Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 14/03/2016

Link: http://www.tribunademinas.com.br/sistema-frontal-perder-forca-mas-segunda-ainda-pode-ter-chuva-em-jf/

Sistema frontal perde força, mas segunda ainda pode ter chuva em JF

O sistema frontal, que está no oceano próximo do litoral da região Sudeste do país, começa a perder força nesta segunda-feira (14) e propiciará a diminuição da nebulosidade sobre parte de Minas Gerais. Entretanto, as pancadas de chuva típicas de verão não estão descartadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com a disponibilidade de umidade associada à elevação das temperaturas, a estimativa é de formação de novas áreas de instabilidade pela região.
Para Juiz de Fora, a previsão é de céu parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas. A temperatura máxima deve girar entre 26 e 28 graus. A mínima do dia foi registrada por volta das 5h, quando os termômetros do 5º Distrito de Meteorologia, instalados no Campus da UFJF, marcaram 17,8 graus.
Segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), a possibilidade de chuvas de curta duração se mantém até a próxima quinta-feira (17). Até lá, as temperaturas devem oscilar entre 15 e 26 graus.

Quinze ocorrências registradas pela Defesa Civil
Conforme boletim divulgado pela Defesa Civil na manhã desta segunda-feira, 15 chamados foram atendidos nas últimas 72 horas na cidade, entre elas cinco ameaças de escorregamento de talude, duas ameaças de desabamento de muro de divisa, duas ameaças de queda de árvore, uma rua da danificada, um incêndio, um escorregamento de talude, uma ameaça de desabamento de muro de contenção e um alagamento. Nenhuma, no entanto, foi classificada como ocorrência grave.
A região com maior chamados foi a Norte, com nove, seguido das zonas Sudeste, com três ocorrências; Leste, com dois, e Sul, com um. Durante este período, a média de chuva registrada em Juiz de Fora foi de 35,05 milímetros. Os pontos com maior índice pluviométrico na região com maior número de ocorrências. No São Judas Tadeu foram
registrados 70,47 milímetros, enquanto Milho Branco e Monte Castelo registraram 66,70 e 63,92 milímetros, respectivamente.

Mananciais
Com exceção da Represa de São Pedro, que teve redução de 6,7% do volume de água acumulado entre sexta e a manhã desta segunda, caindo de 93,8% para 87,1%, os outros dois mananciais da cidade acabaram sendo beneficiados com a chuva do fim de semana. Segundo dados da Cesama, na Represa Doutor João Penido, o índice subiu 1,8%, saltando de 87,7% para 89,5%. Chapéu D’uvas opera com 80,6% da capacidade, 1,4% a mais do que na sexta-feira.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 15/03/2016

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‘Gosto de histórias que saiam do raso’

Entre o primeiro (publicação independente) e o segundo título publicado (este último, pela Faro Editorial, está na segunda tiragem, totalizando seis mil exemplares enviados para as prateleiras), Vinícius Grossos viu sua popularidade dar um salto. “Isso é muito recente e insano. A partir de ‘Sereia negra’ (2014), comecei a ser chamado para várias feiras de livros. Eram eventos em pracinhas, feiras pequenas, e eu sempre fui a todos, porque acho muito importante ter contato direto com a pessoa que não te conhece, com o futuro leitor. Depois disso, lancei ‘O garoto quase atropelado’ (2015), na Bienal do Rio, e percebi que a situação tinha mudado, porque um grupo de leitoras da Bahia foi lá com muitos presentes para mim. Passei a receber presentes todos os dias, entre cartinhas e chocolates, e pensei: “Como assim, o que está acontecendo?”, indaga o autor e estudante de jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Aos 23 anos, Grossos é contratado da Faro Editorial, já decidiu que quer viver da carreira literária e tem até fã clube na internet. Diariamente, os Atropelados por Vinicius Grossos abastecem uma comunidade no Facebook com todas as notícias do ídolo, que criou a história de um adolescente que, “para não enlouquecer, começa a escrever um
diário que o inspira a recomeçar.” Por sua vida, passam personagens que, ora provocam a nossa ira, ora nos envolvem com seus dramas e aventuras até a última página, como a cabelo de raposa, o James Dean não-tão-bonito
e a menina de cabelo roxo.
Aos jovens-adultos que se arriscarem na escrita desse fluminense, vale a informação de que ele traz assuntos delicados e polêmicos, como depressão, distúrbios alimentares e violência sexual. “Já que escrevo para o público jovem e sou leitor desse mesmo tipo de livro que escrevo, gosto de histórias que sejam mais profundas, que saiam um pouco do raso ou do mesmo que a gente já vive”, comenta o escritor de Duque de Caxias (RJ), preparando-se
para o lançamento de “1+1: A matemática do amor”, ao lado do amigo Augusto Alvarenga. Com lançamento previsto para maio ou junho em Juiz de Fora, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, o romance é o primeiro livro voltado para a temática LGBT da Faro Editorial.

