Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 22/04/2016
Link: http://www.tribunademinas.com.br/ufjf-sedia-corrida-de-carrinho-de-rolima/
UFJF sedia corrida de carrinho de rolimã neste sábado
A manhã deste sábado (23) promete ser um retorno à infância para aqueles que vão participar, ou assistir, o 1º Grande Prêmio de Carrinho de Rolimã, que acontece no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a partir das 8h. O evento, organizado pela Faculdade de Engenharia, é uma das atrações da segunda edição do Encontro Mineiro de Engenharia Mecânica (EMMEC), e deve reunir mais de 30 equipes da cidade e da região.
A corrida será realizada na descida do acesso à Faculdade de Engenharia com ponto de chegada no Instituto de Ciências Biológicas (ICB).As marcações serão feitas no dia do evento. A organização orienta aos competidores a se posicionarem no estacionamento novo ao lado do Critt. Antes da prova oficial, as equipes poderão fazer treinos livres para testarem os carros. Os competidores serão divididos de três a quatro pessoas por bateria. Os vencedores avançam e vão se enfrentando em um formato de eliminatória.
O carrinho de rolimã, também conhecido como “carrinho de rolamentos”, é a denominação dada a um carrinho construído, na maioria das vezes, em madeira e rolamentos de aço, para a disputa de corridas em ladeira. As corridas, geralmente, acontecem em descidas asfaltadas e lisas.
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Veículo: Diário Regional JF
Editoria: Cultura
Data: 22/04/2016
Pró-Música seleciona instrumentistas para orquestras Sinfônica e Camerata
O Centro Cultural Pró-Música/UFJF lançou edital para a seleção de instrumentistas para suas orquestras Sinfônica e Camerata, ambas regidas pelo maestro Victor Cassemiro. Estão sendo oferecidas 86 vagas, distribuídas entre os diversos instrumentos de sopro e cordas. A seleção constará de execução de peça de livre escolha que demonstre as melhores habilidades do candidato.
De acordo com o edital, no ato da seleção – que será realizada no dia 30 de abril – o candidato deverá portar o instrumento para o qual se inscreveu. A distribuição dos candidatos aprovados entre as duas orquestras será feita conforme a classificação. O edital prevê que os candidatos com melhor desempenho serão lotados na Camerata, a critério exclusivo do regente, e que, havendo mais candidatos aprovados que o número de vagas oferecidas, será formada uma lista de espera com validade até janeiro de 2017.
Os candidatos aprovados deverão ter disponibilidade para ensaios aos sábados, a partir de maio, além de flexibilidade de horários alternativos para participar de apresentações e ensaios extraordinários a serem agendados com antecedência.
As inscrições vão até 29 de abril, em dias úteis, das 8h às 18h, pelo telefone (32) 3218-0336. A seleção acontece no dia 30 de abril, sábado, a partir das 14h, no Teatro Pró-Música/UFJF (Av. Barão do Rio Branco, nº 2.329, Centro, Juiz de Fora, MG). Os resultados sairão a partir de 3 de maio de 2016, no site da Pró-Reitoria de Cultura da UFJF (www.ufjf.br/procult) e no Teatro Pró- Música (Av. Barão do Rio Branco, nº 2.329, Centro, Juiz de Fora, MG). Mais informações: Centro Cultural Pró-Música – (32) 3218-0336.
RELAÇÃO DE VAGAS POR INSTRUMENTO
Flauta: 4 vagas
Oboé: 4 vagas
Clarineta: 4 vagas
Fagote: 4 vagas
Trompa: 4 vagas
Trompete: 4 vagas
Trombone: 4 vagas
Tuba: 2 vagas
Violino: 32 vagas
Viola: 12 vagas
Violoncelo: 8 vagas
Contrabaixo: 4 vagas
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 23/04/2016
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Carrinhos de rolimã movimentam UFJF
Os saudosos carrinhos de rolimã voltaram à cena na manhã deste sábado (23) no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Trinta e seis equipes, com média de três competidores cada, marcaram presença no 1º Grande Prêmio de Carrinho de Rolimã, promovido pela Faculdade de Engenharia, como parte do Encontro Mineiro
de Engenharia Mecânica (EMMEC). As nove baterias de prova aconteceram na descida do acesso à Faculdade de Engenharia. A largada foi no topo, e o ponto de chegada foi próximo ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB). As etapas foram eliminatórias e no esquema mata-mata. A final foi disputada por quatro pilotos.
