrade, o ex-jogador do Tupi Toledinho, a ex-jogadora de vôlei Márcia Fu, o
empresário Jovino Campos, o colunista social Cesar Romero, o mesatenista paralímpico Alexandre Ank e o ultramaratonista Gláucio Monte-Mór. Uma das novidades da lista é o nome de Carlos Oscar Niemeyer, neto do arquiteto Oscar Niemeyer.
A seleção dos condutores foi realizada por meio de campanhas públicas ou nomeações diretas do Rio 2016 e dos patrocinadores oficiais, a Coca-Cola, a Nissan e o Bradesco. O Comitê Rio 2016 escolheu pessoas que fazem a diferença nos quatro cantos do país.
Conforme a Prefeitura, os condutores são posicionados a cada 200m. Cada um acende a tocha do condutor seguinte, o momento do “beijo das tochas”. Cada condutor será acompanhado por equipe de apoio durante o percurso, que será em área delimitada. Durante o trajeto haverá paradas para fotos em lugares interessantes ou pequenos eventos promovidos pela cidade. O último veículo do comboio é responsável por liberar a área, retornando a configuração viária da cidade. A festa de domingo começa no Parque da Lajinha, às 17h24. Último condutor acende a “pira de celebração” no palco da cerimônia promovida pela Prefeitura, no Terreirão do Samba. A chama olímpica permanece na cerimônia de celebração por 30 minutos. Depois, é armazenada nas lanternas de segurança que seguirão para o próximo dia de revezamento.
Na manhã desta sexta, a Prefeitura reuniu a imprensa no Parque da Lajinha para passar orientações e detalhes sobre a cobertura do revezamento e atividades culturais programadas nos pontos onde a chama vai passar. Uma réplica da tocha olímpica, trazida por representantes do comitê da Rio 2016 esteve à disposição dos jornalistas para que todos pudessem conhecer a estrutura e até fazer registros pessoais do símbolo mais importante dos Jogos Olímpicos no Brasil, que acontece em agosto.
Durante a coletiva, quatro dos falaram à imprensa sobre as suas expectativas. Entre eles estiveram André Nascimento, Alexandre Ank, Jeferson Vianna e a ginasta Cássia Delgado.
O jogador de vôlei André Nascimento ressaltou que, embora esta seja a segunda vez que irá carregar a tocha, a experiência na cidade será ainda mais especial, pois será em casa. “Estou muito ansioso por este momento, que é único não só para mim, mas para muitas pessoas”.
“O esporte é um marco na vida de qualquer pessoa, além de ser um agente transformador da sociedade. Será um dia
maravilhoso”, destacou o chefe do departamento de esportes da UFJF, Jeferson Vianna, outro indicado a conduzir a
tocha.
A ginasta Cássia Delgado disse que, ao carregar a chama, estará realizando o sonho de qualquer atleta.
“Este momento será um marco em minha vida, pois irei representar a população, atletas e deficientes de Juiz de Fora”, enfatizou o mesatenista Alexandre Ank.
As pessoas que irão conduzir a tocha foram indicadas tanto pela PJF como pelos três patrocinadores oficiais do evento.
O prefeito Bruno Siqueira destacou que a PJF procurou indicar nomes importantes de atletas e ex-atletas. “O grande legado que ficará deste momento é o incentivo muito grande à prática do esporte em nossa cidade”.
O vice-prefeito Sérgio Rodrigues, reforçou, mais uma vez, que no assunto “olimpíadas”, Juiz de Fora saiu na frente, quando o atleta juizforano Giovane Gávio foi o primeiro brasileiro a conduzir a tocha na Grécia, de onde se inicia todo o percurso.

Trânsito
Para atuar na fiscalização de trânsito durante o revezamento da tocha, a Settra contará com o efetivo de 110 pessoas, dividido entre 55 agentes de trânsito e 55 guardas municiais. Segundo o chefe do Departamento de Fiscalização da pasta, Paulo Peron, por medidas de segurança, todas as vias que farão parte do percurso deverão estar totalmente desobstruídas para a passagem do comboio Rio 2016. “Na madrugada de sábado para domingo, vamos sinalizar todas as vias com placas de regulamentação indicando a proibição de estacionamento. Os veículos estacionados nestas áreas poderão sofrer as penalidades previstas no código de trânsito brasileiro. Se os proprietários não forem localizados, o veículo será notificado e até removido”, explicou.
Peron informou que o trabalho de fiscalização das equipes começará às 7h do domingo. Todo o efetivo irá para os pontos do trajeto a partir das 16h. “À medida que o comboio for passando, vamos liberar a via”.

Percurso da tocha
A chama percorreu, nesta sexta (13) os municípios de Ouro Preto e de Itabirito. No sábado chega a Contagem e Belo Horizonte.
Em Juiz de Fora, a chegada da pira está marcada para às 17h24 de domingo, no Parque da Lajinha, após passar pelas cidades históricas de São João del-Rei e Tiradentes, e Barbacena. Da cidade ela seguirá, na segunda-feira, para Bicas, Leopoldina e Muriaé, encerrando a sua passagem por Minas Gerais.

