O Aedes aegypti é visto hoje como um dos maiores inimigos da população, por conta das doenças que pode transmitir. Apesar da entrada do frio, Juiz de Fora ainda permanece em situação de epidemia de dengue, uma das doenças transmitidas pelo mosquito, que ainda é vetor de outros males, como zika vírus, febre chikungunya e febre amarela. Como o assunto continua levantando dúvidas da população, o doutor em Zoologia e professor do Programa de Pós-graduação em Comportamento e Biologia Animal da UFJF, Fábio Prezoto, esclarece sobre mitos e verdades a respeito do vetor.
O professor também frisa que o Aedes aegypti se adaptou aos hábitos humanos e aponta o plástico como fundamental para a grande incidência do mosquito. “Atualmente, existem especialistas que dizem até que ele depende, quase exclusivamente, de criadouros artificiais para se reproduzir.” A melhor solução para o controle do vetor são seus predadores naturais (peixes, répteis, aracnídeos, insetos predadores e crustáceos), mas ainda não é uma maneira viável, considerando que o mosquito vive, predominantemente, no meio das cidades. A tarefa de combater o Aedes aegypti deve estar atrelada a uma consciência cidadã e um esforço coletivo na época em que fatores naturais exercem o papel de controle. Assim, as medidas humanas adicionais reforçariam a função natural do meio ambiente.
Fonte: Tribuna de Minas (08/05)