Para quem pensa que a competição foi apenas entre alunos da federal, engana-se. O funcionário público Arthur Marcellos, 33 anos, saiu de Matias Barbosa especialmente para competir. “Sou um apaixonado por automobilismo. Ando de carrinho de rolimã desde criança, mas nunca participei de uma prova como essa. É uma iniciativa muito
interessante e torço para que haja outras”, enfatizou. Prata da casa, a expectativa do estudante de engenharia Evandro Fernandes, 23, era sair da competição com menos de 20% do corpo ralado. “Cada machucado vai valer à pena no dia de hoje”, disse.
“A participação de pessoas de fora da UFJF nos surpreendeu bastante e cumpriu nosso objetivo, que era resgatar as brincadeiras com o carrinho de rolimã e incentivá-las com as crianças. Nesta edição determinamos 18 anos como idade mínima, mas na próxima, queremos abrir novas categorias para envolver os pequenos”, avaliou Felipe Capitanio Fachinetto, um dos organizadores do campeonato e estudante da UFJF. Ele destaca que um segundo grande prêmio pode acontecer ainda este ano.
O médico veterinário Luis Toselli, 56, estava entre as pessoas que vieram prestigiar o evento. Ele estava com o filho, de 10 anos, e queria despertar nele o interesse pela brincadeira. “Cheguei a presenteá-lo uma vez com um carrinho, mas ele não deu muita bola. Acompanhar esta turma me fez lembrar das corridas que aconteciam no Bairu quando eu era criança. Eram eventos improvisados que ficavam grandes e atraiam muitos adeptos de todas as idades”, relembra.
O carrinho de rolimã, também conhecido como “carrinho de rolamentos”, é a denominação dada a um carrinho construído, na maioria das vezes, em madeira e rolamentos de aço para a disputa de corridas em ladeira. As corridas, geralmente, acontecem em descidas asfaltadas e lisas.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 24/04/2016
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‘O que me motiva hoje a brigar é a torcida’
Sobrevivência. Palavra que, segundo o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara, serve como sintetizadora de todos os momentos vividos pelo time local na temporada passada. Com redução nos investimentos, a equipe viveu constantemente entre as últimas colocadas da Superliga, principal competição do calendário 2015/16, encerrando
a fase classificatória em último lugar, 11 pontos atrás do Copel Telecom/Maringá. A manutenção na elite do voleibol brasileiro só veio após a vitória justamente contra o time paranaense na partida decisiva da Seletiva, torneio que determinou qual seria a equipe rebaixada. Com a vaga garantida dentro de quadra, Bara, no entanto, não esconde o
risco dos juizforanos abrirem mão da próxima edição da competição, caso o quadro financeiro não seja revertido. Ainda em débito, a diretoria busca novas formas de captação, inclusive com aporte via crowdfunding – financiamento colaborativo, em que várias pessoas investem pequenas quantias em determinada iniciativa. Tendo a torcida como principal motivador, o diretor técnico conversou com a Tribuna, analisando o ano anterior e projetando o futuro do projeto.
Tribuna – Qual o sentimento de poder permanecer na Superliga, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas?
Maurício Bara – Tem um misto de sentimentos. Tem o sentimento do objetivo macro ter sido cumprido, que era segurar nossa vaga, com muito sofrimento, dentro e fora da quadra, com envolvimento de muita gente: atletas, pais de famílias, pessoas com sonhos. Aí veio o outro sentimento, que foi crescer no decorrer da competição, com o
entendimento da comunidade, da torcida, da imprensa, de que havia uma dificuldade e que a gente estava lutando contra ela. O público não caía, crescia, torcia. Foi uma coisa incrível. Já vi em torcida de futebol, mas, em relação ao voleibol, foi diferente. O que me motiva hoje a brigar novamente para termos uma equipe é a torcida.