Condutores da tocha em Juiz de Fora:
Alexandre Macieira Ank
Amanda Martins Ferreira
Andre Luiz Da Silva Nascimento
Andre Santos
Antonio Sérgio Gervason De Macedoy
Arthur Santana de Paulo
Carlos Oscar Niemeyer
Cassia Evangelista Delgado
Celso Henrique Ciampi Medeiros
Cesar Romero Giovanini Corrêa
Danielle Aparecida Verpel Fernandes
Danielle Marie Villela Eiras Uhebe
Elisa Mattos
Erika do Carmo Neves
Felipe de Souza Lima
Flavio Augusto Villela Leite
Gedair Soares dos Reis
Gláucio MonteMór e Silva
Hionara
Jeferson Macedo Vianna
Joel Lima Nunes
Jorge Luiz Andrade da Silva
José Ricardo de Almeida
Jovino Campos Reis
Karla Mesquita Belgo
Kátia Aparecida Franco
Luciano Fleury da Cruz

Luis Mauricio Dias da silva
Manoel Fernando Machado Resende
Marcelo de Souza Mendes
Marcia Regina Cunha
Marcio Ferreira da Cruz
Marcos Jaime Millan Rivas
Maria Lúcia Rocha
Maria Nazareth Torres Araujo
Marina Costa Cruz Peixoto
Michelle Amaral Fontes Toledo
Moacyr Toledo
Neuza Maria De Oliveira Marsicano
Raphael Cruz Calixto Lima
Thais Alves Travassos Villela
Thiagus Petrus Gonçalves dos Santos
Tiago Romão Batista
Vanderleia Silva de Santana
Victor Cesar de Souza Cordeiro

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 13/05/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/ufjf-apresenta-diagnostico-financeiro/

Reitor da UFJF apresenta diagnóstico financeiro

O reitor da UFJF, Marcos David, apresentou na tarde desta sexta-feira (13) o resultado de um diagnóstico que mostra a situação financeira e das obras em andamento na instituição. Segundo ele, o estudo foi iniciado pela atual administração antes mesmo da posse, por meio da equipe de transição, e concluído esta semana, quando a gestão
completou 30 dias. Os problemas diagnosticados serão apresentados ao Conselho Superior (Consu) em reunião no dia 24 de maio. Maiores informações em instantes.

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Veículo: G1

Editoria: Zona da Mata-MG

Data: 13/05/2016

Link: http://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2016/05/ufjf-divulga-balanco-de-obras-no-campus-e-valor-de-dividas.html

UFJF divulga balanço de obras no campus e valor de dívidas

O reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus David, acompanhado de parte da equipe de gestão, apresentou nesta sexta-feira (13) um balanço com a situação das obras no campus e das dívidas encontradas após análises dos últimos quatro anos das gestões anteriores.

De acordo com os dados, existem atualmente 18 obras completamente paralisadas e outras cinco em andamento. O que vai acontecer com elas a partir de agora só será definido em uma reunião com o Conselho Superior (Consu) da universidade, no dia 24 de maio. Até lá, todos os envolvidos poderão analisar os documentos e definir os andamentos.

David também relatou que, nas análises, encontrou o que chamou de “estoque de dívidas” de gestões anteriores, que somam R$ 14 milhões. Os dados completos serão divulgados à comunidade na segunda-feira (16), pelo site da universidade. O G1 entrou em contato, por telefone, com os reitores que passaram pela administração nos últimos quatro anos, mas as ligações não foram atendidas.

Para o reitor, a análise mostrou que existe um pico nos gastos em 2015, ocasionado pela crise financeira nacional. “Os dados mostram, de forma muito clara, que os gastos vão aumentando gradativamente de 2012 até 2015, mas aí dá para perceber que fomos realmente afetados pela crise”, informou.

A situação, segundo ele, pode ficar pior, dependendo de decisões de órgãos superiores sobre liberação de receitas. “Em 2015, já tivemos um corte no orçamento, mas agora temos um cenário em 2016 para que seja ampliado, o que pode nos trazer dificuldades muito grandes”, adiantou.

UFJF tem 18 obras paradas
A universidade também fez um apanhado das obras no campus de Juiz de Fora e descobriu que existem 18 totalmente paradas, a maioria por motivos jurídicos ou problemas graves de engenharia nos projetos, e outras cinco em andamento, além do Centro de Ciências (Planetário), que foi entregue na última sexta-feira (9) e será utilizado pelo Colégio João XXIII.

Sobre uma eventual “vantagem” das obras que estão em andamento e, por isso, poderiam ser entregues mais rapidamente, o reitor preferiu deixar a decisão para a reunião do Consu. “Elas precisam ser discutidas, porque têm especificações muito diferentes. Existe uma tendência para que se priorizem unidades de ensino, prédios de faculdades, mas não posso definir essas prioridades agora nem tratar todas do mesmo jeito”, disse.

“Pacotes de dívidas” e orçamento 20% menor
Ao explicar as dívidas que foram encontradas na análise de anos anteriores, que somam R$ 14,2 milhões, David afirmou que negociações precisam ser firmadas com diversas concessionárias e empresas. “Algumas já estão com processo de quitação em andamento, mas precisamos saber se teremos receitas para cumprir tudo isso. É uma prioridade nossa reduzir o montante”, contou.

