“Como o Estado brasileiro lida com o usuário de drogas?”. Essa é uma das perguntas que guiam o tema dos estudos do antropólogo e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Psicoativos e Cultura (Psicocult), da Universidade Federal Fluminense, Frederico Policarpo de Mendonça Filho. Ele foi o convidado do terceiro episódio da série “Descriminalização da Maconha”, do Nevidh em Pauta Convida, desta sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025. No papo com o coordenador do Nevidh, Paulo Cesar Pontes Fraga, com quem desenvolve parcerias nas pesquisas, Frederico destacou, por exemplo, o quanto, na maioria das vezes, a própria dinâmica de vida dos usuários aponta para uma questão também de saúde pública: “o perfil das pessoas que chegam nas associações de cannabis, não são de ‘maconheiras’, elas chegam, na grande maioria, por conta das doenças”.
No debate que envolve a área de saúde, o professor Frederico reforçou, ainda, que são necessárias políticas que possam fundamentar o tratamento judicializado, que prevalece no Brasil. “tirar o foco do penal, do criminal. Então deveria ir para uma política de saúde o que de fato é”. O professor Paulo Fraga, acrescentou que “no Brasil se quer proibir, mas não se quer educar”. Desta forma, segundo ele, permanecemos sobre “a inoperância do sistema proibicionista”. No Brasil, apontou o pesquisador, “a maioria das pessoas não têm acesso à informação” o que pode, na opinião dele, resultar no consumo não responsável, pela falta de conhecimento sobre as drogas.
Outras informações sobre o episódio “O processo de regulamentação da maconha no Brasil: a proposta de um programa de pesquisa” você confere no conteúdo completo da conversa, disponível nas nossas redes sociais digitais. Os links podem ser acessados pelo Instagram oficial do NEVIDH: @nevidh.ufjf