Há pouco mais de um mês à frente da Reitoria da UFJF, o reitor Marcus David reuniu nesta sexta-feira, 13, a comunidade acadêmica para a apresentação de um diagnóstico sobre a situação financeira e das obras na instituição. A iniciativa, que tem como objetivo dar transparência à situação orçamentária e demais informações referentes à UFJF, contou com a presença de mais de 250 pessoas, entre diretores de unidades, coordenadores e representantes de alunos, servidores e docentes, que lotaram o Anfiteatro da Engenharia. A apresentação também contou com transmissão ao vivo, acessível a todos.
No encontro, Marcus David apresentou a situação do orçamento da Universidade, que já conta com contingenciamento de 20% no custeio e de 60% no capital (obras e equipamentos) em relação à lei orçamentária anual de 2016. Isso significa que dos cerca de R$ 120 milhões previstos para custeio seriam repassados apenas R$ 96,78 milhões. Já em relação ao capital, dos R$ 37,04 milhões previstos, apenas R$ 14,81 milhões seriam liberados.
A partir da análise dos dados referentes aos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015, foram traçados três cenários possíveis para a UFJF neste ano. Conforme a análise, a projeção pessimista significaria fechar o ano com um déficit de R$ 48,46 milhões; a realista também aponta para um déficit ao final do ano, de R$ 14,07 milhões. Já na perspectiva otimista a projeção aponta para um superávit de R$ 20,81 milhões.
O reitor, no entanto, demonstrou preocupação diante das mudanças da orientação política no país. “Se as especulações se confirmarem, teremos um futuro bem desafiador. Em 2015 a Universidade já teve dificuldades e o cenário para 2016 é de que esse corte possa ser ampliado. Somados orçamento reduzido e dívidas, projetamos um cenário muito preocupante”, avaliou.
Em relação às obras, o reitor apresentou a situação do Hospital Universitário, campus de Governador Valadares, Jardim Botânico, Faefid, Facom, Central de monitoramento, Centro de Ciências (Planetário e Observatório), Reitoria, anel viário, Parque Tecnológico, Colégio de Aplicação João XXIII, ICB, sistema de vigilância, cancelas e pilares automáticos, Jardim Botânico, entre outras. Muitas delas estão paralisadas, por problemas com as empresas, por questionamentos de órgãos de controle ou fiscalizadores, por erros de projetos ou por falta de recursos para aberturas de novos editais para finalização. “O saldo de empenho de todas essas obras é de R$ 131 milhões e precisaríamos de R$ 344,87 milhões para concluí-las, quando nosso orçamento de capital é de pouco mais de R$ 14 milhões para este ano. Esse cenário não existe. Por isso vamos levar ao Consu (Conselho Superior) essas questões.”
A próxima reunião do Consu está agendada para o dia 24 de maio.
Confira a planilha apresentada no encontro