O reitor explicou, também, que o orçamento que a UFJF pode contar está 20% menor que o disponibilizado em 2015 e isso, caso não tenha alteração, pode comprometer o destino da administração. “Quando você soma todos estes fatores, nos faz projetar cenários muito preocupantes. Selecionamos três hipóteses possíveis, desde a pessimista até a positiva, e a UFJF vai pelo do meio, o realista, com uma projeção de R$ 14 milhões negativos”, afirmou.

Ele narrou o cálculo citando que os gastos previstos pela UFJF em 2016 giram em torno de R$ 128 milhões, sendo R$ 106 mi em gastos comuns, R$ 7 mi em contratos menores, além dos R$ 14 mi em dívidas passadas. Enquanto isso, a receita prevista, já com o corte de 20%, pode chegar a R$ 113 milhões.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 14/05/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/divida-milionaria-na-ufjf/

Dívida milionária na UFJF

Em meio a um cenário de incertezas políticas e econômicas em âmbito federal, o reitor da UFJF, Marcus David, apresentou ontem à comunidade acadêmica um diagnóstico da situação orçamentária e financeira e também das obras na instituição. Os números, levantados nos primeiros 30 dias de gestão, preocupam tanto pelo contingenciamento de recursos que já havia sido estabelecido pelo Governo federal e agora com a possibilidade de mais cortes no horizonte. Chama atenção as dívidas com contas básicas para a manutenção da instituição, como as de água, luz, aluguel do campus de Governador Valadares, entre outras. Somente nesta área, a dívida chega a R$ 14,2
milhões (ver quadro). Além disso, o levantamento aponta que há um impasse para a finalização das obras iniciadas em gestões anteriores, entre elas o Hospital Universitário, o Jardim Botânico e o Parque Tecnológico. Foram analisados quatro anos de execução orçamentária, de 2012 a 2015. Os dados serão divulgados de forma completa na
segunda-feira. No que diz respeito ao custeio, as despesas previstas são de R$ 106,7 milhões
Do total de obras, levando-se em conta contratos e aditivos de construções paralisadas e em andamento, a UFJF soma cerca de R$ 753 milhões, dos quais R$ 345 milhões ainda precisam ser empenhados para a continuidade. No entanto, a universidade conta com uma previsão de recursos de capital no valor de R$ 37 milhões, tendo em caixa até agora de apenas R$ 14,8 milhões. “Enfrentamos fortes problemas de natureza jurídica, como questionamentos do Tribunal de Contas, e de natureza técnica. São 18 obras que estão inacabadas, de todo o tipo: desde reformas e ampliações até o Hospital Universitário”, explica o novo reitor.
Entre as obras de maior complicação está a do campus de Governador Valadares, para a qual havia uma previsão orçamentária de R$ 181 milhões, dos quais foram gastos R$ 63 milhões. O contrato foi suspenso pela construtora em outubro no ano passado e uma comissão foi criada para propor adequação dos projetos e obras. Outra obra sem
previsão de recursos no momento é o Jardim Botânico, que já tem prédios construídos, mas necessitam de instalações de infraestrutura, como água, esgoto, elétrica, orçadas em R$ 7 milhões. Em relação ao teleférico, a universidade precisa de R$ 10 milhões para o término da obra. “Quando levamos ao MEC esta demanda, já sinalizam que, infelizmente, não há possibilidade de investimento para obras dessa finalidade.”
Marcus David afirma que já foi agendada uma reunião do Conselho Universitário (Consu) para 24 de maio. “Estamos dando o prazo de uma semana e meia para que todos os setores da universidade possam discutir e levar sugestões. Precisamos tomar algumas decisões emergenciais, outras certamente vão exigir debates mais aprofundados”, prevê. Um modelo informatizado de gestão de fluxos e processos será implantado na universidade nos próximos meses para aprimorar a fiscalização e o mapeamento de processos, conforme explicou o pró-reitor de Planejamento, Eduardo
Salomão Condé.

Custeio
Para o ano de 2016, a UFJF realizou três projeções de cenários de custeio para a instituição, o que envolve pagamento de terceirizados, bolsas estudantis e de qualificação de servidores. Na mais realista, a administração trabalha com a hipótese de um déficit de R$ 14 milhões, considerando as receitas com base nos repasses do Tesouro, recursos próprios e do superávit de 2015, subtraindo as despesas de custeio, as dívidas e outras despesas, as quais somam R$ 128 milhões. “Mesmo com receitas próprias, começamos a projetar déficits muito preocupantes para esse ano”, disse o reitor, em entrevista coletiva à imprensa.
Atualmente, a UFJF tem autorizado pelo Governo federal um percentual de R$ 96 milhões para manutenção, os quais correspondem a 80% do valor inicialmente previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA), de R$ 120 milhões. Com o novo percentual, a administração distribui R$ 84,7 milhões para Juiz de Fora e R$ 12 milhões para Governador Valadares. “Os dados mostram de forma muito clara que a universidade vai evoluindo nos seus gastos entre 2012 e 2014, mas a partir de 2015 a gente começa a sentir os efeitos da crise. Um dos pontos que dificulta é a redução de diárias e passagens para participação em congressos, o que prejudica e muito a divulgação da
produção científica da nossa comunidade”, analisa Marcus David.
Uma das formas de complementar a receita deste ano seria a utilização de um decreto superavitário de 2015, no qual o Governo federal autorizaria a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 11 milhões. “O problema das pedaladas fiscais, que gerou o posicionamento do Tribunal de Contas, enrijeceu muito o posicionamento do Governo
este ano. Decretos com recursos que sobraram no ano passado e que poderiam ser usados este ano não estão sendo emitidos. Estão todos suspensos aguardando a elaboração de lei no Congresso”, explica o reitor.

