Professores: Ana Laura Maciel Almeida e Leopoldo Antônio Pires
Colaborador: Luiz Paulo Bastos Vasconcelos
Fundamentação Teórica: O termo cefaleia aplica-se a todo processo doloroso referido no segmento cefálico, o qual pode originar-se em qualquer das estruturas faciais ou cranianas. Configura-se hoje como uma das queixas mais frequentes na população, sendo a primeira causa de procura a ambulatórios de Neurologia e a terceira causa em ambulatórios de Clínica Médica. Mais de 90% da população apresenta cefaleia em alguma fase da vida, sendo as mulheres mais acometidas que os homens.
Apesar da maioria dos casos serem benignos, a cefaleia também pode ser um sinal de alerta para uma doença de base mais grave. A classificação das cefaleias tem utilidade clínica, auxiliando no estabelecimento do diagnóstico, prognóstico e abordagem terapêutica. A Classificação Internacional das Cefaleias agrupa a cefaleia em primária e secundária.
O tratamento visa reduzir a frequência e intensidade das crises, diminuindo seu impacto na qualidade de vida do paciente. A automedicação é uma prática muito comum nas cefaleias e representa um grande risco à saúde por poder causar dependência física e psíquica, reações de hipersensibilidade e principalmente por mascarar e agravar a doença de base.
Tendo em vista a alta prevalência populacional e o grande impacto socioeconômico da cefaleia na vida de seus portadores, a educação e conscientização dos pacientes tornam-se de fundamental importância.
Objetivos: Divulgar informações básicas sobre o tema, permitindo a participação direta e ativa dos pacientes atendidos no ambulatório de cefaleias do HU/UFJF no processo de aprendizagem. Promover um ambiente de troca de experiências e propício a autorreflexão sobre os diferentes aspectos da cefaleia, desde os seus tipos a formas de tratamento.
Metodologia: Serão ministradas palestras de 30 minutos de duração em linguagem leiga e acessível, com oportunidades plenas de discussão e esclarecimento de dúvidas sobre cefaleia. Serão utilizados recursos visuais, tais como cartazes, cartilhas, manuais, vídeos e folders explicativos, destinados a facilitar o entendimento dos pacientes acerca do diagnóstico e implicações da doença, dos hábitos associados à melhor qualidade de vida, prevenção, reconhecimento precoce dos sinais de alarme, automedicação abusiva e aderência ao tratamento, seja ele farmacológico ou não. Palestras de profissionais não médicos convidados, como nutricionistas, educadores físicos e psicólogos, serão realizadas mensalmente, buscando mostrar que o manejo da cefaleia é interdisciplinar. Será também realizada interface com pesquisa no momento em que um questionário avaliará o impacto das ações educativas nos pacientes e nos seus cuidadores.
Público-Alvo: Pacientes atendidos no ambulatório de cefaleias do HU/UFJF e estudantes de medicina e de outros cursos da área de saúde.
Disponibilidade de 12 horas semanais para o desenvolvimento do material e para orientação de pacientes na sala de espera do ambulatório de cefaleias. Participação nas reuniões com os preceptores Profª. Ana Laura Maciel Almeida/Prof. Leopoldo Antônio Pires e colaborador Dr. Luiz Paulo Bastos Vasconcelos.
Bolsistas: Lucas Alves de Almeida e Lorrane Campidelli Arthuzo