Tribuna – Como começou sua relação com as palavras?
Vinícius Grossos – É muito engraçado poder contar isso porque minha mãe diz que, quando eu ainda estava na barriga, ela pegava um livrinho e ficava contando historinha para mim. Muitos diziam que eu não estava escutando, mas ela afirmava que sim. Então, nasci com essa paixão pela literatura. Quando criança, preferia receber gibis de
presente que brinquedos. Depois, fui ficando mais velho e acabei criando uma paixão tremenda por histórias em quadrinhos e queria trabalhar com isso. Com o tempo, acabei percebendo que não tinha talento para o desenho e que eu gostava mesmo era de criar histórias.

– Quando você começou a perceber que a literatura podia ser sua profissão? Sei que você escreveu um primeiro livro, assinou contrato com uma editora, que não chegou a publicá-la…
– Comecei a perceber que gostava mesmo de literatura aos 17 anos. Estava no terceiro ano do ensino médio, quando escrevi “Quatro caminhos”. Escrevia um capítulo, imprimia, e os colegas de turma iam lendo e dando a opinião deles. Até que um dia a professora de literatura viu isso, porque, provavelmente, estava atrapalhando a aula, pegou esses capítulos e pediu para ficar com eles. Duas semanas depois, ela voltou ao colégio com outras cinco alunas, que eu não conhecia, de outra escola. Essas meninas tinham lido o livro e vieram me dar a opinião delas sobre ele. Foi naquele momento que percebi que poderia tocar pessoas desconhecidas com as minhas histórias e decidi que realmente queria ser escritor. Consegui até fechar contrato com uma editora que não publicou “Quatro caminhos” por algum motivo. Fiquei tão frustrado que acabei tendo a ideia de escrever “Sereia negra”, uma história completamente diferente das que escrevo.

– “Sereia negra” é uma publicação independente. Já “O garoto quase atropelado” é o seu primeiro lançamento por uma editora. É difícil conseguir emplacar um livro no mercado?
– O mercado brasileiro é muito fechado, principalmente porque ele já tem as pessoas que vendem bastante. Então, as editoras preferem ficar cercadas do que é certo em vez de investir no novo. Ainda mais com a onda de Youtuber e os blogueiros, mas não é impossível. A dica para quem quer emplacar algum livro é dar o primeiro passo. Começar a mostrar o trabalho, a ganhar leitores, para, a partir daí, correr atrás de uma editora grande.

– O protagonista de “O garoto quase atropelado” é um leitor de livros como “Admirável mundo novo”, de Aldous Huxley, “On the Road – Pé na Estrada”, de Jack Kerouac, e “O apanhador no campo de centeio”, de J. D. Salinger. Essas também são suas referências literárias? E o que tem de biográfico nesse livro?
– Quis colocar referências do meu mundo no livro também. São livros que me marcaram bastante e marcaram gerações. Crio uma história, mas os personagens sempre têm um pouquinho de mim. É legal essa troca com momentos que já vivi, casos que já ouvi, fatos que vejo acontecendo com amigos e familiares. Nunca sei diferenciar o que é biográfico e o que é imaginação.