Cesama diz que convênio não foi cumprido
Dentre as dívidas que estão em negociação com concessionárias e fornecedores, a UFJF possui um passivo de R$ 6,2 milhões referente a gastos com água no período entre 2006 e 2015, fruto de um convênio assinado com a Cesama. Desde o ano passado, ainda na gestão de Júlio Chebli, a universidade tenta reduzir o valor em conversas com a companhia. Procurado pela reportagem, o diretor-presidente da Cesama, André Borges de Souza, disse que o convênio com a UFJF não foi cumprido. “Não tenho os detalhes em mãos, mas me lembro que tratava-se de a universidade ministrar cursos para funcionários da Cesama e nos fornecer ocupação de espaços para colocarmos um reservatório e outras estruturas. Quando entrei na companhia, em 2009, cobrei o por quê de estes cursos não terem sido dados e, no nosso entendimento, os espaços ocupados eram frutos de convênio anteriores. Ou seja, não foi cumprida a contrapartida do acordo para o fornecimento de água.”
O diretor-presidente disse ainda que a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água (Arsae) cobrou a Cesama ações para que o débito fosse pago, inclusive com notificação à UFJF. “Eles voltaram a nos pagar no ano passado, mas precisamos resolver este débito anterior. Estamos avançando nas negociações e acreditamos que poderemos chegar a um acordo definitivo.” André acrescenta que existe a intenção de parcelar a dívida e fornecer facilidades aos moldes que foram dados aos clientes inadimplentes durante o processo de anistia, no ano passado. Na noite de ontem, a Tribuna fez contato com o ex-reitor Henrique Duque, no entanto, ele preferiu se inteirar do que estava sendo dito antes de se manifestar.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 14/05/2016

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Décima edição do Amadança acontece neste sábado

O Cine-Theatro Central recebe neste sábado a décima edição do Amadança JF Festival, em que alunos de diversas escolas de Juiz de Fora e cidades próximas apresentam suas coreografias. Serão 28 grupos de dança de instituições do município, além de Barbacena, Santos Dumont e Três Rios (RJ), que apresentarão 55 coreografias em estilos diversos, como balé clássico, dança de salão, jazz, sapateado, samba e dança contemporânea, entre outros. O evento é realizado por meio do projeto Luz da Terra, da pró-reitoria de cultura da UFJF, que cede o espaço do teatro para artistas locais. Além das apresentações dos grupos de dança das escolas, o Amadança JF Festival tem como convidado o grupo Pés Cariocas, do Rio de Janeiro. Criado em 1995 pela coreógrafa Rachel Mesquita e o dançarino Álvaro Reys – que cede um espaço em Copacabana para as aulas e ensaios, o projeto atende essencialmente a jovens de classes baixas da capital e também da Baixada Fluminense. Atualmente em seu terceiro grupo, o Pés Cariocas tem 72 integrantes entre crianças e adolescentes, 90% deles de baixa renda. Ex-alunos e outros professores auxiliam nas atividades, além de pessoas que ajudam no pagamento de passagens quando preciso.
X AMADANÇA JF FESTIVAL
Neste sábado, às 18h
Cine-Theatro Central

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Política

Data: 15/05/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/equilibrar-economia-e-maio-desafio/

Equilibrar economia é o maior desafio

A despeito dos esforços para manter um tom conciliador para acalmar o país e o mercado, o primeiro discurso do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), após o afastamento de Dilma Rousseff (PT) na última quinta-feira,
foi marcado pela pauta econômica. “Nosso maior desafio é estancar o processo de queda livre na atividade econômica, que tem levado ao aumento do desemprego e à perda do bem-estar da população”, afirmou o peemedebista em cadeia nacional. Temer não descobriu a pólvora, visto que o desequilíbrio fiscal foi um dos pilares dos posicionamentos favoráveis ao andamento do processo de Dilma. Apesar da troca de comando – mesmo que, a princípio, provisória, o desenrolar do cenário econômico do país ainda é visto por especialistas ouvidos pela Tribuna como uma incógnita, que apontam que as nuvens negras não devem se dissipar nos próximos meses.
“O cenário não muda de uma hora para outra. Essa ideia de que vai aparecer um salvador da pátria não funciona em economia. O momento é muito complicado, e o trabalho do Governo deverá ser focado para que os indicadores não piorem. A princípio, o ano de 2016 está perdido”, avalia o coordenador do curso de Economia da Faculdade Mackenzie Rio, Marcelo Anache. Os atuais indicadores mostram um quadro de recessão severa, que indicam uma projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB) entre 3,5% a 4% em 2016. Atualmente, o país soma mais de dez milhões de desempregados, luta para que a inflação não chegue à casa dos dois dígitos (o IPCA acumulado nos últimos 12 meses é de 9,28%), enfrenta a falta de confiança de investidores e acumula um rombo de R$ 579 bilhões nas contas públicas, considerando os juros. “É impossível solucionar tudo agora. O Governo terá que adotar medidas muito claras e capazes de convencer todos os agentes econômicos para conquistar apoio, pois a continuidade da crise política irá agravar esta realidade”, diz Anache.
Para o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e PhD em economia, Wilson Rotatori, uma visão mais clara sobre o futuro econômico do país só será possível a partir da capacidade de articulação de apoio político e da consolidação de uma base parlamentar forte no Congresso Nacional. “Para melhorar a situação econômica, o novo
Governo terá que fazer um contingenciamento nos gastos. Vai ser trabalhoso convencer sobre a necessidade deste ajuste. Não tenho ilusão de que os problemas serão resolvidos rapidamente.”