– Você acha que a vinda da Seletiva para Juiz de Fora foi fundamental para a permanência da equipe na Superliga?
– Talvez começamos a galgar ganhar a Seletiva na partida contra a equipe mesclada do Sada Cruzeiro (na última rodada da fase classificatória). Isso ficou evidenciado quando começamos perdendo por 2 sets a 0. Tive muita preocupação durante o jogo. Se a gente perdesse de 3 sets a 0, não sei o que a gente teria que fazer para mudar na Seletiva. Aí, em dado momento, começamos a virar o jogo. Até então, não tínhamos tido uma virada de 2 sets a 0 para 3 sets a 2 na história da Superliga e o sentimento de pertencimento aumentou.
– Além do baixo investimento, o que mais pesou para a equipe ao longo da temporada?
– A demora do encaixe das peças. Acho que a primeira equipe que foi montada não encaixou. Quando começamos a jogar o Mineiro e os Jogos de Minas, e as partidas começaram a ficar mais difíceis, começamos a notar que a gente precisava trocar ou incorporar peças. Outro problema foi que não tivemos o time desde o início. Se tivéssemos este grupo que terminou a Superliga desde o início, em julho, a história talvez fosse diferente. Nos apresentamos em agosto, um mês depois do previsto, o que também faz diferença. Se tivéssemos esse mês de diferença, com esse grupo finalista…
– Em dezembro, em entrevista à Tribuna, você disse que a equipe precisava de cerca de R$ 300 mil, na época ainda não totalmente em caixa. Esse valor foi arrecadado? Terminaram no azul ou no vermelho?
– Terminamos a temporada no vermelho. Claro que estamos correndo atrás do prejuízo, que vira coisa pessoal. São muitas famílias envolvidas e a gente assume o compromisso. O mais duro foi isso, não chegar nos R$ 300 mil e ficar no vermelho.
– Qual o valor da dívida?
– Cerca de R$ 70 mil.
– Qual é o orçamento estimado para a próxima temporada?
– A nossa meta hoje é chegar a atingir R$ 100 mil por mês, por uma temporada de dez meses. Um milhão seria o pacote ideal. Se a gente atingir 60% ou 70% do valor, a gente continua. Abaixo disso, nós não vamos colocar o time em quadra. Se no processo final de captação, até dia 15 de julho, quando a CBV exigir a nossa confirmação, a gente
obtiver R$ 300 mil, a gente recua. A não ser que outra pessoa queira assumir o bastão. Recuamos aos parceiros, e informamos que queremos contar com eles para a Superliga B. Ganhamos a vaga dentro de quadra, agora temos que ganhar fora. Este é o grande desafio do momento. Estamos assumindo a dívida no peito, através de empréstimo, mas
não vamos deixar ninguém sem receber. Com o orçamento dessa temporada, ficou inviável jogar.
– Já começou a prospecção de novos apoiadores?
– Será um leque de ações. Primeiro com um processo de captação direto, indo às empresas e buscar apoio. Tem o segundo, que não sei se a gente consegue colocar em prática ainda em 2016, que são dois projetos de leis de incentivo ao esporte, estadual e federal, voltadas para a base. Também queremos ampliar o sócio-torcedor, com meta de
chegar a cem, pelo menos. Não que isso seja uma fonte de renda, mas que a gente tenha cada vez mais fidelização. E ainda estamos em momentos finais de elaboração de uma plataforma de crowdfunding. Tivemos isso indiretamente na temporada, em que alguns torcedores fizeram doações. Tem uma doação que a gente nem sabe de quem é: a pessoa enviou um e-mail institucional, pediu o número da conta e depositou a quantia.
– Em relação aos jogadores, os contratos terminaram?
– Todo mundo foi liberado.
– Vocês já tem planejamento de renovação?