– “O garoto quase atropelado” toca em assuntos delicados, como depressão, homofobia e violência sexual. Para você, a literatura sempre tem que cumprir uma função social?
– Nem sempre, até porque a gente sabe de vários livros que não fazem isso, que são simplesmente diversão. Mas eu acho que tem como você conciliar as duas coisas. Esses assuntos delicados estão no nosso cotidiano, mas, muitas vezes, são vedados, não são comentados por vários motivos. Gosto de poder falar sobre isso porque, às vezes, o leitor que está passando por algum problema relatado no livro consegue algum tipo de ajuda.

– Ao escrever sobre esses temas, você chega a se preocupar em não cair no clichê, não ser piegas, não passar uma lição de moral para o leitor?
– Essa é a minha grande preocupação. Em todos os livros, não fico colocando o bem e o mal, o certo e o errado, apenas personagens com suas atitudes, suas vontades, seus passados. A partir daí, a história vai se desenvolvendo com as consequências de seus atos. O próprio leitor, às vezes, vai tirar sua própria lição e reflexão do livro, mas ele não entrega isso de bandeja.

– Como nasceu o próximo romance, “1+1: A matemática do amor”, escrito por você e pelo Augusto Alvarenga?
– Esse livro começou de uma forma muito orgânica e despretensiosa. Estávamos escrevendo, simplesmente, como atividade, quando vimos que tínhamos um livro nas mãos. “1+1: A matemática do amor” traz o Lucas e o Bernardo, que são melhores amigos, sendo que um deles vai se mudar para fora do país. Vivendo sobre essa possível despedida, eles acabam tendo os sentimentos aflorados e percebendo que o que sentem é mais do que amizade. O livro é muito delicado, singelo, mostra mais os sentimentos das personagens ao invés de ficar tratando de outros assuntos de fora
dessa relação. É um livro bem juvenil mesmo.

– O tema LGBT já tinha aparecido em “O garoto quase atropelado”…
– Já tinha tocado nesse tema, porque acho importante a gente não fechar os olhos para os assuntos que são debatidos na sociedade. Em “O garoto quase atropelado” tem um personagem que fala sobre isso, mas no “1+1″ a gente não vai entrar no âmbito da homofobia como em “Garoto” . O “1+1″ é, realmente, a descoberta do primeiro amor.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 15/03/2016

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Enade vai avaliar cursos da área de saúde

O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) deste ano será direcionado para os alunos das áreas de saúde e aplicado no dia 20 de novembro em todas as universidades do país. As regras foram divulgadas na última semana pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com informações da assessoria de comunicação da UFJF,
na instituição, oito dos 13 cursos de ensino superior da área deverão ser avaliados: educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, medicina, nutrição, odontologia, além de serviço social. Este último, pelo fato de parte dos profissionais atuarem em hospitais.
O Enade também vai avaliar os estudantes dos cursos de agronomia, biomedicina, fonoaudiologia, medicina veterinária e zootecnia e os de tecnólogo nas áreas de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.
De acordo com o MEC, devem fazer a prova todos os alunos que terminam a graduação até julho de 2017 ou que tenham cumprido 80% ou mais da carga horária mínima até o dia 31 de agosto de 2016. As inscrições para o Enade são feitas pelas instituições de ensino, no período de 15 a 29 de junho. O diretor de Avaliação Institucional da UFJF,
Vanderli Fava, informou que os alunos inscritos terão seus nomes divulgados pela universidade. Aqueles que não se enquadram no perfil de alunos automaticamente dispensados, caso estejam impossibilitados de fazer a prova, deverão apresentar uma justificativa de ausência, a ser analisada.