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Jornadas Namídia têm início com sessão sobre telejornalismo em tempos de pandemia

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O evento “Jornadas Namídia: narrativas em tempos de pandemia” teve início nesta segunda-feira, 6 de julho. As sessões são organizadas anualmente pelo grupo de pesquisa “Narrativas Midiáticas e Dialogias” (UFJF/CNPq) desde 2017, com temas relacionados às pesquisas desenvolvidas pelo grupo. A edição de 2020 é realizada de forma remota, seguindo as orientações de distanciamento social e físico das autoridades sanitárias, com transmissões abertas a todos os interessados através do YouTube.

 

A abertura das Jornadas foi realizada pela profa. Dra. Cláudia de Albuquerque Thomé, docente da Facom/UFJF e PPGCOM/UFJF, líder do grupo de pesquisa organizador do evento, que destacou o empenho dos alunos na realização do evento e a alegria de ter ex-alunos da Faculdade de Comunicação Social da UFJF na primeira sessão do evento.

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Com o tema “Telejornalismo em tempos de pandemia”, as discussões do primeiro dia tiveram mediação do doutorando do PPGCOM/UFJF e membro do Namídia, Pedro Miranda. O bate-papo teve a participação das jornalistas Mariana Cardoso, coordenadora de vivos na TV Globo, no Rio de Janeiro, e Michele Ferreira, repórter da TV Integração, em Uberlândia (MG). 

 

As mudanças no telejornalismo no período da pandemia da Covid-19, a reação dos jornalistas e da população frente a essas mudanças e os desafios de uma cobertura sem precedentes foram os destaques do debate. Atualmente na reportagem da TV Integração em Uberlândia (MG), Michele Ferreira destaca que a pandemia causada pelo novo coronavírus alterou o comportamento dos jornalistas desde quando saem de casa rumo à emissora. Segundo a jornalista, até “o jeito de falar com as pessoas se alterou”.

Para a jornalista Mariana Cardoso, que trabalha dentro da redação, a pandemia dificultou o processo de produção com relação as gravações de entrevistas e no contato direto com a população e outras fontes. Apesar desses novos desafios, “o conteúdo final não foi afetado”, afirma a coordenadora de vivos da TV Globo. Ainda segundo as jornalistas, a prevenção à doença alterou os protocolos de segurança a saúde nas emissoras. Cardoso destaca que os cuidados com a limpeza foram reforçados com o uso constante de álcool em gel, com a higienização dos postos de trabalho, uso constante de máscara e com distanciamento físico entre os colegas na redação. Ferreira complementa afirmando que, por medida de segurança, prefere não entrevistar fontes que não estejam usando a máscara, ainda que seja para uma breve participação na reportagem. “É uma questão de prevenção minha e da pessoa”, salienta a repórter.  

 

Em uma cobertura tão intensa como a da pandemia da Covid-19 o conhecimento dos jornalistas sobre o assunto é fundamental. De acordo com as profissionais, é necessário estudar e se informar para a preparação de pautas e reportagens com o objetivo de levar ao público um conteúdo correto, claro e de qualidade. “Estudar o tempo todo é essencial”, destaca Ferreira.

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Com aproximadamente uma hora e meia de duração, a primeira sessão das Jornadas Namídia deu início a série de discussões que serão tratadas nos seis dias de evento. De 6 a 11 de julho, o grupo recebe, de forma remota, pesquisadores e outros profissionais para conversas sobre Mídia, Literatura, Fake News, Telenovela e Carnaval.

A inscrição e participação nas sessões confere certificado. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até meia hora antes do início de cada live. As transmissões ocorrem sempre às 18h pelo canal do “Narrativas Midiáticas e Dialogias” no YouTube, exceto na sessão de encerramento com o carnavalesco e comentarista de Carnaval da TV Globo que será realizada às 16h, no sábado (11/7).

 

Confira a aqui a íntegra da sessão de abertura das Jornadas Namídia.