‘Ortodoxo’
Na última sexta-feira, o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que a primeira medida econômica a ser tomada será a contenção do aumento das despesas públicas. Segundo ele, a ações serão adotadas com calma, para que sejam eficazes e propiciem a retomada do crescimento, e uma vez realizadas, deverão ser mantidas. “Não podemos tomar uma decisão hoje, outra amanhã, anunciando uma terceira na semana seguinte”, declarou. Na análise do professor Marcelo Anache, o novo ministro tem um perfil “ortodoxo”. “É um nome que já conhecemos. Sabemos que ele não tem ressalvas quanto ao aumento de juros, por exemplo, pois, em plena crise de 2008, trabalhou desta forma. É preciso saber quais serão estas medidas para entender o caminho que o Governo irá seguir e os impactos para a população.”
Ele ressalta, ainda, que a divisão que assolou o país desde as últimas eleições pode ser um entrave para a retomada do crescimento. “A melhora da economia requer tempo, mas não sabemos se a população está disposta a esperar. É muito importante unir as pessoas, pois se a política continuar em ebulição, não há chances de mudança.” O professor Wilson Rotatori destaca a relação direta entre as crises econômica e política que culminaram no afastamento da presidente Dilma. “Um governo que enfrenta problemas na área econômica fica muito fragilizado e se, politicamente, não consegue formar uma coalizão de apoio entre os partidos que compõem o Congresso Nacional, certamente que, diante do quadro de impeachment, será derrubado”.

Lava Jato segue como fator de crise
Os desafios econômicos, contudo, são a ponta mais visível aos olhos da população de uma crise que se estende pelos mares sombrios do sistema político e até do Judiciário. No exercício da Presidência da República, Michel Temer está inserido na mesma crise política que pode custar a sublimação do mandato da presidente Dilma. Cientistas políticos apontam pelo menos três questões do ambiente político que podem ser grandes obstáculos para a agenda do peemedebista. Apesar do relevante número de parlamentares que votaram pelo andamento do impedimento de Dilma, a base governista no Congresso ainda precisa ser consolidada. Outro ponto são os possíveis desdobramentos da ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por último, e possivelmente o mais grave dos aspectos que têm derrubado as peças no tabuleiro do xadrez político nacional, são os rumos que a operação Lava Jato podem tomar.
“Respectivamente, estes são problemas de curto, longo e médio prazo”, considera Michael Mohallem, mestre em Direito Público e Direitos Humanos e especialista em Ciência Política, ligado à Fundação Getúlio Vargas (FGV). Colocada como risco de médio prazo, a sombra da Lava Jato paira sobre a gestão provisória de Temer. Dos 23 ministros empossados, dois são investigados e sete citados no âmbito da operação. Três, inclusive, passaram a ter a prerrogativa de foro privilegiado: os ministros do Turismo, Henrique Alves (PMDB); da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB); Geddel Vieira Lima (PMDB), ministro-chefe da Secretaria de Governo. “Alguns desses ministros – como o próprio Temer – foram citados nas investigações. Outros foram alvo de denúncia. Há níveis distintos de envolvimento, que, certamente, irão reacender as discussões. Em geral, quando se há suspeitas sobre integrantes do primeiro escalão, opta-se pelo afastamento. Temer fez o contrário, talvez seja pela falta de nomes próximos, recusas ou por não acreditar no andamento da Lava Jato”, pondera Mohallem.
Cientista político ligado à Universidade de Viçosa (UFV), Diogo Tourino também considera que a Lava Jato possa se apresentar como um obstáculo intransponível para Temer, caso as investigações “prossigam sem obstruções e alcancem aliados importantes. Tourino destaca ainda outros entraves como uma possível resistência da comunidade internacional à maneira como o afastamento da presidente eleita se deu e a resistência das ruas. “O PT já entendeu isso. Por outro lado, a entrada de Temer no poder fez com que lideranças legítimas de uma série de movimentos sociais desembarcassem do Governo. Assim, Temer terá que lidar com ‘as ruas’, coisa que não incomodou Lula, nem Dilma no primeiro mandato. Começou a incomodá-la no segundo mandato e promete não arrefecer ao longo da Gestão Temer.”

Governabilidade
Para o professor da UFV, em termos de governabilidade, a gestão provisória de Temer à frente da União terá início sobre um suspeito e suposto clima de benevolência na relação entre Palácio do Planalto e Congresso. “Pelo lado institucional, o cenário para o Governo Temer pode não ser ruim. Ele deve contar com maioria “confortável” no
Congresso. Basta lembrar que mais de 360 deputados e 55 senadores votaram contra Dilma, pelo andamento do processo de impeachment. Além disso, atores com muito poder no setor econômico, como a Fiesp, que estavam colocando-se contra o Governo Dilma, tendem a “desobstruir” a economia para que o país volte a andar”, considera.
Contudo, resta saber até onde a “paz” perdurará com o cotidiano esticar das cordas das relações entre os poderes Executivo e Legislativo.

