Medidas que ampliam a segurança no campus da UFJF foram destacadas nesta terça-feira, dia 10, pelo reitor Marcus David em entrevista coletiva concedida à imprensa. Completando cerca de um mês à frente da instituição, David afirmou que o tema tem sido tratado como prioritário pela Administração. Duas frentes de trabalho principais serão adotadas para diminuir as ocorrências dentro do campus: aprimoramento da gestão na área de infraestrutura e o incentivo à aproximação entre a UFJF e as comunidades do entorno por meio de iniciativas e projetos de extensão.
“Conseguimos em um mês avançar nas medidas iniciais para tentar tranquilizar a comunidade interna e do entorno. Não podemos fechar a UFJF para a vizinhança, ela deve ser aberta para que acolha a comunidade que nos cerca”, defendeu o reitor como princípio básico das políticas.
Entre as melhorias já implementadas, David listou a limpeza, a capina e a iluminação da escada próxima ao Pórtico Sul e que dá acesso ao bairro Dom Bosco. A intenção é também colocar uma cerca de proteção nas laterais da escada, dando mais segurança a quem passa pelo local. A capina e iluminação da escada para o Instituto de Ciências Exatas (ICE) e de pontos da Praça Cívica e da pista de skate também foram citadas. As falhas na iluminação, segundo o reitor, eram resultado da falta de manutenção, e que tem sido feito um esforço para corrigi-las.
Ainda em relação à infraestrutura, mudanças na distribuição da força operacional de trabalho estão sendo estudadas, como a distribuição dos vigias em duplas em pontos estratégicos, e a reativação de parte do sistema de captação e monitoramento das imagens das câmeras de segurança. Outras questões operacionais e envolvendo políticas de segurança devem ser objetos do Fórum de Segurança, já instalado, mas ainda em fase de definição dos nomes que irão compor a comissão. Marcos David disse que tem procurado estreitar a relação da instituição com a Polícia Militar, para que ela possa ajudar quando preciso, mas que a segurança da Universidade deve ser feita com sua própria força de trabalho. Mostrou preocupação com o trânsito no campus, tema que deverá ser objeto de estudo de possível convênio com os órgãos de fiscalização.
Marcus David relatou, ainda, que levará ao Conselho Superior ainda no mês de maio a proposta de criação de uma ouvidoria especial para atender vítimas de violência. “Queremos criar condições para que as vítimas tenham canais disponíveis e tenham suas demandas encaminhadas. ”
Editais específicos para a vizinhança
Na área da extensão, a pró-reitora da pasta, Ana Lívia Coimbra, quer propor editais de bolsas para projetos que atendam ou contribuam com as demandas específicas da comunidade do entorno. Projetos como o Boa Vizinhança e o antigo Domingo no Campus foram lembrados como iniciativas bem sucedidas e que merecem ser ampliadas. “É preciso ressignificar o uso do espaço do campus pela comunidade”, defendeu. Segundo ela, sua equipe já está fazendo um levantamento de associações dos bairros, coletivos, igrejas e escolas do entorno, procurando articular a aproximação da instituição com seus representantes.