A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) receberá, no primeiro semestre letivo, 750 estudantes oriundos de outros municípios. Este número representa mais da metade (50,4%) dos aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e retrata a diversidade observada nas instituições de ensino de todo o país.
Minas Gerais é o estado que mais classificou na primeira chamado do processo, com 1.248 candidatos, cerca de 83% dos estudantes. Na lista de classificados para a UFJF há também representantes de todas as regiões brasileiras por meio de 12 estados – incluindo MG – como por exemplo, Bahia, Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal e Mato Grosso.
O número de pessoas da região continua sendo destaque nos índices de aprovação na UFJF, 738 (49,6%) são da cidade de Juiz de Fora. Em seguida, aparecem os estados do Rio de Janeiro com 108 alunos classificados e São Paulo, com 87.
Leonardo Venâncio, 25 anos, é do Rio de Janeiro e veio cursar o Bacharelado em Artes e Designer. No entanto, a sua trajetória até Juiz de Fora é ainda maior que a distância entre essas duas cidades. O estudante largou a Faculdade de Economia na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) para seguir a carreira que realmente gosta. “Sempre me interessei por fotografia e pelo universo das artes em geral. Foi preciso tentar outra área, não me identificar, para buscar o meu ideal.”
De acordo com a pró-reitora adjunta de Graduação da UFJF, Ana Claúdia Peters, a diversidade cultural e linguística presente na instituição reflete as características do próprio século XXI, um processo intensificado de globalização. “Essa diversidade traz para a comunidade acadêmica a tolerância entre os povos, e isso é muito perceptível em uma conversa informal entre alunos de lugares diferentes.”
Além dos impactos culturais, a vinda de candidatos de diferentes regiões do país acarreta impactos econômicos positivos para a cidade, segundo o professor da Faculdade de Economia da UFJF, Eduardo Simões. “Ao sair de sua cidade natal, para residir em Juiz de Fora, com a finalidade de realizar um curso de graduação, o aluno gera gastos: come, dorme, se diverte, precisa de material didático etc. Isso tem um custo para a família, porém, a UFJF disponibiliza uma gama de oportunidades de apoio, o que diminui o custeio desse aluno que está fora de casa.”
Um exemplo entre estes estudantes é Débora Gasparini. No total são 630 quilômetros de Nova Venécia (ES) até Juiz de Fora, cerca de nove horas de viagem quando feita de carro. Uma distância que não a desanimou de vir cursar Fisioterapia na UFJF. Sem parentes morando na cidade, a mudança de rotina não assusta a estudante de 21 anos. “Já passei por isso uma vez quando iniciei a Faculdade de Biomedicina na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Tenho certeza que minha adaptação será tranquila.”
Outra situação comum é a do estudante João Vitor Valverde, que apesar de morar na cidade do Rio de Janeiro já conhecia Juiz de Fora e conta com a ajuda de parentes para se adaptar à nova etapa. Com 18 anos, está otimista com o desafio de entrar no curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas. “Gostei muito do ambiente da Universidade. Escolhi a UFJF em minhas duas opções de faculdade pelo Sisu.”
Apoio ao estudantes
Para facilitar a adaptação dos estudantes à nova rotina e garantir a assistência necessária durante a graduação, a UFJF disponibiliza cinco modalidades de apoio estudantil. São elas: alimentação; auxílio creche; transporte; manutenção; e moradia – a última é exclusiva para alunos oriundos de outras cidades, que morem em república, pensão ou residência familiar de não parentes, mediante pagamento de aluguel.
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Outras informações : (32) 2102-3967 (Diretoria de Comunicação)