Polarização deve ser intensificada na sociedade
As discussões sobre o andamento do processo de impeachment no Congresso, que antecedeu a ascensão provisória de Temer à Presidência, fez com que os brasileiros se acostumassem com protestos de rua favoráveis ou contrários ao afastamento da petista. Em alguns momentos, os ânimos se exaltaram, alimentando ainda mais uma polarização, que, desde as concorridas eleições de 2014, parece cada vez mais incendiária. Para o professor de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP), Pablo Ortellado, o atual racha visto na sociedade brasileira deve
permanecer. “Seguramente, essa divisão irá se intensificar, porque o lado da presidente Dilma acredita que houve uma violação dos preceitos institucionais, de que o impeachment é descabido e, portanto, o presidente em exercício é ilegítimo. Não tem nenhum espaço para conciliação nacional nos próximos meses”, avalia.
Tido como um dos grandes problemas do atual momento político, o descrédito da população em relação às instituições também deve permanecer inalterado. Embora não seja um fenômeno recente e se apresente de forma estabelecida desde a década de 1970, conforme avalia Ortellado, a profusão de denúncias de corrupção – principalmente em um cenário em que os desdobramentos da operação Lava Jato ganham contornos midiáticos – intensificou ainda mais a descrença no sistema representativo por parte da sociedade. “Quando a gente mede, sobretudo nos grupos que estão mobilizados, a descrença no sistema de representação é muito grande. Restaurar a legitimidade desse sistema é um desafio grande para o presidente, ou para a presidente Dilma, caso ela volte”, afirma.

Minorias
Analisando a constituição dos ministérios nomeados pelo presidente em exercício, o professor da USP afirma que haverá riscos de uma redução drástica dos direitos de minorias como mulheres, negros e população LGBTI. Segundo ele, a nomeação do ex-secretário de segurança pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, para o novo Ministério da Justiça e da Cidadania – que incorporou pastas extintas por Temer como o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e o dos Direitos Humanos – poderá minar tais discussões.

“Com certeza teremos uma regressão. A pasta será comandada por um secretário que não tem nenhum histórico. Muito pelo contrário. Ele foi o responsável pela repressão aos estudantes secundaristas em São Paulo (até a nomeação, Moraes ocupava a Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo), tem o histórico de total opacidade com os dados públicos na área de segurança pública”, afirma Ortellado.

‘A tendência é o aumento de greves’
Com um pensamento à esquerda, a professora da Faculdade de Serviço Social da UFJF, Maria Lúcia Duriguetto, afirma que a resistência de grupos como sindicatos e movimentos sociais deverá se intensificar, inclusive com o fortalecimento de movimentos grevistas. “A tendência é o aumento de greves, que já traça curva ascendente desde
2008. Forças conservadoras, anacrônicas e arcaicas – especialmente expressas pelas bancadas da “bíblia” e da “bala”, (como são chamados grupos de parlamentares atuantes no Congresso Nacional) , aliadas às frações do grande capital, que hegemonizam este novo Governo, vão depositar todo empenho no ataque aos direitos e na criminalização dos movimentos e organizações dos trabalhadores”, afirma a docente.
Para Pablo Ortellado, da USP, embora tenha uma agenda política que não seja muito diferente daquela apresentada por Dilma no primeiro ano do segundo mandato, Temer terá que lidar com uma forte oposição de movimentos sociais que constituíam uma resistência mais branda nos 13 anos de gestão petista. “Sindicatos e movimentos irão
fazer uma oposição de forma aberta e feroz. A agenda de Temer inclui reformas como a da Previdência, a desvinculação dos gastos sociais do orçamento. A oposição será muito mais dura”, afirma.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 15/05/2016

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Serviço de fitoterapia será retomado em JF

Adeptos da medicina alternativa encontram na fitoterapia uma forma de curar e controlar patologias a partir de medicamentos à base de plantas de uso medicinal. O acesso a este tipo de tratamento, porém, ainda é bastante restrito no sistema público de saúde, mas deve ganhar novos rumos em Juiz de Fora ainda em 2016. Após dez anos
suspenso, o serviço será retomado em breve no Departamento de Práticas Integrativas Complementares (Dpic) da Secretaria de Saúde do município, somando aos já realizados no local, como a homeopatia e a acupuntura. Estas práticas visam a estimular os mecanismos naturais do corpo para a prevenção de doenças e recuperação da saúde, complementando o tratamento pela medicina convencional.
A volta do serviço à população acontece após o Ministério da Saúde destinar cerca de R$ 600 mil para custear projetos fitoterápicos em três municípios mineiros, entre eles Juiz de Fora. Para a cidade, o Ministério enviou R$ 252.175, que será aplicado em duas fases do projeto: R$ 40.800 em investimentos estruturais e custeio de equipamentos e R$ 211.375 para sua manutenção, compra de insumos para produzir os medicamentos. O projeto será desenvolvido em parceria firmada entre a Prefeitura Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria de Saúde e do DPIC, e a Faculdade de Farmácia da UFJF.
O primeiro passo, segundo a farmacêutica e coordenadora do Projeto de Fitoterapia 2016, Filomena Karla de Castro Monteiro, será a elaboração de um seminário para sensibilizar os profissionais, a partir da aplicação de questionários e comentários. “Vamos abordar aspectos como inserção da fitoterapia na atenção básica; utilização de plantas medicinais pela comunidade e profissionais habilitados para prescrição de medicamentos fitoterápicos. Os dados coletados farão parte de relatório final de avaliação do projeto”, explica.
Filomena Karla destaca que cinco espécies de plantas já foram escolhidas com base no perfil epidemiológico da população e em relato feitos por agentes comunitários de saúde que observaram o uso das plantas medicinais nas comunidades. São eles: Arnica montana, Baccharis trimera, Lippia alba, Passiflora incarnata, Salvia officinalis.
Na parte prática, ainda sem previsão de data, será realizada no próprio Dpic, na unidades de atenção primária à saúde (Uaps) e na Faculdade de Farmácia. A UFJF será a responsável por manipular os medicamentos, já elencados na Relação Nacional de Medicamentos (Rename), e disponibilizar à população posteriormente.