– Há, mas não há. Há o interesse. A pior coisa que pode acontecer é o desmonte do time de uma temporada para outra, em que você recomeça tudo do zero. Este é um dos motivos pelo qual o Cruzeiro é megacampeão, por conseguir manter uma base por cinco, seis anos. Claro que há interesse. Mas eu não conversei com ninguém e não vou conversar talvez no próximo mês. Espero que daqui a 30 dias, quando eu tiver um indício de verba, eu comece a conversar. E isso implica num risco de perda muito grande. Ninguém vai ficar esperando a gente. Tanto comissão técnica quanto jogadores foram liberados. O desejo é manter os pratas da casa, como Tatinho, Diego, Tarik, além
da manutenção de peças que têm identificação com a cidade. Vejo também um futuro muito grande em atletas jovens, que quase ninguém conhecia, como Leandrão e Djalma. Enfim, hoje não excluo ninguém do grupo. Se eu pudesse manter este grupo, e puder contratar mais três jogadores, eu iria para a Superliga. Mas a gente se privou de pensar nisso agora. Pegamos o HD e isolamos essa parte de negociação. Eu torço que o mercado demore a absorvêlos
(jogadores da temporada passada).
– Você acha que a crise econômica pode piorar a captação nesta temporada?
– Com certeza. É claro que vamos gramar caminhos que a gente acha que são mais fáceis. Fizemos 120 visitas em tudo quanto é lugar ano passado. O objetivo é ir nos parceiros atuais, para tentar uma renovação. E ir em empresas que possam dar sustentabilidade de valor. Acho que isso vai determinar o nosso sucesso.
– Com a troca de gestão na UFJF, você acredita que possa haver alguma conversa para que eles voltem a investir mais no projeto?
– Acho que podemos ter uma conversa. Mas o momento da universidade é outro. Em determinado momento pensamos conversar, em bloco, envolvendo também outros projetos, como o futebol. É importante mostrar como tais projetos se tornam campo de capacitação não só da educação física, como comunicação, fisioterapia, psicologia,
medicina, nutrição, etc. Já vi este entendimento nas palavras do novo reitor (Marcus David), o que me deixa muito feliz. Sei que ele mal sentou na cadeira, mas em um momento correto, vamos conversar. Mas acredito que o modelo hoje também é buscar a captação privada.
– E com a Prefeitura, também pode ter alguma conversa?
– Vamos voltar a conversar. Nunca houve um interesse direto, pelo menos nos anos passados. Agora, com a mudança na Secretaria de Esportes (troca do secretário Carlos Bonifácio pelo interino Michael Guedes) eu quero voltar a conversar novamente. Claro que não vejo a Prefeitura disponibilizando verba para o voleibol, mas se ela puder ser
uma centralizadora de contatos com as empresas, eu acho muito importante. E é o que as cidades têm feito. O vôlei de Taubaté existe assim hoje, com ação direta do Poder Público nas negociações.
– E a parceria com o Flamengo. Se a dificuldade financeira continuar, pode haver uma nova negociação com eles?
– É uma possibilidade. Não vamos negar. Só que acho que o Flamengo está enxergando um novo caminho, de começar lentamente, de crescer pelas próprias pernas. Se houver o interesse deles, a gente senta e conversa. Mas vejo hoje que há uma tendência da CBV em fortalecer a Superliga B e uma perspectiva de eles ficarem na B. Se eu puder
seguir no nosso modelo, com subsistência real…
– Até quando vocês pretendem apresentar o elenco?
– Se eu puder apresentar a equipe entre 1º e 15 de julho, eu me daria por satisfeito. O tempo é longo, mas, ao mesmo tempo, dois meses passam rápido para captar e contratar. Se apresentarmos em agosto, mas com um grupo definido, está bom também.
– Você acha que seria necessário maior aporte também por parte da CBV?
