O 26º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga começa neste domingo, 1º de novembro, revivendo o clima das óperas do século XVIII. Na abertura, a Orquestra Barroca do Amazonas (OBA) apresenta árias e concertos de grandes compositores europeus e luso-brasileiros no Cine-Theatro Central, a partir das 20h. A entrada é franca.
O repertório de apresentação da OBA reúne um misto de dois projetos realizados pela Orquestra. O primeiro é o CD Dramma, gravado na Igreja Menino de Deus em Lisboa, Portugal. O álbum traz importantes obras da música colonial portuguesa, como a ária “Dirás ao meu bem”, da peça satírica “Guerras do Alecrim e Manjerona”, de Antonio Teixeira; o concerto de violino solo de José Palomino; o concerto de violoncelo de Antonio Policarpo; e a ária “Semplicetta tortorella”, da ópera “Demetrio”, de David Perez.
O segundo projeto que compõe a apresentação da Orquestra Barroca do Amazonas é o Ópera Brasil Colonial. O repertório envolve composições executadas no país durante o Antigo Regime. Os trabalhos tratam de textos originais ou traduções portuguesas dos maiores compositores da época. Constam na lista de autores os nomes de Antonio Leal Moreira, José Maurício Nunes Garcia, Carlos Seixas, entre outros.
Orquestra Barroca do Amazonas
O repertório lírico luso-brasileiro do século XVIII é a especialidade da Orquestra Barroca do Amazonas (OBA), que utiliza cópias fiéis de instrumentos de época e “técnicas diferentes de canto” para a interpretação historicamente inspirada das obras, baseada em pesquisas das fontes musicais localizadas em acervos no Brasil e em Portugal. Essa é a primeira vez que o grupo, criado em 2009 por professores e alunos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e regido pelo maestro Márcio Páscoa, apresenta-se em Juiz de Fora.
A Orquestra Barroca do Amazonas é a única orquestra brasileira de instrumentos de época com atividades frequentes ao longo do ano. Com quatro CDs gravados, o grupo já percorreu diversas cidades do Brasil e do exterior, privilegiando o repertório luso-brasileiro do século XVIII.
Desde sua criação, a orquestra mantém intensa atividade, apresentando-se regularmente no Brasil e no exterior (Itália, Espanha e Portugal), seja em festivais, espaços históricos, bem como salas de concerto e teatros modernos.
Programa
- Frederico II (1712-1786).
Sinfonia em Ré Maior.
1.Allegro assai – 2.Andante – 3.Scherzando (allegro)
- Antonio Teixeira (1707-1774)
Dirás ao meu bem, ária de Clóris em Guerras do Alecrim e Mangerona (1737)
- Carlos Seixas (1704-1742)
Concerto em Lá Maior para cravo e cordas
1.Allegro – 2.Adagio – 3.Allegro
- David Perez (1711-1778)
Semplicetta tortorella, ária de Barsene em Demetrio (1766;1790)
- Niccolo Piccinni (1730-1800)
Lascia mi o ciel pietoso, ária de Zenobia, em Zenobia (1756) e em Belizario (ca.1777)
- Gaetano Schiassi (1698-c.1754)
Concerto a flauto traverso, due violini e basso ó cimbalo
1.Allegro
- Antonio Policarpo, atr. (Séc. XVIII)
Concerto de violoncello
2.Adagio
- José Palomino (1753-1810)
Concerto de violino a solo
3.Rondó
- Antonio Leal Moreira (1758-1819)
Misera me / Ah cangiar non puó d’affetto, recitativo e ária de Ismene em Gli eroi spartani (1788)
- José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
Creator alme siderum, moteto
Ficha técnica: Mirian Abad, soprano; Violino I – Gustavo Medina (spalla), Tiago Soares e Andreza Viana; Violino II – Manoella Costa (concertino), Silvia Lima e Raul Falcon; Viola – Gabriel Lima e Elcione Pereira; Violoncelo – Edoardo Sbaffi; Contrabaixo – Fausto Borém; Cravo – Mário Trilha; Guitarra – Benjamin Prestes; Flauta Transversal – Márcio Páscoa e Arley Raiol; Direção musical – Márcio Páscoa
Confira a programação completa do 26º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga
Outras informações: 932) 2102-3964 (Pró-reitoria de Cultura-UFJF)