Cura a baixo custo
As preparações farmacêuticas fitoterápicas, na visão de médicos, trazem muitos benefícios para a saúde humana e são elementos eficazes para combater doenças infecciosas, disfunções metabólicas, doenças alérgicas e traumas diversos, com a vantagem do baixo custo. “A inclusão da fitoterapia na atenção primária pode resultar em maior adesão no tratamento pela comunidade, trazendo benefícios para a saúde, mas também de ordem econômica e cultural”, ressalta Neysa Mauricio Campos, médica e chefe do Dpic.
As práticas fitoterápicas e homeopáticas, segundo Neysa, são diferentes. A homeopatia busca tratar o paciente como um todo e não apenas a doença em si. Ela atua por meio de estímulos energéticos desencadeados por medicamentos homeopáticos, com o intuito de reequilibrar a energia vital dos pacientes. “A fitoterapia é diferente, sendo uma
ferramenta terapêutica cuja racionalidade médica é mecanicista, ou seja, trata diretamente a doença. Ela pode ser utilizada por médicos de qualquer especialidade e apresentando menos efeitos colaterais que os medicamentos alopáticos. No entanto, deve ser usada com critério, pois, apesar de raro, pode apresentar efeitos colaterais”,
alerta.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 15/05/2016

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Juiz de Fora recebe símbolo olímpico

Juiz de Fora vive, hoje, dia histórico que transcende o esporte e seus princípios voltados à formação saudável e à educação. Símbolo milenar da paz, a tocha olímpica passará pelas mãos de 64 condutores a partir das 17h24, precisamente, no Parque da Lajinha, com destino ao Terreirão do Samba, às 19h49. Durante os 10,8 quilômetros percorridos, eventos paralelos em pontos da cidade vão celebrar a data com foco no espírito olímpico, legado das primeiras disputas, na Antiguidade, época do despertar da ligação entre a chama e os Jogos Olímpicos.
Ao projetar possíveis consequências do revezamento no município, o Mestre em Ciências Sociais pela UFJF, William Ponte, destacou o antagonismo da data com o cenário sócio-político do país, elementos que vêm misturando opiniões dos juizforanos. “O impacto é quase imprevisível, porém com a intensificação das telecomunicações dá
para ter uma ideia do que vem a ser. Não posso ignorar a admissibilidade do processo de impeachment. Muita gente confunde a Olimpíada com o Governo e pode haver uma tendência de rejeição aos Jogos em razão do momento do país. Mas, se levarmos em consideração a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, a maioria adere ao evento. Muita gente acha que o revezamento da tocha é uma bobeira, que é o Governo querendo se promover. A falta de informação no cidadão médio é alta”.

Os Jogos
A primeira edição do evento esportivo, de acordo com registros de historiadores, integrou festival religioso em 776 a.C, com a participação de atletas de cidades-estado em Olímpia, como contextualiza o professor graduado em História pela UFJF, Jodenir Souza. “Os Jogos simbolizavam o culto a Zeus. Na cidade de Olímpia se reuniam as
pessoas que queriam participar dos Jogos representando suas cidades e o vencedor seria praticamente um semideus perante as outras pessoas, no sentido de que ele venceu a maior competição esportiva e religiosa que os gregos tinham. Nesse ponto de vista, durante os Jogos Olímpicos, as cidades gregas interrompiam suas atividades de guerra para que os atletas pudessem viajar e chegar em Olímpia. Essa tradição de interromper guerras para eventos religiosos aconteceu na Antiguidade e também na Idade Média”.

A chama
Elemento divino, “o fogo na Grécia Antiga é considerado o elemento que fez o ser humano crescer, entender e transformar o mundo e teria sido um presente que o titã Prometeu deu aos homens contra a vontade de Zeus, então ele simbolizaria, na verdade, a ideia do homem ter livre arbítrio, mudar o mundo. Os Jogos Olímpicos são uma homenagem a Zeus e a chama olímpica fica acesa na cidade de Olímpia durante toda a realização dos Jogos, simbolizando exatamente o fogo que faz o homem se diferenciar e ser quase um semideus”, explicou Jodenir.

