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Escala de Coma de Glasgow – importância e atualização de 2018

O que é a Escala de Coma de Glasgow e qual sua importância?

A Escala de Coma de Glasgow (ECG) foi publicada pela primeira vez na revista Lancet em 1974 por Graham Teasdale e Bryan J. Jennett, ambos do Instituto de Ciências Neurológicas de Glasgow, na Escócia. A escala tem como objetivo traçar uma estratégia que combina os principais indicadores-chave de gravidade no traumatismo crânioencefálico (TCE) em uma escala simples.

A escala tem três variáveis, que podem ser graduadas de 1 a 5. Sendo assim, escore 3 representa o máximo de gravidade, e escore 15 o mínimo. Além disso, a escala serve como parâmetro para auxiliar na decisão de realizar ou não procedimentos médicos específicos, como exemplo, intuba-se o paciente sempre que a ECG estiver abaixo de 9.

O que mudou em 2018 na ECG?

Graham Teasdale conduziu uma pesquisa junto a outros dois pesquisadores (Paul Brennan e Gordon Murray), quarenta anos após o lançamento da ECG original, adicionando a reatividade pupilar à avaliação. Tal x tem como objetivo obter melhores informações sobre o prognóstico no TCE, uma vez que tais estudos comprovaram que há uma maior precisão da análise da escala se conjugada à reatividade pupilar.

Já quanto à 10ª edição do ATLS (Advanced Life Trauma Support), de 2018, a nomenclatura ‘’ao estímulo de dor’’ foi substituída por ‘’ao estímulo de pressão’’, tal mudança foi feita não só pela dificuldade da definição de dor, mas também pelo questionamento da necessidade de submeter o paciente a essa sensação.

Tabela ECG

Como classificar o paciente na Escala de Coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-P)?

Primeiro faz-se a avaliação da escala normalmente, levando em conta a resposta de abertura ocular, de fala e de movimentação, somando pontos de acordo com a resposta. Após isso, faz-se a avaliação da reatividade pupilar com estímulo luminoso: se ambas as pupilas estiverem fotorreagentes, não se altera o somatório da escala já feito pelos passos acima; se somente uma das pupilas não estiver reagente, subtrai-se 1 ponto da escala; e se nenhuma das 2 pupilas estiverem reagentes, subtrai-se 2 pontos da escala. Assim, a não reação da pupila indica uma maior gravidade e pior prognóstico.

Esquematizando: ECG-P = ECG – (no de pupilas não reagentes)

Exemplo: O médico socorrista do SAMU chega à cena de um acidente e ao avaliar o paciente, seus olhos não abriram nem a estímulo sonoro nem a verbal, ele emite sons que não chega a formar palavras, e seus membros estão em extensão. Logo sua classificação na ECG é O1V2M2, totalizando 5 pontos. Em seguida foi verificada a reatividade pupilar à luz, e somente a pupila direita foi fotorreativa. Logo, na ECG-P deve-se subtrair 1 ponto da escala original. Assim, ECG-P= 5-1 =4

 

 Referências bilbliográficas:

AMERICAN COLLEGE OF SURGIONS COMMITTEE ON TRAUMA . Advanced Trauma Life Suport – ATLS. 10 ed. , 2018.

Simplifying the use of prognostic information in traumatic brain injury. Part 1: The GCS-Pupils score: an extended index of clinical severity. – Journal of Neurosurgery

What is the Glasgow Coma Scale Pupils Score? – The Royal College of Physicians and Surgeons of Glasgow.

Como é a nova escala de coma de Glasgow e qual a sua importância? – IESP.