Desde o lançamento do edital de intercâmbio (PIIGRAD 2016), que oferece mais de 303 vagas em todo o mundo, muitos estudantes, em busca do sonho de uma experiência de estudos no exterior, começaram a pesquisar seus destinos preferidos. Em 2016, duas novas instituições podem surpreender aqueles candidatos que buscam conciliar a excelência acadêmica com a tradição de verdadeiros palcos dos acontecimentos decisivos da história humana: A Universidade de Wroclaw, na Polônia e o College of Management Academic Studies (Comas), em Israel.
A Universidade de Wroclaw é situada na cidade de Beslávia, quarta cidade mais populosa da Polônia, com pouco mais de 600 mil habitantes, e sua história remonta a mais de três séculos. Fundada por Leopoldo I de Habsburgo (1640-1705), Wroclaw percorreu o caminho de uma pequena escola jesuíta até uma das maiores instituições acadêmicas do país, que produziu, desde o início do século XX, nove prêmios Nobel através dos trabalhos de pesquisadores como Theodor Mommsen, Phillip Lenar, Erwin Shrodinger, Otto Stern e Max Born.
Outros intelectuais de renome mundial foram alunos ou professores da instituição, como os filósofos Eugen-Rosenstock Huessy, Edith Stein e o sociólogo Norbert Elias. Hoje, o foco principal de Wroclaw é a pesquisa científica, com cursos nas áreas de direito, administração, artes, ciências naturais, agricultura, veterinária, medicina, matemática, física e química. Com mais de 40 mil estudantes, 1.300 de doutorado e nove mil graduados por ano, Wroclaw é a maior instituição de ensino superior da região da Baixa Silésia.
O Edital PIIGRAD 2016 oferece 12 vagas em cinco cursos: arquitetura, ciência da computação, matemática, engenharia e química. A proficiência exigia é o inglês: TOEFL Ibt (mínimo 80 pontos), IELTS (mínimo 6.5) ou TOEFL Itp (mínimo 500).
Israel: história milenar e pesquisas modernas
Os estudantes de Direito candidatos ao PIIGRAD também podem pleitear a uma vaga (com bolsa) no College of Management Academic Studies (Comas), em Israel, uma pequena região que é importante cenário da história universal há, pelo menos, dois milênios. O acordo é coordenado pelo professor e pesquisador da Faculdade de Direito da UFJF, Vicente Riccio e surgiu em razão de sua colaboração com pesquisadores da instituição.
Segundo Riccio, o Comas tem a “estrutura típica de uma universidade de país desenvolvido”, com destaque para pesquisas nos campos do direitos humanos, terrorismo e segurança pública. A instituição, situada em Rishon Lezion, próxima à capital Tel-Aviv, conta com 11 mil estudantes e mil membros do corpo acadêmico, entre pesquisadores e professores.
“Vai ser uma forma muito interessante de ver como funciona a common law na prática, adaptada às leis judaicas, de conhecer de fato uma realidade numa região enormemente estratégica do ponto de vista geopolítico, que é o Oriente Médio. Muito se fala e pouco se sabe sobre o Oriente Médio”, afirma prof. Riccio.
Palco de constantes conflitos por questões religiosas e de terra, Israel pode preocupar pela violência. Mas, segundo o coordenador do convênio, que esteve lá recentemente, “os alunos não precisam ficar preocupados com a segurança, pois os ataques lá diminuíram muito. As universidades ficam em circuitos protegidos e são ambientes muito seguros. Não podemos esquecer que o Brasil está entre os países mais violentos do mundo e Israel não.”
Embora possua disciplinas em hebraico, há oferta também em inglês. A proficiência mínima exigida pelo Comas é TOEFL Ibt (mínimo 80 pontos), IELTS (mínimo 6.5) ou TOEFL Itp (mínimo 500).