– Este ano, pela primeira vez, veio um apoio. E isso é mais um agravante: do dinheiro que a gente conseguiu, parte foi apoio deles, para hospedagem, alimentação e transporte. Mas acho que isso precisa ser aprimorado. Esta é a grande diferença que eu vejo hoje entre o vôlei e outros esportes: se o Tupi não tiver nenhum patrocinador, ainda assim ele tem verba para jogar. É preciso dar uma certeza de quais são os 12 times da Superliga. Parece que este ano haverá uma divisão ainda maior entre os quatro primeiros e o restante das equipes: o Sada não vai diminuir o investimento, Campinas, que foi vicecampeão, vai fomentar, o Sesi já está acenando com contratações de Bruninho e Lucão. E ainda tem o Taubaté. Então estes quatro estão vivendo num mundo à parte. A vantagem é que os demais times, que correm o risco de não jogar, não são de empresas, e sim de pessoas que gostam de voleibol. Vamos ver como isso vai se desenhar. Queremos continuar a fazendo voleibol, cada vez melhor. E acaba que vamos ficando mais cascudos também, com a razão comandando o processo. O Toledo (Heglison Toledo, supervisor do JF Vôlei) diz que agora, mais do que nunca, atingimos a nossa maturidade. Nos outros anos foi assim, mas esse último ano, mais do que nunca, aprendemos a fazer vôlei com pouco.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 24/04/2016
Estudo busca causas para a dengue grave
Com o objetivo de identificar as principais causas dos agravamentos por dengue em Juiz de Fora, um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFJF está investigando amostras de sangue e sorologia de pessoas que tiveram a doença. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo realizou parcerias médicas com hospitais e laboratórios da cidade e obteve cerca de 30 amostras de casos graves para sequenciar os genomas dos vírus que circulam no município.
Conforme a coordenadora da pesquisa, Betânia Drumond, os vírus causadores da dengue se dividem em quatro tipos diferentes (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4).
Dentro desses genomas, há ainda subtipos. “Por exemplo, dentro do tipo DEN1 tem subtipos. Estamos sequenciando para ver se tem algum subtipo diferente circulando que possa estar causando os casos graves.”
Apesar de haver indícios de que todos os tipos já circularam por Juiz de Fora, entre as amostras analisadas pelos pesquisadores, em Belo Horizonte, foram encontrados apenas o DEN1.
Segundo a coordenadora, algumas hipóteses para o aumento dos casos graves da dengue em Juiz de Fora já foram
levantadas. Uma delas é que as pessoas estão com coinfecção. Ou seja, adquirindo mais de um vírus ao mesmo tempo. No entanto, essa situação ainda não foi encontrada no material avaliado pelos pesquisadores até o momento. “Outra hipótese é que pode haver um subtipo do vírus que pode ter sofrido mutação e deixado o vírus mais virulento.” Uma terceira possibilidade é a infecção se tornar mais grave em pessoas que já tiveram a doença anteriormente. “Por exemplo, há dois anos, a pessoa teve dengue tipo DEN4. Ela desenvolveu anticorpos para esse tipo de vírus. Agora, a pessoa pegou o tipo DEN1. Os anticorpos de memória do tipo DEN4 vão se ligar com o vírus DEN1 e não conseguirão neutralizá-lo, já que são semelhantes, mas não iguais. Essa ligação pode favorecer o vírus a entrar nas células e se multiplicar no organismo. Quanto maior a multiplicação, mais chances de surgir a versão grave da doença.” No entanto, a pesquisadora destaca que essa situação não é regra. Assim, pacientes podem ter a
dengue quatro vezes e nenhuma ter a forma grave, enquanto outros, na primeira infecção, já apresentam quadro mais grave.
A coordenadora explica que cada organismo reage de forma diferente à doença. “Já encontramos pessoas mais suscetíveis e menos suscetíveis a casos mais graves.” Ela destaca que essa variação é aleatória, não tendo relação com idade, sexo ou regionalidade. “No nosso estudo ainda não identificamos se tem uma faixa etária ou região mais suscetível à dengue grave. As pessoas idosas, no geral, são mais receptivas a infecções virais. Mas, o vírus da dengue consegue causar infecções mais graves em pessoas jovens também.” Betânia recomenda que, aos primeiros sintomas,
um médico seja consultado, já que ele será o profissional capaz de realizar o diagnóstico e verificar se há sinais de alarme.