O Colégio de Aplicação João XXIII, hoje unidade acadêmica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), completa 50 anos. Na próxima terça, 14, uma solenidade marca a data, com entrega de medalhas e certificados para ex-professores e funcionários, lançamento de selo comemorativo e abertura de exposição de fotos históricas. O evento, que acontece, às 19h, no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), contará com a presença de seu fundador, o ex-ministro da Educação Murilio Hingel, e de ex-diretores.
Criado como espaço de experimentação, demonstração e aplicação de pesquisas desenvolvidas nos cursos de licenciaturas da antiga Faculdade de Filosofia e Letras (Fafile) de Juiz de Fora, o Colégio, mesmo à sombra do regime militar, tornou-se referência de ensino público gratuito e de qualidade, não apenas para alunos, mas para a formação de professores e de estagiários na área da docência.
A instituição, que começou com apenas 23 alunos e oferecia turmas de 5ª a 8ª séries do antigo ginasial, hoje conta com 1.350 matriculados, 24 turmas de ensino fundamental e nove turmas de ensino médio. Além disso, o Colégio mantém oito turmas do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e duas turmas dos cursos de especialização.
Desde meados da década de 80, o sistema de concurso, uma espécie de “vestibulinho”, com provas para o ingresso de estudantes, foi substituído por sorteio, oportunizando a entrada de oriundos de todas as classes sociais. “O desafio é proporcionar ensino de qualidade respeitando a diversidade e o respeito a cada um”, diz a diretora geral Andrea Fagundes.
Para comemorar os 50 anos, uma extensa programação foi planejada, com atividades durante todo o ano. No início do semestre letivo, uma gincana solidária arrecadou mais de duas toneladas de alimentos para doação. Os alunos ainda criaram textos, desenhos, paródias e poesias que fizeram parte de uma exposição.
Como unidade acadêmica da UFJF desde 1998, o Colégio tem assento no Conselho Superior (Consu) da instituição, com direito a participar de todas as decisões tomadas. Para manter a qualidade do ensino e a vanguarda em práticas pedagógicas, o João XXIII desenvolve projetos com ferramentas de tencologia, como a Biblioteca Virtual Infantil, a partir de textos e ilustrações produzidos pelos alunos; de teatro, como a Trupe do João, um projeto de extensão de dança e circo; e de esportes, como o de ginástica rítmica e trampolim.
O Colégio se prepara também para sediar o IX Seminário de Institutos, Colégios e Escolas de Aplicação (Sicea), que vai reunir professores-pesquisadores dos colégios de aplicação das universidades brasileiras, além de profissionais das redes municipal e estadual. O evento acontece de 15 a 18 de setembro.
Outras informações: (32) 3229-7602 ( Colégio de Aplicação João XXIII)