Era Moderna
Os Jogos na Antiguidade foram extintos por volta do ano 394, quando existia o domínio do Império Romano cristianizado. Em 1894, o barão francês Pierre de Coubertin propôs o retorno das antigas celebrações gregas,
sacramentando, então, o início dos Jogos Olímpicos de Verão da Era Moderna, com primeira edição na Grécia, em 1896. A tradicional manutenção do acendimento da chama olímpica durante os Jogos, contudo, foi reintroduzida apenas em 1928, na cidade de Amsterdã, na Holanda. Oito anos depois, em Berlim, na Alemanha, nasceu o
revezamento da tocha olímpica, levando a flama da Grécia até a cidade-sede. Desde então, o fogo dos Jogos é aceso de dois em dois anos, representando o início dos Jogos de Verão e também de Inverno.

Simbologia
Para o doutor em Educação Física e Psicologia do Esporte pela Universidade Gama Filho e um dos condutores da tocha, Renato Miranda, a “representação da tocha que identifica esse momento dos Jogos Olímpicos é de paz, uma tentativa de reunir o maior número de países no mundo para divulgar o potencial esportivo e humano na capacidade do ser humano de promover a paz. Com o avançar dos tempos, a evolução de tecnologias e do treinamento, o espírito olímpico representa diversas áreas do comportamento humano, são pilares do movimento olímpico. Então a passagem da tocha pela nossa cidade é um momento marcante que pode trazer o espírito olímpico para dentro das nossas vidas. E vou ter a honra e o prazer de conduzir a tocha, como ex-atleta e, hoje, professor e incentivador do esporte”.
O sociólogo William Ponte vê, na passagem da pira, “uma oportunidade de valorizar uma cidade que não é só precursora em fatos políticos e por ter a primeira hidrelétrica na América Latina, por exemplo. Juiz de Fora tem uma importância política e econômica muito grande no Brasil e pouco valorizada inclusive no esporte. Atletas olímpicos
passaram pela cidade. Conheço mais de 20 capitais brasileiras e Juiz de Fora tem uma das culturas mais próximas da Olimpíada. Em todos os cantos tem uma quadra, e há muitas pessoas esportivas em Juiz de Fora, como o Sidnei, do Futrica, que fazem trabalho na formação cidadã, encaminhando crianças desamparadas”.
Renato Miranda segue o mesmo viés, apostando em legado social e esportivo, fundamentados no “despertar da importância do esporte na vida das pessoas, no sentido de que ele completa a lacuna da manifestação voltada ao lazer. Mesmo o esporte em alto rendimento, nas competições, implica em fazer o bem à alma das pessoas que
compram ingressos, investem para trazer mais divertimentos para a sociedade. Esse foco é muito importante para as nossas vidas e desejo que o Brasil crie a tradição olímpica e a cultura esportiva na vida das pessoas. É chegada a hora de o Brasil abrir as portas para os outros esportes também e investir na revelação de talentos e prática do esporte voltado ao lazer”.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Esportes

Data: 15/05/2016

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Clássico da bola oval em JF

JF Mamutes e Juiz de Fora Red Fox. As duas principais equipes de futebol americano da cidade se enfrentam hoje, às 14h, no campo da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal Juiz de Fora (UFJF), em confronto válido pela Liga Fluminense de Futebol Americano 2016 (LiFFA). Estreantes na competição, os times laranja e vermelho defenderão invencibilidades neste início de torneio. As Raposas venceram o Gaditas, de Mangaratiba, e Blaze Futebol Americano (RJ) nos dois jogos já realizados, enquanto os Mamutes superaram o São Gonçalo Shadows no primeiro e único compromisso até o momento, campanhas que ratificam o nível do esporte na cidade.
“Em Juiz de Fora temos um grande número de praticantes e interessados pelo esporte e, por ter dois times, faz com que um sempre queira superar o outro de todas as formas. Nós do Red Fox contamos com a experiência de mais de uma década de alguns jogadores, sem contar com o ânimo renovado que os selecionados no último TryOut vêm
trazendo pra equipe. Juiz de Fora pode se orgulhar de ter um bom nível no futebol americano regional, são duas equipes consistentes que têm tudo para chegar aos playoffs e trazer o título pra cidade”, conta o diretor de marketing e defensive end do Red Fox, Patrick Domingues, que ainda busca apoio no município.
Do outro lado, o presidente e tight end do time, Laercio Azalim, salienta o contexto das equipes, em ações de marketing conjuntas, como um dos atrativos ao público. “Será um grande jogo, digno de sua importância. Com certeza quem ganha é o esporte, que, a cada dia, está mais vivo na cidade. Tenho convicção que faremos um belo espetáculo. Um sairá com sua primeira derrota, porém esse início de torneio enaltece o trabalho feito na cidade em prol desse esporte. Para este jogo os departamentos de marketing das duas equipes se uniram, realizando um trabalho eficiente em conjunto, trazendo nosso esporte para um outro patamar na região”.
Com sete integrantes, a LiFFA é dividida em dois grupos. No primeiro aparecem o Destroyers, Gaditas, São Gonçalo Shadows e Blaze Futebol Americano. Os juizforanos estão no segundo ao lado do Valença Hunters. O líder de cada grupo avança aos playoffs, fazendo semifinais com as terceira e quarta melhores campanhas. Os vencedores decidem o título.