Seguindo uma tendência mundial de maior qualidade da iluminação, ampliação do alcance e economia, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está finalizando a implementação de um sistema de iluminação de LED nas áreas do campus de Juiz de Fora. O entorno do prédio da reitoria e as áreas ao redor dos institutos já receberam os novos aparatos. A UFJF é a primeira universidade do país a utilizar a inovação, que representa uma economia de, no mínimo, 30% no custo da energia.
A vida útil das novas lampadas é maior e há também maior emissão de luz. Uma outra vantagem desta substituição é que agora cada poste possui um aparelho de fotocélula ou rolê fotoelétrico (responsável por acender ou apagar as lâmpadas), e se o poste estiver localizado em uma área de sombra, somente ele reconhecerá que há necessidade de mais luz. Na tecnologia anterior, apenas um poste de cada rede possuía este aparelho. Se danificado, todos ficariam acesos sem necessidade ou não funcionariam, deixando a área escura. As lâmpadas de vapor de sódio, usadas até então, levam alguns minutos para iluminarem completamente seu entorno, enquanto as de LED têm acendimento instantâneo.
“A nova tecnologia representa uma economia mínima de 30% a 40% por ponto de luz.”
A iluminação até então utilizada no campus (de vapor de sódio) emite uma luz quase monocromática, em tom alaranjado. É utilizada na maioria das vias públicas de Juiz de Fora e é considerada ineficiente frente à iluminação de LED. A nova tecnologia tem maior poder de luminosidade e fidelização das cores refletidas. Além disso, as lâmpadas não possuem componentes tóxicos em sua estrutura. Considerando que ficam em média acesas de dez a 12 horas diárias, a manutenção será feita a cada dez anos.
Testes
Os primeiros testes foram desenvolvidos pelo Núcleo de Iluminação Moderna (Nimo) da UFJF em 2012. Em caráter experimental, foram substituídos os braços de sustentação dos postes e as lâmpadas de vapor de sódio pelas de LED. No período de dois anos, o núcleo acompanhou de perto o projeto, e as poucas falhas encontradas foram em relação a tempestades ou por mal contato na linha.
O professor Henrique Braga, coordenador do Nimo, destaca os principais aspectos: “A nova tecnologia representa uma economia mínima de 30% a 40% por ponto de luz.” Os resultados já podem ser sentidos com um ganho na iluminação tanto no aspecto estético quanto funcional.
Mais postes
Com a ampliação do campus nos últimos anos, houve também a necessidade de se ampliar os pontos de luz, além de trocar postes e braços de sustentação para que a nova tecnologia fosse melhor aproveitada. Atualmente são quase 900 pontos espalhados por toda a extensão do campus de Juiz de Fora.
A substituição das lâmpadas não inclui o anel viário, por se tratar de uma outra licitação específica que faz parte de um conjunto de obras de melhorias para pedestres, ciclistas e motoristas.
Na expansão do projeto da UFJF, iniciado em 2014, a tecnologia utilizada é a da Philips, usada recentemente na Avenida 9 de Julho, em Buenos Aires, e em outros pontos da capital da Argentina. Aqui no Brasil, a Avenida Paulista, em São Paulo, recebeu a tecnologia em 2011. Até 2020, toda as vias da capital paulista devem receber a instalação das novas lâmpadas.
A implementação do projeto na Universidade está em fase de conclusão, e os trabalhos estão sendo finalizados no estacionamento do Instituto de Artes e Design (IAD), com previsão de término no próximo mês.